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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - 2º DIA

No Princípio
Gênesis 1:1 - 6:8

Ber'eshit - Gênesis 1:6-8: "E disse D-us: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. Fez, pois, D-us o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou D-us ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.

Neste versos temos a criação do firmamento e a divisão das águas, mas vamos nos ater neste momento a entender melhor o termo firmamento que no hebraico está  רָקִיעַ "Raki'a" significando algo expandido, estendido, derivando de רָקַע "rak'a" que significa martelar, bater e espalhar na força conforme vemos o termo sendo usado nas seguintes passagens: Êxodo 39:3 "E bateu o ouro em finas placas das quais cortaram fios de ouro para serem bordados no linho fino com os fios de tecido azul, roxo e vermelho, obra artesanal." e em Números 16:39 "O sacerdote Eleazar recolheu os incensários de bronze usados pelos homens que morreram queimados e bateu o metal com um martelo, até formar uma lâmina para revestir o altar."

Pela etimologia da palavra e pela aplicabilidade dela nos contextos apresentados podemos agora compreender textos que falam dos céus como estes:
Jó 37:15...18 "Porventura, sabes tu como D-us as opera e como faz resplandecer o relâmpago da sua nuvem?...Ou estendeste com Ele o firmamento, que é sólido como espelho de metal fundido?
Jó 26:11"As colunas do céu tremem e se espantam da sua ameaça."
2 Samuel 22:8 "Então, a terra se abalou e tremeu, vacilaram também os fundamentos dos céus e se estremeceram, porque ele se indignou."
Ezequiel 1:22 "Acima das cabeças dos seres viventes estava o que parecia, um firmamento, uma abóboda, reluzente como cristal de gelo, e impressionante.
Isaías 40:22 "Ele é o que está assentado sobre a cúpula da terra, cujos moradores são como gafanhotos. É Ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar.

Lembrando do que abordamos quando falamos do verso 2, onde a Ruach se movia sobre as águas profundas num movimento de oxigenação necessária para a existência posterior de vida, agora com o sentido intrínseco do que é firmamento vemos que a Ruach "sopro" de D-us como um martelo que espalha, e expande um metal na pressão das batidas, vai retirando da terra submersa o material necessário (Quartzo)  para a expansão do Domo como que sendo martelado pelo sopro divino, como num furacão impetuoso e vai empurrando as águas de cima, gerando uma expansão aerada no meio, entre as águas de baixo e as águas de cima, e assim consolidando algo como espelho de metal fundido, uma abóboda de cristal, uma cúpula de gelo.
Salmos 33:6,7  "Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. Ele ajunta em montão as águas do mar; e em reservatório encerra os abismos."


Agora partindo para a criptografia onde o segundo dia da criação demonstra o segundo milênio do homem sobre a terra, onde Noach (Noé) e seus filhos são figura central em meio ao contexto da condição do homem caído, longe de D-us, que se tornou em densas trevas, conforme vemos em Gênesis 6:5-6:
"O Senhor viu que a maldade das pessoas havia se multiplicado na terra e que todo desígnio do coração delas era continuamente mau. Então o Senhor ficou triste por haver feito o ser humano na terra, e isso lhe pesou no coração."
D-us com peso no coração decide destruir a sua criação pela maldade do homem e para isso se utiliza das águas que outrora o domo em sua expansão deixou nas partes superiores, e também as águas das fontes das profundezas.
Gênesis 7:11 "No ano seiscentos da vida de Noach, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram,"
Vemos então os elementos do segundo dia da criação totalmente envolvidos neste período do homem, mas o que temos que notar é que após isso houve uma segunda queda, e também por ingestão de um fruto das vinhas de Noach, gerando assim o episódio das bençãos e maldições aos filhos e neto de Noach, e é esta separação que define este período, ou seja os filhos abençoados Shem (Sem) e Yefté (Jafé) se tornando as águas superiores que pela ação da Ruach são elevados tanto em ter como em  proclamar a um D-us único, como também por terem legislações baseadas na instrução divina dada no Éden e passada pela descendência da mulher (luz) e como orvalho pelas suas ações, moral e espiritualidade trazem frescor e vida a lugares desérticos, enquanto os descendentes de Kna'an (Canaã) se tornam as águas inferiores que arrasam e destroem as conexões com o verdadeiro Criador colocando a idolatria, a lascívia, prostituição e servidão como padrões de carácter e tanto que tais povos mais tarde foram alvos de mandato de destruição do próprio D-us conforme vemos em Deuteronômio 20:16-18:
  
"— Porém, das cidades destas nações que o Senhor, seu D-us, lhes dá como herança, não deixem ninguém com vida. Pelo contrário, como o Senhor, seu D-us, ordenou, vocês devem destruí-las totalmente: os heteus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus, para que estas nações não ensinem vocês a fazer segundo todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, pois vocês estariam pecando contra o Senhor, seu D-us."


Assim podemos ver que efetivamente houve uma separação de seres elevados e os ditos vasos de desonra, e tal ciclo de separação continua, pois após o estabelecimento dos filhos de Noach para cada direção das ilhas das nações conforme Gn. 10, também podemos vislumbrar o aparecimento de Nimrod, um ser que a exemplo dos "Nefelins" começou a ser poderoso sobre a terra, e novamente as trevas tomam forma e Nimrod começa a sub-julgar o homem, o fazendo ir contra as instruções de D-us, que ordenou multiplicar, se espalhar para povoar a terra, mas o poderoso caçador diante de Senhor manifesta a ideia de se ajuntarem para construírem uma cidade elevada, espécie de palácio-torre para que se vindo novo diluvio eles não perecessem, além de arrogantemente tentarem chegar ao domo e assim fazerem seus nomes célebres, aqui é a gênese da Babilônia, a Grande Cidade a Mãe da Abominações da Terra, de onde provem "O Sistema" escravizador, que sub-julga sorrateiramente os indivíduos, formando uma teia do cotidiano urbano, o espírito da cidade, onde o tempo escorre pelos dedos pois todos estão reféns de seus afazeres laborais ou consumistas, sem tempo para apreciar a criação e portanto esquecendo pouco a pouco da existência de Um Criador.
Gênesis 11:1-9 "Em toda a terra havia apenas uma língua e uma só maneira de falar. Os homens partiram do Oriente, encontraram uma planície na terra de Sinar e habitaram ali. E disseram uns aos outros: — Venham, vamos fazer tijolos e queimá-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: — Venham, vamos construir uma cidade e uma torre cujo topo chegue até os céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Então o Senhor desceu para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens estavam construindo. E o Senhor disse: — Eis que o povo é um, e todos têm a mesma língua. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo o que planejam fazer. Venham, vamos descer e confundir a língua que eles falam, para que um não entenda o que o outro está dizendo. Assim o Senhor os dispersou dali pela superfície da terra; e pararam de edificar a cidade.
Por isso a cidade foi chamada de Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de toda a terra e dali o Senhor os dispersou por toda a superfície dela."
Notemos que D-us intervêm de forma direta nos acontecimentos, promovendo mais uma separação entre os homens, os dispersando por todo a superfície da terra, logo após este acontecimento vem mais uma separação, o chamado de Avram (Abrão) que consistia de forma parafraseada em: "se separe de sua parentela e expandindo o seu caminho vá até a terra que lhe será dita"
Gênesis 12:1-3 "O Senhor disse a Avram: — Saia da sua terra, da sua parentela e da casa do seu pai e vá para a terra que lhe mostrarei." 
Partindo da criptografia que fala que águas são povos, nações e línguas (Ap. 17:15), e no segundo dia fala da separação de águas e águas, percebemos aqui portanto, desde o que já falamos, da separação de Noach e os seus filhos do resto da humanidade, que pereceu, as bençãos e maldições sobres estes filhos que separam duas linhagens, a línguas confundidas que separam os homens por toda a terra, agora temos o chamado de Avram que definitivamente separa águas e águas, ou seja, nações e nação de Israel, as águas inferiores das águas superiores.

Matsot - Pães sem fermento - a segunda festa.

A festa que condiz com o que vimos é a festa de HaMatsot ou pães sem fermento, ou asimos, que tem intrínseco primeiramente a aflição, tanto que a matsáh é chamada de Lechem Ani ou pão da aflição em (Dt. 16:3) e dentro do Sedêr de Pessach (ordem de quinze passos na cerimônia de páscoa), onde se recorda o sentimento de apreensão e pressa ao sair do Egito, onde não houve tempo para a fermentação do pão, pois logo se deu à última praga da mortandade dos primogênitos e a corrida até se chegar ante ao Mar, percurso que demorou sete dias, os israelitas somente dispunham deste pão não fermentado.
O sentimento dos homens neste segundo milênio de história, se equipara ao dos Israelitas em fuga do Egito, pois a aflição representado no pão não fermentado, indica constante e total dependência para os próximos passos, Noach deve ter ficado aflito ao se fechar a arca e começar a chuva, confiando no Senhor para os próximos passos, assim também deve ter ocorrido com os filhos de Noach ao se espalharem e povoarem a superfície da terra, 
Hebreus 11:7 "Pela fé, Noach, divinamente instruído a respeito de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a D-us, construiu uma arca para a salvação de sua família. Assim, ele condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé."
Vemos aqui outro aspecto da celebração de HaMatsot (Pães sem fermento), que é o aspecto de separação, Noach ouviu a instrução, creu e isso foi imputado por justiça, e uma vez que o homem se achega à D-us e tem a salvação lhe oferecida por meio da graça, o processo é se separar, tirar o fermento, o orgulho, a malícia e a maldade, tanto que Noach por mais de um século enquanto construía a arca, alertava ao mundo sobre a eminência do juízo divino e a necessidade de separar do mal caminho.
De mesmo modo Avraham se separou de sua cidade natal, se separou de sua parentela e por fim em aflição pelo longo caminho de sua jornada foi deixando todo o fermento do orgulho humano pelo caminho, até mesmo o filho concebido por orgulho e falta de confiança na promessa ficou para traz, e por fé até mesmo o filho da promessa, ele não teve por orgulho negar ao Senhor que dele o solicitara.

1 Coríntios 5:6-11 "O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada? Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois o Messias, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade. Já lhes disse por carta que vocês não devem associar-se com pessoas imorais. Com isso não me refiro aos imorais deste mundo, nem aos avarentos, aos ladrões ou aos idólatras. Se assim fosse, vocês precisariam sair deste mundo. Mas agora estou lhes escrevendo que não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer."

Por Metushelach Cohen


Nota: Os apóstrofos ( ' ) utilizados nas transliterações dos termos hebraicos servem para indicar que a próxima letra é gutural como nos casos das letras alef e aiyn, portanto a pronúncia terá que guturalizar as vogais, ou seja formar o som da vogal no fundo da garganta.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - 1º DIA

No Princípio
Gênesis 1:1 - 6:8 

Antes de prosseguirmos, gostaria de compartilhar um comentário ainda do verso 2 feito por Sa'adiah ben Yosef Gaon em seu Tafsir Rasag em meados do século décimo da era comum; Tafsir Rasag é conhecido como o Targum árabe, ou seja, um parafraseamento da Torah para a língua árabe que carrega em si a interpretação e exegese de seu autor.
Tafsir Rasag, Ber'eshit 1:2: "E a Terra estava profundamente submersa, e havia trevas na superfície das profundezas, e o vento de Allah soprava na superfície da água."  

Com o entendimento dado pelo Tafsir Rasag, visualizamos a imagem acima, demonstrando algo como uma porção de terra, espécie de placa continental única, "talvez a dita Pangeia", submersa nas profundezas das águas primitivas que existem desde sempre provenientes quem sabe do terceiro céus (O trono de D-us), e tal porção já ligada a uma base por colunas como podemos ver em 1 Sm 2:9, Jó 38:4, Sl. 93:1 e 104:5, e todo este conjunto em densa escuridão, mas D-us de seu Trono emana seu sopro, seu espírito, a Ruach para promover a adequação do sistema para que haja vida, e como sabemos a vida é sobrada, ou seja, ar, oxigênio estão sendo planejados para adentrar este sistema para propiciar vida.

Deste ponto para frente inciaremos a descrição dos elementos elencados a cada um dos sete dias da criação. Aproveitamos para recuperarmos a questão feita no inicio destas abordagens de Gênesis, que questiona se seria mesmo preciso levar sete dias para que D-us criasse tudo ou em milésimos tudo viesse a existir, e como já alegamos acreditamos sim na literalidade da narrativa em seus detalhes e entendemos que estes sete dias criptografam o desenrolar da história humana sobre a terra, do principio ao fim no decorrer de sete milênios, e "dicas" são dadas para este entendimento nos Salmos 90 e na segunda epístola de Pedro como podemos ver abaixo:
2 Pedro 3:1-9 "Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida, para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos, tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de D-us, pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água. Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios. Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
O contexto da passagem é alertar que não há demora em D-us cumprir as suas promessas e sim longanimidade para que todos alcancem arrependimento, dai vem as "dicas" sobre o princípio da criação e os dias como milênios, podemos até elucubrarmos que a promessa Divina de que Adam morreria no dia em que comesse de fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal se dá dentro deste entendimento, pois Adam morreu com 930 anos ou seja dentro do primeiro milênio que para D-us segundo o alerta de Pedro foi como um dia. 


Portanto a partir deste entendimento começaremos a analisar os dias da criação.

Ber'eshit - Gênesis 1:3-5: "Disse D-us: Haja luz; e houve luz. E viu D-us que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou D-us à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia."

No aspecto literal podemos alegar que está luminosidade poderia ser as primeiras vibrações de ondas do espectro luminoso que percorre do ultra-violeta ao infra-vermelho, mas podemos ser menos científicos e nos restringir ao que a Palavra nos ilumina e irmos ao fim para entender o começo, senão vejamos: Apocalipse 21:23 "A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de D-us a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada."

Portanto se no fim na cidade santa não necessitará de sol pois haverá outra fonte de luz que provém da Glória de D-us, podemos entender que tal fonte de luz inicial também provinha do Trono de D-us, postado no alegado terceiro céu, que de alguma forma se aproximou dos elementos criados gerando a luminescência necessária para a distinção de cada coisa, além da partição do tempo em tarde e manhã.

Agora partindo para a criptografia onde o primeiro dia da criação demonstra o primeiro milênio do homem, sendo Adam a luz da criação, segundo à imagem e semelhança de seu Criador.
Efésios 5:8-13 "Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz está em toda bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto, até dizê-lo é torpe. Mas todas essas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta."
Lucas 11:33-36 "— Ninguém, depois de acender uma lamparina, a coloca em lugar escondido, nem debaixo de um cesto, mas num lugar em que ilumina bem, a fim de que os que entram vejam a luz.
Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz; mas, se forem maus, o seu corpo ficará em trevas.
Portanto, tenha cuidado para que a luz que está em você não sejam trevas.
Pois, se todo o seu corpo for luminoso, sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a lamparina quando ilumina você em plena luz."

Com estes versos e várias outras passagens podemos ver que a condição do homem após a regeneração apregoada pelo evangelho volta a ser como a de Adam antes da queda, ou seja a de ser luz, filhos da luz, participantes e comunicantes da luz que em suma é a Palavra de D-us manifesta em cada ser regenerado que volta a estar em obediência ao Pai, pois assim como Adam ao respeitar toda a instrução (Torah) de D-us, ele manifestava à toda criação a imagem e semelhança de seu Criador, não atoa que David em seus Salmos e Shlomo em seus Provérbios aludem a instrução (Torah) como sendo lâmpada e luz para não deixar os pés vacilarem em meio as trevas.
Provérbios 6:20-23:"Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao pescoço. Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida;"
Salmos 119:105 "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos."
Pedro em uma de suas cartas falando da Palavra que traz o conhecimento de Yeshua como Senhor e Salvador, o Messias aguardado, alega que tal revelação amparada na palavra dos profetas traz segurança, agindo como luz que vai iluminando a cada vida regenerada até que a plenitude desta iluminação seja alcançada no íntimo, ou seja, no coração de cada indivíduo e assim dissipando toda as trevas.
2 Pedro 1:19 "Assim, temos ainda mais segura a palavra dos profetas, e vocês fazem bem em dar atenção a ela, como a uma luz que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês."
As ligações que temos pretendido criar até então é que o homem em obediência ao Criador é luz, pois reflete, comunica a essência (imagem e semelhança) do Criador, portanto o "Haja Luz" representa a criação do homem em perfeição, e mais tarde no intuito de fazer separação entre esta luz e as trevas das concupiscências dos olhos, da carne e soberba da vida é que D-us dá instruções, a primeira se referindo ao conhecimento do bem e do mal que se buscado por motivação errada, ego, soberba e orgulho traz apenas as trevas, ao ponto da luz que envolvia o homem e inibia a percepção de nudez se dissipar e o homem se esconder de seu Criador por vergonha.
No momento da queda D-us já faz a promessa de redenção onde o descendente da mulher (Luz) pisaria a cabeça da descendência da serpente (Trevas), Caim representando a descendência da serpente é advertido por D-us para dominar o seu desejo que já às portas para ser executado,  novamente a instrução de D-us serve como luz para dissipar as trevas, mas concretizando assim o pecado a descendência da mulher representado por Abel é morta e Caim sai da presença do Senhor indo para Node ao oriente do Èden, ou seja, as trevas se apartam da luz mais uma vez. Nos tempo de Enosh filho de Set (representantes da luz, descendência da mulher) o nome do Senhor volta a ser invocado, e logo aparecem os ditos Benei elohim (trevas) que forçam as mulheres (luz) e as corrompem, dando origem aos homens de renome da antiguidade os ditos "nefelim" os "caídos moralmente" e as trevas começam dominar a terra de tal maneira que não há outra alternativa senão um recomeço, mas sendo D-us justo, os representantes da luz como Metushelach (Matusalem), Chanoch (Enoque) e o próprio Noach (Noé) são levantados para pregarem por um período de tempo trazendo a instrução divina (luz) para admoestar e convencer os ímpios de seus maus caminhos, como podemos verificar na epístola de Judas.

Judas 1:14-15  "Foi a respeito deles que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: “Eis que o Senhor vem com milhares de seus santos, para exercer juízo contra todos e para convencer todos os ímpios a respeito de todas as obras ímpias que praticaram e a respeito de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele.”"

Concluímos portanto a nossa abordagem correlacionando o primeiro dia da criação com o primeiro milênio do homem, período que compreende a vida de Adam, onde nasceram nove gerações, ou seja de Adam até Lamek pai de Noach, período que demonstra a luz sendo criada na figura do homem a imagem e semelhança do Criador, que por meio da Palavra que é a verdadeira Luz gera a distinção entre luz e trevas, onde o homem é sempre alertado e instruído de como manter a luz da intimidade, fidelidade e obediência ao Criador para que não sucumba às trevas de seus próprios desejos, paixões e instintos que o levará a concretização de seus intentos dando forma ao pecado que o condena a se apartar da luz do Criador.


E é neste contexto de sucumbir aos desejos e se tornar escravo do pecado que ligamos tal período de forma alegórica ao cerne da festa de Pessach, pois lembramos assim do contexto que levou ao Egito o povo de Israel que era família daquele que tudo podia governar no reino, estando apenas abaixo do que se assenta no trono, Yossef assim como Adam recebe total autoridade para dominar, e por um período tudo em suas mãos prospera, mas com o tempo, o orgulho, soberba e inveja dos filhos das trevas tomam forma e a situação de autoridade e domínio se altera e a humanidade na figura de Adam assim como os filhos de Israel se tornam escravos e tudo parece perdido vem a promessa de redenção seja pela Arca, seja por Moshe o libertador, e assim do domínio à escravidão e da escravidão à redenção é que traçamos os paralelos do primeiro dia da criação com o primeiro milênio da humanidade e a primeira festa do Senhor.


Por Metushelach.

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - Parte 2

No Princípio
Gênesis 1:1 - 6:8 

Vamos analisar uma das traduções possíveis aos primeiros versos da Torah (Pentateuco): 
Ber'eshit (Gênesis) 1:1-2:
“Quando Elohim começou a criar os céus e a terra, esta era/estava sem conformação e inóspita, e a escuridão estava presente diante das profundas fontes aquáticas, e o sopro/imanação/espírito de Elohim pairava acima diante das águas.”
Ao termos tal tradução que é possível e plausível podemos pontuar a criação relatada como o centro da ação divina e não como uma poeira cósmica perdida na imensidão do hipotético universo Newtoniano-Eisteiniano, onde somos apenas um planeta entre "nove ou oito" de um sistema solar, que é um em milhares dentro da via láctea quem é uma em milhões de outras galáxias no universo que é um entre diversos, em um hipotético multi-verso da loucura ligado por buracos de minhoca, ou vórtices quânticos. 

Mas voltemos à análise textual da criação central do relato de Gênesis:
A terra ao começar ser criada por Elohim se encontrava num estado de תֹהוּ "tohu" ou seja sem conformação, sem definição de forma podendo estar conforme a figura abaixo em níveis liquefeitos da matéria pela alta temperatura dos elementos, ou ainda em um estado de caos à níveis atômicos quânticos ou moleculares químicos, consequentemente ainda sem adequação de bioma e é neste sentido que ela é chamada de בֹהוּ "bohu" ou seja inóspita, sem condições de vida e portanto vazia.

תֹהוּ וָבֹהוּ = Torú VaBohú
Neste quadro de imensa agitação, convulsão dos elementos é apresentada a condição de חֹשֶׁךְ "Choshech" ou seja escuridão, termo usado em Êxodo 10:21-22 para indicar não apenas uma ausência de luz e sim um matéria palpável que enegrecia a vista, onde podemos conjecturar ser algo próximo a uma camada expeça de alcatrão betuminoso resultante das altas temperaturas que sublima elementos sólidos para gasosos, juntando tal situação aos detritos e sedimentos em dispersão na atmosfera que em ligação a gases e elementos pesados formavam uma densa cortina palpável que bloquearia qualquer tipo de iluminação cósmica diante da superfície das águas das profundezas.
Parafraseando o texto podemos dizer: O Criador ao começar a definir a massa gasosa atmosférica e a massa sólida da terra, e a mesma se encontrando ainda em temperaturas elevadíssimas de sua superfície com alguns dos elementos liquefeitos sem estabilidade e desformes, e com uma camada palpável de "escuridão", é neste instante que a “emanação energética divina” (Ruach Elohim), começa a colocar ordem nas coisas, o sopro divino que dá vida e energia motriz se utiliza das águas para resfriar a superfície terrestre, neste processo os vapores dissipam os elementos pesados da atmosfera, gerando equilíbrio e ordem onde havia caos, propiciando portanto um ambiente menos hostil e inóspito para a vida.

Na escuridão das fontes mais profundas das águas
o poder que gera vida começou a se mover.

Até aqui tivemos a "relva" do entendimento, ou seja o nível Peshat de interpretação que leva em consideração a literalidade e objetividade da informação do texto. 

Poderíamos acrescentar agora as "dicas", ou seja o nível Remez de interpretação que nos levaria aos comparativos textuais, entendimentos alegóricos como pro exemplo os textos de Salmos, Provérbios ou Jó que poeticamente ou alegoricamente retratam a criação mas veremos aqui o texto de Jeremias 4:22-28:
"Deveras, o meu povo está louco, já não me conhece; são filhos néscios e não inteligentes; são sábios para o mal e não sabem fazer o bem.
Olhei para a terra, e ei-la sem forma e vazia; para os céus, e não tinham luz.
Olhei para os montes, e eis que tremiam, e todos os outeiros estremeciam.
Olhei, e eis que não havia homem nenhum, e todas as aves dos céus haviam fugido.
Olhei ainda, e eis que a terra fértil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira. Pois assim diz o Senhor: Toda a terra será assolada; porém não a consumirei de todo. Por isso, a terra pranteará, e os céus acima se enegrecerão; porque falei, resolvi e não me arrependo, nem me retrato."
Tal texto se utiliza da linguagem da criação como "dica"para demonstrar a desolação de Israel, ao ter se afastado de D-us e suas orientações, se tornando em terra seca, um deserto sem forma e vazia, sem luz.

A Haftará ( Textos dos Profetas ou escritos) neste caso em Isaías 42:5 - 43:10, tem o mesmo sentido comparativo de Jeremias mas com o todo da porção de Ber'eshit, e assim vai além da "dica" ( Nível Remez) e começa a introduzir o "estudo comparativo" ou seja, o nível Drash de entendimento quando partimos da comparação textual para chegarmos à "Moral" da história, e assim retornamos ao texto inicial com um sentido mais profundo, complexo e pertinente, senão vejamos:
Ber'eshit 1:2 " A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de D-us pairava por sobre as águas."
A terra ou o pó da terra pode ser identificado com o homem (Gn. 3:19 e Sl. 103:14), que em seu estado natural pós queda, por estar imerso em paixões, instintos e pecado está destituído da Glória de D-us (Rm. 3:23), e portanto combalido sem conformação, sem forma, necessitando preencher o vazio ou o estado inóspito de sua alma, que neste estágio se encontra nas mais profundas trevas, e tal situação só ganha conformidade, organização e acalento pelas águas da Palavra, que ao ser ouvida produz fé (Rm. 10:17), fé esta que é ação do convencimento trazido pelo mover do Espírito de D-us, ou seja, um presente, um dom de D-us (Ef. 2:8).

E por fim podemos conjecturar seja por "iluminação mística", ação da Ruach ou seja lá o que se alegue para se chegar a tais "revelações", que tal texto pode trazer o segredo, "sód" do fim dos tempos, onde a terra será arrasada com seus elementos abrasados (2 Pd. 3:12) pela Ira de D-us, que pelas trevas do mal no coração dos rebeldes que forma o reino da besta que se levanta do abismo (Ap. 17:8), trará a ação do seu Espírito nas duas testemunhas finais (Ap. 11:3-7) que serão dois povos, um mar, muitas águas de pessoas para que elas tragam através de seus testemunhos e profecias o som das trombetas e o derramar dos cálices de D-us sobre o mal, e assim adentrarmos no reino messiânico já não mais em caos mas sim em retidão e justiça ou seja com tudo preenchido e não vazio, conformado e adequado e não mais sem forma.    


Por Metushelach Cohen
Informações baseadas nos diversos Midrashim de nossos sábios e algumas citações diretas dos comentários da Torá-Lei de Moisés da Editora Sêfer - Jairo Fridlin - 2001 e da Torá Viva da Editora Maayanot - Rav Aryeh Kaplan - 2013.

Nota: Os apóstrofos ( ' ) utilizados nas transliterações dos termos hebraicos servem para indicar que a próxima letra é gutural como nos casos das letras alef e aiyn, portanto a pronúncia terá que guturalizar as vogais, ou seja formar o som da vogal no fundo da garganta.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - A Criação

No Princípio
Gênesis 1:1 - 6:8 

Nesta semana após o término do período de festas do sétimos mês do calendário bíblico judaico, reiniciamos o estudo da Torah (Pentateuco), retornando ao principio, ou seja, recomeçaremos em Gênesis o estudo cíclico das 54 Parashiot (Porções) em que a Torah (Pentateuco) foi didaticamente dividida ainda no período do retorno do exílio por meio de Ezra (Esdras).

Mas a nossa abordagem desta vez terá como enfoque as simbologias escatológicas que apontam para a vida e obra do Messias desde a fundação do mundo até a consumação dos séculos, passando pela importância da compreensão conceitual das festas de D-us (Levítico 23), a restauração das tribos de Israel para unificação de um único povo, formador do Reino de D-us, e tudo isso para demonstrar o fim desde o princípio conforme Isaías 46:9-10 Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.”

Antes de começarmos a análise textual, lançamos um questionamento pertinente: D-us precisaria efetivamente de sete dias para a criação ou Ele poderia em uma fração de segundo formar tudo?

Portanto sem perdermos a literalidade da narrativa, entendemos que tudo foi feito conforme foi escrito para carregar nas descrições e detalhes, recados criptografados do desenrolar da história humana sobre a terra, do principio ao fim desta jornada.

Ber'eshit - Gênesis 1:1 - 6:8

1:1 No princípio, criou D-us os céus e a terra.

בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים אֵת הַשָּׁמַיִם וְאֵת הָאָרֶץ
O termo את (et), apesar de não ser traduzido, tem seu papel gramatical, o de indicar que o elemento que se segue será um objeto direto, mas criptografadamente vemos o seguinte: No princípio, Criou D-us: את = Alef + Tav = Alfa + Omega = o princípio e o encerramento de tudo, plano inicial e o seu fechamento tudo por meio de sua palavra expressa no alfabeto que começa com alef e termina com Tav, ou seja, Yeshua, ele é o alef e tav, alfa e omega dos céus e também da terra, pois todo o período não eterno, ou seja, o recorte feito na dimensão eterne que hoje chamamos tempo, tem o seu ínicio e seu fim escritos, determinados e explanados por aquele que é chamado de “A Palavra de D-us” , o verbo, o logos.

Poderíamos também elencar os sentidos pictográficos das letras alef e tav, a primeira carregando em si a ideia de poder, liderança ou força, e a segunda carregando a ideia de sinal, marcação, x ou cruz de referência ou aliança, sentidos estes que podemos combinar como liderança pela cruz, poder sinalizado, ou força da aliança, todos estes sentidos são intimamente ligados à missão de Yeshua dentro do recorte da eternidade, do princípio ao fim dos tempos. 



E por fim poderíamos demonstrar o entendimento intrínseco quando da aparição do termo “ET” dentro do Tanach (Antigo Testamento), indicando algo parecido com que o sentido pictográfico que vimos anteriormente demonstrou, por exemplo, ao verificarmos a vida de Yaakov e Essav iniciando em Gn. 25:28, descobrimos que há o “ET” “Alef – Tav” na frente de seus nomes no começo de suas vidas juntos, mas vemos o “Alef – Tav” usado pela última vez na frente do nome de Essav em Gn. 27:1, Itschak nesta ocasião chama Esssav, pedindo-lhe para caçar um pouco de carne saborosa, para que ele pudesse posteriormente abençoar Essav, mas embora o nome de Essav seja usado outras 78 vezes na Torah, o “Alef – Tav” continua a figurar somente na frente do nome de Yaakov e não mais no de Essav, isso se dá porque a bênção da aliança da primogenitura dada ao Messias foi removida dele. A razão de Essav não ter mais o “Alef – Tav” na frente de seu nome após Gn. 27: 1 é explicado por Moshe em Gn. 25:34 “ por ter desprezado Essav seu “Alef – Tav” direito de primogenitura! ”
A dispensa de Essav do propósito designado do Senhor para sua vida resultou no fato de ele o ter passado a seu irmão Yaakov. 

Outro exemplo do significado do “Alef – Tav” é encontrado no livro de Rute. O nome de Ruth é usado 12 vezes no livro, nas primeiras 10 vezes, não há “Alef – Tav” na frente de seu nome. 
Depois que ela é resgatada por Boaz, nas duas próximas vezes que seu nome é usado, um “Alef – Tav” sempre aparece na frente do seu nome (Rute 4: 5 e 13). Esses são apenas dois exemplos, mas parece óbvio que o “Alef – Tav”) mostra uma conexão do relacionamento da aliança com o Senhor e a integralidade dos propósitos divinos nesta inter-relação “Homem-Aliança-D-us”. 

Fixaremos a ideia de que o Mashiach sendo o Verbo Divino é responsável pela criação de “A a Z” com as passagens a seguir:

João 1:1-3 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com D-us, e o Verbo era divino, Ele estava no princípio com D-us. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”
João 17:3-5 “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único D-us verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.
Colossenses 11:15-20 “Este é a imagem do D-us invisível, o primogênito de toda a criação;pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a D-us que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.”
Hebreus 2:7-11 “Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos]. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas; vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Yeshua, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de D-us, provasse a morte por todo homem. Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles. Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos,”
E por fim observaremos o que Shlomo (Rei Salomão) fala do Verbo divino, chamado de Sabedoria em seus versos:
Provérbios 8:22-36 “O Senhor me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra. Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci. Ainda ele não tinha feito a terra, nem as amplidões, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; quando firmava as nuvens de cima; quando estabelecia as fontes do abismo; quando fixava ao mar o seu limite, para que as águas não traspassassem os seus limites; quando compunha os fundamentos da terra; então, eu estava com ele e era seu arquiteto, dia após dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo; regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens. Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque felizes serão os que guardarem os meus caminhos. Ouvi o ensino, sede sábios e não o rejeiteis. Feliz o homem que me dá ouvidos, velando dia a dia às minhas portas, esperando às ombreiras da minha entrada. Porque o que me acha acha a vida e alcança favor do Senhor.

Mas o que peca contra mim violenta a própria alma. Todos os que me aborrecem amam a morte.”
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