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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Análise do Livro de Apocalipse – Capítulo-2 Mensagem à Igreja de Éfeso

Em continuação a nossa análise de Apocalipse verso a verso, iremos verificar o contexto da mensagem enviada à Igreja de Éfeso no Capítulo 2 dos versos 1º ao 7º.

Ressaltamos mais um vez que compreendemos a aplicabilidade da carta ao contexto temporal das comunidades da Ásia Menor no primeiro século, mas em nossa análise trataremos da aplicabilidade profética da mensagem ao tempo do fim mais precisamente dentro dos últimos sete anos no fechamento da profecia das setenta semanas retratada em Daniel 9.

Adotamos portanto o entendimento que cada mensagem é enviada como alerta à todas as comunidades de salvos sobre os acontecimentos e pormenores pontuais de cada ano da última semana de anos da profecia de Daniel 9.


Agora que nos localizamos temporalmente quanto ao foco da mensagem à Éfeso, ou seja, que se pontua no primeiro ano do pacto firmado pelo Anticristo, vamos à que condições que se encontra a comunidade dos santos em um período exatamente anterior a este e como tal situação implica tanto na postura da igreja como no conteúdo da mensagem seja no que diz respeito aos elogios bem como à admoestações. 

Antes do aparecimento do Iníquo teremos entre outras coisas a ocorrência elevada e generalizada de apostasia conforme vemos em 2ª Tessalonicenses 2:1-5:
“Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Yeshua HaMashiach e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,  o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama D-us ou se adora; de sorte que se assentará, como D-us, no templo de D-us, querendo parecer D-us. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?”
E tal apostasia ocorrerá pelo ataque massivo à congregação dos santos por parte de falsos mestres, falsos profetas e falsos messias como podemos ver em diversos contextos a seguir: 
1ª  Timóteo: 4:1-2 “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”
1ª Timóteo 6:3-5, 9-10, 20-21a “Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Yeshua HaMashiach e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, suspeitas malignas, contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho. Aparta-te dos tais.......Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. ...Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência; a qual professando-a alguns, se desviaram da fé.
2ª Timóteo 3:1-9 “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de D-us, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências, que estão aprendendo sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Yanes e Yambres resistiram a Moshe, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.”
2ª Pedro 2: 1-3, 14-22 “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos mestres, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dorme. … tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta. Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva; porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo. Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Yeshua HaMashiach, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao espojadouro de lama.”
1ª João 2:18-23 “Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora. Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento. Não vos escrevi porque não saibais a verdade; antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma jamais procede da verdade. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Mashiach? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. 23 Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai.”
1ª João 4:1-3 “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de D-us, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de D-us: todo espírito que confessa que Yeshua HaMashiach veio em carne é de D-us; e todo espírito que não confessa que Yeshua HaMashiach veio em carne não é de D-us; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo.”
Judas 1:3-4, 17-19  “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de de nosso D-us e negam o nosso único Soberano e Senhor, Yeshua HaMashiach. … Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Yeshua HaMashiach, os quais vos diziam que, nos últimos tempos, haveriam escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Estes são os que causam divisões, carnais, que não têm o Espírito.”
Com base em todas estas referências podemos cristalizar o entendimento de que a igreja antes da última semana de anos sofre ataques terríveis de falsos mestres gerando enorme prejuízo no entendimento e causando em último caso a apostasia de vários irmãos de caminhada,  por conseguinte já dentro da última semana é que aqueles que são selados por D-us para proclamar o evangelho por toda a terra, recebendo poder por mil duzentos e sessenta dias (Apocalipse 11:3), que pela intensa batalha no campo teológico, de doutrinas, de práticas e vivências são portanto elogiados por Yeshua em sua mensagem à Éfeso, a representante da congregação dos santos do primeiro ano dos sete últimos anos antes da vinda.

Mas há a admoestação de que neste período a igreja tem deixado o seu primeiro amor, o que podemos entender sobre isso, é o que já temos visto hoje em dia nos ditos meios restauracionistas de retorno ao entendimento judaico das escrituras que pelo enorme embate em combater as heresias de anos de desvio cristão da sã doutrina e das inovações e modernizações da interpretação bíblica, tais movimentos tornam seus membros rígidos, ortodoxos, altamente disciplinados e para o bom andamento de seu estilo de vida e culto perdem a empatia, ou seja, não se colocam mais no lugar do outro, sendo que o outro, é seu irmão na Mashiach, e como irmão, precisa que os fortes na fé sejam compassíveis dando lugar às coisas que servem para a paz e para edificação mútua do corpo (Romanos 14). Portanto o que se demonstra neste primeiro ano após firmado o pacto de paz e segurança entre Israel e as nações, é que a congregação dos santos, capacitada do alto para a proclamação das boas novas, se torna uma boa combatente dos falsos mestres suportando com paciência sem cansar tanto aos ataques como ao trabalho árduo pelo nome do Mashiach, mas tal atitude disciplinada, rígida com o tempo vai a tornando sem empatia pelos que apresentam alguma dificuldade na caminhada, ou que desliza no entendimento ou na prática sendo em consequência deixados de lado ou estigmatizados como hereges ou rebeldes contumazes, notando-se assim o esfriamento do primeiro amor, aquele amor que se acende em nós em reciprocidade ao amor de D-us em nos aceitar, um amor incompreensivelmente grande que no momento do novo nascimento nos faz amar a todas as criaturas de D-us e nos impulsiona a subir montes e atravessar vales para proclamar a verdade libertadora do evangelho, de que D-us nos ama e deu seu seu filho unigênito para que todos que nele crendo não venham a perecer mas conquistem a vida eterna, e é este amor que precisa estar ardendo na congregação deste período para que ela possa cumprir a sua tarefa de testemunho por três anos e meio, e não é atoa que é tão duramente advertida para voltar a buscar por este primeiro amor para que o seu papel de candeeiro que ilumina e dá testemunho da vontade de D-us não seja retirado, e tal empreitada de percorrer mar e terra em busca de conversão não seja algo como que Yeshua admoesta aos fariseus hipócritas que ao fim da conversão de um prosélito tal se tornava um filho do inferno duas vezes mais que os próprios conversores (Mateus 23:15), ou seja, sem o primeiro amor, não há impulso necessário para a proclamação global do evangelho em tão pouco tempo, e assim o ofício de iluminar e testemunhar acaba por se tornar ineficaz tendo que ser retirado e dado a outros, pois somente aos que triunfarem em sua missão de rejeitar ao que é falso, iluminar dando testemunho não esquecendo do primeiro amor é que receberão da árvore da vida que está no paraíso de D-us.
      
A partir desta introdução podemos prosseguir analisando verso a verso e assim encontrarmos com mais facilidade a mensagem que ora estava criptografada.

Apocalipse 2:1 Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro: 

O anjo aqui deve ser entendido como mensageiro, e como já relatado em Ap. 1:18 as sete estrelas na mão direita de Yeshua são associadas aos anjos das igrejas, e como vimos que sete é o número de completude ou totalidade, portanto os sete mensageiros nada mais são que a totalidade da igreja que como ofício tem o proclamar, levar a mensagem de D_us, e ela está sob a autoridade de Yeshua pois está em sua mão direita, a mão transmissora de autoridade e das bendições.
Já visto também que em Ap 1:11 Yeshua está no meio dos sete castiçais com roupas próprias do sumo sacerdote nos levando ao entendimento do seu Ofício em manter a Menoráh limpa, acesa e em perfeita ordem bem como o contexto onde isso é explicado em Números 8, que acrescenta o papel da igreja em comparação ao dos levitas sendo movidos diante do Senhor como oferta de manjares, ambos os contextos são incorporados pelo corpo do Mashiach na Terra demonstrando tanto o ofício de ser luz e iluminar com suas ações bem como ser nação santa, reino sacerdotal que de contínuo se oferecem ao Senhor como oferta. (e este entendimento será de muita valia posteriormente para compreensão do cessar da oferta de manjares  no meio da semana impetrado pelo Anticristo conforme profecias de Daniel 8 e 9.)

O nome da Igreja tem algo a revelar, vejamos: Éfeso em grego Ephesus por anos tem recebido dois significados, pois soa similar às palavras gregas arestos (desejável) e epitrepo (permitido), isso sem muito aprofundamento no que tange à origem dos vocábulos e quase que apenas aceito por falta de discussões e debates produtivos sobre o tema, mas há alguns anos em seu Dicionário Etimológico hitita, Jaan Puhvel explica a presumida formação da palavra "Ephesus" a partir de elemento hitita “Appa” para significar "posterior, atrás" em um espaço geográfico, mas também cabendo o termo "depois" num sentido temporal, ele relaciona isto às palavras comuns em sânscrito como “Aphatyam” significando descendência;  “Aphara” significando depois, e o grego “επι”= “epi” significando “em” ou “sobre”; “οπις” = “opis” significando olhar adiante. O nome “Aphasa” e portanto Ephesus na corruptela e adequação do grego significaria literalmente “O que vem depois” ou “Local Posterior” ou talvez desde que foi localizado na costa ao final de um rio foi chamado “O que vem bem depois” e nomeado no sentido de “Fim da Terra” ou na forma de gíria algo como “The Boondocks” que traduzido seria “nos quintos dos infernos” de um lugarzinho ermo. (fonte traduzida e adaptada de: http://www.abarim-publications.com/Meaning/Ephesus.html)

Tal significância do nome da igreja corrobora com a nossa abordagem de que cada mensagem é direcionada como alerta acerca dos acontecimentos de cada um dos anos dos sete anos finais, ou seja, Éfeso significando “o que vem depois” o coloca no primeiro ano que vem depois da assinatura do acordo de Paz pelo Anticristo.

Apocalipse 2:2-3 Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança, e que não podes suportar os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te cansaste. 

Poderíamos repetir toda a argumentação da introdução aqui falando do papel da igreja (duas testemunhas – Ap 11) após receber poder para a proclamação global do evangelho com autoridade e demonstrando a distinção do santo e do profanos, do que é puro e o que é produto de falsos mestres, apóstolos, profetas e messias nos últimos tempo, mas nos ateremos ao texto.
“Eu sei as tuas obras” com esta frase Yeshua demonstra conhecer as intenções, motivações além do trabalho e da dura tarefa da igreja de se manter separada da contaminação do que é falso, e da perseverança de estar em dificuldades sem igual e mesmo assim manter firme a certeza da redenção, como que usando de toda a armadura de D-us, cuja tal, Paulo recomenda exatamente aos efésios em 
Efésios 6:10-18: “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de D-us, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste mundo, contra as hostes espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de D-us, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de D-us; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santo.”
Vemos que D-us nos capacita e protege pela ação do Espírito e não dará tentação, aflição ou tribulação maior que alguém possa aguentar (1 Coríntios 10:13), ou seja, se a pessoa desistir neste período não poderá culpar à D-us pois auxiliada e capacitada ela foi para aguentar o tempo de angústia.

Por causa do nome de Yeshua é que virão as perseguições e conforme vemos em diversas passagens principalmente em Mateus capítulo 10 e capítulo 24, é demonstrado que quem mesmo sofrendo tal perseguição e perseverar até o fim é que será salvo.
Mateus 10: 22 “ E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.”
Mateus 24:9-14 Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.”
Mateus 24 novamente se conecta perfeitamente a nossa abordagem, a não ser a parte da perseguição de morte que só começará após 1260 dias que é o tempo dado às duas testemunhas para testemunho (Ap 11:3), ou seja, na metade da semana de anos é que a besta recebe poder para fazer guerra aos santos e os vencê-los pelos próximos 42 meses (Ap 13:5-7), mas a questão de falso mestres, pregação em todo o mundo, amor se esfriando, perseguição pelo nome de Yeshua, perseverança até o fim como premio a salvação está tudo descrito.

Apocalipse 2: 4-5 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.

A admoestação como já relatamos também na introdução leva em consideração o processo de desgaste da igreja em se manter rígida na defesa da fé contra os falsárias da sã doutrina, o que faz com que a postura seja elogia por um lado pela teste e descoberta dos que adulteram e mentem sobre a verdadeira palavra mas por outro acaba por engessar o relacionamento amável com os irmãos, faltando a empatia, de se colocar no lugar do outro, ao ponto disso pode interferir na missão de se ir a todas as nações calçados com as sandálias da preparação do evangelho de paz, e como diz o próprio João em em sua primeira carta (1 João 4:20) “Se alguém diz: Eu amo a D-us, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a D-us, a quem não viu?” ou seja, quem se deixa esfriar em seu primeiro amor, o amor entranhável de reciprocidade ao amor de D-us por nós, deixa paulatinamente de amar o próprio D-us, e nesta condição todo o andar, agir, frutificar em boas obras em testemunho aos irmãos é comprometido ao ponto da função  principal de um chamado, selado e enviado se esvanecer, como que uma lâmpada que sem a reposição do azeite perde seu brilho e já não serve para a sua função de iluminar, e é neste sentido que Yeshua diz que se a postura da igreja que não mudar, voltando as primeira obras praticada  em amor pleno e sobrenatural dado no momento do novo nascimento, tal igreja seria tirada de sua função de candeeiro que ilumina em testemunho ao mundo.  

Apocalipse 2:6 Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.

A  principal tentativa tradicional de compreender a etimologia da palavra nicolaítas geralmente está ligada com a pessoa de Nicolau nomeado como diácono em Atos 6:5: “A proposta agradou todo o grupo, então eles escolheram Estevão, um homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, um Gentio de Antioquia convertido ao Judaísmo”. Presumivelmente em algum momento mais tarde Nicolau começou a ensinar aquilo que eventualmente viria a ser definido como as más obras dos Nicolaítas e o assunto é bastante obscuro. No entanto, há outra opção muitas vezes esquecida, sugerida há muitos anos pelo grande Judeu Cristão estudioso de Hebraico John Lightfoot, tal opção permite que se continue a ler o Livro do Apocalipse como um documento  anti-Romano completamente Judaico. Ele sugeriu que talvez o diácono Nicolau fosse uma pista errada a se seguir. e se em vez disso o termo nicolaítas fosse um Hebraísmo (neste caso algo dito originalmente  em Hebraico, mas escrito com letras Gregas). Em Hebraico para se dizer “nós comeremos” seria usado o verbo נאכל (nokhal). Lemos em Isaias 4:1: “e naquele dia sete mulheres lançarão mão de um homem, dizendo:”nós  comeremos (נֹאכֵ֔ל) nosso próprio pão e vestiremos nossas próprias roupas, apenas deixe-nos ser chamadas pelo seu nome; tira o nosso opróbrio”. Se esta palavra Hebraica נאכל (nokhal) é traduzida para o Grego ela pode ser usada como um termo descrevendo “nós comeremos “. No sentido de que este era seu lema, seu sentimento – “nós comeremos ” a comida que os outros pensam que é proibida (comida oferecida a divindades pagãs). Assim τῶν Νικολαϊτῶν (ton nikolaton)  “os Nicolaitas ” como um grupo ou ensino pode originar-se do Hebraico נאכל (nokhal) “nós comeremos ” fazendo uma forte conexão  com o contexto de Bilaam e Balak e incidente no livro de Números referidos mais pra frente em Ap. 2:13-15. 
Além do Hebraísmo este versículo em Grego contem  um jogo de palavras. Aquele que ouve é “aquele que vence” τῷ νικῶντι (to nikoti) que é uma forma do verbo νικάω (nikao) que significa “ganhar, conquistar, perseverar e ser vitorioso”. Isto parece suspeitamente muito parecido com o termo que só encontramos em – Νικολαί̈της (nikolates) “um Nicolaíta”. Se o lema dos Nicolaitas é “nós comeremos ” então como um trocadilho isto é exatamente o que D-us promete a quem vencer. Se renunciar a  comer comida sacrificada aos ídolos vão comer da Árvore da Vida e viver.

Portanto a Igreja já no seu primeiro ano dentro da última semana tem que combater além de falsos mestres, profetas e messias, também a falsos irmãos que em descumprimento ao que foi legislado no Concílio de Jerusalém em Atos 15, se achando os fortes na fé mas fracos na empatia e convívio com os irmãos conforme contexto de 1ª Coríntios nos capítulos 8 e 10 e Romanos 14, comem do que é sacrificado à ídolos, internalizando assim o que o ídolo representa, talvez numa possível homenagem ao anticristo que por trazer aparente paz e segurança à Israel venha a atrair a admiração de participantes do corpo do Mashiach que por fraqueza, arrogância e até mesmo a falta do primeiro amor se contaminam se banqueteando na mesa que não a do Senhor.

Apocalipse 2:7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de D-us.

Como visto acima na explicação do termo nicolaítas, parece haver relação entre aos que perseveram na sã doutrina, (dando testemunho em todos os setores de suas vidas até mesmo em se separar dos alimentos oferecidos à ídolos), e a promessa de comer da árvore da vida aos que vencerem, pois se D_us e o cordeiro são VIDA, o comer da árvore da vida indica a internalização de tamanho atributo da divindade, ou seja, aqueles que perseveram não internalizando outro senhor, poderão ao fim, internalizarem a essência do Senhor dos senhores, a saber, a Vida Eterna  que encontraremos com a vinda da cidade santa que tem em meio a sua praça um exemplar da árvore da vida conforme Apocalipse 22:2.

Mas como dito, os que perseveram em obedecer ao que foi legislado em Atos 15 bem como toda a palavra que sai da boca de D-us poderão usufruir das beneficies da árvore da vida, como vemos em Apocalipse 22:14: 
"Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas."

Referências e fontes:
Acesso em 01/2019 traduzido e adaptado de: http://www.abarim-publications.com/Meaning/Ephesus.html)
https://blog.israelbiblicalstudies.com/pt-br/jewish-studies/quem-foram-mundo-os-nicolaitas-de-efeso-e-pergamo/

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Análise do Livro de Apocalipse - Capítulo 1

Começamos esta tentativa de análise do Livro de Apocalipse verso a verso com o seguinte texto de Pedro em  2 Pedro 1:19-21:
“E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.”
Com este sentido das Palavras de Pedro em mente, afirmamos que a nossa análise não é meramente individual, fruto de arrogância ou esquizofrenia particular, e sim fruto de conversas e estudos profundos dos profetas de Israel com diversos irmãos e amigos, ou seja, há testificação de ao menos dois ou três, situação onde há promessa que haveria a presença do Mashiach em nosso meio conforme Mateus 18:20. Desda maneira tentamos de forma direta, simples e palpável tornar a mensagem de Apocalipse mais compreensível, o vinculando como livro judaico que é ao contexto profético que fornece as peças e chaves necessárias deste imenso quebra-cabeças deixado por D-us para nossa iluminação, através de seus alertas, admoestações e vaticínios.

Alertamos aos nossos leitores que esta nossa perspectiva de análise exige um certo conhecimento para um bom entendimento, como por exemplo o conhecimento prévio dos Ciclos dos Tempos Determinados (Moedim) dados pelo Senhor ao povo de Israel, registrados principalmente em Levítico 23 e 25, e todo o contexto cível e cerimonial que envolvem as festas bíblicas, o ano sabático (Shemitáh) e o ano de Jubileu (Yovel) bem como a associação deste último com o que os profetas chamam de Ano Aceitável do Senhor seguindo-se com o dia da Ira do Senhor ou dia da Vingança. Mas não há necessidade de preocupação pois faremos o possível para melhor exemplificar as correlações abordadas.


Outro ponto a salientarmos é que a nossa visão de que Apocalipse e suas revelações não são preteristas, ou seja, não são abordadas como que se tivessem sido cumpridas de forma definitiva no passado, não obstante entendemos que abrangeram de forma parcial alguns contextos históricos dos últimos dois mil anos, no entanto tais revelações são focadas essencialmente nos acontecimentos finais, a saber a última semana profética restante das setenta semanas da profecia do Livro de Daniel, que se apresentam divididas em dois períodos distintos, ambos de três anos e meio, ou como visto nas profecias, dois períodos de 42 meses ou 1260 dias ou de "tempo, tempos e metade de um tempo" e em um único caso apresentado como o sendo o segundo período de três dias e meio.

Iniciemos portanto a análise verso a verso:

Apocalipse 1:1 Revelação de Yeshua HaMashiach, a qual D_us lhe deu para manifestar aos seus servos as coisas que depressa hão de suceder: e por seu anjo as enviou, e as denotou por sinais a João seu servo,  
Caminho da revelação: D-us – Yeshua – Mensageiro – João – Igreja:, demonstrando a nossa dependência à Yeshua, e a dele a seu Pai e D-us de Quem tudo recebe, pois notemos que tal revelação ocorre em torno do ano 95 D.E.C., 60 anos após a ascensão de Yeshua aos céus, ou seja, mesmo estando à direita do Pai há algum tempo, ele precisa receber do Pai a mensagem para posteriormente transmiti-la, conforme já demonstrado nos evangelhos principalmente o do mesmo João em João 12:49;50: "Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar. E sei que o seu mandamento é vida eterna. Aquilo, pois, que eu falo, falo-o exatamente como o Pai me ordenou."
Depressa hão de suceder: Tal expressão em grego “γενέσθαι ἐν τάχει” (genesthai en tachei) pode significar a velocidade dos acontecimento assim que eles começam, ou seja, do primeiro fato ao último manifesto à João por visões e revelações, todos ocorrerem rapidamente, em um curto espaço de tempo entre eles. (como já abordado na introdução deste artigo, grande parte da revelação relata os acontecimentos da última semana profética de Daniel ou seja os últimos sete anos antes do retorno do Mashiach e a implementação de seu reino messiânico. Esta interpretação que é cabível à expressão, afasta a interpretação imediatista, que alega que as revelações do Livro foram esperadas pelas igrejas da Ásia como sendo acontecimentos iminentes, ou enfraquecendo por assim dizer a argumentação preterista que alega que os acontecimentos apocalípticos já ocorreram todos nos primeiros séculos da Igreja).

Apocalipse 1:2 o qual testificou da palavra de D_us, e o testemunho de Yeshua HaMashiach, e de todas as coisas que tem visto.
O termo testemunha é "μαρτυρίαν" (martirian) da mesma raiz da palavra martírio, que define bem o auge da vida de uma fiel testemunha do Senhor.
João testifica ou seja dá testemunho da Palavra de D_us seja relatando fielmente o que foi lhe passado nesta revelação ou da Palavra de D_us como um todo alegando assim que o livro de Apocalipse é portanto um testemunho da veracidade da Torah, dos Escrito e dos profetas que neste livro são citados de forma direta, muitas vezes de forma indireta mas de forma clara são o fundamento cognitivo para o bom entendimento das revelações.
Testemunho de Yeshua pode ser entendido como João falando de algo que ele viu e viveu com Yeshua ou sobre a mensagem propriamente dita por Yeshua em suas pregações, nas quais João sempre estava presente.

Apocalipse 1:3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas: porque o tempo está perto. 
Assim como os rabinos recomendam determinada postura diante da Torah, que seria a de sempre lê-la, ouvi-la e guardá-la aqui também o Senhor dá uma boa aventurança aos que leem no sentido de estudarem, aos que ouvem no sentido de buscar entender, e aos que guardam no sentido de praticarem e partilharem tudo aquilo que se relaciona ao contexto da revelação.
Novamente usada como subterfúgio pelos preteristas, aparece aqui uma locução, a qual seja: "porque o tempo está perto", como que se todos os acontecimentos fossem iminentes, porém vejamos que o termo para tempo aqui é "καιρός" (kairós) que representa tempo oportuno, algo determinado no futuro, como por exemplo a expressão "a colheita", pois podemos dizer que depois da colheita se fará algo, mas quando é a colheita?...será depois das últimas chuvas. Mas quando será as últimas chuvas?...quando assim ocorrer... ou seja é um tempo determinado no futuro que não pode ser determinado, pois para esta situação é usado o termo cronos, que delimita o dia e a hora de forma precisa ou seja, cronologicamente determinada .

Apocalipse 1:4 João às sete congregações que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco daquele Que é, e Que era, e Que há de vir: e dos sete Espíritos que estão diante de seu trono:

Sete = Totalidade - Plenitude
A presença do sete nas escrituras em muitas das vezes é a forma profética de D-us demonstrar a plenitude de seus atos e por isso verificamos a constância deste número se manifestando do princípio à consumação da história do homem.

Dias da Criação (Gênesis 1)
Yom Rishon Yom Shení Yom Shlishí Yom Revií Yom Ramishí Yom Shishi Shabat
Sete Animais puros são ordenados pelo Senhor que se levem à arca por Noach ( Gênesis 7:2-3)
Yaakov trabalha sete anos por Léah e sete anos por Rachel (Gênesis 29)
Sonhos do Faraó sobre sete vacas e sete espigas e o cumprimento nos sete anos de fartura e posterior sete anos de fome sobre a terra. (Gênesis 41)
Sete Festas anuais do Senhor (Levítico 23)
Pêssach (Páscoa) HaMatsot (Pães Asmos) HaBikurim (Primícias) Shavuot (Semanas ou Pentecostes) Yom Teruáh (Dia do Toque de Trombeta) Yom Kippur (Dia do Perdão) Sucot (Tabernáculos)
Os sete Espíritos de D-us (Isaías 11:1-2)
Entendimento Conselho Sabedoria do Senhor Temor Fortalecimento Conhecimento
Sete Igrejas na Ásia (Apocalipse 2 e 3)
Éfeso Esmirna Pérgamo Tiatira Sardes Filadélfia Laodiceia


O uso do número sete é visto neste verso 4 guardando o sentido como explanado acima; As sete igrejas da Ásia apesar de existirem no tempo de João, elas não são exortadas e elogiadas por serem destaques mundiais em suas condutas mas sim porque D-us assim determinou para que a mensagem fosse...sim ao primeiro momento plausível e aplicável às determinadas igrejas, mas criptografando o foco real, para que somente os verdadeiros receptores da mensagem compreendessem o alcance universal da mesma, não somente para sete mas para a completude e totalidade do corpo do Mashiach na Terra, a saber a Igreja em todos os tempos e lugares, mas em nossa visão principalmente aos que hão de viver durante os sete anos finais antes da volta do Mashiach à Terra.
Da mesma forma o Espírito Sétuplo, que é a demonstração da completude e totalidade de ação do Espírito de D-us, alguns estudiosos relacionam tal meção a passagem de Isaías 11:1-2 que fala dos sete espíritos que repousariam sobre o tronco de Jessé o Renovo que frutificará, a saber, o Mashiach, que é descrito em Apocalipse 5:6 como o cordeiro que havendo sido morto estava de pé e possuía sete chifres e sete olhos, que é tido como os sete espíritos de D-us que são enviados por toda a terra, ou seja, Yeshua recebe sobre si conforme profetizado em Isaías os atributos de D-us, e tais são relacionado aos sete chifres que representa a plenitude de poder e autoridade e sete olhos que representa a onisciência e onipresença, pois como dito que o espírito é enviado por toda a terra, transmite assim a ideia de estar em todos os lugares e ver e saber de tudo o que ocorre com os santos.

Que é, que era e que há de vir faz nos lembrar do NOME divino em Êxodo 3:14 “ אֶֽהְיֶ֖ה  אֲשֶׁ֣ר  אֶֽהְיֶ֑ה “ (Ihieh asher Ihieh) , Eu serei o que serie, ou serei o que sou, onde D_us se apresenta como aquele que era com Avraham, Itschak e Yaakov, e que não deixa de ser o D-us da promessa, o que sempre existiu, O Eterno, portanto não é atoa que tal ligação é feita, temos que guardar o contexto do chamado de Moshe (Moisés)  e o desenrolar da saída do Egito pois tal ligação é constantemente perceptível ao longo das revelações do Livro de Apocalipse.

Apocalipse 1:5-6 e da parte de Yeshua HaMashiach, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!

  • Fiel Testemunha – Testemunhar = Toque do Som de Trombetas  (Yom Teruáh) (1° dia do 7° mês)
  • Primogênito dos Mortos – Primeiro Fruto = Primícias (Yom HaBikurim) (16° dia do 1° mês)
  • Soberano dos Reis da Terra – Estabelecimento do Reino = Tabernacular (Sucot ) (15° ao 22° dia do 7° mês)
  • Aquele que nos Ama – Intercede por nós e nos inscreve no livro da vida = Dia do Perdão (Yom Kippur) (10° dia do 7° mês)
  • Pelo seu sangue – Morte vicária = Cordeiro Pascal (Pessach)(15° dia do 1° mês)
  • Libertou de nossos pecados – nos fez uma nova massa sem fermento – Pães Asimos (HaMatsot) (15° a 21° do 1° mês) 
  • Nos constituiu reino e sacerdotes – Nos instrui com as leis do reino e nos capacita do alto para o oficio sacerdotal = receber a Torah em nosso corações pela ação da Ruach HaKodesh – Pentecostes (Shavuot) (50° dia após HaBikurim)
Nestes versos conseguimos notar o esquema escatológico que D-us permeou em suas Festas, que norteará até o fim o destino da Igreja por meio daquele que é o “Corpo/Objeto” cujas as sombras criptografadas na Lei (Colossenses 2:17) são vistas ainda por muitos através do véu (2 Coríntios 3:15), não vislumbrando portanto a glória estabelecida por D-us em sua Palavra, mas já contemplada sem o véu por meio do Espírito e proclamada a muitos em nossos dias. (2 Coríntios 3:16-18).


Apocalipse 1:7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!
Este verso faz aqui menção direta aos textos de Daniel 7 e Zacarias 12, e assim temos que absorver o contexto destas referência e montarmos a cronologia cada vez com mais peças e detalhes que no todo final nos dará um panorama amplo porém pormenorizado.
Daniel 7:13 “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. 14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.”
Zacarias 12:9 “Naquele dia, procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém.10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito. 11 Naquele dia, será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom, no vale de Megido. 12 A terra pranteará, cada família à parte;....”
Dois pontos nesta passagem são foco de intensas discussões, o primeiro é o de quem seria a referência dos que o traspassaram, seriam somente os judeus, ou seriam os romanos, ou seriam ambos, ressuscitados naquele dia só para verem a vinda e depois morrerem novamente e dai sim ressuscitar para o julgamento diante ao Trono Branco? Eu responderia tal indagação usando a seguinte passagem: Isaías 53:5 “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”  E arremato indagando que se não fomos todos nós, homens pecadores que o ferimos, esmagamos, castigamos e pisamos com as nossas transgressões, por quem mais Ele se permitiu ser traspassado??
E o segundo ponto é o termo terra, que por vezes é traduzido como Terra, ou no inglês onde seria land ou region é usado os termos Earth ou World, indo além no entanto do que a profecia originalmente em Zacarias 12 quis vaticinar, onde o foco é a terra de Israel como se bem pode notar pelo contexto dos versos 11 ao 13. O problema deste pensamento aliado a outras passagens é criar um Planeta Terra Plano para que os acontecimentos em Israel possam ser visto de todo o plano.
Outra passagem que se utiliza das mesmas referências e amplia um pouco mais o contexto é a seguinte: Mateus 24:27 “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem......29 Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. 31 E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.” Passagem, esta, que de tão rica em seu contexto, abriremos um parenteses na análise de Apocalipse para darmos uma pincelada em determinada abordagem.  
Mateus 24: 23 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; 24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. 25 Vede que vo-lo tenho predito. 26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.
29  Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. 31 E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
No verso 27 há uma advertência quanto ao que está sendo predito anteriormente, ou seja muitos alegando que há um cristo aqui ou ali ou que ele veio secretamente, notemos a frase “como relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente” demonstrando que o dia da vinda não será oculta e sim se “MOSTRA” no céu de um lado a outro (Figura Acima), não havendo dúvida do que está acontecendo; No verso 29 já temos a descrição do momento ou seja após tribulação que segundo o verso 21 é a grande tribulação que nunca existiu e jamais existirá outra, e pelas descrições do sol, da lua, das estrelas e do céu em si, o tempo segundo os profetas Joel Cap. 2 e 3, Isaías Cap.13 será próximo o Dia da Ira do Senhor também relatado no penúltimo selo conforme Apocalipse 6:12-17, e é neste momento conforme o verso 30, que como relâmpago aparecerá o sinal do Filho do Homem sobre as nuvens, assim como predito pelos varões em Atos 1:11, e assim os santos anjos com clamor de trombeta serão enviados para reunir os escolhidos dos quatro cantos da terra, ou seja se é na última trombeta que há a reunião dos ressurretos com os vivos transformados conforme 1 Coríntios 15:52, então este acontecimento aqui é o único e último não cabendo um segundo arrebatamento ao som de uma improvável “segunda última trombeta”, demonstrando assim com apenas estes versos uma incongruência e ilogicidade da doutrina pré-tribulacionista.

Apocalipse 1:8  Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.

D-us neste verso se identifica como sendo a origem de tudo ao se nomear de o Todo-Poderoso fonte de todo o poder, e Eterno por nomear como aquele que é, que era e que se manifestará ao fim de tudo, há também a identificação ao nosso ver com a "Palavra" pois ao se utilizar das letras inicial e final do alfabeto seja no grego, que bem poderiam aparecer como Alef e Tav, faz alusão a uma ligação direta com a "Palavra de seu poder" de Hebreus 1:3, bem como dispõe uma ideia judaica de que por meio das letras hebraicas que contemplam em si determinados atributos emanados da divindade, D-us se utiliza do alfabeto hebraico para criar e manter a criação, ou seja, as leis e regras que estudamos na física só são presumidas como existentes através de algo que as sustentem, e como vemos João 1:1 como “e D-us era a palavras” na presunção de que a criação não via duas entidades criadoras mas somente D-us manifesto por meio de sua palavra a criar tudo e sustentar cada regra de existência, assim entendemos Provérbios 8 principalmente no verso 22 em diante onde a sabedoria se coloca no princípio com características do “Lógos”.

Apocalipse 1:9 Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Yeshua, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de D-us e do testemunho de Yeshua. 

Aqui podemos ver a cronologia dos fatos na vida dos santos ou seja: Tribulação – Antecipação do Reino em nossas vidas – Perseverança para prosseguirmos a completar a jornada e adentrarmos no Reino Pleno, ou seja, da tribulação não se tem como escapar nem com arrebatamento pré-tribulacionista.
Vemos que que os apóstolos tinham bem clara a ideia de tribulações e aflições no bom combate pela fé, tanto que Paulo mesmo sendo apedrejado e lançado para fora de um cidade como morto diz o seguinte em Atos 14:22 “fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de D-us.” Paulo estava ciente disto desde o seu chamado pelo próprio Senhor que lhe antecipou que sofreria conforme Atos 9:15 “Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; 16 pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome."
João já no verso 2 demonstra as insígnias que o destacam ou seja o de ser portador e proclamador da Palavra de D-us e do Testemunho de Yeshua, e por tal distinção vemos pela tradição que o Imperador Domiciano o lança em um tacho de óleo fervente e João sobrevive pela misericórdia de D-us, mas é tido como feiticeiro e é banido para uma ilha na costa turca do Egeu usada pelos romanos como prisão perpétua
Em Apocalipse será uma constante encontrarmos a conduta perseverantes dos santos ligada ao guardar a Palavra de D-us o Testemunhos de Yeshua conforme Apocalise 3:10, 6:9, 12:17, 19:20 e 20:4.

Apocalipse 1:10 Achei-me no Espírito, no dia do Senhor, e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta,
O achar-se no Espírito, pode significar que João foi envolto no Espírito e transladado para o futuro para presenciar os acontecimentos que mais tarde relataria em seus escritos, ou que em espírito ele teve as visões.
No dia do Senhor, nos remete não ao Domingo como a maioria diz ou até mesmo o Shabat, pois seria estranho João relatar algo tão raso como o dia da semana que ele teve a visão, mas sim ligar ao dia da vingança do Senhor, ou chamado pelos profetas de Yom-Adonai ou o grande e terrível dia do Senhor, intrinsecamente ligado ao Ano Aceitável do Senhor conforme podemos verificar nas palavras de vários profetas:
“Porque aquele dia é o dia do Senhor Deus dos exércitos, dia de vingança para ele se vingar dos seus adversários. A espada devorará, e se fartará, e se embriagará com o sangue deles; pois o Senhor Deus dos exércitos tem um sacrifício na terra do Norte junto ao rio Eufrates.” Jeremias 46:10
“Ai do dia! pois o dia do Senhor está perto, e vem como assolação da parte do Todo-Poderoso.” Joel 1:15 
“Ai de vós que desejais o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Ele é trevas e não luz.” Amós 5:18
“O grande dia do Senhor está perto; sim, está perto, e se apressa muito; ei-la, amarga é a voz do dia do Senhor; clama ali o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas.” Sofonias 1:14-16 
“Eis que vem um dia do Senhor, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti.” Zacarias 14:1 
“Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria. E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos exércitos. Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e ordenanças. Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais para que eu não venha, e fira a terra com maldição.” Malaquias 4:1-6 
“O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.” Joel 2:31 
“a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; Isaías 61:2 
“Porque o dia da vingança estava no meu coração, e o ano dos meus remidos é chegado.” Isaías 63:4 
Temos no fim do verso uma chave de interpretação:  voz, proclamação, aclamação e testemunho = trombeta (Teruá ou Shofar). 
Apocalipse 1:11 dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia. 12 Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro 13 e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro.


O mistério dos candeeiros de ouro é revelado no verso 20, sendo eles as sete igrejas destinatárias das Cartas enviadas por João, e como já dito são apenas sete em número mas representam a totalidade da Igreja do Mashiach na Terra com suas virtudes e repreensões, e tem até mesmo em seus nomes significados que podem nos ajudar a compreender os pormenores das mensagens criptografadas de Apocalipse.
A indumentária usada por Yeshua nesta visão, diferente do que muitos alegam não o caracterizam como rei e sim como sumo-sacerdote em seu ofício no dia da Expiação (Yom Kippur) conforme Levítico 16, e é neste contexto de Yom Kippur que temos que ter em mente o que acontecerá nos últimos dias, a saber os sete últimos dias das setenta semanas da profecia de Daniel. E entender o propósito das igrejas serem comparadas à sete lâmpadas da Menorah, que eram acesas pelo sumo-sacerdote conforme Números 8, onde há acoplado o contexto dos levitas sendo movidos perante ao Senhor como ofertas de cereais ou manjares (sacrifício contínuo), ambos os contextos são incorporados pelo corpo do Mashiach na Terra demonstrando tanto o ofício de ser luz e iluminar com suas ações bem como ser nação santa, reino sacerdotal que de contínuo se oferecem ao Senhor como oferta.
Portanto nenhum detalhe dado em Apocalipse pode passar despercebido pois tudo é ligado a um contexto na Torah ou nos Profetas que paulatinamente vão nos dando detalhes e panoramas para montarmos o todo do quebra-cabeça deixando por D-us de modo criptografado para benefício dos escolhidos e engrandecimento de Seu Próprio Nome e de Sua Palavra. 

Apocalipse 1:14 A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; 15 os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. 16 Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. 17 Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último.


Antes de verificarmos cada uma das características, recomendo a leitura de Daniel cap. 7 e 10 e para contexto do 10 os cap. 11 e 12, pois tantos as palavras usadas como a reação de João são equiparadas às de Daniel e portanto o contexto do que foi revelado à Daniel é o que precisa ser acoplado ao tempo que João está vendo.
Cabelos brancos com lã e neve: revelam além da pureza e justiça também a eternidade e sabedoria daquele que os possui: (Pv. 16:31 “Os cabelos brancos são uma coroa de honra que é encontrada no caminho da justiça.”)
Olhos como chama de fogo: representam como já visto também no caso dos sete olhos do cordeiro (comentário verso 4 sobre Sete Espíritos), a onisciência e onipresença do Senhor, ou seja, a capacidade de trazer luz ao que está encoberto onde for (Lucas 8:17 “Porque não há coisa encoberta que não haja de manifestar-se, nem coisa secreta que não haja de saber-se e vir à luz.”)
Pés semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha: como que passando por sofrimento para atingir a limpidez e incandescência apresentados conforme (Hebreus 5:7-9 “O qual nos dias da sua carne, tendo oferecido, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua reverência, ainda que era Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu; e, tendo sido aperfeiçoado, veio a ser autor de eterna salvação para todos os que lhe obedecem,”)  .... Entende-se também que tais membros reluzentes são os membros de seu corpo místico ou seja o seu povo (Igreja), em um estado semelhante, seus apóstolos e ministros que correm para lá e para cá com conhecimento espiritual, pelo qual, embora sofram muito, são permanentes e gloriosos; ou ainda seja seus caminhos, obras e aparições a suas igrejas, e todas as suas administrações providenciais para com eles, que são santos, justos e retos, e serão manifestos; ou em outro sentido a sua ira e vingança ao pisotear e atropelar seus inimigos com a firmeza de membros fortes de metal incandescente cujo o alvo não resisti.
Voz como voz de muitas águas: assim como Daniel em (Dn. 10:6) que ouve a voz como de uma grande multidão, João esculta uma voz que é alta e majestosa e que não pode deixar de ser ouvida por possuir autoridade, também faço a ligação ao ofício da Igreja como sendo as duas testemunhas (Ap. 11) que receberão autoridade para “tocar trombetas” ou seja para profetizar e testemunhar sobre a breve manifestação do Dia Aceitável do Senhor e do Dia de Sua Ira.
Estrelas na mão direita: Estrelas são os santos, neste caso os representantes das Igreja, e como já dito, sete é totalidade e plenitude, ou seja, está falando do Corpo do Mashiach na Terra como um todo e seus líderes, comissionados para tal função, pela mão direita, ou seja, pela autoridade e poder daquele que os chamou.
Espada afiada de dois gumes: Já conhecemos tal imagem em Hebreus 4:12 “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” , além de vermos que a boca de um profeta também é considerada uma espada afiada conforme Is 49:1-3 ligando assim ao próprio ofício da Igreja neste período.
João assim como Daniel não aguenta a Glória da Manifestação Plena de Yeshua e cai por terra, mas é levantado pela mão direita, ou seja, novamente vemos a autoridade sendo transmitida pela mão direita, daquele que é por quem todas as coisas foram criadas e que por ele subsistem, aquele que é o princípio originador de todas as coisas e que é o que ao fim restaurará todas as coisas.

Apocalipse 1:18 e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. 19 Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. 20 Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.
Parafraseando os versos de uma maneira mais popular: sou aquele que tem a vida (El Chaim em Hebraico), por um momento morri, mas eis que agora sou eterno, e pela missão que cumpri ao morrer tenho autoridade sobre a morte e o que lhe faz referência (sheol, hades, mundos dos mortos e sepultura).
Escreve sobre o que faz referência às igrejas de hoje e a do futuro (Cap 2 e 3), e sobre tudo o que acontecerá no derradeiro fim (do Cap 4 ao 22).
Cada vez que leio o termo estrelas me vem a mente a benção de D-us à Avraham conforme Gênesis 15:5 “Então o levou para fora, e disse: Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência.” Além desta várias outras passagens com o mesmo sentido reafirmam a benção à Avraham mas em Daniel existe um verso que acopla mais significado ao termo, vejamos: Daniel 12:3 “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente.” aqui vemos um sentido especial para o termo estrela que conforme o contexto que indica o tempo do fim e o papel dos sábios de converter a muitos para a justiça, indica o papel da igreja com o “som de trombetas” que agora capacitada da alto (Joel 2, Atos 2 e Ap. 11) para fazerem maravilhas maiores que de Yeshua (João 14:12), primeiro para a expansão do evangelho para toda a Terra (Mateus 24:14) para a partir dai vir o fim, ou seja a anunciação não mais das boas novas do Dia Aceitável do Senhor, mas agora a palavra de justiça e de juízo do Dia da Ira do Senhor, que despertará a ira dos inimigos e o fim do pacto no meio da semana, e cessar o movimento da oferta de manjares ou chamado por Daniel de sacrifício contínuo, ou seja, a perseguição da Igreja (duas testemunhas)  após 42 meses (3,5 anos, tempo, tempos e metade de um tempo ou ainda 1260 dias), e é neste contexto que encontramos mais uma menção ao termo estrela que está em Daniel 8:10 que se liga ao contexto de Apocalipse 13 que é a ascensão do Homem do Pecado, que recebe o poder de fazer guerra aos santos e os vencer, e também ao que vemos a queda de um terço das estrelas em Apocalipse 12, que ao meu ver é neste mesmo contexto de inicio de perseguição no meio da última semana.
E quanto ao contexto do candeeiro ou seja a Menoráh, recomendo ler Números 8 e compreender tanto a utilidade da Menorah bem como o ofício dos levitas movidos diante do Senhor como oferta de manjares ou no que diz respeito ao sacrifício contínuo.
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