שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד
Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

sábado, 29 de janeiro de 2011

Pela graça ou pela lei? Resposta: por ambas.

Pela graça o homem tem seus pecados perdoados por D-us
Pela lei o homem aprende o caminho da obediência
Pela graça somos redimidos e restaurados
Pela lei somos aperfeiçoados com qualidade de vida
Pela graça conhecemos o amor de D-us
Pela lei conhecemos a justiça de D-us
Pela graça recebemos algo que não merecemos
Pela lei declaramos o nosso amor através da obediência
Pela graça somos chamados filhos de D-us
Pela lei somos confirmados como herdeiros
Pela graça conhecemos a face do Eterno
Pela lei conhecemos o seu caráter e seus atributos
Pela graça Abraão foi chamado por D-us
Pela lei ele andou nos caminhos do Senhor
Pela graça Noé foi encontrado por D-us
Pela lei ele foi chamado justo
Pela graça Davi foi eleito e alcançou misericórdia
Pela lei ele foi um homem segundo o coração de D-us
Pela graça Salomão recebeu sabedoria
Pela lei ele foi digno de ser Rei e erguer o templo de D-us
Pela graça Moisés viu D-us face a face
Pela lei ele conduziu Israel pelo deserto com vida e para alguns para morte
Pela graça os profetas receberam a Ruach HaKodesh (Espírito Santo)
Pela lei profetizaram o caminho do Mashiach
Pela graça a virgem o filho de D-us gerou
Pela lei ele nos ensinou o caminho, a verdade e a vida
Pela graça o Mashiach voltará a Jerusalém
Pela lei ele governará e ensinará a Toráh a todas as nações
Pela graça sabemos que precisamos guardar a lei no nosso coração
Pela lei a graça traz plenitude e vida eterna
Pela graça somos justificados
Pela lei somos santificados
A graça é salvação
A lei é o caminho da perfeição
A graça sem a lei não aperfeiçoa
A lei sem a graça não salva
O Espírito da graça é o mesmo Espírito da lei
D-us é amor e também é justiça
O Mashiach revela a graça e ensina a lei aos homens
A graça é uma dádiva divina
A lei é santa, justa e boa.



Obs.: Quando lerem “pela Lei“, entendam “pela Fé“, não a idéia de fé fútil e sem fundamento da modernidade, que relega a fé a um pensamento positivista abstrato, uma força psíquica subjetiva, tenham em mente que a fé , הנמא (emuná em hebraico), tem o sentido principal de FIDELIDADE, isto é, se alguém tem Fé, ela mostra esta FIDELIDADE com obediência a tudo que Aquele que lhe prometeu algo solicitou que fosse guardado, assim vemos em Hebreus 11, a lista de heróis da fé, que com fidelidade Àquele que os chamou, tiveram testemunho de justiça, pois Noach ao ser chamado pela Graça para construir a Arca, teve fé nas palavras Daquele que o chamou e tendo fidelidade a este chamado construiu a Arca, Avraham ao ser achado pela Graça foi chamado para fora de sua parentela, e impelido a peregrinar a terras estranhas, e pela fidelidade de ir para onde não conhecia recebeu a promessa de ser pai de muitas nações e herdar a terra que peregrinou, assim como estes dois exemplos muitos outros obtiveram testemunho por parte de D-us acerca da fidelidade em obedecer, acreditando Naquele que os chamou.
Em resumo, a expressão “pela Lei” quer dizer pela Fidelidade em se fazer algo acreditando e tendo esperança nas Palavras Daquele que nos chamou.
Adaptado e Acrescido por Metushelach Ben Levy de texto de Giliardi Rodrigues em http://teopratica.blogspot.com/

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Por que acredito que o arrebatamento acontecerá depois da Grande Tribulação?

Vértebra Escatológica

Acredito firmemente em uma teoria que denomino de “vértebra escatológica”. O que é isto? Assim como a vértebra humana é central na formação nervosa, óssea e todo o corpo é sustendo por ela, acredito que exista um texto na Bíblia que deve ser considerado o sustentáculo, o pilar central da Escatologia – o estudo acerca do Final dos Tempos.

Acredito firmemente que o único texto que se enquadra neste perfil de vértebra escatológica se encontra em Mateus capítulo 24, as palavras de Yeshua (Jesus) a respeito das últimas coisas. Considero suas versões em Lucas 21 e Marcos 13 textos complementares de Mateus 24.

Acredito que Mateus 24 se enquadra no perfil de vértebra no estudo da Escatologia, por vários motivos, porém listarei alguns que considero de suma importância:

1º Yeshua descreve o final dos tempos sob uma pergunta que os discípulos fizeram, na verdade eles formularam um questionamento típico dos escatólogos, ou seja a pergunta que qualquer estudioso das últimas coisas gostaria de fazer ao Mestre. “Dize-nos quando acontecerão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e dos fins dos tempos?” (v.3). Ora, deste questionamento Yeshua vem traçando, quase em ordem cronológica, os sinais do fim, bem como seu advento.

2º A ambiência em que Yeshua narra o final dos tempos é bem apropriada. Yeshua está geograficamente no centro do cumprimento profético, no coração das profecias, está em uma ambiência escatológica, Yeshua está no Monte do Templo em Jerusalém. (v.1).

3º A narrativa está quase em ordem cronológica, percebe-se isto na lógica do texto. O uso de expressões como: Então, quando, logo, etc. Indicam marcação de tempo, isto é importantíssimo para compreendermos a manifestação das últimas coisas.

Muitos ainda assim, afirmam que o texto faz referência a Israel. Porém, tenho minhas dúvidas se o texto também não se aplica à toda comunidade de salvos no mundo. O testemunho do advento não será restrito aos judeus como veremos no desenvolvimento deste pequeno artigo.

A Escatologia do Messias

Fiz esta introdução para que tenhamos em mente, que Mateus 24 é a Escatologia do Messias. Todos os outros textos que temos nas Escrituras desde os profetas até Apocalipse estão submetidos pela visão escatológica do Messias. Qualquer interpretação bíblica sobre o final dos tempos que, fuja a visão de Yeshua sobre este assunto, deve ser reavaliado.

E o quê Yeshua diz sobre as últimas coisas? Esta deve ser a humilde pergunta que o teólogo sincero deve fazer. Como Yeshua descreve e profetiza o Final dos Tempos?

Vejamos nos tópicos a seguir como é a Escatologia do Messias em Mateus 24:

“... quando sucederão estas cousas, e que sinal haverá da tua vinda e da consumação dos séculos?” (Mt 24.3).

1. “Princípio das Dores” Mateus 24.4-9

- Falsos Messias;
- Engano;
- Guerras e Rumores de Guerra;
- Nação contra nação, Reino contra Reino;
- Fomes, Terremotos em vários lugares.

2. “A Grande Tribulação” Mateus 24.9-28

Início da Grande Tribulação

- Ódio das nações;
- Escândalos;
- Traição;
- Ódio;
- Falsos Profetas;
- Transgressão da lei (anomia);
- Amor se esfriará;
- O Evangelho será anunciado por todo o mundo.

A Grande tribulação propriamente dita

- Abominável Desolação;
- Fuga para os montes;
- Grande Tribulação.

3. “A Vinda do Filho do Homem” Mateus 24.29-44

- Logo em seguida a tribulação daqueles dias v.29.
- O Sol escurecerá
- Yeshua vem ao som de Shofar;
- Lamentação dos povos;
- O Recolhimento do Escolhidos (ARREBATAMENTO) v.40.

Os Escolhidos Passam Pela Grande Tribulação

O texto de Mateus é claríssimo, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome”. (v.9). Para quem Yeshua estaria dando esta advertência? Para os que não querem nenhum compromisso com o nome Dele? Com os incrédulos que perderam o arrebatamento, como afirma o pré-tribulacionismo? Não! Estes que são os perseguidos, são testemunhas do Reino de D’us, é uma Igreja perseguida, porém vitoriosa, que testemunha o nome do Messias, mesmo sendo oprimida e martirizada pelo mundo. Uma igreja que mesmo em um mundo onde o amor se esfriou por causa da transgressão da Torá (iniqüidade é anomia em grego, quer dizer transgressão da lei) v.12. Anuncia o Evangelho do Reino à toda a terra, testemunhando a todas nações, para assistir o fim (v.14). Por isto Yeshua disse: “Aquele que perseverar até o fim será salvo” (v.13).

Os Salvos na Grande Tribulação

A orientação do Messias é claríssima: “Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no shabat; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (v.20). Esta tribulação, foi prevista pelos profetas e também foi preservada sua expectativa em escritos judaicos antigos, como em Qunram: “Tribulação para todo o povo redimido por D’us. De todas as tribulações, nenhuma será como esta, desde sua aceleração até que se complete a redenção eterna” (1 QM [t 1Q33]) – Regra de Guerra Col I.v.12.

Ora, o que temos aqui, é que a expectativa judaica sempre foi, tanto nos profetas como nos escritos de Qunram, que os remidos passariam pelas dores de parto de uma Grande Tribulação. Os ‘remidos’ passariam por ela.

O que temos que ter em mente é que a expectativa de uma Grande Tribulação não é uma teoria cristã ocidental, ou mesmo helênica. A Grande Tribulação é conhecida como as dores de Jacó, isto fazendo referência aos vários textos dos profetas que descrevem uma grande aflição que virá no Final dos Tempos sobre Israel.

Sendo assim, devemos entender que na mente judaica, nunca houve um entendimento de que alguma forma os remidos escapariam desta tribulação por um arrebatamento.

Outra questão que deve ser levada em conta. O livro de Apocalipse possui quase todo sua narrativa descrevendo este período da Grande Tribulação, e o texto de Apocalipse é claríssimo quando diz: “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Apocalipse 1:3). Ora, se eu serei arrebatado, por que tenho que guardar as palavras das profecias de Apocalipse? Eles descrevem as pragas, cálices da ira, trombetas, selos, morte, sangue, fogo, saraiva, perseguição aos inscritos no Livro da Vida, etc. Se eu sou arrebatado, por que Apocalipse existe? Este é o grande problema do pré-tribulacionismo, ele exclui os crentes do cenário escatológico e exclui apocalipse como um livro para os salvos. Yeshua disse ainda: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de D’us e a fé em Yeshua” (Ap 14.12). Apocalipse é um livro para que os santos perseverem, para que tenham esperança, para não fraquejarem diante da tremenda tribulação que virá sobre as Nações no Final dos Tempos.

O Advento do Messias

Este é para mim o versículo mais claro sobre o arrebatamento depois da Grande Tribulação: “LOGO EM SEGUIDA A TRIBULAÇÃO daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados, Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de Shofar (Trombeta), os quais reunirão [arrebatamento] os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mt 24:30-31 – Almeida Revista e Atualizada)

O texto é claríssimo! Algumas versões traduzem o termo ‘tribulação’ deste versículo por ‘aflição’, porém a palavra original tlipsis é precisa. Traduzida literalmente por tribulação, é a expressão TSAR (Tribulação) que encontramos no hebraico do Tanach (AT). A versão de Marcos é mais clara ainda quando diz: “Mas, naqueles dias, após a referida tribulação...” (Mc 13.24 – ARA).

Veja! O ADVENTO SÓ ACONTECE DEPOIS DA GRANDE TRIBULAÇÃO! Os salvos testemunharão este advento da terra, e não do céu, vindo das “bodas celestiais” depois de 7 anos de Grande Tribulação como ensina o dispensacionalismo inglês de J.N. Darby (1830). Não! Yeshua foi claro ‘logo após a tribulação daqueles dias virá no céu o Filho do Homem’. Não há espaço para o argumento moderno da cristandade em dizer que a Segunda Vinda do Messias é em duas fases. A Segunda vinda é única e absoluta, não existe espaço para ‘fases’ neste advento, Yeshua disse que será em um abrir e fechar de olhos!

Interessante, que estas palavras de Yeshua estão preservadas em uma versão similar no livro de oração judaica (Sidur) nas orações da Amidá, em específico na Benção Kibuts Galuiot (Reunião da Diáspora) que diz: “Faze soar o Shofar para a nossa liberdade e ergue o estandarte para juntar os nossos dispersos, e reúne-nos logo, a todos, dos quatro cantos do mundo para nossa terra”. O advento do Messias Yeshua (Jesus) restaurará o povo judeu da diáspora, os dispersos serão reunidos, os gentios que foram enxertados neste povo farão parte desta restauração e todos testemunharemos a vinda em Glória do Nosso Messias.

Está claro que o Advento acontece após a tribulação. E o arrebatamento e ressurreição dos mortos acontecem nesta ocasião? Sim! Vejamos o que o apóstolo disse sobre isto: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta (SHOFAR) de D’us, descerá dos céus, e os mortos no Messias ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (I Ts. 4:16 e 17). O Apóstolo dos Gentios, Paulo, está descrevendo o mesmo advento, inclusive faz referência ao Shofar.

A questão é que teremos um encontro com o Senhor nos ‘ares’. Não para ficarmos com ele nas bodas nestes ares. Mas, para estarmos com o Senhor no Reino Milenar que é sobre a terra e finalmente nos Novos Céus e Nova Terra (Ap 20 e 21).

Este testemunho do advento de Yeshua não será restrito aos judeus? Não! A teologia que afirma que os judeus são afligidos na Grande Tribulação, enquanto os gentios salvos desfrutam das Bodas nos ares é anti-semita.

Os salvos testemunharão o advento sim! Paulo inclusive faz referência a isto aos gentios de Tessalônica quando fala deste advento no texto já citado.



Textos Usados pelo Pré-tribulacionismo

“Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Ap 3:10).

Este texto é largamente usado pelos que acreditam no arrebatamento antes da Grande Tribulação, afirmando que a ‘provação’ seria a Grande Tribulação.

Esta é uma interpretação muito limitada e desrespeita o contexto histórico das Escrituras. Este texto foi dirigido a Igreja de Filadélfia que foi uma comunidade de crentes histórica, que existia na Região de Filadélfia no Leste da Ásia Menor (Turquia Européia atualmente). A profecia é uma profecia histórica e não escatológica, pois o texto tem aplicação primária sobre a Igreja de Filadélfia que simplesmente não existe mais. Claro que isto não impede a aplicação do texto para a Igreja da Modernidade. Porém, aplicação não tem autoridade hermenêutica, pois a hermenêutica respeita acima de tudo a historicidade do texto. Aflição contra crentes no mundo antigo sempre existiu. O texto provavelmente estava fazendo referência as terríveis perseguições romanas contra os primeiros crentes na Ásia. Aplicar este texto a Igreja moderna, sem levar em conta os fundamentos históricos do texto é ignorar os fatos. O texto não se aplica a Igreja escapando da Grande Tribulação e tenho certeza que João não tinha isto em mente quando escreveu Apocalipse.

“... e para guardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Yeshua, que nos livra da ira vindoura” (I Ts 1:10).

Este texto diz o que diz, os salvos serão salvos da Ira Vindoura! Sem dúvida, porém isto não significa que seremos arrebatados dela. O livramento ocorre na Grande Tribulação. Temos que ter em mente que existem dois tipos de aflições na tribulação. Juízo de D’us sobre as nações pagãs não salvas: pragas, terremotos, doenças, saraiva, etc. E perseguição aos crentes por parte do Anticristo ou Antimessias: perseguição, morte, opressão, etc.. Os crentes não receberão nenhum tipo de juízo de D’us, seremos livres da Ira Vindoura! Porém, seremos perseguidos pelo mundo, Yeshua disse isto em Mateus 24 e vemos isto também em todo o livro de apocalipse. “Foi lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação...” (Ap 13.70). Porém, constantemente vemos em Apocalipse, as pragas vindo sobre ‘os que não tiveram seus nomes escritos no livro da vida do cordeiro’. Tudo muito lógico. Este entendimento aplica-se também aos textos de Romanos 5:9 e I Ts 5:9.

O estranho é que a escatologia pré-tribulacionista afirma que não haverá mais a Noiva do Messias a Igreja na Grande Tribulação pois estará arrebatada durante ela. Porém, isto é estranho, porque João tem uma visão de salvos que vieram da Grande Tribulação e tiveram suas vestes lavadas pelo sangue do cordeiro. Ora, não são os remidos parte integrante do Corpo de Cristo? Então se há salvação na Grande Tribulação, há Igreja.

Conclusão: A teoria pré-tribulacionista é um ensinamento muito novo, foi cunhado em 1830 por Darby e teve como seus principais divulgadores homens como: Schofield, Charles Rariye, D. Pentecost, Stanley Horton, etc. Ora, antes deste ano nunca houve a expectativa na Igreja de ‘escapar da tribulação’. Citarei um texto de um renomado teólogo Batista: “A distinção cronológica entre o arrebatamento e a segunda vinda de Cristo é uma doutrina recente, que veio à cena apenas a cem anos passados. Portanto, pode tratar-se de uma criação moderna, que dá à Igreja de fé fácil um meio de escape para não entrar na prometida Grande Tribulação... Limitar a tribulação somente à preparação da nação de Israel para a restauração, e não encarar a tribulação como medida que purificará a própria Igreja, como se fosse uma espécie de medida preparatória da Noiva para a vinda do Noivo, é fazer como que os capítulos quinto e décimo nono, do livro de Apocalipse, não tenham qualquer aplicação direta à Igreja Cristã, ao passo que esse livro tem como seu propósito específico advertir e sustentar a Igreja em meio a tribulação; e isso tanto no período da Igreja primitiva, que sofria tribulações e perseguições, como prefiguração do que acontecerá futuramente, como também profeticamente, para ajudar a Igreja Cristã que existir quando ocorrer a Grande Tribulação”. (J.M. Bentes e Russel Champlim Phd. – Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Verbete Parousia).

É incrível a precisão das palavras deste pastor, aplica-se perfeitamente a tese apresentada.

Encerro este artigo com a visão de João em Apocalipse: “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas.... Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: SÃO ESTES OS QUE VÊM DA GRANDE TRIBULAÇÃO, LAVARAM SUAS VESTIDURAS E AS ALVEJARAM NO SANGUE DO CORDEIRO....” (Apocalipse 7:9,13 e 14).

Por Igor Miguel

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tribulação



Partilho com vocês um texto que mostra a tribulação ocorrendo e o povo de D-us sendo protegido em meio a destruição e não sendo levados voando para o céu para encher a pança alegremente, enquanto o "couro come" feio na Terra.

Isaías 26.19 Os mortos do nosso povo voltarão a viver; os seus corpos ressuscitarão. Os que estão no mundo dos mortos acordarão e cantarão de alegria. Como o orvalho que tu envias dá vida à terra, assim de dentro da terra os mortos sairão vivos.
26.20 Meu povo, vão para as suas casas e tranquem as portas; escondam-se por algum tempo até que passe a ira de D-us.
26.21 Porque o SENHOR D-us virá da sua morada, no céu, a fim de castigar os moradores da terra por causa dos seus pecados. Pois a terra não esconderá mais os que foram mortos, mas deixará que apareçam todos os crimes de sangue.
27.1 Naquele dia, o SENHOR pegará a espada, a sua espada enorme, forte e pesada, e ferirá o monstro Leviatã, a serpente que se torce e se enrola; o SENHOR matará o monstro que vive no mar.
27.2 Naquele dia, o SENHOR dirá: “Cantem louvores à minha bela plantação de uvas!
27.3 Eu cuido dela e sempre a rego; eu a vigio de dia e de noite para que ninguém a estrague.
27.4 Não estou mais irado com ela; se os espinheiros e o mato a ameaçarem, eu os atacarei e destruirei com fogo.
27.5 Se os inimigos do meu povo querem a minha proteção, então que façam as pazes comigo, sim, que façam as pazes comigo.”
27.6 Chegará o dia em que o povo de Israel, como uma árvore viçosa, criará raízes, brotará, e florescerá, e dará frutas que encherão o mundo inteiro.
27.7 O SENHOR não castigou os israelitas tão duramente como castigou os inimigos deles; os israelitas que D-us matou foram poucos, mas os assassinos deles que ele matou foram muitos.
27.8 Ele castigou o seu povo, enviando-os como prisioneiros para outro país. Ele os expulsou com o seu sopro forte, tão forte como o vento leste.
27.9 Mas os pecados do povo serão perdoados, e a sua culpa será tirada. Isso acontecerá quando o povo destruir os altares pagãos e fizer as suas pedras virarem pó, como se fossem pedras de cal, e quando destruir todos os postes da deusa Aserá e os altares de incenso.
27.10 A cidade protegida por muralhas está vazia; ninguém mais mora ali, e ela parece um deserto. Virou pasto para o gado, onde os animais pastam e descansam.
27.11 Os galhos das árvores estão secos e quebrados; as mulheres os apanham para fazer fogo. Esse povo não entende nada, e por isso Deus, o seu Criador, não terá dó nem piedade deles.
27.12 Naquele dia, o SENHOR D-us vai tirar o seu povo do meio de todos os outros povos, desde o rio Eufrates até a fronteira do Egito. Como o trigo é malhado e os grãos são separados da palha, assim os israelitas serão todos separados e ajuntados um por um.
27.13 Naquele dia, uma grande trombeta será tocada, e os israelitas que estavam perdidos na Assíria e os que tinham sido levados como prisioneiros para o Egito voltarão para a sua terra e adorarão a Deus, o SENHOR, no monte sagrado de Jerusalém.
28.1 Ai de Samaria, orgulho e coroa dos bêbados de Israel! Ai dessa bela cidade que fica acima de terras boas! Os seus moradores estão embriagados, e a beleza da cidade desaparece como uma flor que murcha.
28.2 O Senhor vai enviar um homem forte e valente; ele virá como uma chuva de pedra, como uma tempestade destruidora, como violentas trombas-d’água. Ele arrasará tudo!
28.3 Samaria, orgulho e coroa dos bêbados de Israel, será pisada.
28.4 A bela cidade que fica acima de terras boas, cuja beleza desaparece como uma flor que murcha, será como o primeiro figo maduro do verão: logo que amadurece, alguém o apanha e come.
28.5 Naquele dia, o SENHOR Todo-Poderoso será como uma bela coroa de flores para a gente do seu povo que ficar com vida.
28.6 Aos juízes ele dará o desejo de fazer justiça; e aos que defendem a cidade contra o inimigo ele dará coragem.
28.7 Mas há outros que também andam tontos por terem bebido muito vinho, que não podem ficar de pé por causa das bebidas: são os sacerdotes e os profetas, que vivem embriagados e tontos. Os profetas, quando recebem visões de Deus, estão bêbados, e os sacerdotes também, quando julgam os casos no tribunal.
28.8 As suas mesas estão cobertas de vômito, não há um só lugar que esteja limpo.
28.9 Eles falam mal de mim e perguntam: “A quem é que esse profeta está querendo ensinar? Será que ele pensa que vai explicar a mensagem para nós? Será que somos bebês desmamados há pouco tempo?
28.10 Ele está pensando que nós somos crianças e quer nos ensinar o bê-a-bá.”
28.11 Se vocês não quiserem ouvir o que eu digo, então o SENHOR falará com vocês por meio de estrangeiros, que falam uma língua estranha.
28.12 Há tempo, eu disse a vocês: “Deus lhes dará descanso; ele lhes dará segurança. Aqui vocês estarão seguros.” Mas vocês não quiseram ouvir.
28.13 Por isso, o SENHOR vai ensinar-lhes o bê-a-bá, como se vocês fossem crianças. Então vocês tentarão andar, mas cairão de costas; serão feridos, cairão em armadilhas e serão presos.
28.14 Autoridades de Jerusalém, homens orgulhosos que governam esse povo, escutem a mensagem de Deus, o SENHOR!
28.15 Vocês dizem: “Fizemos um acordo com a morte, já combinamos tudo com o mundo dos mortos. Portanto, quando vier a terrível desgraça, nós não sofreremos nada.” Mas vocês estão confiando em mentiras e pensam que a desonestidade os protegerá.
28.16 Por isso, o SENHOR Deus diz: “Estou colocando em Sião uma pedra, uma pedra preciosa que eu escolhi, para ser a pedra principal do alicerce. Nela está escrito isto: ‘Quem tem fé não tem medo.’
28.17 Como prumo, usarei a justiça, e a honestidade será a minha medida.” Os abrigos em que vocês confiam não são seguros; eles serão destruídos por chuvas de pedra, serão arrasados por trombas-d’água.
28.18 O acordo que vocês fizeram com a morte será anulado, o que vocês combinaram com o mundo dos mortos será desfeito. E, quando chegar a terrível desgraça, ela os arrastará como se fosse uma enchente.
28.19 Todas as vezes que chegar, ela os arrastará; chegará todos os dias, de manhã e de noite. Cada mensagem de Deus trará um novo pavor.
28.20 Vocês serão como o homem de que fala aquele provérbio: “A cama é tão curta, que ele não pode se deitar, o cobertor é tão estreito, que não dá para ele se cobrir.”
28.21 Pois o SENHOR vai se levantar, como se levantou no monte Perazim; ele vai ficar irado, como ficou no vale de Gibeão. Ele vai realizar o seu plano misterioso; vai fazer o seu trabalho estranho.
28.22 Portanto, parem de zombar; se não, as correntes que os prendem serão apertadas ainda mais. Pois ouvi o SENHOR, o Deus Todo-Poderoso, ordenar a destruição do país inteiro.
28.23 Escutem o que vou dizer! Dêem atenção à minha mensagem!
28.24 Um homem que está preparando o terreno para semear trigo não gasta todo o seu tempo arando a terra, cavando e remexendo nela.
28.25 Depois de ter aplanado a terra, ele semeia o endro e o cominho e planta o trigo, a cevada e outros cereais nos lugares certos.
28.26 Ele faz tudo direito porque Deus o ensinou.
28.27 E no tempo da colheita ele não usa um instrumento pesado para debulhar os grãos de endro e de cominho; pelo contrário, ele usa varas pequenas e leves.
28.28 Quando malha o trigo, ele não continua malhando até quebrar os grãos. Ele sabe passar a carreta por cima das espigas sem esmagar os grãos.
28.29 Esse conhecimento também vem do SENHOR Todo-Poderoso. Os seus planos são maravilhosos, e ele é sábio em tudo o que faz.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Arco Iris - Bom ou Ruim?


Em que você pensa quando você vê a foto de um arco-íris?

Reflita e certamente não será o motivo original de sua existência, que é a aliança entre D'us, Criador do Universo, Bendito Seja Ele e toda a humanidade; Provavelmente o que será lembrado será o pecado, a transgressão, a abominação a D-us.
Mas porque isso ocorreu? Porque as pessoas se afastaram de D-us e desviaram-se de seus caminhos, permitindo assim que o mau entrasse no seu meio e a partir do momento em que o ser humano, criatura de HaShem, se afasta dele, a sua percepção e visão das coisas se tornam distorcidas e acabam por misturar o que é santo com o que é profano.
Porém, não é meu objetivo discutir a transgressão que utiliza esta manifestação santa da natureza e sim tentar mostrar o seu verdadeiro significado.

MAS QUAL É O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO ARCO-ÍRIS

Em termos espirituais, o arco-íris é o símbolo do pacto universal entre HaShem e a humanidade.
Após o dilúvio, que destruiu todas os seres vivos, com exceção de Noah (Noé), sua família, de todos os animais que estavam na arca e obviamente de todos os seres que viviam na água, O Criador estabeleceu uma aliança com a humanidade, conforme está escrito na sagrada Torah:

E disse D-us a Noah e a seus filhos com ele, dizendo: "E Eu, eis que estabeleço a Minha aliança convosco, e com vossa semente, depois de vós. E com toda a alma viva que está convosco, com a ave, com o quadrúpede, e com todo animal da terra convosco, todos que saíram da arca, todo animal da terra. E estabelecerei a Minha aliança convosco, e não será banida nenhuma criatura mais nas águas do dilúvio; e não haverá msis dilúvio para destruir a terra." E disse D-us: "Este é o sinal da aliança que Eu dou entre Mim e vós, e entre toda alma viva que convosco esteja, para perpetuar gerações. O Meu arco-íris pus na nuvem e será por sinal de aliança entre Mim e a terra. E será quando Eu causar nuvem sobre a terra, aparecerá o arco-íris na nuvem, e recordarei a Minha aliança (que há) entre Mim e entre toda alma viva, em toda criatura; e não se converterão mais águas em dilúvio para destruir toda criatura. E estará o arco-íris na nuvem, e vê-lo-ei para recordar a aliança eterna entre D-us e entre toda alma viva, e toda criatura que sobre a terra esteja". E disse D-us a Noah: "Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre Mim e entre toda criatura que esteja sobre a terra.". Bereshit (Gênesis) 9:8-17

Na cópia impressa da Torah que estou usando para me auxiliar durante a elaboração deste texto (Torah - A Lei de Moisés, Editora Sefer), contém um comentário muito interessante sobre o arco-íris que eu gostaria de compartilhar: "O fato de D-us utilizar um fenômeno natural como sinal de Seu pacto é porque as leis da natureza devem lembrar às pessoas que é Ele, D-us, quem comanda a natureza. O rabino Hirsch afirma que o arco-íris é o símbolo eterno de que, não importa quão desolador o futuro possa parecer, D-us sempre liderará a espécie humana ao seu objetivo final.".

O arco-iris é o símbolo de um recomeço, uma nova chance para a humanidade andar nos caminhos estabelecidos por HaShem, Criador do Universo, Bendito Seja Ele e simboliza o pacto de HaShem com a humanindade, que possui um código de comportamento moral que foi mantido durante os séculos pela tradição judaica. Esta é a norma pela qual todas as pessoas do mundo serão julgadas por D-us e constitui o dever moral de todo ser humano.Este código é conhecido como "7 leis universais de Noah"

Tente, sempre ao ver a imagem de um arco-íris, lembrar-se dO Criador e de toda sua bondade conosco ao invés de associar algo tão importante e santo com atos vulgares, abomináveis e anti D-us.

Necessariamente ao ver um Arco-Íris, tema!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sabe Por que?

Porque se o Arco-Íris está aparecendo quer dizer que D-us tem que ser lembrado de não destruir-nos com água novamente, mas se Ele tem que ser lembrado disso , quer dizer que Ele tem a intensão de nos distruir eminentemente por algum motivo, será que estamos dando motivo?

O que ficou nas intrelinha é que o Arco-Íris, tem sido usado pelo movimento da diversidade, que sem saber ou sabendo, usa um simbolo que remete ao pacto de não destruição pelas águas, mas vendo os noticiários temos visto que por ter sido tão escrachado, o simbolo deve dar náuseas no Criador, tanto que Ele deve ter desconsiderado o pacto e está descendo água para lavar a criação.


Se isso não for dilúvio, o que poderia ser?


Só que desta vez não temos arca, e agora?




Observação: Quando me referencio a D-us com atitudes antropopáticas, estou apenas mostrando as minhas perspectivas sobre determinado assunto, e não afirmando que D-us possa ter reações humanas, como arrependimento e náuseas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Jesus filho de José - portanto tem seu DNA.


Primeiramente nos pautaremos nos termos originais e seus significados que regem o nosso entendimento sobre o tema.

Utilizar-me-ei do dicionário mais comum para estudo entre os cristãos brasileiros, o qual seja, o Dicionário STRONG.
Dicionário STRONG referencia n.° 02233 do hebraico זרע (zerá) significa "semente, semeadura, descendência, sêmen viril, descendentes, posteridade, filhos."
Dicionário STRONG referencia n.° 3751 do grego οσφυς (osphus) significa "o lugar onde os hebreus achavam que o poder generativo residia (sêmen)"

Agora que temos conhecimento dos significados intrínsecos dos termos, vejamos as seguintes passagens:

Salmos 89:4 "A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de geração em geração."

Salmos 89:29 "E conservarei para sempre a sua semente, e o seu trono como os dias do céu."

Salmos 89:36 "A sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim."

1 Reis 2.33 "Assim, recairá o sangue destes sobre a cabeça de Joabe e sobre a cabeça da sua semente para sempre; mas a Davi, e à sua semente, e à sua casa, e ao seu trono dará o SENHOR paz para todo o sempre."

I Crônicas 17.11-14 "Há de ser que, quando forem cumpridos os teus dias, para ires a teus pais, suscitarei a tua semente depois de ti, a qual será dos teus filhos, e confirmarei o seu reino. Este me edificará casa; e eu confirmarei o seu trono para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e a minha benignidade não desviarei dele, como a tirei daquele que foi antes de ti. Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será firme para sempre."
Atos dos Apóstolos 2:30 "Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que D-us lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Ungido, para o assentar sobre o seu trono."

Romanos 1.1-3 "Paulo, servo de Yeshua HaMashiach, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de D-us, o qual foi por D-us, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de David e foi designado Filho de D-us com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Yeshua HaMashiach (Jesus Cristo) , nosso Senhor,"
Vemos portanto conforme estas passagens que o Mashiach deveria ser descendente carnal de David, isto é, deveria vir da semente, dos lombos, do sêmen e de forma mais moderna ter a carga genética de David, ter o DNA comprovatório de sua descendência, sendo que se aquele que se apresentar como Mashiach não tiver tal DNA, não pode cumprir as profecias.
Mas se Yeshua nasceu por intervenção divina de uma virgem conforme o relato de Mateus 1.18-25 “Ora, o nascimento de Yeshua HaMashiach foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Yeshua.”como poderia ele cumprir as profecias de ter o DNA de David?

Para começarmos iremos descartar a premissa de que Yeshua é descendente de David por Maria, pois como já explicamos no artigo " Genealogias de Jesua - A conciliação", a genealogia constante em Lucas 3, não se referência a Maria, mas sim a José, sendo assim não temos dados históricos quanto a alguma genealogia ligando Maria a descendência de Davi, e este fato é comum e ocorre pelo costume hebraico de nunca fazer referência a genealogias femininas, e de nunca conta-las nem mesmo nos censos populacionais por toda a Escritura, e vemos a presença constante da expressão "sem contar mulheres e crianças." conforme alguns exemplos em Êxodo 12.37 e Mateus 14.21 e 15.38. Então Yossef (José) da Tribo de Yehudah (Judá) descendente de David, é quem transmite sua carga genética para Yeshua, mas não de maneira normal por sua vontade, mas de maneira milagrosa por vontade de D-us.

Mas por que não poderia ser pela vontade do homem?

A concepção não poderia ser por vontade do homem, pelo fato que se houvesse a relação sexual o fruto seria gerado, conforme Gênesis 5.3, à imagem e semelhança do homem, e bem sabemos que o que fosse gerado a imagem e semelhança do homem pós queda, herdaria a tendência ao pecado conforme Romanos 5.12,19 e Romanos 7.15-25, sendo assim Yeshua para cumprir o propósito divino de redimir a criação, nasce pela vontade de D-us, conforme podemos ver em I João 3.9 “Qualquer que é nascido de D-us não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de D-us.”.

Concluímos que Yeshua tem o DNA de David por meio de seu pai Yossef (José), por milagre, cumprindo as profecias de que o Mashiach teria que vir da descendência sanguínea de David, cumpre também o propósito divino sendo nascido por vontade de D-us, não carregando em seu ser a herança Adâmica de tendência ao pecado.

Por Metushelach Ben Levy

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A Toráh "Lei" antes do Sinai

O Pentateuco em forma do Monte Sinai Antes de começarmos a descorrer sobre o tema iremos conceituar o que é Toráh.

O termo Toráh é derivado da raiz hebraica ירא(yará) e significa conforme DICIONÁRIO BÍBLICO STRONG, Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong, © 2002 Sociedade Bíblica do Brasil referencia n.° 03384 “ensinar, instruir, orientar” (conforme Lv. 10:11), muito embora o verbo ירה (yaráh) possua o significado primário de “lançar flechas no alvo, atirar, jogar, apontar, mostrar”. Por isso, o significado intrínseco da palavra é “ensino, doutrina, instrução, direção, orientação”, contrapondo-se ao termo חטא (Chatá Lê-se rratá), referencia n° 02398 do Strong que significa “errar o alvo, pecar, falhar, perder o rumo, errar, incorrer em culpa, errar o caminho do correto e do dever” ( isso podemos ver em 1 João 3.4 que diz "Todo aquele que pratica o pecado (erra o alvo) também transgride a lei (lançar no alvo), porque o pecado é a transgressão da lei.”)

A palavra “lei” é muito fraca e menos compatível para definir toda a extensão do termo Toráh, pois atribui ao termo uma carga negativa de obrigatoriedade, de julgo, de imposição, sabemos que na “ Toráh - Instrução Divina” temos alem de muitas instruções, ensinamentos práticos, orientações, certamente a presença de leis impositivas, isto é, algo que se deve cumprir sob a imputação de pena na não observância, mas o termo usado para descrever tal Lei impositiva é (segundo o DICIONÁRIO BÍBLICO STRONG, Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong, © 2002 Sociedade Bíblica do Brasil referencia n.° 01881) a palavra דת(dath), que carrega o significado “decreto, lei, edito, regulamentação, uso, comissão, regra”

O designativo Toráh é usado de maneiras diferentes, mas a idéia principal de “ensino” e “instrução” é comum a todos.
Clique na imagem para
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Ao analisarmos o gráfico acima, podemos tirar algumas conclusôes numéricas, quantitativas conforme segue:

Lameque viveu 56 anos na convivência de Adão e 168 anos na convivência de Sete.
Noé conviveu 595 com seu pai Lameque.
Sem conviveu 75 anos com Lameque.
Abraão conviveu 60 anos com Noé e seus 175 anos de idade com Sem que viveu mais 35 anos depois da morte de Abraão, e Isaque conviveu com Sem 110 anos.
Jacó conviveu 50 anos com Sem,

A Toráh foi ensinada a Adão diretamente por D-us, Adão passou o ensinamento para suas gerações inclusive Lameque, Lameque passou para suas gerações inclusive para Sem, Sem passou para suas gerações inclusive Jacó, Jacó passou para seus Filhos que formaram as Doze Tribos de Israel, e estas ao descerem para o Egito e por lá serem assimiladas pela cultura local deixaram se perder o entendimento da Toráh, que precisou ser dado novamente no Sinal agora em pedras para que não se perdessem mais.

Em síntese podemos dizer que a Torah foi transmitida oralmente desde a criação até a formação das Doze Tribos de Israel, passando por apenas quatro pessoas - Adão - Lameque - Sem - Jacó, esta perspectiva nos leva a crer que os ensinamentos transmitidos pelo próprio D-us pode ter sido preservado incorrupto pelo pequeno número de interlocutores entre as gerações, isto é, por exemplo Lameque poderia ter seu conhecimento da Torah por intermédio da transmissão por oito gerações de antepassados, mas sendo Adão vivo, Lameque pode conviver com ele por 56 anos e ter aprendido a Torah diretamente do primeiro receptáculo do ensinamento, diminuindo o perigo de acréscimos ou esquecimento e distorções que ocorreria se ele tivesse que se pautar no conhecimento do seu Pai, que recebeu do Avô, que recebeu do Bisavô e etc...
O Patriarca das Doze Tribos, Jacó então recebeu sua instrução da Torah, por intermédio de Sem, que recebeu de Lameque, que recebeu de Adão, este pequeno número de interlocutores fez com que a linhagem escolhida por D-us andasse segundo a vontade divina de forma clara, diferentemente das outras nações.
Temos relatos da obediência e entendimento das Leis de D-us antes mesmo do recebimento da Toráh em pedras no Sinai, como podemos ver nos textos de Gênesis e Êxodo que relatam fatos anteriores à Shavuot (Pentecostes), como segue:

Abraão foi abençoado e o Senhor testemunho que ele foi obediente a uma regulamentação bem definida conforme Gênesis 26.5 "porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis."

Entendimento acerca da transgressões de Morte e Mentira e sua pena, conforme Gênesis 4. 3-11 “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar. E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou. E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra. E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.”

Entendimento acerca de Honrar os Pais, e das penas por desonrar conforme Gênesis 9.21-25 “E bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.”

Entendimento de que havia pecadores contra o Senhor , e se havia pecadores é necessária a existência da Lei pois conforme Romanos 4.15, sem Lei não há pecado, Gênesis 13.13 “Ora, eram maus os homens de Sodoma, e grandes pecadores contra o SENHOR.”

Entendimento acerca das penas do Adultério e o temor ao Senhor conforme Gênesis 20.2-11 “E havendo Abraão dito de Sara, sua mulher: É minha irmã; enviou Abimeleque, rei de Gerar, e tomou a Sara.Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite, e disse-lhe: Eis que morto serás por causa da mulher que tomaste; porque ela tem marido. Mas Abimeleque ainda não se tinha chegado a ela; por isso disse: Senhor, matarás também uma nação justa? Não me disse ele mesmo: É minha irmã? E ela também disse: É meu irmão. Em sinceridade do coração e em pureza das minhas mãos tenho feito isto. E disse-lhe Deus em sonhos: Bem sei eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não te permiti tocá-la. Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas; porém se não lha restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é teu. E levantou-se Abimeleque pela manhã de madrugada, chamou a todos os seus servos, e falou todas estas palavras em seus ouvidos; e temeram muito aqueles homens. Então chamou Abimeleque a Abraão e disse-lhe: Que nos fizeste? E em que pequei contra ti, para trazeres sobre o meu reino tamanho pecado? Tu me fizeste aquilo que não deverias ter feito. Disse mais Abimeleque a Abraão: Que tens visto, para fazer tal coisa? E disse Abraão: Porque eu dizia comigo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me matarão por causa da minha mulher.
Entendimento que mentira e engano traz maldição conforme Gênesis 27.11-12 "Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem cabeludo, e eu homem liso; Porventura me apalpará o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e não bênção."

Entendimento sobre o mal da Idolatria conforme Gênesis 35.2 "Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes."
Entendimento sobre o levirato conforme Gênesis 38.8 "38.8 Então, disse Judá a Onã: Possui a mulher de teu irmão, cumpre o levirato e suscita descendência a teu irmão."
Entendimento sobre o adultério e suas penas conforme Gênesis 38.24 " E aconteceu que, quase três meses depois, deram aviso a Judá, dizendo: Tamar, tua nora, adulterou, e eis que está grávida do adultério. Então disse Judá: Tirai-a fora para que seja queimada."

Entendimento que adultério é pecado contra D-us conforme Gênesis 39.9 " Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra D-us? "


Entendimento de assassinato ser pecado conforme Gênesis 42.22 " E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino; mas não ouvistes; e vedes aqui, o seu sangue também é requerido."

Entendimento que D-us acha o roubo uma iniquidade uma transgressão conforme Gênesis 44.16 "Então disse Judá: Que diremos a meu senhor? Que falaremos? E como nos justificaremos? Achou D-us a iniqüidade de teus servos; eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão foi achado o copo."
Entendimento que homens valorosos não podem ser cobiços e avarentos conforme Êxodo 18.21 "E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez;"




Entendimento sobre o dia de descanso e algumas leis conforme Êxodo 16.4-30 " Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu o prove se anda em minha lei ou não. E acontecerá, no sexto dia, que prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia. Então disseram Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: Å tarde sabereis que o SENHOR vos tirou da terra do Egito, E amanhã vereis a glória do SENHOR, porquanto ouviu as vossas murmurações contra o SENHOR. E quem somos nós, para que murmureis contra nós? Disse mais Moisés: Isso será quando o SENHOR à tarde vos der carne para comer, e pela manhã pão a fartar, porquanto o SENHOR ouviu as vossas murmurações, com que murmurais contra ele. E quem somos nós? As vossas murmurações não são contra nós, mas sim contra o SENHOR. Depois disse Moisés a Arão: Dize a toda a congregação dos filhos de Israel: Chegai-vos à presença do SENHOR, porque ouviu as vossas murmurações. E aconteceu que, quando falou Arão a toda a congregação dos filhos de Israel, e eles se viraram para o deserto, eis que a glória do SENHOR apareceu na nuvem. E o SENHOR falou a Moisés, dizendo: Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel. Fala-lhes, dizendo: Entre as duas tardes comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão; e sabereis que eu sou o SENHOR vosso Deus. E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e cobriram o arraial; e pela manhã jazia o orvalho ao redor do arraial. E quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra. E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes pois Moisés: Este é o pão que o SENHOR vos deu para comer. Esta é a palavra que o SENHOR tem mandado: Colhei dele cada um conforme ao que pode comer, um omer por cabeça, segundo o número das vossas almas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda. E os filhos de Israel fizeram assim; e colheram, uns mais e outros menos. Porém, medindo-o com o ômer, não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco; cada um colheu tanto quanto podia comer. E disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para amanhã. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, antes alguns deles deixaram dele para o dia seguinte; e criou bichos, e cheirava mal; por isso indignou-se Moisés contra eles. Eles, pois, o colhiam cada manhã, cada um conforme ao que podia comer; porque, aquecendo o sol, derretia-se. E aconteceu que ao sexto dia colheram pão em dobro, dois ômeres para cada um; e todos os príncipes da congregação vieram, e contaram-no a Moisés. E ele disse-lhes: Isto é o que o SENHOR tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, guardai para vós até amanhã. E guardaram-no até o dia seguinte, como Moisés tinha ordenado; e não cheirou mal nem nele houve algum bicho. Então disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto hoje é o sábado do SENHOR; hoje não o achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá. E aconteceu ao sétimo dia, que alguns do povo saíram para colher, mas não o acharam. Então disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis? Vede, porquanto o SENHOR vos deu o sábado, portanto ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia. Assim repousou o povo no sétimo dia."
Ao vermos o texto a seguir: ROMANOS 5.13-14 "Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir."
concluimos que havendo morte que é o salário do pecado conforme Romanos 6.23, havia então o pecado, mas se havia pecado é porque havia uma lei pois Romanos 4.15,relata que se não havendo lei não há pecado, o contrário também se aplica, pois se havendo pecado que é confirmado pela presença da morte então havia a lei que delimitava tal pecado.

Então no momento que Adão come o fruto do bem e do mal, ele discerni o pecado, tanto que ele se vê nu, e D-us ainda pergunta quem o havia ensinado tal, já relatando que o fruto le deu consciencia inata, isto é, por instinto primordial o homem sabe o que é certo e o que é errado, mas com o costume do errado a mente se cauteriza para este entendimento, e somente com a graça de D-us através do convencimento pelo Ruach HaKodesh (Espírito Santo) que o homem novamente discerni a justiça, o juízo e o pecado.

Adão por ter transgredido a instrução de D-us que o proibia comer, assim o pecado entra na existência humana e por consequência a morte, mas se há pecado há a necessidade de D-us delimitar o que é a sua vontade para que o homem não a transgrida mais, assim D-us mostra ao o Homem qual é a sua vontade, o seu carater e a sua essência através de sua Toráh "Ensinamento - Instrução".

Por fim concluimos que D-us desde o princípio instrui o homem no caminho que ele deve andar, cada vez que o homem erra o alvo deste caminho ele peca, e pelo homem viver neste vício de pecar ele se tornou escravo do pecado, então Yeshua morre na cruz, da a oportunidade de o homem morrer com ele, como figura o batismo, sendo o homem morto, ele não mais tem obrigações com aquele que ele era escravo, a saber O Pecado, sendo assim ele sem a obrigação conjugal com o pecado, ele pode renascer como nova criatura e casar agora como outro, o noivo, e agora o contrato de casamento "Ketubá" a Toráh pode reger a vida matrimonial deste casal, figura está presente em Romanos 7.

Por Metushelach Ben Levy

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Alma Penada ou Alma Vivente?




Um rabino “antigo” porém “moderno“, certa data fez uma analogia acerca da constituição do Homem, relacionando-o a um Computador e seu funcionamento.

Ele relacionou a parte material do homem, o seu corpo, com o Hardware, relacionou aquilo que dá o start no homem, o fôlego de vida, com a eletricidade e a BIOS, e para a junção funcional da parte material com a força motriz e informações básicas de inicialização, o que seja a Alma Vivente, relacionou com os Softwares Operacionais.

Assim como o Hardware apenas tem utilidade funcional quando tem a eletricidade para ligá-lo e a BIOS para fornecer a informações primarias de inicialização do sistema operacional assim é o Homem, pois se este não tivesse o “fôlego de vida”, o espírito vindo de D-us para animá-lo e a consciência instintiva para motivá-lo a preservar a sua existência, o homem não passaria de um corpo inerte, um boneco de barro, e a ativação que o espírito dá ao corpo o fazendo ser funcional, processando, comunicando, memorizando, interagindo com o meio se dá o nome de alma vivente, o sistema operacional humano.

E na ocasião da morte o principio é o mesmo, pois um hardware sem energia, não tem a BIOS ativa para comandar o funcionamento do Software, sendo assim o Software não fica numa dimensão virtual mas sim fica inativo, assim sendo o Homem quando perde seu “fôlego de vida”,isto é, o seu espírito, ele deixa de ser operacional, fica inativo deixando de ser Alma Vivente.

Cuidado!!! Se você ver alguma alma penada por ai, pode ser coisa de Hacker.
Agora analisaremos alguns textos:

E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Genesis / Bereshit 1:7)
Pó da Terra (corpo) + fôlego de vida (espírito) = Alma vivente.

O homem não tem uma alma. O homem é uma alma vivente!

As escrituras sagradas dizem que o D-us Criador dos céus e da terra soprou um espírito no homem que havia criado e formado do pó da terra e este se tornou alma vivente.

O que é corpo?
Corpo é a matéria pelo qual o homem é formado.
O que é espírito?
Em hebraico a palavra para espírito é Ruach, que significa fôlego de vida ou vento. Já segundo a língua grega espírito é pneuma, que literalmente significa vento.
A bíblia diz que D-us soprou (vento ou fôlego de vida) na imagem de barro que havia criado e este se tornou alma vivente.
O que é alma?
Alma é a ajuntamento de fôlego de vida com corpo, ou seja, um ser completo. O homem foi formado através de dois elementos: Matéria + Espírito = Alma.
A alma é a vida, é o elo entre o espírito e o corpo. Está ligada diretamente a tudo aquilo que envolve a razão e os sentimentos humanos (inteligência, emoções, desejos, pensamentos...). A bíblia diz que quando uma pessoa morre o corpo volta a pó da terra pelo o qual foi formado, o espírito dela volta à D-us que o deu e a alma (vida) logicamente deixa de existir.

O estado do homem na morte
Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem (mortos), para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. (1 Ts 4:13-16)

A origem da imortalidade da alma no paraíso não é bíblica, mas pagã. Essa doutrina nasceu na Grécia e influenciou o cristianismo através do pensamento platônico,Platão menciona a imortalidade da alma em escritos como: Phaedrus, Apologia, Phaedo, A República, Leis e a Sétima Carta, mas este pensamento se perpetrou na idade Média através da Obra "A Divina Comédia" de Dante Alighieri.
Segundo a bíblia a morte é tratada como um estado de “sono”, ou seja, os mortos estão em um nível de inconsciência aguardando pelo o dia da ressurreição. As escrituras não sustentam a doutrina popular de que os mortos podem se comunicar com os vivos, pelo o contrário, enfaticamente refuta este ensinamento associando o verbo dormir como símbolo da morte (Dt 31:16; 2 Sm 7:12; I Rs 11:43; Jó 14:12; Dn 12:2; Jo 11:11, 12; I Co 15:51; I Ts 4:13-16).

Adaptado, acrescido e enfeitado por Metushelach Ben Levy
de Texto de Giliardi Rodrigues no Blog Teopratica

sábado, 8 de janeiro de 2011

Yeshua - Jesus era fariseu?

Primeiro começaremos com a definição de certos termos e depois exporemos nossos pontos de vista.

P’rushim: vem do hebraico (פרושים), transliterado para o grego é pharisaioi e quer dizer Separados, e de forma definitiva em português Fariseus.
Farisaismo seita religiosa originária dos Chassidim (Piedosos), responsável por manter vivo o zelo pelas Escrituras, e a sua fiel observância como também a das tradições orais; Este grupo não permitiu que o estudo e esperança nas profecias messiânicas se perdessem com o tempo, principalmente no período entre a morte do último profeta Zacarias e o Levante Macabeu (167 A.e.c). Ao contrário do que se pensa nem todos os Fariseus eram hipócritas e legalistas cegos, muitos aceitaram os ensinos de Yeshua e o reconheceram como Messias.



 
Chassidicos: vem do termo hebraico Chassidim (חסידים) que é o plural de Chassid (חסיד) que em português é piedoso,
O Movimento Moderno Chassídico tem características pontuais que remetem à origem de tal designação que a partir da volta do exílio Babilônico na época dos Macabeus era dada aos responsáveis pela reestruturação do culto à D-us, e da observância das Lei de D-us dada a Moshé (Moisés) como também das Leis Rabínicas ou as chamadas Leis de cercas, instituídas no exílio para preservar a cultura e Tradições Judaicas, o termo Chassídico significa justo e piedoso.
 
O termo Fariseu significa separado, mas não em sentido de ascetismo de se isolar das pessoas, pois os Fariseus eram muito ligados a questão de humanidade, justiça e sociedade.
Separado do mundo portanto tem o sentido de busca de uma Santidade elevada e de purificação se baseando nos preceitos da Lei de D-us, a Torah, que permite àqueles que a seguem, estar no mundo sem se contaminar com ele.

Os Chassidim tiveram uma grande influência no desenvolvimento do judaísmo rabínico e mais tarde no Judaísmo dito Messiânico que era o Judaísmo praticado pelos seguidores de Yeshua.
No Movimento dos fariseus e dos escribas, por seus membro se dedicarem desde munto cedo ao estudo constante da Torah, e por desenvolver uma forma muitos avançada de pedagogia através da exposição e ensinamento das Santas Escrituras, eram conhecidos como Doutores da Lei.

O escribas exerciam o ofício pioneiro de copistas das escrituras hebraicas e os fariseus foram os primeiros a decodificar e interpretar as Sanas Escrituras;  por sua preocupação em oferecer ao povo um lugar central para estudo e adoração em subsituição do Santo Templo destruído, foi se pavimentando em meio a reuniôes em casas privadas  a idéia do que mais tarde foi chamada de Sinagoga ou até hoje chamadas de Beit Knesset (casa de reunião), Beit Tefiláh (Casa de Oração) ou Shul ou ditas casas de estudos.
Os primeiros missionários ou proselitistas eram fariseus, eles andavam por todo Israel e fora de Israel pregando a palavra de D-us. Eles tinham por objetivo conservar a tradição dos patriarcas e ensinar a Lei de D-us aos judeus que haviam sido contaminados com outras culturas e até mesmo aqueles que não queriam saber de mais nada de religião.
Como não poderia ser diferente os membros do movimento farisaico eram pessoas muito zelosas e obediêntes à Lei Escrita de D-us, A Torah, procurando sempre doutrinar as todos pelos princípios e ensinamentos bíblicos, e no decorrer de séculos de interpretações e julgamentos se formou uma espécie de jurisprudência, a qual foi organizada pelos escribas e fariseus como num manual de regras e de condutas chamada de Halachá (הלכה) que significa literalmente "modo de andar".
Eles também conservavam com muito esmero tanto o insentivo como a forma de trasmissão de pai para filho de geração em gerações de toda a história do povo judeu e toda a tradição oral.
Os ensinamentos do farisaísmo, como já foi colocado, tiveram grande importância ao expressar à compreensão das escrituras a massa popular de Israel. Os fariseus formavam um grupo de pessoas que falavam a língua do povo, pessoas originarias do meio do povo (agricultores, sapateiros, pedreiros, alfaiates, marceneiros...)

Yeshua (ישוע) e o judaísmo.
Jesus é judeu, nascido em Beit-Lechem (Belém) na terra de Israel, tem por registro de nascimento o nome hebraico Yeshua Ben Yossef , foi circuncidado no oitavo dia, cresceu e foi educado dentro dos costumes e da tradição da lei e da religião judaica.
Jesus (Yeshua) ao contrario do que muitos pensam e dizem nunca teve problema em guardar a tradição de seu povo e de ser um religioso, ele ia o templo, freqüentava sinagogas (casa de estudos), celebrava as festas bíblicas, se vestia como um judeu e se alimentava como um judeu.
É um costume da tradição judaica o menino quando faz 13 anos comparecer diante de um mestre para recitar um trecho da torah que corresponde o dia que ele nasceu (Bar Mitzvá), Jesus já com essa idade impressionou os grandes sábios do templo com seu conhecimento a cerca da lei de D-us. A bíblia diz que Jesus cresceu cheio do Espírito de Sabedoria, pois a graça de D'us estava sobre ele. Lc 2:39-40.

A relação de Yeshua (Jesus) com os Prushim (Fariseus)

O debate sempre foi muito comum entre os judeus, isso nunca foi um ponto de separação entre eles, pelo o contrário, geralmente todos os sábados os judeus freqüentavam as sinagogas para debater a respeito das escrituras e da lei de Moises. Existe até um ditado judaico que diz "onde tem dois judeus, existem pelo menos três opiniões diferentes".
No tempo de Jesus existiam muitas correntes dentro do judaísmo. Existiam além dos fariseus e escribas, os essênios, os zelotes, os saduceus, os herodianos, samaritanos e os judeus helenizados. Sem contar que Jerusalém havia sido tomada pelos os romanos e gregos, também tinham pagãos de todo tipo desde os gnósticos até ateus.
Jesus teve contato com pessoas de vários lugares e de todo tipo de crença possível. O mais intrigante é que a bíblia fundamenta o debate de Jesus justamente com os que mais conheciam da lei de Moises (fariseus, escribas e saduceus).
E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa. (Lc 7:36)
Jesus era uma figura publica não tinha dificuldades em relacionar com seu povo e em aceitar convites para jantar, ele se assentava com escribas, fariseus, prostitutas, mendigos, pessoas ricas e pobres, centuriões romanos, cobradores de impostos, leprosos e todo tipo de pecadores. As pessoas gostavam de estar com Jesus, porque além dele ser um grande mestre, a sua presença era agradável.
Jesus pode ter sido um fariseu. Ele freqüentava as sinagogas, pregava e ensinava nos dias de sábado, temos até uma passagem no livro de Lucas 4:16-31 que diz que ele leu uma passagem da tanach em publico. Sabemos que isso é uma pratica totalmente farisaica, somente quem é fariseu é que pode fazer isso, caso ele não fosse um dos fariseus, eles jamais deixariam ele entrar, pregar e ler uma passagem dos profetas dentro de uma sinagoga, outro detalhe, Jesus também acreditava em tudo o que os fariseus acreditavam, as doutrinas de Jesus era a mesma doutrina dos fariseus, porém as interpretações de Jesus era diferentes e superiores aquilo que fariseus pregavam.
Jesus não era contra os fariseus, ele era contra a hipocrisia de alguns fariseus. Ao ponto de dizer no livro de Mateus 23:2-6 - Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem, e não praticam. Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los; E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largas filactérias, e alargam as franjas dos seus vestidos, E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas.
O texto diz que devemos observar o que os fariseus pregam, porém não copiar o exemplo e as atitudes daqueles fariseus que se assentam na cadeira de Moises e alongam as franjas das roupas para parecerem mais santos. Ora, se Jesus fosse contra a doutrina dos fariseus porque ele está mandando os seus discípulos obedecer aquilo que os fariseus pregavam?
E os que tinham sido enviados eram dos fariseus; E perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; mas no meio de vós está um, a quem vós não conheceis. Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia das sandálias. (João 1:24-27).
Sabemos que João batista não era muito simpatizante com os fariseus, estudiosos dizem que ele era um essênio, pois vivia como tal, se alimentava de gafanhotos e de mel silvestre e ainda vivia em comunidades isoladas no deserto.
Os fariseus tinham tanques (Micvá) nas sinagogas, que serviam para rituais de purificação e de batismos (Imersão). A briga entre os fariseus e João batista se trava justamente neste ponto, pois se João batista não era fariseu, não era Elias e tão pouco o messias. Porque ele estava batizando as pessoas? Sendo, que os essênios não tinham esse costume. O fato intrigante para os fariseus era o motivo pelo qual João estava batizando as pessoas e anunciando o tão esperado salvador de Israel. Eles não sabiam que João batista tinha recebido a revelação da parte de D-us acerca de quem era o Messias.
Este texto me chamou muita a atenção a respeito do debate de João batista com um grupo de fariseus. Ora, se Jesus não era fariseu porque João batista está dizendo aos fariseus que no meio deles está um pelo qual eles não conhecem? João batista esta dizendo que no meio dos fariseus está um que ele mesmo não é digno de desatar as sandálias dos pés.
Naquele mesmo dia chegaram uns fariseus, dizendo-lhe: Sai, e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te. (Lc 13:31).
Este é mais um texto que mostra que nem todos os fariseus eram inimigos de Jesus. Nesta passagem os fariseus estão alertando Jesus do plano de Herodes em querer matá-lo.
Assim como hoje existem boas e ruins em todos os segmentos da nossa sociedade (política, religião, comércio...), também naquela época não era diferente, existiram fariseus verdadeiros e justos, assim também como existiram fariseus mentirosos, hipócritas e injustos. Geralmente nós generalizamos todos os fariseus de hipócritas e legalistas justamente porque alguns era um espinho nas sandálias de Jesus, porém nos esquecemos que também existiram muitos fariseus bons e justos como Nicodemos, Jairo, José de Arimateia, Hillel, Simão, Gamaliel e até mesmo Paulo.
E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos. (Lc 19:39).
Os fariseus reconheciam em Jesus um grande rabi, que quer dizer mestre. Ora, os fariseus só chamavam de mestre alguém com que eles pudessem aprender acerca daquilo que eles eram e acreditavam. Outro detalhe é que somente os fariseus é que chamavam os seus mestres de rabi ou de rabone. Jesus foi e era chamado por estes dois títulos (Mt 23:7-8/Jo 1:49).
Os judeus de modo geral tinham no messias a figura de um rei, um libertador. Jerusalém estava sobre domínio dos romanos e vivendo um grande conflito político e religioso.
Segundo John L.Mackenzie, os fariseus "protestam" quando Jesus é saudado triunfadamente por seus discípulos e seguidores como um rei. Muitos na multidão imaginam Jesus dirigindo-se a Jerusalém para proclamar a queda do governador e tomar o poder. Lançam suas vestes diante de Jesus e de sua dignidade messiânica: Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Enfim a Judéia voltaria a ser independente, sob o reinado de Yeshua bem Iossef, da dinastia de Davi, proclamado unanimente rei de Israel pelo o povo. "Alguns fariseus na multidão dizem: Rabi, repreende os teus discípulos". Não se trata de um protesto, nem do desejo de hostilizar Jesus, como escrevem tantos os comentadores. Esses fariseus, "alguns", estão cientes das conseqüências trágicas daquela manifestação desafiadora e subversiva a que estavam assistindo nas cercanias do poder local e romano. Poderia acontecer um grande tumulto dentro da cidade com o anuncio de um novo rei. E pior, poderia custar a vida destes que estavam iniciando o tumulto.

Paralelos entre Yeshua e a Beit Hillel a Casa de Estudo Farisaica de Cafarnaum:

Orar Pelos Inimigos
"se alguém busca te fazer o mal, farás bem em orar por ele" (Testamento de Yosef XVIII.2) – Compare com Mateus 5:44

A Validade da Torá
"Se o mundo inteiro estivesse reunido para destruir o yud, que é a menor letra da Torah, eles não seriam bem sucedidos" (Shir HaShirim Rabbah 5.11; Vayicrá Rabbah 19). "Nenhuma letra da Torá jamais será abolida" (Shemot Rabbah 6.1).
Compare com Mateus 5:17-18

A Misericórdia
"Aquele que é misericordioso para com os outros receberá misericórida do Céu" (Talmud - Shabbat 151b) – Compare com Mateus 5:7

O Cisco e a Trave
"Eles falam 'Remova o cisco do seu olho?' Ele retrucará, 'Remova a trave do seu próprio olho" (Talmud - Baba Bathra 15b).
Compare com Mateus 7:3

O Que é Lícito no Shabat
"É lícito violar um Shabat para que muitos outros possam ser observados; as leis foram dadas para que o homem vivesse por elas, não para que o homem morresse por elas." Todas as seguintes coisas eram lícitas no Shabat, segundo a escola de Hillel (os p'rushim que debatiam com Yeshua certamente eram da escola de Shammai): salvar vidas, aliviar dores agudas, curar picadas de cobra, e cozinhar para os doentes (Shabat 18.3; Tosefta Shabbat 15.14; Yoma 84b; Tosefta Yoma 84.15).
Compare com Marcos 3:4

O Shabat Feito para o Homem
"o Shabat foi feito para o homem, e não o homem para o Shabat," (Mekilta 103b, Yoma 85b). Além disto, os Rabinos da escola de Hillel frequentemente citavam Hoshea (Oséias) 6:6 para argumentar que ajudar os outros era mais importante do que observar ritos e costumes (Sukkah 49b, Devarim Rabba em 16:18, etc.) .
Compare com Marcos 2:27

Exageros nos Rituais de Purificação
Um rabino da Beit Hillel, Yochanan ben Zakai, contemporâneo de Yeshua, disse: "Na vida não são os mortos que te fazem impuros; nem é a água, mas a ordenança do Rei dos Reis, que purifica."
Compare com Marcos 7

Salvação Pela Graça
Os rabinos da escola de Hillel também eram partidários da tese de que é pela graça do Eterno que somos salvos, e não por mérito de obras: "Talvez Tu tenhas grande prazer em nossas boas obras? Mérito e boas obras não temos; aja para conosco em graça." (Tehillim Rabbah, 119:123).
A Ressurreição
A Escola de Hillel também teve disputas com Saduceus a respeito da questão da ressurreição dos mortos. Veja o que o rabino Gamaliel, neto de Hillel e contemporâneo de Yeshua, disse, referindo os Saduceus a Devarim (Deuteronômio) 11:21 ou Shemot (Êxodo) 6:4, ". . .a terra que HaShem jurou dar aos seus pais," o argumento é lógico e convincente: "Os mortos não podem receber, mas eles viverão novamente para receber a terra " (Talmud - Sanhedrin 90b).
Compare com Lucas 20:37-38

O Banquete e o Malchut HaShamayim
O rabino Yochanan ben Zakkai também conta parábola semelhante à de Yeshua, a respeito de convidados de um rei para o banquete Messiânico, ao comentar Yesha'yahu (Isaías) 65:13 e Eclesiastes 9:8 (vide Talmud – Shabbat 153a).

Sede Pacificadores e Amem Uns aos Outros
"Sejam discípulos de Aaron, amando a paz e perseguindo a paz, amando as pessoas e as trazendo para perto da Torah" (m.Avot 1:12).
Compare com Mateus 5:9 e João 13:34

A Regra de Ouro
A "Regra de Ouro" de Hillel, o seu ensinamento mais famoso: "...e [Hillel] disse a ele "Não faça aos outros o que não deseja que façam a você: esta é toda a Torah, enquanto o resto é comentário disto; vai e aprende isto." (b.Shab. 31a)
Esta regra, que era a base de todo talmid (discípulo) da Beit Hillel, é citada explicitamente por Yeshua conforme Mateus 7:12



E complementado o porquê de Yeshua ser um Fariseu, eu listo abaixo os versículos nos quais ele é chamado de Mestre pelos Fariseus e escribas.
Se alguem tiver o minimo de conhecimento de como são os Rabinos Ortodoxos de hoje, e sabendo que eles são descendentes filosóficos dos Fariseus, verão que tanto um quanto o outro somente se referenciaria à alguém como Mestre, se este fosse seu partidario, bem como convidar alguem para comer em suas casas se este não for de sua linha de pensamento, sendo assim Yeshua teria que ser Fariseu para ter tamanho aceitação e convivencia com os Fariseus, até mesmo por ter algumas vezes comido em suas casas.
Yeshua é chamado de Mestre por eles nos seguintes passagens: Mateus 8.19; 12.38; 22.16,24,36: Marcos 5.35; 12.32;
Em Lucas 11.45 eles se magoam com a repreensão daquele que eles chamam de Mestre, e em Lucas 19.39 pedem a intervensão de Yeshua para acalmar os ânimos de seus discípulos.
Vemos em Lucas 5.17 que Yeshua ensina na presença de Fariseus de várias partes de Israel com liberdade como em meio a amigos, partidários, e no fim no versículo 26 os Fariseus glorificam a D-us, mostrando que aceitaram aos ensinos e sinais de Yeshua, em Lucas 6.6-7 ensina numa sinagoga farisaica com liberdade novamente. em Lucas 19.47-20.1 vemos Yeshua ensinando livremente no Pátio do Templo, e isso somente é possivel aos escribas e Fariseus que dominavam o ensino no Templo na época, mostrando mais uma evidência do formação Farisaica de Yeshua.
E por fim o mais ilustre Fariseu da época, e membro do Sinédrio o Mestre Nicodemus, revela a sua admiração por aquele que ele chama de Mestre em João 3.2.

Espero ter ilucidado de uma forma Lógica o porquê de Yeshua ter sido um Fariseu.

Temos que nos atermos a todos os detalhes dos Evangelhos e em sua totalidade conceitual, para não tirarmos do contexto o que lá está exposto de maneira concisa e histórica.
Ao analisarmos o contexto conseguimos ver Yeshua Histórico mais humano do que divino, que teve que estudar e muito, para chegar ao nível intelectual que chegou, sem menosprezarmos a intervensão da Iluminação da Ruach HaKodesh ( Espirito Santo)que o capacitou após o batismo com sabedoria do Alto.
Mas vemos assim os traços de onde veio o seus argumentos e habilidade de manejar a Palavra, que em muito se assemelhava com os Sábios de sua época, principalmente os Sábios da Escola Farisaica de Hillel, avô de Gamaliel.
Vemos em Lucas 2:52 “E crescia Yeshua em sabedoria, e em estatura, e em graça para com D-us e os homens." isto quer dizer o que? que até no diante dos homens ele precisou subir degraus para ser considerado, vemos isso tambem em Hb 5:8 que diz: "Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.”, isso mostra que ele teve um trabalho arduo para aprender, sofrendo muitas vezes, mas como eu disse acima, não menosprezando a sabedoria do alto, mas dando ênfase à humanidade de Yeshua ele é um exemplo a ser seguido, como aluno aplicado e como o Mestre dos mestres.




Adaptado, acrescido e complementado por Metushelach Ben Levy
de Texto de Giliardi Rodrigues

O princípio de justiça da Lei do "Olho por Olho".

Ao que te ferir numa face, oferece-lhe, também, a outra; e, ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses (Lc 6:29).


Olho por olho, dente por dente e ferir a face e virar a outra são na verdade expressões judaicas, que no pensamento ocidental passaram a ter outro sentido, muitos entendem que essas expressões se referem à questão de violência e usam no sentido de vingança, sendo que na verdade é exatamente o contrario.
Até mesmo a conhecida lei de talião tem o mesmo princípio de justiça oriental e não de vingança ocidental.

Yeshua (Jesus) é bastante enfático em dizer que o principio da lei de D-us é o amor e justiça. Ele a todo tempo reafirma que não devemos pagar o mal com o mal e sim com o bem.

Olho por olho e dente por dente se refere a leis indenizatórias, ou seja, se a alguém for lesado no olho, tal deve ser compensado com algo que corresponda ao valor que o olho lhe fará falta na manutenção de seu sustento.
As leis indenizatórias servem para colocar limites e estabelecer justiça. Quando se fala olho por olho é no sentido que se eu emprestei algo de alguém eu tenho que devolver-lo exatamente da forma que peguei. Se uma pessoa empresta uma ferramenta e esta por algum motivo se quebra ou se extravia, é dever portanto comprar outra ou pagá-la ao emprestador com alguma coisa que corresponda ao valor de tal ferramento.
Vejamos um exemplo nas Escritura: "E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali. E disse ele: Ide. E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei. E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira. E sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água: e clamou, e disse: Ai, meu senhor! porque era emprestado. E disse o homem de D-us: Onde caiu? E, mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez nadar o ferro. E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou. (II Reis 6:1)
O profeta Eliseu conhecia muito bem essas leis indenizatórias, ele havia pego um machado emprestado e quando foram utilizá-lo, caiu dentro d'água, ele sabia que de tinha que devolver o machado ou pagar com outra coisa que corresponderia o mesmo valor e por isso clama demostrando sua preocupação.


"Dê a sua face ao que o fere; farte-se de afronta." (Lamentações 3:30)
O principio da expressão dê a face ao que o fere é exatamente não pagar o mal com o mal e sim com o bem. Raciocinemos, não pode ser aplicado no sentido literal de que quando a pessoa lhe bater no rosto, temos que virar para se bater no outro lado. Até porque segundo a Bíblia quando uma pessoa vem para lhe agredir fisicamente, o não se defender é pecado. Se você vê uma pessoa sendo agredida e não faz nada para defendê-la você também está compactuando com a agressão.

"Não desconsideres o sangue de teu próximo." (Levitico 19:16)
A vingança não cabe ao homem praticar com as próprias mãos, pois somente D-us é o justo juiz para julgar e dar a devida sentença a cada um. A Tanach ou mais conhecida com "velho testamento" é considerado por muitos como um livro sangrento de guerras e conflitos, porém grande parte das pessoas que pensam desta forma não entende o contexto no qual foi escrito e nem sua implicações espirituais.

"Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo, como a ti mesmo: Eu sou o Senhor." (Levitico 19:18)
O dito "antigo testamento" não ensina ódio e muito menos a fazer guerra, o conflito existente era porque os filhos de Abraão estavam reivindicando um direito da posse da terra dada pelo o próprio D'us. Ao ponto que a maioria das guerras o próprio D-us ia à frente das batalhas fazendo justiça em defesa da integridade de seu povo.

Yeshua deixa bem claro no dito "novo testamento" que o sentido da lei de olho por olho não é revidar uma agressão do seu próximo.
O principio dos ensinamentos da lei de D-us ensinada por Yeshua era o amor a D-us sobre todas as coisas e o amor a próximo como a si mesmo. Ele está categoricamente afirmando no evangelho de Lucas um mandamento antigo da Toráh ensinado por Moises, quando uma pessoa vem lhe fazer um mal com a intenção de humilhar, é ensinado que não devemos retribuir da mesma forma, mas pelo o contrario, quando alguém lhe pedir para andar uma milha, ande duas, quando alguém lhe pedir o vestido, também lhe dê a capa. (Existia na época de Yeshua uma lei do império romano de que um centurião podia pegar um judeu no período de um dia e obrigá-lo a trabalhar para ele de graça, essa era uma forma dos romanos humilharem o povo judeu. Yeshua esta falando que diante deste procedimento não deveria haver uma atitude revoltosa e nem tentar praticar justiça com as próprias mãos, pois a justiça e a vingança vêm da parte de D'us. (Dt. 32:35, Hb. 10:30)

O que poucas pessoas sabem que o principio de alguém lhe ferir a face e virar a outra é o mesmo que dente por dente, olho por olho. A Toráh ensina que não devemos pagar o mal com mal e sim o mal com bem, quando dizemos olho por olho não é no sentido de violência e nem de revidar uma ofensa ou agressão do outro, olho por olho significa andar em justiça.

Em Gênesis 12.3b que diz "e em ti serão benditas todas as famílias da terra." este versículo se cumpre além do já conhecido contexto da salvação pela pregação do Evangelho, se cumpre no papel daqueles que guardavam e viviam a Toráh, pois após a segunda diáspora os judeus foram espalhados por todo o mundo e suas vidas baseadas nos princípios de justiça e misericórdia influenciaram de forma unânime as legislações e constituições pelo mundo Ocidental, seja de forma direta, legislando propriamente ou indireta, assim quando vemos que O Estado pune os maus com determinadas penas, vemos estampado ai o princípio do Olho por Olho no seu contexto judaico de impetração de justiça, e não no contexto ocidental de vingança.

Nos que vivemos em um Estado democrático, podemos ver que tanto a Constituição como as demais legislações punem com justiça e não com vingança, pois um ladrão ao furtar algo, ele tem a sua pena primária regendo a devolução do bem furtado ou a indenização do mesmo valor do bem mais indenização por outros tipos de danos como morais por exemplo, mas em nossa realidade esta parte da lei foi relegada a segundo plano, tendo o encarceramento como o mais rápido método de punição, mas podemos ainda ver a existência de penas sócio-educacinais, na qual o infrator tem que prestar serviços comunitários e doar cestas básicas para comunidades carentes.



O que pretendemos dizer com este relato é que nós temos vivido os princípios da Toráh em nossos dias e nem nos damos conta disso, pois a cada infração que é julgada e condenada vemos a justiça sendo feita, vemos que se formos submissos a tais leis não seremos injuriados como Shaul (Paulo) relata em Romanos 13.1-7 "Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de D-us; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de D-us; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de D-us para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de D-us, vingador, para castigar o que pratica o mal.É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de D-us, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.".

Adaptado e acrescido por Metushelach Ben Levy
de Texto originalmente feito por  Giliardi Rodrigues.
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