שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד
Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

ANÁLISE DO LIVRO DO PROFETA JOEL - Parte 2 - versos de 5 a 7

ANÁLISE DO LIVRO DO PROFETA JOEL


Joel 1:5 "Despertai-vos, bêbados, e chorai; uivai, todos os bebedores de vinho,por causa do vinho doce; pois está ele tirado da vossa boca."

Podemos fazer duas ponderações sobre este verso, primeiro é que a retirada do vinho além de alertar literalmente sobre a destruição das vinhas está apontando para um período futuro de tristeza, amargura consideráveis, pois o fruto da vide, ou o vinho é símbolo de festa e alegria entre o povo de Israel, o segundo ponto é conclamação para que os bêbados despertem, se arrependam em súplicas e constrição de coração, mas a referência à bêbados aqui pode conforme admoestações de outros profetas estar se referindo à conduta relapsa e desleixada de Israel para com o relacionamento firmado e pactuado com D-us, como que se o povo estivesse com as vistas turvadas e os sentidos amortecidos pelas transgressões e até mesmo pela mecanicidade dos ritos usados para o serviço para com D-us, vemos em Isaías palavras que apontam para esta perspectiva:
Isaías 29:9-14: “Fiquem espantados e continuem assim! Fiquem cegos e continuem sem ver! Eles estão bêbados, mas não de vinho; andam cambaleando, mas não por causa de bebida forte.Porque o Senhor derramou sobre vocês o espírito de profundo sono; ele fechou os olhos de vocês, que são os profetas, e cobriu a cabeça de vocês, que são os videntes.
Para vocês, toda visão já se tornou como as palavras de um livro selado. Se derem o livro a alguém que sabe ler, dizendo: “Leia isto, por favor”, ele responderá: “Não posso, porque está selado.”
E, se derem o livro a quem não sabe ler, dizendo: “Leia isto, por favor”, ele responderá: “Não sei ler.” O Senhor disse: “Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos ensinados por homens, continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo. Sim, farei obra maravilhosa e um prodígio, de maneira que a sabedoria dos seus sábios será destruída, e o entendimento dos seus entendidos desaparecerá.” ”

Pelo contexto vemos que a postura errada do povo que foi chamado para ser luz para as nações, faz com o próprio D-us faça para com eles o que fez com Faraó, não que D-us propriamente endureça o coração de alguém para que o livre arbítrio desta pessoa seja questionado tornando o futuro julgamento injusto, mas que o coração já desviado faz com que o Senhor se afaste, e ao se afastar a ação que convence da justiça, do juízo e do pecado deixa de atuar e o indivíduo irá de mal a pior, dado ao erro e ao engano de seu próprio coração, e é neste sentido que podemos entender até mesmo a operação do erro em 2ª Tessalonicenses 2:10-12:
“E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso D-us lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;
Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.”

Yeshua também toca no assunto em Mateus 13:13-15:
“Por isso, lhes falo por parábolas, porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviu de mau grado com seus ouvidos e fechou os olhos, para que não veja com os olhos, e ouça com os ouvidos, e compreenda com o coração, e se converta, e eu o cure”.

Em resumo este verso está alertando todo o povo de coração desviado da nação de Israel, que se alegra no vinho do seu entorpecimento, que este tempo de desvio e falsa alegria chegará ao fim pela assolação que destruirá a vide e os seus frutos, ou seja, a vida dissoluta e seus maus frutos, então ouçam, despertai de vosso sono e se arrependam.

Joel 1:6-7: "Pois sobre a minha terra é vinda uma nação forte e inumerável; os seus dentes são os dentes dum leão, e tem os queixais duma leoa. Fez da minha vide uma assolação, tirou a casca à minha figueira; despiu-a toda e lançou-a por terra; os seus ramos fizeram-se brancos."

Nestes versos ainda na literalidade contextual o termo nação se aplica aos gafanhotos que fortes e num enxame que não se pode numerar tem seus dentes e a força de suas mandíbulas comparadas à força e voracidade dos leões, e como explicado anteriormente sobre o termo Gazam "גָּזָם" é neste estágio que os gafanhotos já sem vegetação para se alimentar ataca as cascas das árvores, deixando-as despidas de proteção causando o esbranquecimento dos galhos.
Partindo do literal para o profético temos este estágio de desenvolvimento do gafanhoto גָּזָם, como já explanado, ligando-se ao Império Assírio que com voracidade atacou tanto a videira, ou seja, o Reino do Norte como também à figueira, o Reino do Sul, e quando há descrição da Oliveira se trata do conjunto das duas Casas de Israel unidas.
Notemos que a a vide, Reino do Norte foi o primeiro a ser atacado e se tornou em assolação, não sobrando nada do Reino, e a figueira não foi inteiramente devastada, primeiro teve suas cascas atacadas ou seja as cidades de fronteira do Reino do Sul, como primeira linha de defesa foram uma a uma destroçadas, e assim a vias de abastecimento, que seriam as raízes e caules de transporte de nutrientes foram lançadas por terra, e as cidades em torno e de proteção de Jerusalém pouco a pouco foram se esbranquecendo sem alimentos que não mais poderiam chegar dos campos, e por fim sobrou somente a capital que fortificada por altos muros e pela proteção do Senhor resistiu aos ataques por longos 15 anos no reinado de Ezequias.

Escatologicamente podemos ver o reino da besta que tem boca de leão (Ap. 13:2) atacando novamente ao eleitos, e até mesmo uma das trombetas fazendo ligação tanto ao ataque de gafanhotos como que tendo dentes de leão:
Apocalipse 9:7-8: “ E o aspecto dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre a sua cabeça havia umas como coroas semelhantes ao ouro; e o seu rosto era como rosto de homem. E tinham cabelos como cabelos de mulher, e os seus dentes eram como de leão.”

Mais uma vez notemos que as palavras dos profetas possuem a literalidade apontando para um acontecimento próximo ao profeta, como também algo profético para um futuro próximo àquela geração como também um reflexo escatológico, ou seja, para o tempo de fim. 

Por Metushelach Cohen.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

ANÁLISE DO LIVRO DO PROFETA JOEL - Parte 1 - versos de 1 a 4


ANÁLISE DO LIVRO DO PROFETA JOEL

Introdução

Temos poucas informações sobre o autor do Livro, apenas sabemos o seu nome que vem da frase: “para mim YHWH é D-us”, reduzida para Yo - El, e o nome de seu pai, Petuel que provem da junção de duas palavras, uma da raiz patah que significa alongado, aberto, ampliado e o termo El que como já citado seria a designação para D-us, tomando portanto nesta junção o sentido de ampliado em entendimento por D-us.
O período de sua atuação do profeta também não é especificado, mas é comumente aceito como meados do nono século entre 875 A.E.C. e 835 A.E.C. dentro do reinado de Jóas de Judá.


Joel 1:1-3 “Palavra do SENHOR que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
Ouvi isto, vós, anciãos, e escutai, todos os moradores da terra: Aconteceu isto em vossa mocidade? ou algo assim nos dias de vossos pais? Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.”
Nestes versos notamos que algo está acontecendo, e é tão dramático que o profeta questiona aos mais velhos se eles haviam visto algo parecido quando eram jovens ou se ouviram de seus pais algo tão relevante, e tamanha era a importância do fato que deveria fazer parte da transmissão oral de geração em geração assim como os acontecimentos na Saída do Egito, ou seja, não é apenas uma mensagem profética para um futuro imediato ou para os tempos do fim, era algo que estava assolando o reino do sul naquele instante, e segundo a tradição tal fato foi como se segue nos versos posteriores, ou seja, uma tão grande praga de gafanhotos que os efeitos de destruição e fome foram sentidos por longos anos em Judá.

Joel 1:4 O que ficou da lagarta (gafanhoto cortador)(גָּזָם – Gazam), o comeu o gafanhoto (gafanhoto migrador) (אַרְבֶּ֔ה – Arbeh), e o que ficou do gafanhoto, o comeu a locusta (Brugo, gafanhoto devorador)(יֶּ֔לֶק – Yelek), e o que ficou da locusta, o comeu o pulgão (gafanhoto destruidor)(חָסִֽיל – Hasil).

A Bíblia e a literatura talmúdica descrevem a praga dos gafanhotos como uma das piores visitas a acontecer em Israel. Sua gravidade e extensão variavam de tempos em tempos, uma das mais severas pragas ocorridas nos dias do profeta Joel, que dedicou a maior parte de sua profecia a ele. Suas descrições precisas do desenvolvimento, varredura e dano dos gafanhotos foram confirmadas na praga extremamente séria de gafanhotos que visitou a Terra Israel em 1915, quando as colheitas foram totalmente destruídas na maior parte do país.
Durante a praga, o gafanhoto passa por várias metamorfoses, desde a larva até a fase adulta, sendo os estágios de seu desenvolvimento dados em Joel (2:25) nas expressões יֶלֶק ( yelek ), חָסִֽיל (Chasil ), גָּזָם ( gazam ) e אַרְבֶּה ( arbeh ) sendo este último estágio, o de maturidade.
Depois de fertilizada, a fêmea deposita um conjunto de ovos em um buraco que faz no chão, destes ovos surgem larvas escuras e sem asas, do tamanho de formigas minúsculas, sendo estas o Yelek, uma palavra aparentemente ligada a לָקַק, "lamber", pois neste estágio as larvas lambem a tenra vegetação do campo, o Yelek cresce rapidamente e como sua epiderme não se torna maior, ela a expele em vários estágios de crescimento, durante os quais a sua pele muda de cor.
O próximo estágio, durante o qual sua pele é rosada, é o Hasil, cuja palavra, da raiz חסל, refere-se à destruição total da vegetação do campo, pois nesse estágio consome enormes quantidades para a sua maturação;
Agora troca sua pele duas vezes, cresce asas curtas e se torna o Gazam, e neste momento, quando não resta mais vegetação no campo, ela "corta" (sendo esse o significado de גָּזָם) e mastiga a casca das árvores com suas poderosas mandíbulas; como Joel (1: 7) diz: "ele a fez (a figueira) completamente nua ... os seus ramos são embranquecidos"; e Amós (4: 9): devora "seus jardins e suas vinhas e suas figueiras e suas oliveiras".
Finalmente, depois de lançar uma epiderme adicional, ela se torna a Arbeh de asas longas, totalmente crescido, a fêmea de cor amarela que está apta a botar seus ovos e migrar em grandes enxames, de onde provém o significado da raiz אַרְבֶּה . Esse ciclo de desenvolvimento dos gafanhotos se estende da primavera até junho, quando os enxames de gafanhotos retornam ao seu local de origem ou são soprados pelo vento para o Mediterrâneo ou o Mar Morto (Joel 2:20).

Na literatura talmúdica, gafanhotos são incluídos entre os desastres para os quais o alarme da buzina de carneiro (shofar) soou e logo um enxame se fez presente (Ta'an. 3: 5). Uma praga de gafanhotos trouxe fome, às vezes até nos anos seguintes, devido aos danos causados às árvores frutíferas. Não havendo outra fonte de alimento, o povo recolheu os gafanhotos, secou e os preservou como alimento. O Mishnah cita opiniões divergentes sobre se a bênção "pela qual todas as coisas existem" deve ser dita ao comer gafanhotos (no Mishnah גּוֹבָי ( govai ); Nah 3:17), uma visão sendo que, uma vez que "é da natureza de uma maldição, nenhuma bênção é dita sobre ela" (Ber. 6: 3). Nos tempos antigos, no entanto, eram considerados uma refeição frugal e especialmente associada ao ascetismo, como quando João Batista comeu apenas "gafanhotos e mel silvestre" (Mateus 3: 4; Marcos 1: 6). Alguns judeus iemenitas ainda comem gafanhotos fritos. Nos últimos anos, enxames de gafanhotos às vezes visitavam países vizinhos de Israel, freqüentemente originários da África e da península Arábica, mas os métodos modernos conseguiram destruí-los a tempo, borrifando o ar ou envenenando o solo.

Bibliografia:
Lewysohn, Zool, 285ss., 370; Whiting, em: National Geographic Magazine , 28 (1915), 511–50; FS Bodenheimer, Studen zur Epidemologie, Oekologie und Physiologie der afrikanischen Wanderheuschrecke (1930). bibliografia: Feliks, Ha-Ẓome'aḥ, 209.

Jehuda Feliks

Enciclopédia Judaica Feliks, Jehuda

Notemos que conforme explicações da Enciclopédia acima, os termos para designar os quatro estágios de ataque à plantação não se referem à insetos diferentes, mas sim à etapas do desenvolvimento especifico de determinado inseto, ou seja, as quatro fases da vida de um gafanhoto conforme se segue:
Começando após eclosão dos ovos do gafanhoto, numa aparência de larva (Yelek = יֶלֶק )
Depois como ninfa sem pernas saltadoras e sem asas (Chasil = חָסִֽיל)
Depois como adulto incompleto já com pernas saltadoras mas com mini-asas (Gazam = גָּזָם)
Por fim como adulto completo com asas que lhes permitem migrar (Arbeh = אַרְבֶּה)
FASES DE DESENVOLVIMENTO DO GAFANHOTO


Por algum motivo o profeta listou a ordem dos ataques no verso 4 divergindo das etapas naturais de desenvolvimento do gafanhoto, sendo que também seria possível outra ordem começando com o estágio mais desenvolvido que migra em seu ataque inicial e posteriormente põe seu ovos, que mais tarde eclodem dando continuação aos ataques em sequência, mas nenhuma destas ordens foi seguida fazendo-nos deduzir que o profeta por inspiração divina se utiliza de uma ordem de ataques não dos gafanhotos de forma literal mas sim em forma criptografada, oculta fazendo referência a ordem das nações inimigas que num futuro não tão distante dos acontecimentos da época iriam uma após outra devastar a terra de Israel, e os nosso sábios fazem as devidas ligações conforme segue:
Gazam = גָּזָם no sentido de roedor, cortador voraz que não deixa nada de pé, que em sua voracidade come as cascas dos galhos e os esbranquece por falta de nutrientes, que ataca as árvores frutíferas primeiro e depois arrasa o solo, e esta descrição se encaixa perfeitamente à descrição do Império Assírio que primeiramente ataca á Efraim “frutífero” acabando com o Reino do Norte, e que depois com tamanha voracidade acaba com as rotas de comércio de alimentos do reino do sul “esbranquiçando” suas cidades sem nutrientes, e por fim arrasam o solo das cidades atacadas com fogo e sal. Somente a capital Jerusalém com sua fortaleza de grandiosos muros resiste aos ataques dos Assírios que na figura de Senaqueribe faz um cerco de 15 anos.

Arbeh = אַרְבֶּה no sentido de multidão, migrador tem sua estrutura totalmente desenvolvida, com suas grandes asas rapidamente cobre o campo, o ataque é devastador não só pela força de suas mandíbulas que tudo tritura, mas pelo contingente enorme onde a luz do sol até se escurece pela nuvem que se forma, mas apesar de ser grande, o ataque não consome as pequenas ervas e gramíneas por tais não interessar nesta fase do desenvolvimento, notamos que tal descrição se encaixa perfeitamente aos Impérios Babilônico e Medo-Persa, pois ambos formaram os maiores contingentes de ataque da época, adentraram em Judá como uma nuvem, o Templo rapidamente foi saqueado e destruído, os guerreiros do exército de Judá foram rapidamente abatidos no campo de batalha mas não obstante a isso os não guerreiros como os mais pequenos e fracos homens da corte dados ao estudo e ao sacerdócio foram deportados vivos para os cativeiros Babilônico e depois na corte Medo-Persa que na figura de Ciro e Dario permitiram o retorno e reconstrução posteriores de Jerusalém e do Templo.

Yelek = יֶלֶק no sentido de lamber, mamar, drenar, devorar, pois no estágio de larvas o ataque é feito próximo à raiz, primeiro da pequenas gramíneas depois dos arbustos e por fim em árvores maiores, e como o ataque consiste em drenar a seiva o que vai resultar na improdutividade e morte da planta de forma lenta, que quando ficar visível já será tarde para algum contra-ataque dos que cuidam do campo, e assim sem ser visto, o campo vai sendo devorado, e tal “modus operandi” nos leva a fazer a ligação com o Império Greco-Macedônio, que principalmente na atuação de Antíoco IV “Epífanes” na região da Judeia foi visto como devorador, pois além de saquear, sobrecarregar com elevados impostos, incutiu dura perseguição ao modo de vida judaico, indo na raiz da fé judaica que é o estudo e preservação da Torah – Lei de D-us, que por anos foi proibido, com pena de morte aos infratores, a proibição também se deu na identificação do pacto do povo judeu, ou seja, na circuncisão, junte-se tais proibições com a constante helenização (modo de vida grego) e ai temos o cenário ideal para que os pequenos e médios cidadãos da judeia tenham suas raízes atacadas e a sua seiva drenada, e quando os sacerdotes e lideres se aperceberam, os estragos para improdutividade intelectual e morte espiritual já estavam feitos, além do centro da fé judaica também ter sido atacado, tendo em seu altar um porco sacrificado. Mas assim como se livra das larvas no campo com fogo e muito esforço assim também se deu na Judeia, ou seja, na base da força e da resistência armada dos Macabeus os gregos foram rechaçados e o Templo retomado e rededicado (Chanuká) ao Senhor.


Chasil = חָסִֽיל tem o sentido de destruidor, pois neste estágio de transição de larva para ninfa, o gafanhoto precisa de muito nutriente pois muda de exoesqueleto e pele por diversas vezes, o que demanda muito alimento e assim tudo que sobrou do estágio anterior é atacado, tanto as raízes, caule, folhas, frutos e por fim o que está ao chão já em decomposição pode ser usado como fonte de nutrientes, e como nesta etapa são os mais fortes da etapa anterior que sobreviveram, são os mais vorazes e esfomeados que se espalham por todo o campo ainda sem velocidade mas de forma metódica e constante vão dominando e destruindo tudo e é neste sentido que o Império Romano se enquadra na descrição, pois os mais fortes e mais preparados são os que expandem o Império, consumindo todas as fontes de sustento, tributando duramente seu vassalos, paulatinamente se espalhando e dominando, e quando há algum levante ou revolta a resposta é a destruição, e não atoa que no ano 70 D.E.C. depois de rechaçar diversas revoltas judaicas o Tempo por fim foi saqueado, destruído ao ponto de não restar pedra sobre pedra, e no ano de 132 D.E.C. todos os judeus foram escorraçados da Judeia e Jerusalém mudou de nome para Aelia Capitolina sob domínio totalmente Romano com proibição de entrada de Judeus, se dando assim a total destruição da nação de Israel sobre seu território até que em 1948 milagrosamente ressurgiu.

Por Metushelach Cohen

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - 7º DIA

No Princípio - Gênesis 1:1 - 6:8
(Sétimo dia - Gn. 2:1-3)




Ber'eshit - Gênesis: 2:1-3: "Assim foram acabados o céu e a terra, com todo o seu exército. No sétimo dia, acabou D-us a obra que tinha feito; e cessou, no sétimo dia, de toda a obra que fizera. Abençoou D-us o dia sétimo e o santificou; porque nele cessou de toda a obra que fizera como Criador."


Vemos o cessar de D-us, e não um descansar como Ele se pudesse ficar cansado, mas sim que deixou de criar, cessando sua obra, e além de cessar houve uma bendição, o sétimo dia foi abençoado, e santificado, que quer dizer tornar santo, separado, não comum.
O sétimo dia então diferente do que dizem como que sem valor prático, ou que possa ser alterado para outro dia, ele tem sobre si um diferencial por ser bendito e separado.
A tradição judaica coloca o shabat como um dia de núpcias onde há alegria, regozijo e deleite, que nos remonta à liberdade, a de sermos livres para podermos descansar, cessar de criar, não nos preocuparmos com as coisas comuns e cotidianas e sim que podemos dedicar o nosso tempo para não alimentar o corpo o que envolve esforço e adquirir recursos financeiros mas alimentar a alma que envolve termos prazer em estarmos com nossa família, nos dedicando as coisa de D-us, através da meditação, estudo, leitura da  Palavra de D-us para podermos alimentar o espírito, carregando as energias para uma semana onde o suor do rosto nos afligirá, a dor para que em meio a espinhos e abrolhos possamos da terra tirar o nosso pão, ou seja, o sétimo dia aponta para a redenção quando encontraremos repouso da maldição da queda, e quando D-us abençoou e santificou a este dia era que pudêssemos adentrar nele semanalmente como que adentrando numa amostra de como será o Reino de D-us, onde o homem regenerado, com o corpo como o de Adam (Adão) antes da queda, ou seja, glorificado que reluz como a face de Moshe depois de face a face receber as Leis no Monte,  ou como o rosto de Yeshua quando da visão de sua transfiguração no Monte. A guarda do sétimo dia portanto não é algo ritualístico e desprezível que pode ser alterado ou abolido, e sim é um presente dado por D-us, primeiramente para que os que o conhecem possam declarar sua fé, pois se a cada semana você cessa de suas atividades comuns nos seis dias anteriores, você demonstra que crê no D-us Criador que em seis dias tudo criou e no sétimo cessou a sua obra, abençoando e santificado a tal dia, e assim como nele crê, emita Seu exemplo também abençoando, dignificando, santificando separando do comum a tal dia, dedicando estas 24 horas para tudo que possa trazer a honra, a glória e o louvor a este D-us Criador.
Não atoa que este dia da criação se liga ao sétimo milênio, o milênio de reinado do Messias sobre a Terra, onde os seus servos receberão o devido descanso, pois em corpos glorificados, na figura de Adam antes da queda, os homens não terão que em meio a dor e suor à espinhos e abrolhos ter que despender energia para adquirir da terra o seu sustento, pois o sustento virá do Senhor, assim como os levitas não receberam herança na terra de Israel mas o Senhor seria a sua Herança assim será com o reis e sacerdotes glorificados no milênio; E assim como temos hoje o sétimo dia como amostra deste tempo, temos também os milagres que gotejam sobre o corpo do Messias na terra, onde podemos ver curas e libertações, o cessar de chuvas e ventos, a possibilidade de secar uma árvore ou fazê-la produzir, andar por sobre as águas, ou transformar água em vinho tudo isso como pingos do que teremos como manancial no sétimo milênio, onde recuperaremos o domínio sobre toda a criação.


Sucot - Cabanas, Tendas ou Tabernáculos - Sétima Festa 


Sucot aponta também para este período que após a expiação em Yom Kipur o povo se preparava para habitar em cabanas, para demonstrar que lembravam de como o Senhor os sustentou e habitou com eles nos 40 anos de deserto na saída do Egito, se alegram como num casamento, onde o habitar nas tendas pode demonstrar na união matrimonial (Gn. 24:67), na figura do encontro da Noiva com o Noivo e a sua união em uma só carne dentro da tenda.(2ª Cor. 11:2)
Por ser a última festa, onde os produtos da terra já haviam sido colhidos e agora seriam estocados para sustento no inverno, assim também nós adentraremos ao milênio despreocupados com o sustento pois ele já estará garantido no Senhor que primeiramente nos dará corpos incorruptíveis como o maná guardado para memorial no pote de ouro dentro da arca do testemunho (Ex. 16:32, Hb. 9:4 e Ap. 2:17), depois por nos fazer governantes e sacerdotes com o Messias onde receberemos as dádivas das nações, as panelas de Jerusalém serão todas santificadas para as ofertas e como sacerdotes tem parte das ofertas assim teremos também sustento (Zc. 14:16-21).

Por Metushelach Cohen.   

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - 6º DIA

No Princípio - Gênesis 1:1 - 6:8
(Sexto dia - Gn. 1:24-31)

Ber'eshit - Gênesis: 1:24-31:" E disse D-us: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi. E fez D-us as bestas-feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie. E viu D-us que era bom. E disse D-us: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou D-us o homem à sua imagem; à imagem de D-us o criou; macho e fêmea os criou. E D-us os abençoou e D-us lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento. E para todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi. E viu D-us tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto."

Como a ciência preconiza chegamos nos estágio mais avançado do desenvolvimento dos seres vivos, com o aparecimento dos répteis e dos mamíferos inclusive o homem o ser mais evoluído em questões biológicas e principalmente nas intelectuais, vemos também que a princípio todas as espécies eram herbívoras, ou seja, a dieta era estritamente de vegetais, e como podemos atestar na presença de apendesses que no  homem moderno são atrofiados e só servem para inflamar em apendicites agudas, mas que a princípio serviam para a quebra da celulose como nos animais herbívoros de hoje. 

O paralelo do sexto dia da criação é com o nosso milênio, o último antes da redenção, e seus elementos e pormenores apontam para algo que ocorrerá ao fim deste milênio, vemos a criação dos répteis e bestas feras apontando para o que foi profetizado em Gn. 3:15-16, na existência primeiramente da descendência e semente da serpente (os filhos das trevas, as águas de baixo e agora répteis) e o fortalecimento final dos reinos estabelecidos por esta descendência, que em Daniel 7 são profeticamente representados pelas quatro bestas-feras especificas e suas sete cabeças, mas que em conformidade com Apocalipse 13:1-2 se unirão formando a besta, o reino daquele que há de vir para o último ataque ao calcanhar ("עָקֵב" - A'kev trocadilho com "יַעֲקֹ֑ב" - Ya'akov) da descendência da mulher, e vemos o gado ou dito os animais domésticos como aqueles que não se juntam aos descendentes da serpente mas que também não são parte da descendência da mulher, e que ao fim serão chamada de o resto das nações, que sobrarão vivas para adentrarem ao reino milenar do Messias mas sem a glorificação de seus corpos Zc. 14:16.
Vemos a ordem de frutificação e dominação dada ao homem, e como sabemos o primeiro domínio foi perdido pela queda e entregue a Serpente, figura do Diabo que é chamado de príncipe deste mundo, deus deste século, e que demonstra tal domínio na tentação de Yeshua quando ele o mostra todos os reinos da terra e lhe oferece tal domínio em troca da sujeição e adoração do filho de D-us Mt. 4:8-9.
Mas tal domínio será restaurado e dado ao homem na vinda do Messias quando ele sair do Santíssimo lugar ao som da última trombeta, quando o reino for estabelecido e os galardões forem distribuídos, ou seja, o governo, administração, e funções de autoridade forem dadas a cada um conforme suas obras, primeiro aos grandes no reino dos céus (Mt. 5:19), cuja as obras como ouro, prata e pedras preciosas resistirem ao fogo (1ª Cor. 3:11-15 e 2ª Cor. 5:10) e depois o que sobrar aos pequenos com obras de palha, madeira ou feno. 
E neste encontro com o Messias nos ares é que veremos a verdadeira expressão de "façamos o homem a nossa imagem e semelhança", onde a família divina criando mas não sem a  pronta resposta de cada um (por isso façamos) que se negando a si mesmo, tomou de sua cruz e seguiu aquele que viria a ser o esposo, e tais em união como de um único corpo, se apresentarão como a esposa, pura e imaculada agora sim na imagem e semelhança de seu Criador, com o corpo glorificado e mente do Messias, podendo ver a face daquele que ninguém podia ver senão pela figura do Filho.
E é neste sentido de restauração de todas as coisas ao fim do sexto milênio é que D-us pode dizer diferente dos outros dias que disse apenas bom, agora sim é muito bom.

Yom Kipur - Dia da Expiação - Sexta Festa (e se tal festa for no último ciclo de 50 anos  haverá o toque da última trombeta para anunciar o ano aceitável do Senhor, o chamado ano de remissão - Yovel - Jubileu)  

Como é na sexta festa que temos a figura do Sumo Sacerdote saindo do Santíssimo Lugar com os pecados do povo devidamente expiados, e com os nomes inscritos no livro da vida, temos aqui a configuração da vinda de Yeshua que saíra da destra do Pai no Santuário Celeste (Hb. 9:24-28), de onde ele tem ministrado à nosso favor como advogado, expiando dia a pós dia a cada falha e tropeços de seus servos (1ª Jo 1:1-2).
E como Yeshua adentrou lá ao ascender aos céus e de lá não saiu desde então, a sua saída será para a sua vinda para trazer a testificação da expiação que é a inscrição no livro da vida, e se alguém está lá inscrito convêm que viva e viva abundantemente, ou seja, viva para sempre e portanto a testificação de que o plano redentor foi consumado é que os mortos tenham que ressuscitar e juntamente com os vivos serem cobertos de imortalidade, incorruptibilidade que nada mais é que o corpo glorificado (1ª Co. 15:51-58), e tudo isso ocorrerá ao som da última trombeta, e na lei e os profetas a última trombeta de um ciclo de 50 anos (Jubileu - Yovel) se dava ao 10° dia do sétimo mês, juntamente com o dia da expiação (Lv. 25:8-10), e tal dia também é conhecido como ano aceitável do Senhor ou ano dos redimidos pois era neste ano que todas as dívidas dos filhos de Israel eram perdoadas e todas as posses retornavam a seus primeiros donos, ou seja, a terra era devolvida a tribo, clã e família conforme foi dividida por Josué na conquista da terra prometida (Js. 18:10), tudo em figura da remissão da Criação com a vinda do Messias e o estabelecimento de seu reino. 


Por Metushelach Cohen.   
      

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Comentários da Porção "No Princípio" - Parashat Ber'eshit - Ber'eshit 1:1- 6:8 - 5º DIA

No Princípio - Gênesis 1:1 - 6:8
(Quinto dia - Gn. 1:20-23)



Ber'eshit - Gênesis: 1:20-23: "Disse também D-us: Povoem-se as águas de enxames de seres viventes; e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus. Criou, pois, D-us os grandes animais marinhos e todos os seres viventes que rastejam, os quais povoavam as águas, segundo as suas espécies; e todas as aves, segundo as suas espécies. E viu D-us que isso era bom. E D-us os abençoou, dizendo: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas dos mares; e, na terra, se multipliquem as aves. Houve tarde e manhã, o quinto dia.

Nestes versos vemos a criação conforme a ciência normativamente subdivide em ordem de complexidade dentro da taxonomia de reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie, ou seja, como notamos os animais marinhos, os que saíram da água, ou seja, os anfíbios, depois os que rastejam, ou seja, os répteis e por fim as aves são assim bem descritos. Não que confiemos nas explicações científicas de ancestralidades e antiguidade evolutiva, mas que o nível que é percebido de complexidade de cada espécie é respeitado nesta descrição.

Partimos para a criptografia do quinto milênio do homem sobre a terra, mas para isso recuperamos alguns termos utilizados para Israel e nas promessas para Avraham e seus filhos e netos, que é o de abundar sobre a terra, mas num sentido de enxames, o mesmo utilizado para os seres marinhos, que em sumo são peixes, que seria a palavra "ץרַץ" Tsharats como podemos ver no verso a seguir:
Êxodo 1:7: "Os filhos de Israel frutificaram, e enxamearam e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles."
E como podemos ver de forma não referencial ao termo em si mas sim à ideia:

Gênesis 48:15,16: "E abençoou a Yossef (José), e disse: O D-us, em cuja presença andaram os meus pais Avraham e Itschak, o D-us que me sustentou, desde que eu nasci até este dia; O anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Avraham e Itschak, e multipliquem-se, como peixes em multidão, no meio da terra.

Tal promessa ligada à posterior:

Gênesis 48:17-19: "Vendo pois Yossef que seu pai punha a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi mau aos seus olhos; e tomou a mão de seu pai, para a transpor de sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manassés. E Yossef disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a tua mão direita sobre a sua cabeça. Mas seu pai o recusou, e disse: Eu o sei, filho meu, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua semente será uma multidão de nações."

Com estas duas promessas onde o foco pesa sobre Efraim, onde a sua descendência seria como multidão de peixes no meio da terra e uma multidão de nações "Melo HaGoiym" ou plenitude dos gentios, é que ligamos o quinto dia da criação com o quinto milênio que abrange desde a ascensão de Yeshua e o recebimento do batismo na Ruach HaKodesh (Espírito Santo) até a idade média aproximadamente no ano 1000 D.E.C. onde os descendentes de Efraim, ou seja, a casa perdida de Israel com suas 10 tribos, que foram espalhadas após o cativeiro Assírio em 722 A.E.C. mas que agora multiplicadas por todas as nações como peixes no meio da terra para serem neste período do quinto milênio pescados pelos apóstolos como dito em:

Lucas 5:8-11: "E, vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Yeshua, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador. Pois que o espanto se apoderara dele, e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca de peixe que haviam feito; E, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Yeshua a Simão: Não temas: de agora em diante serás pescador de homens. E, levando os barcos para terra, deixaram tudo, e o seguiram."

Podemos elucubrar também que as aves neste milênio sejam os inimigos do evangelho, chamados de malignos na parábola do semeador

Mateus 13:1-4: "Tendo Yeshua saído de casa naquele dia, estava assentado junto ao mar; E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;"
Mateus 13:18,19: "Escutai vós, pois, a parábola do semeador. Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho;"


Yom Teruáh - Dia de voz como de Trombeta - Quinta Festa

 A quinta festa se encaixa na missão da "igreja" no quinto milênio que é o de proclamar com voz de trombeta o evangelho por todos os mares para que se possa alcançar e pescar o maior número de peixes (homens) possível, e trazê-los a um período de arrependimento, que na tradição judaica é chamado Yamim Norain (Dias Temíveis) que começam em Yom Teruáh no 1º dia do 7º mês e se estende até Yom Kipur (Dia da Expiação) no 10º dia do 7º mês, período este de introspecção, aflição da alma, para correção de conduta, restituição das falhas para que no dia da Expiação o nome possa não ser riscado mas sim confirmado no livro da vida.

Por Metushelach Cohen.
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