שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד
Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sucot - Festa de Tabernáculos - Uma rápida explanação





Ordenança Bíblica - (Levítico 23:33-43).
“Disse mais o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias. Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis. São estas as festas fixas do SENHOR, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio, além dos sábados do SENHOR, e das vossas dádivas, e de todos os vossos votos, e de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao SENHOR. Porém, aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido os produtos da terra, celebrareis a festa do SENHOR, por sete dias; ao primeiro dia e também ao oitavo, haverá descanso solene. No primeiro dia, tomareis para vós outros frutos de árvores formosas, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e, por sete dias, vos alegrareis perante o SENHOR, vosso D-us. Celebrareis esta como festa ao SENHOR, por sete dias cada ano; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações; no mês sétimo, a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas de ramos; todos os naturais de Israel habitarão em tendas, para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso D-us.


Observância judaica tradicional
A Torah estipula o décimo quinto dia de Tishrei o sétimo mês judaico como o momento em que o povo judeu tem que começar a habitar em sucot (Tendas ou Cabanas) e celebrar a provisão de D-us. Este santo dia é tão alegre que judeus tradicionais nem sequer esperaram o décimo quinto de Tishrei para construir sua Sucot, muitos começam a construção cinco dias antes da data, imediatamente após o encerramento de Yom Kippur.

Referências no Novo Testamento.
A Festa de Sucot tem tantas lições espirituais riquíssimas que se associam à este período que é de se esperar que haja algumas referências sobre tal festejo no Novo Testamento. Já no Evangelho da vida de Yeshua, encontramos a primeira referência poderosa sobre Tabernáculos, O apóstolo João cita que A Palavra não só estava com D-us no início, mas esta Palavra é a manifestação do próprio D-us diante da criação (João 1:1) e esta "Palavra" foi manifestada ao mundo de uma forma muito prática e tangível: como podemos ver no verso 14 “A Palavra se tornou um Ser Humano, e TABERNACULOU entre nós e vimos a sua glória como a glória do único gerado do Pai, cheio de graça e de verdade.” E a partir desta passagem que inferimos que o nascimento do Mashiach Yeshua se deu durante uma celebração da Festa de Sucot, tanto que sua mãe e seu pai ao chegarem em Belém se alojaram numa Sucá (Tenda) e não em uma manjedoura como diz a tradição e as más traduções, outro ponto seria o recenseamento Romano que se dava com a cobrança de impostos, e nada mais oportuno que cobrar impostos logo após a ultima colheita de outono situação esta improvável para ser realizada no auge do inverno, que no fim de dezembro é muito rigoroso nas regiões da Galiléia, Judéia e Jerusalém.
Até mesmo a interpretação das profecias de Isaías 7:14 corroborada em Mateus 1:23 levam intrinsecamente o sentido de o representante de D-us na Terra ser chamado de Emanuel - D-us conosco, que faz óbvia relação com o tempo que o povo de Israel habitou em tendas na saída do Egito, onde D-us andava no meio deles, tanto que é ordenado que cada soldado israelita andasse com uma pá para enterrar os seus dejetos para que o local do arraial fosse o máximo possível puro para a habitação do Senhor (Deut. 23:14).

O Cumprimento Profético
Como vimos, há muitas lições marcante a serem aprendidas sobre Sucot. A provisão de D-us, a sua habitação com o seu povo, a alegria do Espírito Santo, são todos temas que chamam a atenção para o plano escrito nas Escrituras. No entanto, há ainda um elemento futuro remanescente a ser cumprido na Festa dos Tabernáculos. O apóstolo João nos diz em sua visão das coisas finais que a realidade de Sucot será óbvio para todos: "Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o velho céu e a velha terra passaram, e não houve mais qualquer mar. Também vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de D-us, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. ouvi uma voz alta do trono dizer: Eis aqui o Tabernáculo de D-us com os homens, pois com eles habitará, eles serão o seu povo, e o mesmo D-us estará com eles, e será o seu D-us"(Apocalipse 21:1-3)

Um Guia Prático para os crentes em Yeshua como o Messias.
O elemento central para a celebração da Festa dos Tabernáculos é a cabana que chamamos de sucá. Você pode usar a descrição rabínica como uma diretriz, no entanto você não deve esquecer da liberdade que tem para construir a tenda como você melhor dispor. Como no caso de todos as Festas e costumes bíblicos, a Sucá é uma "sombra", isto é, produz a imagem de um corpo por contornos bem definidos o que faz com que, quem as praticam e as celebram como memorial não se enganem com aquilo que se revelará na vinda do Mashiach (Colossenses 2:17).
A construção da Sucá pode ser um projeto emocionante da família que gerará assim com em Pessach (Festa de Páscoa) uma grande interação das crianças que de uma forma pedagógica prática aprenderá princípios muito ricos para a sua vida futura. Assim quer se trate de uma cabaninha ao lado de casa ou uma estrutura bem arquitetada, a cabana pode ser construído por qualquer um que quiser ajudar. O quadro externo pode ser montado a partir de vários materiais que, por sua vez, podem ser enriquecidos com os ramos de palmeira tradicional ou folhas. Por esta razão a Sucot é um grande momento para se limpar aquele quintal esquecido! As crianças vão se divertir ao adicionar frutas cortadas de papel, folhas de arbustos, ou versículos Bíblicos.

Outra tradição comum é o de celebrar a visita diária de um personagem ilustre a cada um dos sete dias da celebração, e os visitantes tem sempre um aparato ou verso bíblico exposto na Sucá no seu dia correspondente.
Os visitantes ilustres são nesta ordem : Avraham, Yitzhak, Yaakov, Yossêf, Aharôn, Moshe e David.
Todos estes visitante tem alguma característica que é comum ao Emanuel, isto é, àquele que será representante de D-us na Terra, a saber, Yeshua HaMashiach, vemos que somente nele encontramos a soma das características peculiares de cada ilustre visitante, sem nos atentarmos aos pormenores faremos uma correlação entre a característica do ilustre visitante e Yeshua, começamos com a Emuná (Fidelidade Confiante) de Avraham; depois com a Obediência Confiante de Yitzhak; depois com o temor e persistência de Yaakov que lutou com anjo e prevaleceu; depois com a vivência de Yossêf que foi rejeitados por seus irmão, recebeu poder e honra entre os Gentios (Egito), se ocultou de seus irmãos por um período e posteriormente se revelando a eles lhes trouxe salvação e abrigo; depois o chamado de Aharôn para ser intercessor pelos homens diante de D-us no Oficio de Sumo Sacerdote; depois o chamado de Moshe o Grande Profeta, para que com a Inspiração e Revelação Divina, Instruísse o povo no caminho estreito que é a vontade de D-us; e por fim como o Rei David que foi chamado o homem segundo o coração de D-us, vemos então que somente Yeshua carrega em si todos estes atributos e ofícios, e sem querer todo o judeu crente ou não no Mashiach Yeshua, celebra uma das suas características próprias em cada um dos sete dias da Festa de Tabernáculos, aqui vemos a importância das “sombras” que são os costumes das Festas Bíblicas, pois se atentarmos ás sete características apontadas, quando o corpo que produz a sombra se apresentar não tem como se enganar, pois se outro se apresentar como o corpo que gera as sombras e não ter as mesmas delimitações e aspectos que a sombra projetada revelava, os que se atentam à sombra, imediatamente o considerará um Falso-Profeta e um Falso-Mashiach; Bendito seja o Senhor nosso D-us que nos deu as Festas e Costumes Bíblicos como "sombras" que são valiosas pistas para que não sejamos enganados nos derradeiros dias que estão se aproximando.

Chag Sucot Sameach.


Por Metushelach Ben Levy.           

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Parashat Shoftim “שופטים" – (Juízes)

Parasha Shoftim: Devarim 16:18 à 21:9 (clique para ler)

Haftará: Yeshayahu 51:12 à 52:12 (clique para ler)



Resumo da porção semanal Shoftim:

Shoftim é a 48ª porção da Torah, e a 5ª de Davarim, retrata principalmente a administração da justiça, onde juízes e oficiais dereriam ser apontados dentre as tribos e procedimentos judiciais estabelecidos para que Israel trilhasse o caminho que os tornassem “uma nação de sacerdotes e um povo santo”(Shemot 19:6), sendo que a justiça é o ingrediente essencial para se atingir este objetivo, e Israel é alertado no sentido de “a justiça, e somente a justiça seguirás” (Devarim 16:20).
A formação de uma corte de julgamento, Tribunal (Bet Din) é o primeiro mandamento encontrado nesta porção, sendo que toda cidade deveria ter um independente se teriam 3, 23 ou 71 membros.
Outras recomendações são a de não se ter árvores perto de lugares santos e de obeliscos de conotação pagão em lugar algum, outra preocupação era o de não oferecer animias desqualificados perante ao altar. O mandamento de se ter um rei para o Povo Judeu na terra de Israel foi então explicada: Moshe fala quais as funções do rei, suas obrigações e proibições, então, a classe sacerdotal foi abordada especificando as funções e direitos tanto dos Cohanim como dos Levitas, e o mais especial dos consagrados tambem foi elencado a saber um profeta, o que se deveria fazer para se aceitar a um ou punir outro por blasfêmia e enganação.
A espefificações da instituição de cidades de refúgio (Arei Miklat), foi repassada: quando uma pessoa poderia se refugiar lá e as conseqüências por sair do refugio antes do tempo... e o que fazer com o assassino. A importância de se preservar os limites das propriedades e a validade das testemunhas foram abordados na seqüência.
O mandamento de termos um sacerdote responsável de ir a guerra, quem deveria ser recrutado e quem dispensado, e o que fazer com os despojos. Eis uma recomendação muito especial, a de ser proibido cortar as árvores frutíferas ao redor de uma cidade sitiada.
Por fim então é que o mandamento da novilha de cura “eglá harufá” foi relatada, ela serviria para expiar pelo assassinato insolúvel de um indivíduo fora dos limites da cidade.

Haftará Shoftim é a quarta das setes Haftarot de Consolo. Assim como na leitura da Torah, esta Haftará de justiça e da injustiça, sendo que o profeta fala por D-us, “Eu, Eu sou o que vos consola”, e continua dando alento aos israelitas, dizendo-lhes que aqueles que os oprimem injustamente serão um dia justiçados por D-us. Israel será finalmente livre de seus inimigos e estes prestarão contas de seus atos diante ao tribunal de justiça Celeste

Rosh Hodesh Elul - Lua Nova – 18/08/12

O mês Hebraico de Elul é tradicionalmente um tempo para nós ficarmos preparado para os próximos – Moadim – (tempos apontados por D-us).

Este ano, o mês começa no Shabat, 18 de agosto de 2012 no pôr do sol.

Todos os anos os dias conhecidos como ‘período de Teshuvá (arrependimento)’ são 40 dias desde o 1° dia do mês judaico de Elul até o dia de Yom Kipur (26/09/2012) - (Êxodo 30:10; Levítico 23:27-31, 25:9; Números 29:7-11, Atos 27:9).
Durante estes 40 dias nós fazemos todos os esforços para nos arrependermos, ou nos ‘posicionarmos [shuv] em direção a D-us’.
Na tradição judaica, estes 40 dias são chamados de Yemei Ratzon – “Dias de favor” desde que foi durante este momento que o Senhor perdoou os filhos de Israel após o pecado do o bezerro de ouro.
Alguns compararam esses 40 dias ao número de dias que leva para o feto humano a ser formado dentro do útero. Teshuvá (arrependimento sincero) é uma espécie de Morte e Renascimento: ‘a morte de uma vida passada e o nascimento de uma nova vida e uma nova criação (II Coríntios 5: 17)’. É um despertar do sono que foi induzido pelo o pecado, e o manifestar do poder do Espírito Santo de D-us trabalhando no coração do filho da Aliança que confia na salvação de D-us através do Mashiach.
Por conseguinte, a Ruach HaKodesh (Espírito Santo de D-us) nos dá a ‘vida no Reino’ que nos permite estar em conformidade (ou seja, ‘formado juntos’) com a finalidade e vontade (ratzon) do Mashiach neste mundo (Romanos 8:28-30). O Favor de D-us é totalmente revelado no caráter de seu filho, O Mashiach de Israel (Hebreus 1:3).
Os 40 dias de Teshuvá (arrependimento sincero e o retorno a D-us).
Segundo a tradição judaica, em seguida, o mês judaico de Elul representa o tempo que Moshê gastou no Sinai preparando o segundo conjunto de ‘Tabuas de Pedra’ após o incidente do bezerro de ouro. Moshê subiu em Rosh Chodesh Elul (1° do mês de Elul) e, desceu 40 dias mais tarde no dia 10 do mês judaico de Tishrei, final do Yom Kipur, quando “o período de arrependimento do povo foi concluído”.
O mês de Elul representa, portanto, o tempo do pecado nacional e do perdão obtido durante a Teshuvá (arrependimento sincero) diante ao Senhor.
O nome ‘Elul’
Na Torah, o mês de Elul simplesmente é chamado de o 6° mês do ano judaico. O nome ‘Elul’ Foi “importado” pelos filhos de Israel após seus 70 anos de exílio na Babilônia (o nome pode originalmente ter vindo de uma palavra no acádio que significa ‘colheita’).
Alguns outros estudiosos afirmam que a palavra também pode vir da raiz do verbo ‘pesquisa’ em aramaico, implicando, portanto, que este mês é um tempo de ‘consciência’ ou ‘Cheshbon hanefesh’. (escrutinar a alma).
Tem se também a estória que o nome Elul é um acrônimo para a frase hebraica Ani L'dodi V'dodi Li – ‘Eu sou meu amado e meu amado é meu’. (Shir HaShirim - Cântico dos Cânticos 6:3)
Observe que no hebraico cada letra final desta frase é uma letra Yud, que tem o valor numérico de 10, portanto, a frase em si pode ser combinada ao número 40, nos lembrando dos 40 dias de Teshuvá (arrependimento sincero) que direcionam para o dia de Yom Kipur (dia da expiação, ou dia do Jejum- Êxodo 30:10; Levítico 23:27-31, 25:9; Números 29:7-11, Atos 27:9).
Existem também outras alusões à palavra Elul encontrada nas Escrituras Sagradas. Por exemplo, Deuteronômio 30:6 afirma que; ‘D-us irá circuncidar seu coração e o coração de sua descendência’, ou em Hebraico, é dito ser um acrônimo para a palavra Elul.
Na verdade, a Gematria para a palavra hebraica ELUL é a mesma para a palavra ‘compreensão’, insinuando Isaías 6:10: ‘e compreenda com o coração, e se converta, e seja salvo’.
O qual “circuncida” os corações daqueles que confiam nele (Colossenses 2:11), e Seu favor repousa sobre aqueles que verdadeiramente voltam-se para D-us confiando em seu sacrifício na Cruz, satisfazendo o julgamento justo de D-us e nos dá conhecimento para cumprir seus propósitos mais profundos e seus mandamentos (Mitzvot).
Em Êxodo 18:7 nós lemos sobre; como Yitro e Moshê encontraram-se depois do êxodo e perguntaram sobre bem-estar um do outro.
Em Hebraico, o frase, ‘E cada um perguntou sobre bem-estar um do outro’ pode ser reorganizados em um acrônimo para a palavra Elul.
Esta alusão levou para o costume de indagar sobre o bem-estar da família e amigos durante estes 40 dias e na modernidade com a prática de enviar cartões de ‘Shaná Tová’ desejando- um doce e bom ano novo.
O Salmo 27
É um costume de cantar ou ler e meditar no livro dos Salmos durante os 40 dias. Na famosa canção de Moshê, está escrito; ‘e disseram: Cantarei a Adonay; ’ (Êxodo. 15:1). Esta frase pode ser formada em um acrônimo para a palavra Elul e os sábios da antiguidade, portanto, fundamentam que ouvir os Salmos era vital durante os 40 dias de Teshuvá (arrependimento sincero) e dias de favor.
No entanto, de todos os Salmos, o Salmo 27 é considerado o Salmo central desta temporada, de qualquer forma um Midrash (comentário rabínico) ensina; ‘que a palavra hebraica Ori - minha Luz alude a Rosh Hashaná - 16/09/12 (baseado no Salmo 37:6) Considerando que a palavra Yishi - minha Salvação, alude à expiação em Yom Kipur. - 25/06/12.
O Rei Davi também menciona que D-us “o esconderia na Sua Suká na hora das aflições”, aludindo à festa de Sukot (Salmo 27:5).
Desde que os três Moedim (tempos apontados por D-us) são aludidos no Salmo 27, o Salmo 27 é considerado o Salmo chave para os Moedim de Outono do ano judaico.
Adonay Ori ve’Yishi, mimi ira Adonay maoz chaiyai, mimi efchad
Adonay é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? Adonay é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? (Salmo 27:1)
Considere que; o Salmo 27:13 contém uma estranheza textual. É muitas vezes traduzido como: ‘ Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes’. A palavra frequentemente traduzida por ‘sem dúvida’ é a palavra hebraica ‘Lulei’ que se lermos de trás pra frente fica Elul (em letras hebraicas) é sugere que o livramento vem da fé que vê a bondade de D-us.
O Arrependimento só é realmente possível se nós acreditarmos na bondade e amor de D-us ‘na terra dos viventes’.
O mês bíblico de Elul é, portanto, um mês a cada ano para nos prepararmos para os Yamim Noraim – “dias temíveis”, ou seja, para por nossa vida em ordem.
O seguinte apelo do profeta Isaías é considerado temático para estes 40 dias: Buscai Adonay enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. (Isaias 55:6)
A passagem continua: ‘Deixe o perverso o seu caminho (Derech), o iníquo, os seus pensamentos (machshavá); converta-se a Adonay, que se compadecerá (rachamim) dele, e volte-se (shuvto) para o nosso D-us, porque é rico em perdoar (selichá). (Isaias 55:7).
Alguns dos Sábios judeus da antiguidade dizem que; ‘O pecado de se recusar a fazer Teshuvá (arrependimento sincero) é pior do que o pecado real em si, uma vez que o pecado foi confirmado em um tempo quando você era superado por sua inclinação para o mal, mas agora você pode olhar para trás e pensar sobre suas ações em confissão e arrependimento’ (Salmo 32:5, Tiago 5:16; 2° Coríntios 13:5).
Veja! Hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: (Deuteronômio 11: 26). Note que a palavra hebraica re'eh está no singular (Veja!), considerando o pronome seguinte é plural (diante de vós). Os sábios rabinos da antiguidade ensinavam que; a forma singular do verbo re’e – Veja é usado aqui para salientar que embora a Torá fosse livremente dado a todas as pessoas ‘que tem ouvidos para ouvir’, é a nossa responsabilidade pessoal de escolher a ‘benção ou a maldição’ e ‘escolher a vida’ (Deuteronômio 30).
Isso tradicionalmente tem sido entendido como que D-us dá a cada um de nós o caminho da bondade (que leva à bênção) e o caminho de maldade (que leva à maldição).
O caminho que nós estamos escolhendo, em outras palavras, e em última análise, é da nossa própria escolha...
Uma máxima indiscutível dos rabinos no Talmud é: ‘tudo está nas mãos de D-us exceto o ‘temor a D-us’ (Yirat Shamayim – temor aos Céus)’ Tamuld Berachot 33b; Nidah 16B.
Em outras palavras, embora D-us constantemente derrama no mundo sua graça e luz, ‘ELE não nos força a reverenciar sua Presença, mas deixa essa escolha conosco’.
A palavra hebraica para ‘ver’ tem a mesma raiz hebraica da palavra para ‘temer’. Nós não podemos verdadeiramente “Escolher a benção ou a vida” se não pessoalmente ‘vemos’, mas nós não podemos ‘ver’ se não tivermos o ‘Temor’ – a reverência a D-us.
A reverência e o Temor a D-us, santifica nossa percepção e permite ‘ver’ claramente.
Uma vez que nossas vidas são parte de um ‘todo maior’, devemos compreender que cada ação que fazemos traz para o mundo que nos rodeia, seja uma bênção ou uma maldição... Assim, nós somos chamados a ser um Am segulá – um povo separado, possessão exclusiva de D-us - formando uma Congregação de Chesed (graça) e Tiferet (beleza) para a glória de nosso Messias (Êxodo 19:6, 1° Pedro 2:9).
A Teshuvá – Arrependimento (sincero) é o tema central dos Moedim (Festas do Senhor), a maioria das vezes Teshuvá é uma palavra muitas vezes traduzida como “arrependimento” Embora com mais precisão seja entendida como voltar para (shuv) D-us.
A raiz deste verbo ocorre quase 1000 vezes nas Escrituras e primeira vez ocorre quando D-us disse a Adam que; ‘ele ira retornar a terra’ (Genesis 3:19). Em termos “espirituais”, a idéia de ‘Shuv’ pode ser considerada como um ir em direção oposta do mal e ir em direção ao bem, embora em relação ao pensamento judaico seja visto que; ‘voltando para D-us é o meio pelo qual distanciamos do mal’. Este ato de ‘retornar’ tem o poder para redirecionar o destino da pessoa em si. A Teshuvá afeta toda a vida na alma. Como o autor Abraham Joshua Heschel escreveu; ‘O Julgamento está longe de ser absoluto, é condicional. Uma mudança no comportamento da pessoa traz sobre si uma alteração no julgamento de D-us’ (Heschel: ‘osprofetas’, pg;194).
Em uma tradução grega antiga das escrituras judaicas (isto é, a Septuaginta ou LXX), a palavra hebraica Shuv é traduzida pelo uso da palavra grega strepho que significa ‘retornar’, ou voltar para D-us. Uma palavra relacionada em Hebraico é Nacham, que é frequentemente associada com o sentimento de pesar (‘nacham’ às vezes confusamente é traduzido usando a palavra ‘arrependimento’ na bíblia).
Alguns lingüistas sugerem que a idéia da raiz do verbo alude a “tomar uma respiração profunda” (ou mesmo suspiro) como uma forma de manifestar pesar ou sentimento compaixão em resposta a um delito feito pelos outros.
Assim, lemos ‘ficou muito triste por haver feito os seres humanos’. (Genesis 6: 6). Falando antropoficamente, D-us “consolou-se” (‘nacham’ também alude a confortar). O “Lamentar” de D-us foi Sua “resposta” ou Sua “reação” para as escolhas pecaminosas dos seres humanos. Uma vez que é absurdo dizer que D-us se “arrepende ou lamente ou tem pesares”, o significado de nacham deve ser qualificado quando é aplicada aos seres humanos.
O Pesar sobre o pecado é um Estado de tristeza que pertence exclusivamente aos seres humanos moralmente livres.
Por conseguinte, Jó proferiu; ‘Pelo que me abomino, e lamento no pó e na cinza’. (Jó 42:6).
Já na tradução grega antiga das Escrituras, a palavra hebraica nacham é traduzida geralmente usando a palavra grega Metanoia ou às vezes a palavra Metanoia é um composto de palavra que vem do ' (após, com) e ' (pensar), que foi interpretada por significar uma ‘mudança de pensamento’, (embora também possa significar ‘ir além (meta) do seu pensamento’).
Em outras palavras, a palavra implica que; ‘a maneira como nós pensamos afetará como tomamos decisões (discernimos as coisas), e, por conseguinte, o arrependimento significa reconhecer que estamos cognitivamente equivocados sobre a natureza da realidade (ou seja, há uma verdade moral e nós somos culpados de violar esta verdade moral e ficaremos em um estado de profunda alienação até que nós estejamos divinamente reconciliados). Nossa mudança de mente - se verdadeira - inevitavelmente nós levará para uma ‘mudança de coração’.
Isso implica que há uma “ética da crença”, ou um imperativo moral para acreditar Na Verdade rejeitar erro. D-us nos chamou para que sejamos seres racionais com uma consciência moral e uma percepção intuitiva da Sua realidade. ELE também se revelou com “muitas provas” que demonstram a vitória de Sua salvação (Atos 1:3). A “maior” Mitzvá é exercer fidelidade no amor redentor de D-us revelado no Messias.
O Novo Testamento segue a Septuaginta - LXX usando o verbo grego metanao para expressar a idéia em Hebraico de nacham (ou seja, lamentar ou arrependimento), e usa o verbo grego strepho para expressar a idéia de shuv (ou seja, retornar a D-us e ficar longe do Mal).
Metanao significa expressar lamento e arrependimento sobre a falência da nossa filosofia pessoal de como a vida deve ser levada. Nós nos rendemos a Verdade de D-us, nós abandonamos as demandas egoístas do ego e deixemos “D-us ser D-us”.
A palavra grega Strepho, por outro lado, é um ‘literal’ ou um metafórico de ‘retornar’. Quando aplicado a D-us, isso significa transformar todo seu ‘coração, alma e a sua força’ de volta para ELE.
Na verdade, a Septuaginta - LXX utiliza exclusivamente esta palavra para traduzir a palavra hebraica shuv, da qual nós obtemos a palavra Teshuvá. (arrependimento sincero) Por exemplo; se colocarmos as duas traduções para Jeremias 4:1 e Oseías 14:2. Em certo sentido, podemos dizer que nacham/metanao prende-se com o passado (pesar - lamento), Considerando que shuv/strepho (retornar) prende-se com o presente...
A Teologia cristã e os teólogos cristãos consideram “D-us em grego”, e muito pouco em termos hebraicos. Historicamente falando, os teólogos cristãos sempre olham para a tradução grega das Escrituras Sagradas em vez do original em hebraico para desenvolver a teologia cristã. Na verdade, a própria palavra ‘teologia’ é grega (não Hebraica) e refere-se ao ‘estudo de D-us’, e implica que D-us é um “objeto” que poderia ser estudado, analisados e conhecido como uma ‘coisa’ ou uma ‘divina substância’.
Para os gregos antigos, a idéia de deus é divulgada através de um processo de abstração intelectual - através de uma “teologia negativa”, ou seja, ‘negando predicados da linguagem humana para o Divino’, e assim por diante.
O perigo de olhar o "’arrependimento’ como simplesmente ‘mudança na maneira de pensar’ é que isso pode levar ao ‘intelectualismo’ que é desprovido de transformação interior, de coração. Daí os religiosos modernos geraram toda uma geração daqueles que aceitam “uma crença ou fé fácil” um “messias fácil” um “divindade bonzinha” e que tende a considerar o ‘arrependimento’ como intelectual e fácil, que não tomará tempo e esforço diário no decorrer das suas vidas.
O problema geral com o ‘arrependimento’ - se podemos considerá-la como lamento ou remorso do passado ou como um presente convite para voltar para D-us – e é o que a maioria das pessoas se recusam a fazê-lo.
Na verdade, ninguém pode se arrepender a menos que a ele ou a ela seja dado a fazê-lo dos Céus (João 6:44). Nós nascemos rebeldes e naturalmente odiamos a lei (Torá) de D-us e sua a autoridade (Romanos 8:7). ... Neste contexto, o arrependimento é análogo ao “renascimento espiritual” que vem de uma intervenção direta de D-us.
Segundo a tradição judaica, a Teshuvá (arrependimento) verdadeira envolve quatro etapas básicas:

1° Ir abandonando as praticas de pecado (Provérbios 28:13). ‘Arrependimento sincero é demonstrado quando a mesma tentação de pecado, sob as mesmas condições, é decididamente resistida’ (Talmud Yoma 86b).
Note que de acordo com visão judaica, a Expiação não é de proveito nenhum sem o arrependimento sincero (Midrash Sifra). [shuv/strepho] – (Yeshua o Messias é a nossa expiação perfeita, porem se não nos arrependermos, está expiação não terá valia).

2° Arrependa-se das violações em seu relacionamento com D-us e os outros (Salmo 51). [nacham/metanoia]

3° Confessar a verdade e fazer as restituições com aqueles que tenhamos prejudicado (Provérbios 28:13; 1°João 1:9, Tiago 5:16, Mateus 5: 23-24). Observe que devemos pedir mechilah (perdão aos outros) antes de receber selichá (perdão de D-us). [shuv/strepho]

4° Aceitar o seu perdão e seguir em frente com o S-nhor através Fidelidade e fé (Filipenses 3: 13-14; 1°João 1:9). Ser confortado pela presença de D-us em sua vida: [nacham/metanoia].

Por último, digo; ‘preciso ser dizer que o arrependimento autêntico é um estilo de vida, e não algo que lidamos ‘uma só vez na vida’. ’ Isto levara uma vida toda, pois é um progresso “espiritual”, e todo o progresso real na nossa vida vem através de Teshuvá (arrependimento sincero).
A Teshuvá é perpétua e atemporal, (assim como a circuncisão do coração) uma vez que ela corresponde à nossa vida no Reino de D-us em vez desta Presente Era (ou seja, Olam Chayei em vez de Chayei sha'ah).
De fato, uma pessoa que se arrepende verdadeiramente é chamada de Ba’al Teshuvá – “Um Mestre de retornar ou Dono do Arrependimento”, aquele que está sempre voltando em direção a D-us e se afastando da maldade. Por isto é que a temporada de Teshuvá está sempre oportuna. (Marcos 1:15)
No hebraico moderno a palavra Teshuvá significa ‘resposta’ para uma Sheilá – ‘pergunta’. Neste caso podemos fazer uma alusão que; ‘o amor de D-us é uma pergunta (Sheilá) e a nossa resposta deve ser uma Teshuvá (arrependimento sincero).


Os três ofícios


Considere Deuteronômio 16:18, “Juízes e policiais porás em todos os teu portões que o Senhor teu D-us te dá, segundo as tuas tribos, para que julguem o povo com retidão”.

As primeiras palavras do versículo 18 são lidas literalmente você nomeará ... juízes. A primeira pergunta que qualquer israelita poderia ter perguntado é; Quem nomeará esses juízes? A resposta é, o povo. Sistemas tribais empregam anciãos como representantes do povo. Esses anciãos nomeavam os juízes. É possível que os juízes foram determinados pelos anciãos.

Através do decurso do seu Ofício, Moshe preencheu todos os três ofícios Messiânicos para os quais uma pessoa recebida a unção com o óleo: profeta, sacerdote e rei. Ele foi o modelo de profeta, falando em nome de D-us para a nação inteira. Ele serviu no sacerdócio, sacrificou e executou os ritos de um sacerdote diante de Aharon e seus filhos quando foram ordenados. Como líder, juiz e encarregado de dar a Lei, Moshe de certa forma serviu como uma espécie de Rei sobre Israel durante o período do êxodo. Simbolizando isto tudo, Moshe como o “redentor” ou o “Libertador” usado por D-us para tirar o povo do Egito, por isso ele é também como uma tipologia do Redentor filho de D-us. O Messias é Profeta, Sacerdote e Rei (Líder, Juiz)


Juiz

A palavra hebraica para o juiz é Shofet. Pouco depois que Israel conquistou Canaã, a história introduz a era de 250 anos dos juízes que governaram Israel. Mas em Deuteronômio é onde o oficio de Shofet (Juiz) é realmente estabelecido.

Cada tribo tinha seu próprio conjunto de Shoftim - juízes e funcionários. Enquanto Israel se tornava um sistema cada vez mais descentralizado de Governo em Canaã, o Senhor ainda espera que cada tribo funcionasse sob o mesmo conjunto comum de princípios: a Lei, a Sua Torah.

Este princípio é afirmado no final do versículo 18: esses juízes e oficiais são para governar com julgamento reto; em Hebraico Mishpat Tzadek.

O verso 19 explica os fundamentos de Mishpat Tzadek aos olhos de D-us:

1° A decisão deve ser justa,

2° Não deve haver nenhuma favoritismo; e

3° Não haverá nenhum suborno de uma parte ou da outra em uma disputa, pois um suborno poderá torcer o resultado do julgamento.

O Verso 20 diz; תרדף צדק צדק Justiça e Justiça só isso você deve buscar, este significado não está fora de intenção de D-us no sistema de Justiça. No entanto em Hebraico, as palavras efetivamente utilizadas são; צדק Tzedek e só Tzedek que você deve buscar, Tzedek significa retidão, (integridade de caráter, lisura no procedimento, legalidade... ) não a “justiça” em si. Literalmente deveríamos ler; Retidão e Retidão só isto você deve buscar.
O significado é que; a retidão ( integridade de caráter, lisura no procedimento, legalidade) é a base para a Justiça de D-us. Por conseguinte, a retidão é a meta, na qual o julgar de cada caso deve seguir.



Rei

Considere - Deuteronômio 17:15, porás certamente sobre ti como rei aquele que Adonay teu D-us escolher. Porás um dentre teus irmãos como rei sobre ti; não poderás pôr sobre ti um estrangeiro, homem que não seja de teus irmãos.
O título Mashiach - Messias (Ungido) é um título ou um atributo antigo hebraico para o Rei de Israel. A Torah ordena Israel apontar um Rei sobre eles entre seus compatriotas, um Judeu – hebreu entre seus irmãos. Para ser um rei verdadeiro de Israel, o rei deve ser Judeu. Yeshua é um Judeu com uma longa genealogia, impressiva que alcança todos descendentes do Rei David.
Além a ser Judeu, o Messias verdadeiro deve ser um observante da Torah. Deuteronômio 17:18, Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, escreverá para si, num livro, uma cópia desta Torah, do exemplar que está diante dos levitas sacerdotes. A Torah dá as leis que pertencem especificamente ao rei de Israel. O rei de Israel não deve multiplicar cavalos ou esposas, deve escrever uma cópia do Torah para si mesmo e mantê-la com ele, estudando a todos os dias de sua vida, deve ter cuidado para observar, falado em Deuteronômio 17:19 - 20, “...a fim de guardar todas as palavras desta Torah e estes estatutos, para os cumprir... e não se aparte da Mitzvá, nem para a direita nem para a esquerda.”
As leis do rei em Deuteronômio 17 aplicam-se especialmente ao Messias. Recorde: Cada rei de Israel foi chamado Ungido (messias). Yeshua é O Rei, O Ungido, e O filho de David. As leis de Deuteronômio 17 aplicam ao Messias tanto quanto ao rei Salomão. Se o Messias não se mantivesse nas leis de D-us na Torah e as leis do rei em Deuteronômio 17, ele não seria um rei digno para Israel. Como um rei de Israel, o Messias deve ser completamente um observante da Torah. Somente Yeshua de Nazaré cumpre perfeitamente as exigências do Rei de Israel. Sendo Sem maculas, somente Yeshua pode reivindicar não ter cometido nada contra a Torah. Sozinho é o Rei digno de Israel. (Mateus 7:21, João 7:17 e etc.)


Profeta

Considere Deuteronômio 18:15-19, O Senhor teu D-us te suscitará do meio de ti, dentre teus irmãos, um profeta semelhante a mim; a ele ouvirás,... Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E de qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu exigirei contas.
Moshe disse aos filhos de Israel: que o SENHOR um dia levantará um profeta como eu entre vocês, de seu próprio meio.
O Messias é o Profeta como Moshe. O Messias era um profeta como Moshe, e, por causa disto, a vida do Messias e seu oficio devem refletir o mesmo padrão de Moshe. O Midrash freqüentemente alude Moshe e ao Messias como o primeiro Libertador e o Ultimo Libertador.

* Ambos Moshe e o Messias nascem em um momento de subjugação nacional.

* Ambos os libertadores aparecem depois que Israel espera gerações pela redenção.

* Ambos os libertadores são destinados a quebrar a subjugação de Israel e conduzir-lhe a terra prometida.

* Ambos executam sinais e maravilhas para validar seu ofício.

* Ambos na autoridade singular da Torah.

* Ambos preencheram o papel do intercessor entre D-us e a nação.

* Ambos fazem o trabalho de reconciliação, renovando o relacionamento da aliança de D-us com Israel quando esta aliança se tornou comprometida.

Moshe era ao contrário de todos os profetas restantes porque D-us lhe falou diretamente: de conversação, sem sonhos, charadas ou mistérios. Por causa deste nível original de revelação, quando Moshe falou como um profeta, sua voz era o equivalente da voz de D-us, ele era como D-us. Nenhum outro profeta alcançou tal nível de profecia que Moshe obteve. Mas a carta aos Hebreus demonstra O Messias é como Moshe porque sozinho ele fala diretamente a D-us. Conseqüentemente, é uma Mitzvá (Mandamento) escutar e obedecer as palavras do Messias como se forem as palavras de Moshe, ou bem da verdade as palavras de Moshe eram as palavras do Messias.

O Profeta falso

Como você pode saber se é um profeta falso ou um profeta verdadeiro? Moshe ofereceu o teste padrão saber isto em Deuteronômio 18:21-22 diz, E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que Adonay falou? Quando o profeta falar em nome do Adonay e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que Adonay não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás.
No exemplo de saber se o profeta (ou hoje se há dom de profecia na pessoa), a Torah é como a “autoridade rabínica Kasher”, verificando para ver se o produto é kasher (permitido). Se o profeta provar ser verdadeiro e provar estar de acordo com a Torah, a Torah “carimba” esse profeta com seu heksher (selo kosher).
Porque quando uma pessoa busca por alimentos kasher, ela mantém sempre cuidado para verificar se o alimento esta de acordo com a Torá ou não, antes de colocá-lo em sua boca. Assim também nós devemos ter cuidado para verificar um profeta e sua profecia, para ver se ele e sua profecia são “Kasher”, ou seja, verificar se estão de acordo com a Torah de D-us, antes de nós a a deixamos entrar em nossos ouvidos e se instalar em nossos corações.
Se uma pessoa profetizar um sinal, uma maravilha ou uma predição, e essa predição não vier a acontecer exatamente como ela falou, tal pessoa deve ser considerada um falso profeta e nunca mais deve ser ouvido outra vez. De fato, nos dias do Sanhedrin, o falso profeta era posto à morte por apedrejamento.
Bom seguindo este raciocínio, se o que o profeta (ou a pessoa que profetizou) vier a acontecer exatamente do jeito que ela falou, nós devemos considerá-lo um verdadeiro profeta de D-us? A resposta é Não. Há um segundo critério para determinar se um profeta é verdadeiro; um profeta verdadeiro não vai contra a Torah de D-us e seus mandamentos.
Considere sempre Deuteronômio 13:5, E aquele profeta, ou aquele sonhador, morrerá, pois falou rebeldia contra Adonay vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos desviar do caminho em que Adonay vosso Deus vos ordenou que andásseis; assim exterminareis o mal do meio vós.
Esta passagem se faz muito clara sobre um profeta ou sonhador ou uma pessoa hoje com dom de profecia em relação de ir contra os Mandamentos (Mitzvot) de D-us na Sua Torah. Ou seja, mesmo que tudo que esta tal pessoa dizer acontecer exatamente como falou, ou ate fizer sinais de maravilhas e vier esta tal pessoa falar contra a Torah, esta tal pessoa é um falso profeta. Desta forma D-us nos ensina como diferenciar tais profetas (ou sonhadores ou hoje pessoas com o dom de profecia)

* Primeiramente, se um profeta predisser uma coisa que venha passar, sua predição deve provar ser verdadeira. Se o sinal, a maravilha ou a predição falharem, sua profecia é falsa.

* Em segundo, se o milagre, o sinal ou a predição vierem ser verdadeiros mesmo isto não lhe faz um profeta de D-us. Sua mensagem deve ser consistente com a Torá.

Se em sua mensagem, profecias for algo contrário aos Mandamentos (Mitzvot) de D-us, tais como a idolatria, profanação do Sábado e as Festas apontadas por D-us e etc. ele é um falso Profeta. Os sinais e as maravilhas sozinhos não são suficientes para provar que tal pessoa é um profeta verdadeiro ou uma pessoa com o dom de profecia. Deve também receber o teste da Torá.

Isto é algo muito serio! Hoje em dia isto tem sido levado extremamente na banalidade, Concerne àquelas pessoas que têm um hábito dizer a outra; “Eu tenho uma palavra do S-nhor para você”. Declararam-se como profetas ou cheio do “espírito santo” ou no ‘evangeliques’ tem a “unção”. CUIDADO! Se você tem tido este habito e tem se colocado nesta posição, pense muito bem, mais muito bem antes de abrir a sua boca pra ficar falando que D-us disse isto ou aquilo para você falar, leia o que eu está em Deuteronômio 18, porque você não terá outra escolha, e é melhor que sua palavra esteja correta de acordo com a Torá e tudo que você disse aconteça exatamente como tal. Pense muito bem antes de entrar nesta mania de “Zé ou Maria profetas” ou “profetadas” ou “revelações” ou “atos proféticos” ou “ta na unção”, pois você será julgado por tudo que sair da sua boca e D-us não tem por inocente aquele que usa seu Nome em vão. As conseqüências por entregar uma mensagem ou profecia falsa são consideravelmente severas.
O principio fica: Não dê ouvidos a lideres relógios ou pessoas que se dizem profetas ou com o dom de profecia que são contra a Torá de D-us, mesmo o que ele ou ela disse aconteça exatamente como disseram; Pois isto só não basta para qualificar uma pessoa como profeta de D-us. Não coloque as palavras na boca de D-us.
Yeshua ensinou a seus discípulos (Talmidim) manter a Torah de D-us, mesmo o menor dos Mandamentos (Mitzvot), e todas suas profecias provaram serem verdadeiras. Conseqüentemente, concordando com os critérios da Torah, Yeshua (Jesus) é legitimamente um ‘profeta kasher’.
Mateus 5:17-19 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei (Torah) um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.

Yeshua como O Profeta

Moshe dirigia-se ao povo com estes mandamentos de D-us. Direito no meio deste discurso, Moshe fez uma ruptura, e falou sobre a vinda do Messias (O Profeta semelhante à min.). Olhe o verso 15: O S-NHOR teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu. Está falando sobre Yeshua.
Yeshua seria um profeta dentre de seus próprios irmãos. Yeshua (o profeta) não desceria dos céus como um anjo, ou seria um estrangeiro. Teria que ser um judeu um israelita.
Mudanças – Força e Coragem - Chazak Ve’Ematz
A Mudança é algo assustador, porque nós, seres humanos ficamos mais confortáveis quando vivemos em condições estáveis e previsíveis.
Alterações na saúde, circunstâncias financeiras, sociais e familiares são simplesmente assustadoras. Mudanças geralmente são assustadoras, mesmo quando a mudança é para o melhor.
A Mudança é melhor gerenciada através da aquisição de coragem.
Para nos conduzir através das mudanças, o Tanach (biblia) nos ensina a frase, ‘Seja forte e corajoso’," ou em Hebraico; Chazak Ve’Ematz. Cada vez que esta frase é usada nas Escrituras Sagradas é para incentivar (ver que palavra coragem lá) alguém prestes a ter uma experiência de grande mudança nas circunstâncias de sua vida.
Pode ser encontrada no contexto de D-us promovendo Josué para ser o sucessor de Moisés. Pode ser encontrada quando o Rei Davi entrega a coroa a seu filho, e pode ser encontrada no contexto de Israel ao confrontar seus inimigos na guerra.
Chazak Ve’Ematz
A primeira palavra hebraica Chazak, descreve ter ‘força’ suficiente para o triunfo sobre qualquer coisa contraria. Por exemplo, o primeiro uso bíblico da palavra:
Todos vieram para o Egito para comprar alimentos de Jose porque a fome era ChazaK- forte em toda a terra. (Genesis 41:57) Note: A fome era forte o suficiente para dominar a terra. É preciso ter força para fazer o que destina-se a fazer.
A segunda palavra, Ve’Ematz, significa ‘ser corajoso’, que quer dizer, ter a coragem e a vontade de usar sua força. Por exemplo,
Cinge os seus lombos de força, e fortalece (encoraja) os seus braços. (Provérbios 31-17)
A palavra hebraica traduzida como ‘fortalece’ é a palavra hebraica Ematz sugerindo que ter força não é suficiente – é preciso ter coragem para usá-la.
Assim, as Escrituras ensinam que primeiro Chazak – Força; - seja forte o suficiente para fazer tudo o que precisa fazer. Uma vez que sabemos que podemos, nós devemos ter coragem para nos dar a vontade de fazer o que deve ser feito. “Ganhar a força” é uma questão de estratégia. Ganhar coragem é mais complicado.

1° Analise cada desafio que você enfrentará separadamente para que você não seja subjugado por um ‘espírito de medo ou pessimismo’.

2° Covardia e pessimismo são contagiosos.

3° Lembre-se, constantemente, das Escrituras que dizem 'seja forte e corajoso' - Chazak Ve’Ematz.

A mudança é constante na nossa vida. A coragem torna-se constante com o exercício e prática.
A Coragem sempre será a melhor maneira de lidar com mudanças e os medos que ela gera.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

PARASHÁ REE “ראה” (Olhem, Vejam)

Parashát: Devarim: 11:26 á 16:17 (clique para ler)

Haftará: Yeshayahu 54:11 á 55:5 (clique para ler)


Resumo da porção semanal Reê:


Reê é a 47ª porção da Torah, e a 4ª de Devarim, nesta altura Moshe reafirma algumas das leis que foram promulgadas anteriormente na Torah, começando com a apresentação de dois caminhos ao povo, determinando bênçãos em vida aos que optarem em obedecer à Torah, e aos que abandonarem a obediência à Torah a simples determinação que lhes sobrevêm o titulo de malditos.
É de central importância nesta porção o mandamento de estabelecer um Santuário Central, uma vez que os israelitas se assentem na Terra Prometida. Os sacrifícios só poderão ser oferecidos naquele lugar e sempre de acordo com os procedimentos prescritos. Esta lei é minuciosamente detalhada, pois somente um centro espiritual único, poderia evitar, que os Filhos de Israel se sentissem impelidos a adotar as práticas de seus vizinhos pagãos.
No trecho 13:2-6 fala de como distinguir um profeta verdadeiro de um falso. Os filhos de Israel são lembrados de seu Oficio entres as nações de serem um reino de sacerdotes e uma nação santa (Shemot 19:5). Diversas leis são novamente elencadas como ás praticas alimentares (Cashrut), abstenção de praticas pagãos e o de se parecer com tais praticantes, e o encalço da justiça social na pratica diária de Tsadaká.
Haftará Reê é a terceira das setes Haftarot de Consolo, lidas entre 9 do mês de Av (Tishá BeAv) e o Rosh Hashaná. Assim como na leitura da Torah, esta porção dos profetas enfatiza a escolha entre o bem e o mal, e a garantia aos obedientes e tementes a D-us que serão recompensados ainda nesta vida pela escolha certa, sem contar o que acontecerá no mundo vindouro.
Vamos falar sobre o que nos leva a obedecer alguns mandamentos cujo os significados vão muito além de nosso entendimento, assim sendo os obedecemos não por entendermo-los mas por Temor ao Senhor. Mas o que significa ter Temor ao Senhor?
Será que significa que devemos ter medo da desaprovação de D-us sobre nós? Deveremos viver no medo sobre uma perspectiva de um futuro julgamento pelos nossos pecados?
A fim de considerar tais questões, vamos considerar um versículo da Torah:
“Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas ao Senhor, teu D-us, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu D-us, de todo o teu coração e de toda a tua alma” (Devarim 10:12)
Nesta declaração sumária do que D-us exige de nós, vemos que o Temor ao Senhor - Yirat YHWH: é mencionado em primeiro lugar.
Em primeiro lugar temos de aprender a TEMER corretamente ao Senhor, e só então poderemos ser capazes de andar em Seus caminhos, para amá-lo, e para servi-lo com todo nosso coração e alma. Mais uma vez, o requisito de TEMER ao Senhor teu D-us é colocado em primeiro na lista...
Na verdade, o Temor ao Senhor é dito ser o principio da sabedoria conforme o Salmo abaixo:
“ O Temor ao SENHOR é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre”. (Tehilim 111:10)

As escrituras claramente declararam que; o Temor ao Senhor leva a vida – “O Temor ao SENHOR conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará” (Mishlei 19:23)

A palavra hebraica YIRAT (יראת) traduzida em muitas versões da Bíblia é “temor” mas a palavra YIRAT tem um alcance de significado muito maior nas Escrituras Sagradas. Às vezes refere-se ao medo que nós sentimos em antecipação de algum perigo ou de sofrimento, mas também pode indicar admiração ou reverência. Neste último sentido, a palavra YIRAT inclui a idéia de maravilha, espanto, admiração, gratidão, e até mesmo adoração (igual a um sentimento que começa quando nós admiramos algo maravilhoso).
Então “O Temor ao Senhor”, portanto, inclui uma esmagadora sensação de glória, dignidade, e a beleza do único verdadeiro D-us.
Alguns dos Sábios Rabinos da antiguidade ligaram a palavra YIRAT com a palavra ‘Ver’ - quando nós realmente ‘vemos’ a vida como ela é, nós seremos preenchidos com a admiração e temor sobre a glória de tudo isso. Cada sarça será iluminada com a presença de D-us e o solo onde caminhamos, de repente, será visto como sendo Santo (Êxodo 3:2-5). Nada vai parecer comum, ou trivial ou insignificante. Neste sentido, ‘temor e tremor’ diante a D-us é uma descrição da consciência interna da santidade da vida em si (Salmo 2:11, Filipenses 2:12).
O autor Abraham Joshua Heschel escreveu; “Temor é uma intuição para a dignidade de todas as coisas, uma percepção de que as coisas não só são o que são, mas também têm, no entanto remotamente, algo supremo. Temor é um sentido para a transcendência, para o mistério para além de todas as coisas. Isso nos permite perceber no universo as insinuações do Divino, ao sentir a grandeza no comum e no simples: sentir-se na agitação da passagem da quietude do que é eterno. O que nós não podemos compreender por análise, nós nos tornamos conscientes de temor” (Heschel: D-us em busca do Homem, ARX, 2006)
Hershel continua: “O temor ao Senhor é o início da sabedoria” (Salmo 111:10) e observa que tal temor não é o objetivo da sabedoria, mas seu meio; Começamos com temor que nos leva à sabedoria.
 
Segundo a sabedoria judaica, existem três “níveis” ou tipos de YIRAT - TEMOR.
· O 1º nível é o medo das conseqüências desagradáveis ou do castigo; chamado Yirat ha'onesh: Este, talvez seja como nós normalmente pensamos sobre a palavra ‘medo’. Antecipamos algum tipo de sofrimento e queremos fugir dele. Mas lembre-se de que esse medo também pode vir daquilo que você acredita que os outros podem vir a pensar sobre você. As pessoas muitas vezes fazem coisas (ou não fazem) a fim de obter aceitação dentro de um grupo (ou para evitar a rejeição). As normas sociais são seguidas para evitar que seja condenado ao ostracismo ou a rejeição.

· O 2º tipo de medo é concernente com a ansiedade provocada por quebrar a lei de D-us, às vezes chamado de Yirat HaMalchut: este tipo de medo motiva as pessoas a fazerem boas ações, porque elas têm medo que D-us irá puni-las nesta vida (ou no mundo por vir). Este é o conceito básico do ciclo moral da causa e do efeito. Como tal, este tipo de medo é fundado na auto-preservação, embora em alguns casos o motivo possa ser misturado com um desejo genuíno de honrar a D-us ou para evitar o juízo de D-us por causa dos pecados cometidos (Mateus 10:28; Lucas 12:5).
No Mandamento (Mitzvá) de não falar maledicências aos surdos ou colocar um tropeços no caminho dos cegos, por exemplo, a Torah acrescenta, “você deve temer ao Senhor seu D-us”(Levitico 19:14).
D-us não tolera o mal ou a injustiça, e os que praticam a maldade e a injustiça tem uma verdadeira razão para ter medo (Gálatas 6:7-8). D-us provará a qualidade das obras de cada um. (1º Coríntios 3:13). Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal, para que recebamos de acordo com as nossas obras, quer sejam obras boas, quer sejam más. (2º Coríntios 5:10).

·O 3º (e valioso) tipo de medo é uma profunda reverência à vida que vem justamente da maneira de ver a realidade. Este nível discerne a Presença de D-us em todas as coisas e é às vezes chamado Yirat HaRomemnut, ou ‘Temor do Exaltado.
Através dele podemos contemplar glória e Majestade de D-us em todas as coisas.
'Temer' e ‘como Ver’ estão ligados e Unidos. Nós somos elevados para o nível de sensibilização reverente, Santo afeto, e verdadeira comunhão com o Espírito Santo de D-us. O repudio a maldade e a injustiça é uma maneira de Temor a D-us (Provérbios 8:13 João 3:20-21).

Voltando à nossa pergunta: O que significa a palavra YIRAT – Temor em Devarim 10:12?
Devemos considerar como medo ou temor? Nós devemos temer a D-us através de uma sensação de que estaremos sendo ameaçado por ELE por causa dos nossos pecados e transgressões, ou devemos considerar-lo no temor na reverência por causa da Sua magnitude?
Esta pergunta é vital, pois dependendo de como responderemos isso afetará como caminharemos nos caminhos de D-us, se vamos amá-lo, e como vamos servir-lo, se, com todo o nosso coração e alma ou não (Deuteronômio 10:1)
O Chofetz Chaim (Rabbi Israel Meir) ensinava que mesmo que o medo da punição de D-us possa dissuadir do pecado em curto prazo, mas por si só é insuficiente para manter uma vida nos caminhos de D-us, uma vez que este medo é baseado em uma idéia incompleta sobre D-us. Este medo Vê D-us em termos dos atributos da Justiça, mas esquece-se de D-us como o Salvador, misericordioso e cheio de graça.
Se nós estivermos evitando os pecados só porque nós temos medo da Punição de D-us, e como se nós limpássemos o ‘exterior do copo’ enquanto o interior ainda está cheio de corrupção e podridão...
Ou nós podemos tentar encontrar raciocínios para desculpar-nos da ‘responsabilidade legal’. Nós podemos parecer exteriormente religiosos, “espirituais”, bons, obedientes, ‘observantes da Torah’... , mas interiormente nós podemos estar em um estado de alienação e rebelião. ‘ o Coração é enganoso acima de todas as coisas...’

O Messias nos ensinou que precisamos de um renascimento “espiritual” para ver o

Reino de D-us (João 3:3). Este é o novo princípio de vida de D-us (ou seja, Chayim chodashim:) que opera a ‘lei do espírito da vida’ (Romanos 8:2, 7:23).

D-us ama seus filhos com Ahavat Olam - Amor eterno, e nos seduz em Chesed, ou seja, na Sua Graça. (Jeremias 31:3). Note que a palavra traduzida ‘te atrai’ vem do Hebraico mashach que significa “agarrar” ou “arrastar para perto” (a palavra grega usa o verbo helko para expressar a mesma idéia). Como Yeshua disse; ‘ninguém é capaz de vir a mim, a menos que ele seja ‘arrastado ate a mim’ pelo Pai (João 6:44).

A Chesed – Graça de D-us nos seduz-nos, e nos leva cativo ate o Salvador Messias... ‘o “Renascimento espiritual” é um ato divino da criação, ‘não genético, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem (reencarnação), mas da vontade de D-us’ (João 1:13). D-us sempre é proeminente.


O Rabino Hanina (Talmud) ensinava: ‘tudo está nas mãos dos Céus exceto o

Temor do S-nhor, porque se diz, ‘E agora, Israel, o que o S-nhor teu D-us quer de ti; é que temas ao S-nhor teu D-us’ (Talmud Berachot 33b).

É uma luta para ver e pensar com clareza. Muitos de nós nos tornamos tão amargurados e cansados por causa das nossas preocupações cotidianas que nós mal podemos abrir os nossos olhos para contemplar a glória em torno de nós.

Nós temos andado “dormindo”, bocejando pelo nosso caminho através da ‘glória cósmica’ que nos rodeia.

Nós devemos cultivar o temor em nossos corações conscientemente lembrando a

Presença e a salvação de D-us.

Como disse o Rei Davi: Shiviti Adonay le’negedi tamid – Coloco Adonay sempre diante de mim. Estando Ele à minha direita, não serei abalado (Salmo 16:8)

Alguns dos Sábios Rabinos da antiguidade interpretam que este versículo significa que nós devemos Imaginar a Presença de Shechiná em frente de nós em todos os momentos da nossa vida.

Na Tradição judaica, Há um tipo de arte (pintura ou desenho em quadro) meditativa chamada ‘Shivitis’ que foram concebidos para nos lembrar que estamos sempre na Presença de D-us. Muitas vezes estes quadros são colocados na parede leste de uma Sinagoga.

Os ‘Shivitis’ são interpretações artísticas da instrução, ‘saiba diante de quem você está’- em Hebraico: Da lif’nei mi Atá omed. Que geralmente ficam escritos acima do ‘Aaron Kodesh’ (o armário no qual a Torá e guardada).
Às vezes os ‘Shivitis’ também são ‘cantados’, como uma ‘meditação falada’. Essas ‘técnicas’ são destinadas a instilar em nós a sensação de que a glória de D-us preenche todo o Universo e que devemos nossas vidas a ELE. Uma vez que cada pessoa é criada a ‘b'tzelem Elohim’ (na imagem de D-us).
O filosofo judeu Martin Buber (1875 -1965 Áustria) considerava que cada pessoa que está diante de nós como um ‘shiviti’ - um lembrete da Presença de D-us. (porque são criadas a imagem de D-us). Martin Buber dizia; ‘D-us está nos relacionamentos’

No Talmud os sábios ensinavam; ‘Para quem reverencia a D-us, todo o mundo foi criado por causa dessa pessoa. Essa pessoa é igual em valor para todo o mundo’ (Talmud Berachot 6b). Isso pode ser uma hipérbole, mas isso me lembra o conto ‘Chassidico’ que diz que; ‘cada pessoa deve andar na vida com duas notas, cada uma em um bolso. Em uma nota deve ser as palavras: ‘bishvili nivra ha'olam’ –“por minha causa foi este universo criado” e em outra nota as palavras: ‘anochi afar ve'efer’- ‘Eu sou pó e cinza’.

Da mesma forma, é evidente que ambos, os sentidos Yirat – Temor são chamados para dentro de nossos corações. Temos temor do S-nhor nosso juiz e ainda estar em Temor do custo da sua redenção. Devemos temer constantemente O Pecado. Devemos “ter medo” de tropeçar e desonrar a D-us com a nossa vida. Nós devemos ser vigilantes, alertas, acordados, conscientes e atentos a Presença de Adonay em todas as coisas.

‘Saber diante de quem você está’ - Da lif’nei mi atah omed. É Uma reverente e focada atitude que significa ‘praticando a presença de D-us’ em nossa vida quotidiana.

Toda a terra está repleta de sua glória, se tivermos o olho da fé para ver (Isaias 6:3). Estamos rodeados por D-us e Sua amorosa presença e nada pode nos separar do seu amor, demonstrado através do Messias (Romanos 8:38-39). Todo o Universo está dentro de D-us; ‘Adonay, tu tens sido a nossa Maon (habitação), de geração em geração’ (Salmo 90:1). ‘Em D-us nós vivemos e movemos e existimos’ (Atos 17:28).

D-us nunca vai nos deixar nem nos abandonar (Hebreus 13:5). ELE disse; Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu D-us; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra da justiça. (O Messias) Isaias 41:10.

Nós geralmente fazemos uma distinção entre ‘fé’ e ‘temor’, mas esta distinção precisa ser de alguma forma qualificada. Às vezes, o ‘temor’ implica a ausência de ‘fé’, e a nós é ordenado a banir tais medos de nossos corações: ‘Al Tirá - Não temas, porque eu sou com você’ (Isaias 41:10). Mas quando nos aproximamos D-us, nós devemos estar sempre em ‘temor’, mostrando reverência e humildade. Nossa fé no amor de D-us nunca deve remover admiração e reverência de nossos corações.



benção ou maldição
Considere Deuteronômio 11:26-28, Veja! Hoje eu ponho diante de vocês a bênção (brachá) e a maldição (kêlala): Vocês receberão a bênção se obedecerem aos mandamentos (mitzvot) de Adonay, nosso Deus, que estou dando a vocês hoje; ou receberão a maldição, se não obedecerem às suas leis, mas rejeitarem os mandamentos que eu lhes estou dando hoje e adorarem outros deuses que vocês não conheciam.
ou como Moisés posteriormente coloca ele Eis que coloco diante de vocês neste dia a vida e morte, benção e maldição. Por isso, escolham a vida para que você e seus descendentes possam viver.

A Parashá (porção) Re'eh começa com a advertência para cada um de nós ‘Ver!’ - Para abrirmos os nossos olhos e os nossos corações e mentes e ver o mundo que foi colocado diante de nós. Este “ver” é a sua redenção e a sua bênção. Você pode experimentar a liberdade de escolher a bênção oferecida a você quando sua visão é clara das falsas crenças, medo ou da ilusão da “religiosidade”. D-us nos manda VER, porque sem uma visão clara, pode não ser possível discernir entre a benção da maldição.

D-us está querendo dizer o seguinte: A escolha é sua. Você pode escolher benção na sua vida, ou maldição. Se você quiser bênçãos, então cumpra os Mandamentos (Mitzvot). Se você quiser maldição, então não siga meus mandamentos (Mitzvot) de D-us na Torá.

O que a Brit Hadashá (NT) nos ensina sobre os mandamentos de D-us? Yohanan (João) nos da à resposta definitiva: 1° João 5:3. Pois amar a D-us é obedecer aos seus mandamentos (mitzvot). E os seus mandamentos não são difíceis de obedecer.
Nada poderia estar mais perto da verdade! NÃO É MESMO?



A Chesed (Graça), dada através do Espírito generoso de Adonay, em primeiro lugar permite-nos devidamente obedecer a seus mandamentos! Se não fosse pela Chesed (Graça) de D-us muitos de nós já teríamos sido destruídos.
Moisés sabia que a Ruach Hakodesh - Espírito de D-us é que dá a Torá (lei) a um indivíduo, então o mesmo Espírito de D-us também escreverá a Torá (lei) em seu coração, permitindo-lhe cumpri-la!

Novamente, sem o Espírito de D-us que está (ou deveria estar) dentro de você, não será possível você defender a lei (Torá).
Considere isto: Jeremias 31:33 ‘Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz Adonay: porei a minha Torá (lei) no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu D-us e eles serão o meu povo. E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: conhecei a Adonay; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior, diz Adonay; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade, e não me lembrarei mais dos seus pecados. ’

Alguém que se diz ‘cheio do espírito santo de D-us’ pode ensinar doutrinas e dogmas contra a Torá (lei)? Pode uma pessoa ‘cheia do espírito santo’ falar contra o Sábado (Shabat) e Festas do S-nhor (Moadim)?

Esta pessoa pode estar cheia de tudo, de dogmas e doutrinas e etc. menos cheia do Espírito Santo de D-us.
Sendo que o próprio D-us nos diz que ele escreveria a Torá (lei) em nossos corações.
Escolher entre a benção e a maldição. Este processo obriga a uma pergunta: porque alguém escolheria a maldição? Por que alguns de nós não escolhemos a benção? A resposta está nas palavras de Yeshua (Jesus) o Messias registrada em Mateus 7:13-14. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.


Yeshua quer dizer que: ‘O caminho que conduz à destruição é tão amplo e tão fácil que muitos seguem esse caminho, mesmo sabendo que ele conduz a destruição. Um caminho sem Torá, lei, sem ética, sem verdade moral’.

Os Montes
Considere Deuteronômio 11:29, Quando Adonay D-us os levar para a terra que vão possuir, vocês anunciarão a bênção no monte Gerizim e a maldição no monte Ebal..

Uma vez que Israel entrasse na terra, com a liderança de Yehoshua (Josué), eles tinham que ter uma cerimônia ou um ritual reafirmando a aliança, o que eles tinham aceitado acerca de um ano após deixar o Egito. Deuteronômio 27, este tópico é mais detalhado em Josué 8:35, quanto o ritual realmente ocorreu.
Foram 3 vezes que reafirmaram a aliança.
*A 1° foi no Monte Sinai,
*A 2° nos últimos 2 capítulos de Deuteronômio quando estavam em Moabe.
*A 3° quando entraram na terra prometida (a terra de Israel).

O lugar onde se efetua esta cerimônia de reafirmação da Aliança é definido como; Monte Gerizim e Monte Ebal. O caminho para Shechem corta entre eles com Gerizim ao Sul da estrada e Ebal ao Norte. É no Monte Gerizim, que as bênçãos da Torá foram lidas e proclamadas; mas no Monte Ebal as maldiçoes da Torá foram lidas e proclamadas.

Acredite ou não, existe uma lógica e padrão por trás desta escolha.

Há um significado “espiritual” da direção Leste. Lembre-se como o acampamento de Israel era ordenado de forma que para certos grupos eram atribuído locais permanentes de acordo com as 4 direções. O leste é sempre preeminente. Quando você fica em direção ao Leste, qual a direção do seu lado direito? - Sul. Monte Gerizim estava para a direita, o Sul. Uma vez que o lado direito é considerado o que vence, em seguida, no Monte Gerizim foi dado o privilégio de ter as bênçãos lidas. Quando você fica em direção ao Leste, a sua esquerda é o Norte; e no Norte era o Monte Ebal a sua esquerda onde foram pronunciadas as maldiçoes. Lado esquerdo - Norte.
um ponto final: estes dois montes, o lugar precisamente onde a Aliança foi retificada, estão agora nos territórios conhecidos como Cisjordânia.(West Bank)





Os Seis verbos
Em Deuteronômio 13:4, Após Adonay nosso Deus andeis, e a ele temeis; os seus mandamentos guardem, e a sua voz ouvireis; a ele servireis, e vocês apeguem a ELE.

Incorporado dentro do texto da Torá é um versículo que contém seis verbos no aspecto imperfeito, que implica uma ação contínua. Adonay nos ensina; Quem nós somos e como devemos a viver. Considere o que cada um implica:
Andarás תֵּלֵכוּ
Literalmente lê-se no texto “Após Adonay seu Deus, você deve caminhar.” O que significa “andar após Adonay teu Deus?

Resposta em 1°João 2:5-6. Mas qualquer que guarda a SUA palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de D-us. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz estar NELE, também deve andar como Yeshua andou.
Também é escrito no Salmo 119:133 Firma os meus passos na tua Palavra; e não se apodere de mim iniqüidade alguma. Andar após Adonay significa viver (andar) na sua Torá como Yeshua nosso Messias viveu e andou — para ver a vida através destas perspectivas e fazer escolhas baseadas em sua palavra a Torá.
Muita paz têm os que amam a tua lei (Torá), e não há nada que os faça tropeçar. Espero, Adonay, na tua salvação, e cumpro os teus mandamentos (Mitzvot). A minha alma observa os teus testemunhos (Eidut); amo-os extremamente. Observo os teus preceitos e os teus testemunhos, pois todos os meus caminhos estão diante de ti... Profiram louvor os meus lábios, pois me ensinas os teus estatutos (chukim). Espero ansiosamente por tua salvação (yeshuah), ó Adonay; a tua lei (Torá) é o meu prazer.
Salmo 119:166-174
Temerás תִירָאוּ
“o temor de D-us” é o início da sabedoria e conhecimento. O que significa “temeram ao S-nhor”?
A palavra significa mais do que “mostrar respeito”, a definição popular entre os teólogos modernos. A palavra ao transmitir a idéia de “respeitar” também significa “temor” & “tremor” e estando conscientes de sua própria vulnerabilidade.



O Temor do S-nhor - Yirat Adonay significa ‘estar na presença de D-us em todos os momentos da nossa vida’. É a percepção consciente de que D-us nos vê e está profundamente preocupado com as nossas vidas. ‘Há um olho que vê e uma orelha que ouve e todas as nossas ações são escritos em um livro’ (Talmud Pirkei Avot 2: 1).


Enquanto “a andar após ELE” transmite uma imagem da amizade e proximidade, “temerás” significa que devemos sempre vê-lo através de sua Majestade absoluta, e nunca podemos considerar ELE como um nós, trazendo-o a banalidade. Salmo 50:21 registra uma das acusações feitas contra Israel pelo El Elion – D-us Altíssimo: “.Vocês fizeram essas coisas, e eu fiquei calado; por isso, pensaram que EU era igual a vocês. Porém agora vou repreendê-los; vou mostrar-lhes os seus erros..” salmo 50:21
Dar atributos que são de seres humanos á D-us, é trazê-lo a banalidade é trazê-lo ao nosso nível pecaminoso. D-us não é homem ou um Ser Humano e etc., D-us está muito alem da nossa compreensão, não somos capazes de definir o que D-us é. Somos capazes de compreendê-lo através dos seus atributos os quais estão incorporados no Messias Yeshua.



Guardarás תִּשְׁמֹרוּ
“Guardar” se refere à atividade da “prática”, que é a manutenção. Quando nós dizemos “guarda o seu mandamento” denota um aspecto pessoal e comunitário. Da mesma maneira que você iria proteger um rebanho, impedindo o perigo de entrar e qualquer ovelha sumir. “vigilância” o mandamento tem dois aspectos: certificando-se que os mandamentos são respeitados e que o que D-us proibiu não seja feito.
“Guardar” então significa que nós devemos ser diligentes na manutenção da nossa vida de acordo com regras de D-us na Torá. Você deve fazer tudo ao seu alcance para prosseguir na manutenção dos mandamentos como ocorrência natural no seio da Comunidade e da Congregação. Você não pode compreender os Mandamentos (Mitzvot) se não fizer uma investigação diligente dos textos das Escrituras. Porque razão? É nas Escrituras que D-us descreveu os Mandamentos detalhadamente e da sua palavra você pode obter o ensino e seus significados e propósitos. Sua vontade de ocupar-se em saber a vontade de D-us na Sua Palavra reflete como você é determinado em “guardar” Seus Mandamentos (Mitzvot).

Ouvirás תִשְׁמָעוּ
Shema b’kol é traduzido como “ouvir a voz” mas no hebraico é mais do que isto, é um modo de exprimir a obediência. Daí, logo depois nós temos o verbo Shomer “guardar”. Shema e Shomer ambos transmitem o sentido de obedecer e praticar, mas cada um enfatiza um aspecto ou perspectivas na obediência.
Esta frase hebraica, “ouvir a voz” = obedecer, nasce da experiência da amizade e companheirismo. Uma pessoa não consegue ouvir o a voz do outro a menos que as duas coisas existam:
* Você tem uma disponibilidade para ouvir e
* Você está em posição próxima o suficiente para ouvir.
O cerne de um filho de Adonay é aquele que escuta atenciosamente a o som da Sua voz.
Os Filhos e Filhas da Aliança de D-us estão sempre vinculados ao sentido da escuta veiim shamoa tish’meun - e se verdadeiramente me escutares...


Servirás תַעֲבֹדוּ
As palavras serviço ou trabalho que é Avodá em hebraico na qual é freqüentemente traduzida e entendida como “culto” no Tanach (Escrituras). Yeshua (Jesus) cita Deuteronômio 6:13 em Mateus 4:10 quando tentado por HaSatan (O opositor): ‘A Adonay teu D-us adorarás, e só a ELE servirás’. Servir é a resposta automática da verdadeira adoração ou o chamado culto.

Apegarás - colarás תִדְבָּקוּן
Este verbo Devak é o mesmo verbo usado em Gênesis 2:24 ‘e ‘colará’ (Devak) à sua mulher, e serão uma só carne. Ou seja, uma só pessoa’. Isto é a “Linguagem do amor ” fala da amizade e companheirismo.

A palavra hebraica para ‘cola’ é Devek na qual vem da mesma raiz. Devak é a palavra usada para descrever como o homem se ‘apega’ a sua mulher para serem uma só pessoa (basar echad) Genesis 2:24. E é também relacionada à palavra para as ‘juntas do corpo humano’ – Debek Jó 19:20.

Os Devakim são aqueles que colaram ou se agarram forte no S-nhor durante os anos de caminhada no deserto deuteronômio 4:4. E de todos nós é requerido reverenciar ao S-nhor D-us e Devak (colar-se) e ser unido NELE. Deuteronômio 6:4-6 & João 15:1-5


Na Cabalá judaica Devakut é o ato “espiritual” mais elevado na escada celestial que leva de volta a D-us.
A Parashá também instrui sobre; Os Maasserot: Os dízimos (produtos agropecuários) que o agricultor em Israel devia separar na época do Templo - Beit HaMikadesh. E também sobre os Maaser Sheni: o segundo dízimo (produtos agropecuários), consumido pelo proprietário em Jerusalém.
Os Dízimos sempre estão relacionados à comida, alimentos, produção agro-pecuária.



Não que não houvesse dinheiro nos tempos bíblicos, algumas taxas para o Templo só eram aceitas em forma de dinheiro (Êxodo 30:14-16 e 38:24-31).
*O dinheiro era utilizado para comprar sepulturas (Gênesis 23:15-16).
*O dinheiro era usado para comprar bois para serem oferecidos em sacrifícios. (II Samuel 24:24).
*Era utilizado para pagar tributos. (II Reis 23:33,35).
*Era utilizado para comprar imóveis (Jeremias 32:9-11).
*Para pagar salários (II Reis 22:4-7).
Dízimo na Bíblia é sinônimo de alimento, e isto é um fato!!
Ofertas podiam ser trazidas em forma de dinheiro (II Reis 22:4-7)
Mas, quando o assunto era dízimo, somente ovelhas, bois, grãos, comida, Dinheiro nunca! Por este motivo, em nos nossos dias, dízimo não é o dízimo bíblico. Seu dinheiro entregue naquele envelope não é, e nunca será um dízimo à luz da Bíblia.

Foi D-us quem soberanamente estabeleceu o que é dízimo e o homem não pode mudar em suas doutrinas religiosas financistas. (Levítico 27:30-32). Curiosamente, o dizimista não tinha que separar o PRIMEIRO para D-us, mas o DÉCIMO, o último.
Os animais iam passando por debaixo da vara do pastor. O dízimo ou o décimo era separado e entregue ao S-nhor. Quem tivesse nove ovelhas estava automaticamente isento do dízimo.

Maaser Sheni; Os dízimos deviam ser comidos pelos dizimistas na presença do Eterno, no local que Ele ordenasse.
1* Que o dízimo deveria ser calculado sobre o fruto das sementes, cereal, vinho, azeite, vacas e ovelhas.
2* Que o dizimista deveria comer seus dízimos no lugar no qual D-us indicasse.
3* Que o dizimista poderia vender o dízimo e com o dinheiro apurado comprar o que desejasse comer e beber a sua alma. Mas, nada de levar dinheiro à presença do S-nhor! Se alguém não pudesse transportar os dízimos em forma de alimentos, bois e vacas, então a pessoa deveria vendê-lo e com o dinheiro comprar outras coisas para comer, BEBER e se alegrar.
4* Que o décimo animal (não o primeiro) deveria ser separado para D-us.
Alguns teólogos hoje, tomando o texto de Provérbios 3:9, tentam incutir na mente do povo que devemos dar primeiro para D-us. Mas, o termo ‘primícias’ está ligado a qualidade e não a seqüência quantitativa.
5* Que deveriam dar o dízimo ‘quando o S-nhor teu D-us te tiver abençoado’. Dízimo na Bíblia sempre aparece numa escala crescente. De lucros, de ganhos, de bênçãos, de aumento de renda. Nunca num ambiente decrescente, de prejuízos, de recessão, de pouco dinheiro. ‘Todo o bem que vos abençoar o S-nhor vosso D-us.’ ‘Quando o S-nhor teu D-us te tiver abençoado’. Quando um israelita era abençoado, somente nesta situação deveria ele deveria trazer os dízimos ao S-nhor. Abraham também deu dízimos sobre um aumento de rendas. Ya'akov (Jacó) fez um voto a D-us sob a mesma base. Se fosse abençoado daria dízimos.
6* Que era dizimável; o aumento de renda das benção advindas da agro-pecuária. Nenhum texto diz que lucros sobre outras atividades produtivas deveriam ser dizimadas.
7* Dízimos poderiam ser utilizados para fazer caridade. (Deut. 14:28-29).




Se os religiosos modernos pegam o principio de dizimar ou ‘dar dizimo’, tudo bem, mais deviam fazer isto com honestidade e verdade, podem chamar de mensalidade, anuidade e etc. & tal , mas ... Dízimo biblicamente falando não o é!
Falso profeta - Navi Sheker
Considere com bastante atenção Deuteronômio 13:1-5, Se levantar no meio de vós profeta, ou sonhador de sonhos, e vos anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o sinal ou prodígio de que vos houver falado, e ele disser: Vamos após outros deuses - deuses que nunca conhecestes - e sirvamo-los! Não ouvireis as palavras daquele profeta, ou daquele sonhador; porquanto o S-nhor vosso D-us vos está provando, para saber se amais o S-nhor vosso D-us de todo o vosso coração e de toda a vossa alma Após o S-nhor vosso D-us andareis, e a ele temereis; os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis; a ele servireis, e a ele vos apegareis E aquele profeta, ou aquele sonhador, morrerá, pois falou rebeldia contra o Senhor vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos desviar do caminho em que o S-nhor vosso Deus vos ordenou que andásseis; assim exterminareis o mal do meio vós.
A Torah afirma claramente, em muitos lugares que suas leis NUNCA devem ser abolidas.
Um verdadeiro profeta ou uma pessoa que tenha o ‘dom de profecia’ é um porta-voz de D-us. Na época Profetas freqüentemente testificavam sua autenticidade com um sinal específico ou sinal de maravilhas. Deuteronômio 13 avisa que mesmo se o sinal ou algo espantoso que o Profeta fizer e, ou sua previsão vier a ter sucesso, ele ainda poderia ser um falso profeta. Sinais e maravilhas não são a prova final.



Moisés diz que um falso profeta pode executar sinais e maravilhas para testar a fidelidade de Israel a Torá. Yeshua avisa em Mateus 24:24 falso Profetas surgirão e mostrarão grandes sinais e maravilhas.


Como você pode saber se é um profeta falso ou um profeta verdadeiro? Moises ofereceu o teste padrão saber isto em Deuteronômio 18:21-22 diz, E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que Adonay falou? Quando o profeta falar em nome do Adonay e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que Adonay não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás.

No exemplo de saber se o profeta (ou hoje se há dom de profecia na pessoa), a Torah é como a “autoridade rabínica Kasher”, verificando para ver se o produto é kasher (permitido). Se o profeta provar ser verdadeiro e provar estar de acordo com a Torah, a Torah “carimba” esse profeta com seu heksher (selo kosher).

Porque quando uma pessoa busca por alimentos kasher, ela mantém sempre cuidado para verificar se o alimento esta de acordo com a Torá ou não, antes de colocá-lo em sua boca. Assim também nós devemos ter cuidado para verificar um profeta e sua profecia, para ver se ele e sua profecia são “Kasher”, ou seja, verificar se estão de acordo com a Torah de D-us, antes de nós a a deixamos entrar em nossos ouvidos e se instalar em nossos corações.
Se uma pessoa profetizar um sinal, uma maravilha ou uma predição, e essa predição não vier a acontecer exatamente como ela falou, tal pessoa deve ser considerada um falso profeta e nunca mais deve ser ouvido outra vez. De fato, nos dias do Sanhedrin, o falso profeta era posto à morte por apedrejamento.

Bom seguindo este raciocínio, se o que o profeta (ou a pessoa que profetizou) vier a acontecer exatamente do jeito que ela falou, nós devemos considerá-lo um verdadeiro profeta de D-us? A resposta é Não. Há um segundo critério para determinar se um profeta é verdadeiro; um profeta verdadeiro não vai contra a Torah de D-us e seus mandamentos.

Considere sempre Deuteronômio 13:5, E aquele profeta, ou aquele sonhador, morrerá, pois falou rebeldia contra Adonay vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos desviar do caminho em que Adonay vosso Deus vos ordenou que andásseis; assim exterminareis o mal do meio vós.

Esta passagem se faz muito clara sobre um profeta ou sonhador ou uma pessoa hoje com dom de profecia em relação de ir contra os Mandamentos (Mitzvot) de D-us na Sua Torah. Ou seja, mesmo que tudo que esta tal pessoa dizer acontecer exatamente como falou, ou ate fizer sinais de maravilhas e vier esta tal pessoa falar contra a Torah, esta tal pessoa é um falso profeta. Desta forma D-us nos ensina como diferenciar tais profetas (ou sonhadores ou hoje pessoas com o dom de profecia)

* Primeiramente, se um profeta predisser uma coisa que venha passar, sua predição deve provar ser verdadeira. Se o sinal, a maravilha ou a predição falharem, sua profecia é falsa.
* Em segundo, se o milagre, o sinal ou a predição vierem ser verdadeiros mesmo isto não lhe faz um profeta de D-us. Sua mensagem deve ser consistente com a Torá.




Se em sua mensagem, profecias for algo contrário aos Mandamentos (Mitzvot) de D-us, tais como a idolatria, profanação do Sábado e as Festas apontadas por D-us e etc. ele é um falso Profeta. Os sinais e as maravilhas sozinhos não são suficientes para provar que tal pessoa é um profeta verdadeiro ou uma pessoa com o dom de profecia. Deve também receber o teste da Torá.

Isto é algo muito serio! Hoje em dia isto tem sido levado extremamente na banalidade, Concerne àquelas pessoas que têm um hábito dizer a outra; “Eu tenho uma palavra do S-nhor para você”. Declararam-se como profetas ou cheio do “espírito santo” ou no ‘evangeliques’ tem a “unção”. CUIDADO! Se você tem tido este habito e tem se colocado nesta posição, pense muito bem, mais muito bem antes de abrir a sua boca pra ficar falando que D-us disse isto ou aquilo para você falar, leia o que eu está em Deuteronômio 18, porque você não terá outra escolha, e é melhor que sua palavra esteja correta de acordo com a Torá e tudo que você disse aconteça exatamente como tal. Pense muito bem antes de entrar nesta mania de “Zé ou Maria profetas” ou “profetadas” ou “revelações” ou “atos proféticos” ou “ta na unção”, pois você será julgado por tudo que sair da sua boca e D-us não tem por inocente aquele que usa seu Nome em vão. As conseqüências por entregar uma mensagem ou profecia falsa são consideravelmente severas.

O principio fica: Não dê ouvidos a lideres religiosos ou pessoas que se dizem profetas ou com o dom de profecia que são contra a Torá de D-us, mesmo o que ele ou ela disse aconteça exatamente como disseram; Pois isto só não basta para qualificar uma pessoa como profeta de D-us. Não coloque suas palavras na boca de D-us.
Yeshua (Jesus) ensinou a seus discípulos (Talmidim) manter a Torah de D-us, mesmo o menor dos Mandamentos (Mitzvot), e todas suas profecias provaram serem verdadeiras. Conseqüentemente, concordando com os critérios da Torah, Yeshua (Jesus) é legitimamente um ‘profeta kasher’.

Mateus 5:17-19 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei (Torah) um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.

Nós não devemos imitar os costumes outros povos daqueles que estão fora do Reino dos Céus, não ouvir aqueles que gostariam de nos desviar dos mandamentos de D-us, as ‘Kashrut’ (regras da alimentares da bíblia), as festas do S-nhor, a Tzedakah e etc.
A Parashat Re’ê conclui com uma breve descrição das três festas de peregrinação – Pesach, Shavuot e Sukot – quando todos deveriam ir a Jerusalém e ao Templo com oferendas, para celebrar a sua prosperidade

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