שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד
Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - 4º DIA

No Princípio - Gênesis 1:1 - 6:8
(Quarto dia - Gn. 1:14-19)


Ber'eshit - Gênesis: 1:14-19: "Disse também D-us: Haja luminares no firmamento do céu que façam separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais, e para tempos determinados, e para dias e anos; e sejam para luminares no firmamento do céu, a fim de iluminar a terra; e assim se fez. Fez D-us os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez as estrelas. D-us os colocou no firmamento do céu para iluminar a terra, para governar o dia e a noite e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu D-us que isso era bom. Houve tarde e manhã, o quarto dia.

Neste versos nos deparamos com a criação do sol, lua e estrelas dentro do domo, ou seja, não fora do sistema até então criado, contradizendo a ciência moderna que nos vendem a mentira de um sol a mais de 150 milhões de quilômetros de distância, com o diâmetro uma centena de vezes maior que a Terra, sendo na realidade muito menor e muito mais próximo, juntamente com a lua fazem um movimento circular espiralado por sobre a Terra estacionária criando assim a alternância das estações, e numa regra de três simples e trigonometria básica podemos determinar uma distância de 5 mil quilômetros de altura tanto do sol como da lua, sendo as estrelas e os ditos planetas a uma altura mais eleencrustados nas camadas do domo, possuindo frequências luminosas distintas.



Movimento Circular Espiralado do Sol que dá origem às estações do ano. 
Quarto dia da criação criptografa o quarto milênio do homem sobre a Terra, período que podemos ter como iniciando com a divisão do Reino de Israel após a morte do Rei Shlomo (Rei Salomão) até a morte e ressurreição de Yeshua.
Alguns elementos deste quarto dia já foram de alguma forma caracterizados quando falado do primeiro dia da criação, onde luz e trevas e sua separação são associados ao homem em obediência à Instrução de D-us, refletindo a imagem e semelhança do Criador em plena luz, (sendo a descendência da mulher, ás águas de cima, a terra de onde nascem árvores frondosas que produzem muitos frutos), e o homem em desobediência sendo escravizado por suas concupiscências, desejos e paixões se afastando da luz da instrução e vontade de D-us e se tornando trevas, (descendência da serpente, águas de baixo, águas das nações, relva e erva que seca e é levada pelo vento). Mas tais elementos ganham mais significância com os eventos deste quarto milênio, e verificando dentro do contexto bíblico encontramos uma passagem de Apocalipse onde o sol a lua e as estrelas são retratadas em associação a uma figura feminina, e tal configuração merece uma análise detalhada, mesmo que aparentemente não seja o foco específico do quarto milênio em si, tem suas significâncias entranhadas neste período, senão vejamos:
Apocalipse 12:1 E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça."

Mulher vestida de sol: O termo mulher no contexto bíblico se refere ao povo escolhido por D-us ou seja Israel, mas não o país em si mas sim o grupo de Eleitos de D-us mais tarde chamado de família de D-us a Igreja de judeus e ex-gentios, e é neste sentido que o se vestir de sol se coaduna com os atos de justiça de um povo escolhido para uma missão especifica de proclamar a justiça, conforme podemos notar em: Dn 12:3 “ Aqueles que são sábios reluzirão como o brilho do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre.” e muitas outras referencias ao ser luz, candeia e iluminação.

Tendo a lua debaixo dos pés: Várias explicações são dadas a este pormenor como colocar a lua como sendo a lei que refletia menos nos rosto de Moshe do que o sol do real do evangelho e outras coisas do tipo, mas a explicação que mais me chamou atenção é a que liga a lua à ideia de mudança, de fase, de tempo determinado, ou seja, as ações da mulher (Israel/Igreja) estão calcadas em tempos determinados (moedim) ou seja nada na vida desta mulher está fora do controle e dos tempos que D-us estabeleceu.

Coroa de doze estrelas sobre a cabeça: A primeira imagem que vem a cabeça ao vermos este detalhe é lembrar do sonho de Yossêf  em Gn.37:9, pode ser que tais estrelas se refiram a totalidade das tribos de Israel pois em Ap. 21:12 se tem o nome delas no muro da cidade mas também pode ser a representação da mentalidade apostólica pois Yeshua diz que haverá 12 tronos onde os 12 apóstolos julgarão as 12 tribos de Israel conforme Mt.19:28, ou apenas a totalidade dos santos conforme já vimos em Dn 12:3 que são como estrelas ou até mesmo no contexto de Dn 8:10 que é muito bem adequado ao que temos em Ap. 4:12, onde tais estrelas lançadas são os santos mortos e não um terço de anjos caídos.

Com estes pormenores dos elementos em mente voltemos ao contexto do quarto milênio, onde após a idolatria do Rei Shlomo já na sua avançada idade, vem a Palavra do Senhor anunciando a divisão do reino de Israel, 1.º Reis 11:4-43, começa ai um período de trevas pois até então o reino de Israel na figura de David ainda mantinha a luz da obediência às Instruções Divinas, reafirmada a cada promessa, pacto e aliança com os patriarcas começando em Avraham, mas agora com decadência espiritual de Shlomo, e a divisão do reino, o reino da noite, da escuridão da idolatria, injustiça, falta de amor e por fim a iniquidade "anomia" que é a total negação das leis divinas se abate por sobre os chamados para ser luz para nações, mas mesmo nesta noite escura sempre houve as pequenas luzes que brilham, e estas estrelas que ajudam na localização e orientação são os profetas que ano após ano entre os reinados sombrios tanto em Judá como em Israel chamavam o povo ao arrependimento, deixando vivas e luminosas as promessas do Senhor, assim como o pacto com as suas contrapartidas de obediência do povo, e mesmo quando os profetas se sentiram os últimos e derradeiros a seguir ao Senhor, a Palavra do Senhor demonstrava que sempre existirá um remanescente, "sete mil" lembrando de uma totalidade que não se apagaram ante as trevas da idolatria e desobediência (1º Rs. 19:18), e passando pelas deportações e dispersões mesmo na mais negra corte do mal, as estrelas continuavam a brilhar seja nas fornalhas ardentes da injustiça, ou na cova dos leões que bramam para tragar (1ª Pd. 5:8), no entanto após o retorno do Reino do Sul que aparentemente traria o brilho outrora perdido, a escuridão ainda pairava e foi tão intensa que profetas foram levantados para dar pesadas admoestações pois o que era para ser luz e justiça não deixava de ser um trapo de imundícia diante do Senhor, pois assim como na figura da mulher em tempo de "nidáh" menstruação, em que tudo que tocava neste período tornava impuro, os sacerdotes e líderes no que faziam na oficialização do novo Templo não passava de enfastio, peso, cansaço e abominação diante do Senhor conforme podemos ver na leitura de Isaías 1, mas o remanescente junto aos profetas mesmo sendo as pequenas estrelas em meio as trevas tinham algo mais luminoso para manter a esperança viva que é a confiança de que tudo o que D-us prometeu Ele irá cumprir em seu Tempo Determinado, cuja lei e as palavras do profetas deixa viva e clara como a Luz da Lua para iluminação nas noites escuras.
Vemos portanto que a Lua que domina na noite dando o pouco de iluminação que se faz necessária é interligada a lei que condiciona todos os acontecimentos proféticos por meio das criptografias das festas que são por sua vez determinas pelas fases reais da lua, que a cada lua nova inicia um novo ciclo dos meodim ( Tempos Determinados) do Senhor.
Poderiam entrar num assunto muito complexo das duas casas de Israel, onde a casa do reino do norte se espalhou entre as nações geminando a semente de Avraham para que todas as famílias da terra fossem abençoadas por serem eleitas a receberem posteriormente o Evangelho, mas antes os sementes de Avraham ainda possuindo os  resquícios de conhecimento das leis divinas, sendo espalhadas pelo mundo serviriam de iluminação para que o mundo não fosse consumido pelas trevas da injustiça, idolatria, desamor e iniquidade seja onde foram plantadas, mostrando mais uma vez tanto o papel das estrelas como o da lua neste quarto milênio, mas deixemos tal assunto para um estudo mais apurado futuramente.

Vamos agora ao sol que precisa aparecer ao fim deste quarto milênio pelo fato de o reino escolhido para ser luz para o mundo ter sucumbido às trevas não de forma exterior fácil de detectar e combater mas de forma interna e transvestida de justiça, como que sepulcro caiados, branquinhos e arrumados por fora mas que por dentro não passam de locais de podridão e morte, pela hipocrisia, desamor, injustiça e iniquidade que contaminou aqueles que deveriam orientar e guiar o povo.
Neste contexto onde a mais profunda noite se abateu, onde por alguns séculos não houve mais a luz dos profetas para iluminar os caminhos surgi o luminar maior para a mais plena clarificação dos sentidos, surge portanto o Messias:
Malaquias 4:2: "Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro."
João 8:12: "Falou-lhes, pois, Yeshua outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."
Mateus 4:16,17: "o povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou. Desde então, começou Yeshua a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
2 Coríntios 4:3-6: "Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória do Messias, que é a imagem de D-us. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Messias Yeshua, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Yeshua. Porque D-us, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de D-us, na face de Yeshua o Messias."
Apocalipse 1:16: "E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece."

Shavuot - Festa das Semanas - Quarta Festa

A festa que abrange o período de 50 dias, começando no dia das primícias e se estendendo por sete semanas com santa convocação ao 50º dia é a festa das Semanas - Shavuot, pentecostes em grego por se referir ao quinquagésimo dia, e tal festa se coaduna com o período do quarto milênio que é revelado no quarto dia da criação, pelos pormenores dos elementos que analisaremos citando o texto da Torah que explica inicialmente o "tempo determinado" para esta festa do Senhor:

 Levítico 23:9-22: " O Senhor disse a Moisés:
— Fale aos filhos de Israel e diga-lhes: Quando entrarem na terra que eu lhes dou e fizerem a colheita, vocês trarão um feixe das primícias da colheita ao sacerdote;
este moverá o feixe diante do Senhor, para que vocês sejam aceitos;
o sacerdote moverá o feixe no dia imediatamente após o sábado. No dia em que moverem o feixe, vocês oferecerão um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao Senhor.
A oferta de cereais que acompanha o holocausto serão quatro litros da melhor farinha, amassada com azeite, para oferta queimada de aroma agradável ao Senhor, e a libação que acompanha será de um litro de vinho.
Vocês não deverão comer pão, nem trigo torrado, nem espigas de trigo verdes, até o dia em que vocês trouxerem a oferta ao seu Deus; este é um estatuto perpétuo durante as gerações de vocês, onde quer que morarem.
— Contem sete semanas a partir do dia imediatamente após o sábado, a partir do dia em que trouxerem o feixe da oferta movida; deverão ser semanas inteiras.
Até o dia que vem depois do sétimo sábado, contem cinquenta dias; então apresentem nova oferta de cereais ao Senhor.
De onde estiverem morando tragam dois pães para serem movidos. Os pães serão feitos com quatro litros da melhor farinha, assados com fermento; são primícias ao Senhor.
Junto com o pão ofereçam sete cordeiros de um ano, sem defeito, um novilho e dois carneiros; serão holocausto ao Senhor, acompanhado da oferta de cereais e das libações, que serão apresentadas como oferta queimada de aroma agradável ao Senhor.
Ofereçam também um bode como oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano como oferta pacífica.
O sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida diante do Senhor, com os dois cordeiros; santos serão ao Senhor, para o uso do sacerdote.
No mesmo dia, se proclamará que vocês terão santa convocação; não façam nenhum trabalho nesse dia; é estatuto perpétuo onde quer que vocês morarem, de geração em geração.
— Quando fizerem a colheita na terra de vocês, não colham até as beiradas do seu campo, nem recolham as espigas que caíram durante a colheita; deixem essas espigas para os pobres e para os estrangeiros. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês."

Como vimos anteriormente na análise do terceiro dia, Israel é a terra e os árvores frutíferas sendo os patriarcas os primeiro frutos ou seja as primícias da colheita à D-us, neste mesmo sentido temos aqui a ligação com Shavuot que começa com a apresentação das primícias que agora neste quarto milênio de análise são as estrelas do quarto dia, indicando não mais os patriarcas mas sim os que se levantam em meio as trevas para orientar o povo, sendo portanto a figura dos profetas que em meio aos reis corrompidos eram a única fonte de luz orientadora, com raras exceções no reino do sul como alguns reis, como Ezequias e etc.... dai voltamos a apresentação da oferta na festa da semanas onde a farinha era untada, ou seja, recebia o azeite, que é intrinsecamente ligada a capacitação do Espírito Santo, que é o assunto central em ambos os eventos de Shavuot relatados de forma particular nas escrituras, que seriam o Shavuot  no Sinai quando o povo recebe a orientação e capacitação do alto por meio do recebimento da Torah, e o Shavuot - Pentecostes de Atos 2, onde os discípulos num total de 120 perseveraram e no cenáculo foram untados, recebendo a capacitação do alto, no batismo, imersão no Espírito Santo, para um propósito a iluminação através do Evangelho até aos confins da terra.
E nesta contagem de sete semanas vemos a apresentação continua dos feixes da primeira colheita, ou seja os que foram escolhidos para serem os primeiros a receberem a capacitação, apresentavam o seus frutos a cada dia da contagem, desenvolvendo os frutos dos espírito necessários para a missão que ao serem revestidos (vestidos de novo - ou sobre vestidos, indicando uma vestimenta especial e um cobertura mais especial ainda) teriam seus frutos aceitos pelos Senhor e potencializados para honrarem a missão, e ao quinquagésimo dia havia a apresentação de dois pães levedados para movimento diante do Senhor, este dois pães ligamos as duas casas de Israel, que forma divididas neste quarto milênio como profetizado pelo Senhor ao Rei Shlomo antes de sua morte, onde o reino do sul ou dita Casa de Judáh ficou com as tribos de Judáh, Benjamim os Levitas, e o reino do norte ou dita Casa de Israel ou de Efraim ou ainda de José, que ficou com as demais dez tribos, e como sabemos, após o cerco e invasão Assírias o reino do norte foi capturado, em parte deportado e em parte dispersado pelas nações, sem contar os que foram sumariamente dizimados como paga por sua idolatria e incredulidade no Senhor, e mais tarde foi a vez do reino do sul ser deportado pela Babilônia mas por promessa divina retornaram após 70 anos por amor de D-us a David, sendo que o reino do sul se estabeleceu como Israel dos de Judáh (judeus), e por fim Judéia nos tempo de Yeshua, e segundo interpretação com base em Oséias e corroborado por Paulo em sua carta aos Romanos, as dez tribos do reino do Norte que se espalharam pelas nações germinando a semente de Avraham, ou seja, o DNA de Avraham abençoando todas as famílias da terra, cria a Casa de Israel dos gentios, o povo que se tornou "Lo Ami" não povo, e que agora por ter o DNA de Avraham recebe a oportunidade de serem eleitos para receberem o evangelho de forma especial, e aos que aceitam a tal chamado  de D-us se tornam novamente família de D-us, e agora judeus crentes da Casa de Judáh e ex gentios pois foram aproximados como Casa de Israel entre os povos, representam aqueles dois pães levedados movidos diante do Senhor ao quinquagésimo dia, e são levedados pois apesar de serem remidos ainda habitam em corpos corruptíveis, corpos de pecado, apesar disso foram feitos das primícias que é santa, ou seja, a partir de Yeshua conforme vemos em
João 12:24: "Em verdade, em verdade lhes digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto."
Yeshua sendo este trigo, que após a morte pode produzir muitos frutos de onde nós somos feitura sua, massa que mesmo levedada não perde a unção dada, e por sermos feitos da primícia que é santa podemos almejar tal santificação: 
Romanos 11:16: "E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são."

Notamos ao fim do mandamento de Shavuot algumas observações quanto ao deixar as respigas ou seja as caías e os cantos do campo para o sustento do estrangeiro, dos órfãos e das víuvas, notando uma relação com a missão dos que configuram os personagens do final deste quarto milênios que são os seguidores de Yeshua que deveria cumprir a sua missão de irem e fazerem discípulos até os confins da terra pregando aos que são eleitos para receber o evangelho de maneira especial, mas principalmente aos estrangeiros ou seja aqueles que não são povo "lo ami" para que eles se aproximem e sejam enxertados, bem como para os órfãos, aqueles que por não serem mais povo não tinham mais um Pai, e para a viúvas que também por não serrem mais povo ser tornaram abandonadas sem marido, tudo isso compreendido pela análise cuidadosa das profecias contidas no Livro de Oséias. E assim as estrelas continuam a cumprir a sua missão de iluminar em meio as trevas deste mundo, sabendo que aqueles que assim forem iluminados terão ao nascer do dia a Luz da Justiça na figura do Messias a brilhar para eles e por eles, bem como sem esquecer do papel da luz menor da luz que determinas os tempos por meio da Torah que não foi abolida e sim internalizada no momento que somos capacitados do auto pelo Espirito Santo que sela aos escolhidos.

Por Metushelach Cohen

domingo, 12 de janeiro de 2020

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - 3º DIA

No Princípio - Gênesis 1:1 - 6:8
(Terceiro dia - Gn. 1:9-13)

Ber'eshit - Gênesis 1:9-13 " Disse também D-us: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. À porção seca chamou D-us Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu D-us que isso era bom.  E disse: Produza a terra relva, ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie e árvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie. E viu D-us que isso era bom. Houve tarde e manhã, o terceiro dia. 

Nestes versos temos a terra, que outrora oculta nas profundezas do abismo, emergindo das águas, e como é dito que as águas foram ajuntadas num só lugar, suponha-se que a terra que emergiu era um único bloco continental como demonstram as evidências geológicas, apontando para o que a ciência convencionou chamar de Pangeia.

Terceiro dia da Criação

Neste momento a terra já desencharcada ao emergir, rica dos minerais marinhos de onde se encontrava e em contato com uma nutriente atmosfera oxigenada pelo próprio sopro (Ruach) do Criador que se “movia por sob ás águas”, tem agora as condições necessárias para a produzir relva, ervas, árvores e frutos e cada um segundo a sua espécie, ou seja, sem mistura ou bagunça biológica de uma árvore produzir o fruto da outra.

Agora partindo para a criptografia onde o terceiro dia da criação demonstra o terceiro milênio do homem sobre a terra, onde Avraham (Abraão) e sua descendência são o foco, comparados à terra cercados por águas das nações (Ap. 17:15), ou seja, Israel povo que tem a promessa e se estabelece na “Terra” prometida, tem orientações para se separar das demais nações em volta (águas), se tornando uma ilha de onde deveria fluir o conhecimento e temor do Senhor, tanto pelo exemplo dos patriarcas que eram amigos de de D-us, como pela observância da Torah pelos filhos de Israel.
Deuteronômio 4:6-9 “Portanto, guardem e cumpram essas leis, porque isto será a sabedoria e o entendimento de vocês aos olhos dos povos que, ouvindo todos esses estatutos, dirão: “De fato, este grande povo é gente sábia e inteligente.”
Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?
E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje eu lhes proponho?
— Tão somente tenham cuidado e guardem bem a sua alma, para que vocês não se esqueçam daquelas coisas que os seus olhos têm visto, e elas não se afastem do seu coração todos os dias da sua vida. Vocês também contarão isso aos seus filhos e aos filhos dos seus filhos.”

E assim se Israel ouvisse e guardasse a Torah sem se misturar aos povos que o cercavam conforme orientação de D-us em Ex. 34:10-17 e Dt. 7:1-9, se manteria na terra sob as bençãos do Senhor, portanto uma porção seca, separada e consagrada ao Senhor no meio das águas de nações, línguas e povos.

Mas dentro deste milênio que começa por volta do chamado de D-us à Avraham ( Abraão) se tem a conquista desta terra prometida, prova esta que estabeleceria Israel definitivamente como um povo único, com valores destintos um verdadeiro protótipo de reino, estabelecido pela boa nova da Palavra de D-us,  e não apenas uma junção de pessoas de uma mesma ancestralidade, e assim bem ajustados sob estandartes e em marcha conquistou a terra prometida das nações que lá habitavam, nações estas que como erva foram varridas pela ordem da Palavra do Senhor. Pedro em determinada comparação, citando Isaías 40, liga os não regenerados pela Palavra como erva que seca, conforme podemos ler abaixo:
1ª Pedro 1:23-25: “Porque vocês foram regenerados não de semente corruptível, mas de semente incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Porque “toda a humanidade é como a erva do campo, e toda a sua glória é como a flor da erva. A erva seca, e a flor cai;
mas a palavra do Senhor permanece para sempre.” Esta palavra é o evangelho que foi anunciado a vocês.”
No mesmo sentido de os povos incrédulos serem como relva e erva temos o seguinte Salmo:
Salmos 37:1-3: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que obram a iniquidade. Pois cedo serão ceifados como a relva e murcharão como a erva verde.
Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e segue a fidelidade.”

Notamos portanto que assim que D-us estabelece um povo e outorga a este povo uma norma de conduta, os demais povos se não se achegarem ao primeiro e ouvirem e obedecerem a esta norma, mesmo que floresçam e deem sementes, ou seja, multipliquem e cresçam e povoem o mundo todo, eles um dia secarão como a erva, e a glória de suas obras antagônicas à vontade de D-us, como flores cairão ao chão.

No entanto Israel é tido como que jardins a beira dos rios, como árvores de sândalo plantadas pelo Senhor, na profecia proferida por Bila'am (Balaão)  na famosa canção “Ma Tovú” (Quão Formosas) recitada todas as manhãs nas sinagogas pelo mundo:
Números 24:5-9: ”Quão formosas são as tuas tendas, ó Jacó, as tuas moradas, ó Israel! Como ribeiros se estendem, como jardins à beira dos rios; como árvores de sândalo o Senhor os plantou, como cedros junto às águas; De seus baldes manarão águas, e a sua semente estará em muitas águas; e o seu rei se erguerá mais do que Agague, e o seu reino será exaltado. Deus o tirou do Egito; as suas forças são como as do boi selvagem; consumirá as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e com as suas setas os atravessará. Encurvou-se, deitou-se como leão, e como leoa; quem o despertará? benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem.”

Temos vários textos que determinam esta diferenciação, de um povo com leis estabelecidas por D-us  e dos demais que renegam tal orientação divina, o primeiro sendo comparado a árvores junto a fontes e o segundo a ervas secas que serão levadas pelos ventos:

Salmos 1:1-6: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido.
Os ímpios não são assim; são, porém, como a erva seca que o vento dispersa.
Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.”

Mas antes desta vinculação de um povo que possui uma lei para obedece-la à arvores frutíferas, houve o chamado de um homem que seria o pai deste povo e é em Avaham (Abraão) que vemos a promessa de D-us de frutificação:
Gênesis 17:1-6: “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente.
Então, caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo:
Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.
E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto.
E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti.”

E assim como ocorreu com Avraham (Abraão) as benção de possuir a terra e ser frutífero ao ponto de ter a descendência comparada ao número de estrelas nos céus, assim também foi com Itschak (Isaque) conforme Gênesis 26, e se repetiu com Yaacov (Jacó) em Gênesis 28, e continuou em Yossef (José) que recebeu a benção de seu pai Yaacov: Gênesis 49:22: “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus galhos se estendem sobre o muro.”
O filho de Yossef, Efraim já nasce recebendo um nome com associação à frutificação: Gênesis 41:52: “E o nome do segundo chamou Efraim, porque disse: Deus me fez frutificar na terra da minha aflição.”
E este também recebe de Yaacov seu avô uma benção especial, de primogênito, mesmo sendo o segundo filho, de ser a plenitude dos gentios (מלא־הגוים) “melo-hagoyim” ou multidões de povos.

E assim Israel frutificou, e se tornou um reino poderoso por todo o terceiro milênio da criação chegando ao Ápice moral no reinado daquele que era segundo o coração de D-us, Rei David, e no ápice de sabedoria e expansão territorial com o Rei Shlomo (Salomão), e neste último reinado é que os reis da terra se admiravam com a grandeza de Israel e suas leis bem como a aplicabilidade destas leis de maneira sábia pelo Rei Shlomo.
Enquanto isso no resto do mundo os reinos que se seguiam um após outro ficavam mais hábeis na crueldade de suas guerras, na dominações humilhantes e depravadas dos inimigos, nos dispêndios exorbitantes em obras suntuosas, resquícios do ideal babilônico de se fazer o nome dos homens celebres em construções que infligisse isso aos demais povos, e assim constatamos as flores das ervas que em glória se manifestam mas ao fim serão secas e ao chão terminarão, e tal pensamento e atitude se multiplica tal qual as ervas cada uma dando a sua semente conforme a sua espécie, e Israel de mesmo modo, neste período frutificando, dando sementes conforme sua espécie e como bem sabemos sempre existiram e existem até hoje as árvores que dão bons frutos e as que dão frutos maus e esta associação é feita por Yeshua de maneira incisiva: Mateus 7:15-20: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Por seus frutos os conhecereis. colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis."
Vemos claramente nestas associações que a frutificação é intimamente ligada à índole do indivíduo em se relacionar com D-us por meio das instruções, ensinamentos e direcionamentos que a Torah internalizada em nós por meio do Espírito do Senhor pode nos proporcionar.

Segue mais um Salmo com esta temática:
Salmos 92:12-15: “O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano. Os que estão plantados na Casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes, para anunciarem que o Senhor é reto; ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.”
Gálatas 5:22: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”
Este frutos acima listados, eram constantes e bem cultivados no período entre Avraham e Shlomo, seja na vivência íntima com D-us cujos patriarcas gozavam, seja na vivência dos mandamentos nos 40 anos de deserto sob liderança de Moshe (Moisés), e que prosseguiu na liderança de Yehoshua (Josué), ou até mesmo nos altos e baixo do povo no período dos juízes, até culminar na implementação da dita habitação do Senhor na terra no reinado de Shlomo , em todo este terceiro milênio da criação vimos a frutificação dos bons frutos em Israel como também os dos maus frutos mas principalmente na relva do resto do mundo.

HaBikurim – As Primícias – Terceira festa

A celebração que aponta ou ainda, sintetiza os acontecimentos do terceiro milênio é a celebração de HaBikurim, as primícias, onde o povo em grande alegria por ter sido escolhido para receber as promessas, ter sido liberto da escravidão, provado na aflição do deserto e agora adentrando à Terra Prometida, em obediência ao concerto feito com D-us agradece por tudo mas não com simples palavras ou atos subjetivos, mas com o melhor que podem oferecer, os seus primeiros frutos, que após dedicação na semeadura, exige a atenção em se observar o que se desponta em primazia para assim consagrar ao Senhor, entregando ao mediador para que este mova o que é ofertado para todos os cantos, e toda esta contextualização ocorre no terceiro milênio, onde D-us após plantar Adam e estes não dar bom frutos, após plantar Noach e este também se deixar cair pelo fruto da videira, agora em Avraham colhe os bons frutos da fidelidade, obediência, confiança, hospitalidade (Hb. 13:2), e não obstante a tudo isso Avraham também é movido diante do Senhor, pois ao ser orientado a sair da sua terra, de sua parentela para ir uma terra desconhecida, ele se movimenta para oeste, para o norte depois para o leste e depois para o sul, subindo e descendo os montes e por fim é aceito e consagrado como pai da semente que abençoaria todas a famílias da terra, e como já dito tal benção é transmitida para seus filho Itschak e para seu neto Yaacov, e deles também por meio de provações são extraídos os primeiros frutos, e o povo de Israel posteriormente recebem a terra, não antes de serem provados na servidão do Egito, a aflição de 40 anos de deserto e assim também serem movidos diante do Senhor por toda esta peregrinação, e em Shlomo no seu reinado desfrutam da maior extensão que o território já teve, mas ainda não conforme a promessa que ainda se estabelecerá na vinda do Mashiach, Por estas similaridades de haver uma terra separada (Israel)  das águas (Nações)  onde os primeiros frutos pudessem ser colhidos conforme cada um a sua espécie é que temos o terceiro dia da criação se ligando à festa de HaBikurim e isso refletindo ao desenrolar dos patriarcas no terceiro milênio dos homens sobre a terra.

Por Metushelach Cohen


Nota: Os apóstrofos ( ' ) utilizados nas transliterações dos termos hebraicos servem para indicar que a próxima letra é gutural como nos casos das letras alef e aiyn, portanto a pronúncia terá que guturalizar as vogais, ou seja formar o som da vogal no fundo da garganta.
Faça um blogueiro feliz, Comente porfavooooooooooooor