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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Hoje é Shabat Hagadol (O Grande Sábado)

O Shabat imediatamente anterior à Pessach é denominado “Shabat Hagadol” (O Grande Sábado), em recordação do preceito divino da escolha e do recolhimento do cordeiro para o sacrifício pascal:

דברו אל־כל־עדת ישראל לאמר בעשר לחדש הזה ויקחו להם איש שה לבית־אבת שה לבית׃

“No décimo dia do mês tomará todo o varão um cordeiro por família”
(Êxodo 12:3)
Segundo o Talmud no ano em que o povo de Israel saiu do Egito, o dia 10 de Nissan caiu em um Shabat.
Como o cordeiro era um dos animais representativo de um divindade, o deus Amon do Egito, o povo Hebreu demonstrou a sua total confiança em D-us, pois a separação para inspeção e posterior abate de um cordeiro geraria uma eminente reação de ira dos egípcios, por estarem os hebreus depreciando uma das figuras de suas divindades e prestes a sacrificar tão grande quantidade de um animal tão significativo como o carneiro.


Representação do deus Amon em forma de Carneiro
na entrada de um Templo Egípcio.

Vemos portanto o quão grande foi este dia, pois D-us de forma milagrosa permitiu que seu povo, mesmo com a humilhação da divindade egípcia, conseguisse cumprir a primeira mitsvá dada ao povo de forma coletiva (Orach Chaim 430:1).

De acordo com midrash (Tosafot Shabbat 87b), os Hebreus explicaram o motivo de terem que sacrificar os cordeiros, e disseram ser uma ordem direta de Adonai, e quem não a cumprisse teria seus primogênitos mortos, assim como os primogênitos dos egípcios seriam acometidos por tal praga posteriormente. Quando os primogênitos egípcios ouviram isso, pediram a seus pais e ao Faraó para que deixassem os Hebreus irem, mas seus gritos foram ignorados até uma guerra civil eclodir, na qual muitos egípcios foram mortos. Esta guerra interna foi chamado de Guerra dos Primogênitos e é considerado um grande milagre que ajudou na libertação dos Hebreus da escravidão no Egito.

Durante o período do Templo em Jerusalém, era de praxe obter o cordeiro pascal 4 dias antes da páscoa, assim os adoradores poderiam ter certeza que os seus cordeiros pascais estavam completamente sem defeito, pois ao se detectar algum defeito o cordeiro seria desconsiderado para o sacrifício de páscoa.
Isto era feito para cumprir as instruções dadas em Êxodo 12 que instrui que o cordeiro a ser oferecido deveria ser sem defeitos. O interessante é que este período permitia que cada família torna-se intimamente ligada ao cordeiro, assim tal não era simplesmente um animal para o abate, mas o ‘cordeiro deles’. (Êxodo 12:15) e na tarde de 14 de Nisan os cordeiros eram publicamente sacrificados por “toda a congregação” (Êxodo 12:6) posteriormente houve a aplicação do sangue do animal em suas portas, nos umbrais.

Depois da destruição do Templo o “judaísmo rabínico” assumiu a liderança do povo judeu agora em diáspora.
A ideia dos sacrifícios foi mudada para: oração, práticas de caridade e estudo da Toráh.
Então os rabinos pós Templo substituíram o costume de adquirir um cordeiro pascal, por uma mensagem especial a ser dada aos judeus nesta data denominada de Shabat HaGadol, usualmente ministrada por um sábio em Toráh que discursa sobre as leis referentes a Pêssach e que no dia seguinte lidera a distribuição de Matsot aos pobres.

 Yeshua entra Triunfalmente em Yerushalaym

A última Pessach de Yeshua iniciou-se algum tempo antes que o Festival começasse realmente, (João 12:1-33). Depois de visitar o seu amigo Lázaro em Betânia, Ele foi a Yerushalaym pouco antes de a cidade se encher de peregrinos para celebrar o feriado. No dia 10 de Nisan ele entrou na cidade, montado num jumento para anunciar o Seu Messianismo, este era o momento em que o Cordeiro de Páscoa “Korban Pessach” estava sendo escolhido para o sacrifício, assim Yeshua se relaciona à figura do cordeiro que é examinado por quatro dias antes de seu sacrifício pois igualmente ele também o foi diante das autoridades de Yerushalaym para ser considerado sem máculas, defeitos ou rugas para remissão dos pecados do mundo.

Yeshua foi enviado para ser o verdadeiro Cordeiro de D-us (Seh HaElohim) sem mancha ou defeito.
A Cidade Santa teria sido um lugar movimentado, repleto de emoção e (devido à opressão romana) cheio de expectativa messiânica. Incontáveis judeus teriam se mobilizado em todo o mundo para observar a Pessach com suas famílias.

Note que quando Yeshua entrou pela primeira vez a cidade, Ele foi recebido pelos gritos dos peregrinos vindos para o Festival, que bradavam : "Hosana" palavra proveniente da frase aramaica "Hoshiah na" (הוֹשִׁיעָה נָּא), que significa "salve eu" ou "me salvar". Os peregrinos judeus cantavam  o Salmo 118:25-26 e aplicavam-no ao maior Filho de David, Yeshua, que já estava no meio deles.
Por um momento o povo judeu que ali estava em Jerusalém deu um louvor correto para Yeshua como o Mashiach Ben David (filho de David).
Após entrar em Yerushalaym, Yeshua imediatamente foi ao Templo e expulsou todos os cambistas virando mesas e cadeiras. (Mateus 21:12).
Yeshua foi crucificado antes do por do sol em 14 de Nisan, profeticamente correspondendo com o horário do sacrifício do cordeiro pascal no Templo.
Ele permaneceu na cruz por mais ou menos 6 horas, de “9 da manha” ate as “3 da tarde”. (Mateus 27:45) E seu corpo foi removido da cruz antes do por do sol.

Haftará  (porção de leitura dos profetas)

Uma porção dos profetas é especialmente lida neste Shabat, Malaquias 3:4-24, que ela fala de uma futura redenção.
Assim, pois os nossos sábios do Talmud ensinaram:
‘o Rabino Yehoshua disse; No mês de Nisan os nossos ancestrais foram libertos do Egito, e no mês de Nisan eles serão novamente redimidos no futuro’ Talmud tratado Rosh Hashaná 11ª.

A Haftará termina assim: "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do S-NHOR;" Malaquias 4:5

Como quase todos os profetas nas escrituras, há um aspecto dualístico nas profecias. Primeiro João Batista (Imersor) foi identificado pelo Mashiach Yeshua como o Elias que havia de vir’ (Mateus 11:14). João preparou o caminho para o trabalho do Mashiach e ele convenceu muitos judeus daquela época em fazer Teshuvá (retornar para os caminhos de D-us) através de sua pregação de arrependimento.

Então realmente “Elias” veio como o dia da salvação do nosso D-us, mas entretanto ainda há o Grande e Terrível Dia do Senhor por vir, muito chamado de tempo da tribulação, ou o fim dos dias. Alguns acreditam que Elias reaparecerá durante os anos da tribulação como uma das 2 testemunhas para anunciar a vinda do Messias para iniciar o Reino e destruir o Anticristo. (Apocalipse 11:3-6)

Livre adaptação da tradução e acréscimos por Metushelach ben Levy do artigo publicado no site: http://www.hebrew4christians.com/Holidays/Spring_Holidays/Shabbat_HaGadol/shabbat_hagadol.html

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dúvidas diversas quanto ao que cremos

Mais algumas dúvidas que recebemos por e-mail e que respondemos em particular, mas que ora compartilhamos a todos.



1) Aquele que segue a Lei não decai da graça?

1 R.:Caro leitor preste atenção no contexto em que Paulo fala isso, e para quem ele fala, e principalmente o porquê ele fala tal frase, se você pegar tal frase e tirá-la do contexto como muitos fazem, a idéia absurda é que se alguém não idolatrar, não tomar o Nome de D-us em vão, não matar, não roubar e não mentir e não cobiçar as coisas dos outros, tal pessoa estará caindo da graça, você sinceramente concorda com isso?????
Entenda que a vontade de D-us é expressa pela palavra e a palavra Dele foi organizada em leis, estatutos, mandamentos e juízos, e se fizermos algo que não é da vontade de D-us mesmo sabendo qual é esta vontade, é obvio que o Senhor não se agradará da nossa conduta, pois não estaríamos refletindo a imagem e semelhança Dele, mas tem um porém e é disso que Paulo fala no contexto desta passagem, que é o de a pessoa se achar digna de salvação pelas obras que ela faz e mandamentos que ela obedece, e é isso que é judaizar, judaizar é dizer para um crente em Yeshua que se ele não fizer tudo direitinho como manda os rabinos tal pessoa não poderá receber a salvação, então neste entendimento não é o cumprir o mandamento que faz a pessoa cair da graça, mas sim é confiar que cumprindo os mandamentos a pessoa será digna de receber a salvação por seus próprio méritos e não pelos méritos de Yeshua na Cruz, e se tal pessoa fizer isso, o sacrifício na cruz não terá sentido para tal pessoa e então a graça que vem somente pela aceitação da Obra Redentora da Cruz não estará mais sobre ela, então ela sim cai da graça.

2) Do que você se guarda no sábado?

2R.: Não deveria ser perguntado do que eu me guardo no Shabat ou o que é proibido no Shabat, mas sim deveria se perguntar o que me é lícito no Shabat, ou o que me é aprazível e deleitoso, daí sim eu responderia que é ter um tempo de descanso das rotinas diárias da semana para com que eu possa comungar com minha família um período alegre e de regozijo no estudo e discussões sobre a Palavra de D-us, no partir do pão e no beber do cálice rememorando duas abras magníficas.
A primeira é rememorar a ação criadora de D-us, que em seis dias criou tudo o que existe e ter um regozijo no sétimo dia ao contemplar tudo que fez.
Outra obra é a do Mashiach Yeshua que antes de se entregar como um cordeiro Pascal instituiu a celebração da nova aliança em memória dele, sendo assim o Shabat nos serve como uma janela no tempo que podemos relembrar o passado em comemoração ao futuro, sendo assim no Shabat antecipamos a Eternidade na qual teremos um pleno descanso conforme Hb. 4.



3) Você acredita em libertação demoníaca? De que forma?

3R.: Possessão demoníaca somente ocorre quando há legalidade para isso, e se não tratar tal legalidade a libertação será apenas um showzinho circense para a platéia aplaudir mas não será um libertação para uma nova vida, mas a verdadeira libertação somente ocorre pela ação do Espírito Santo de D-us que somente se encontram nas pessoas que se santificam por isso a necessidade de jejum e muita oração para esta em um grau de santidade para que se possa lutar a nível das hostes celestiais e não contra a carne e o sangue, mas tal acontecimento sempre terá um motivo especifico de engrandecimento do nome de D-us e edificação do corpo do Mashiach na Terra.

4) Você acredita em palavra profética/revelação? De que forma?

4 R.: Do mesmo jeito que a libertação somente ocorre por meio de pessoas santificadas que agem pelo poder do Espírito Santo, a profecia também só ocorre por meio de tais pessoas, e a revelação é sempre algo fantástico e digno de nota como antecipação de coisas futuras de muita importância e livramentos específicos e não para obviedades e emocionalismo patético que ocorre principalmente nas igrejas neo pentecostais, desculpe se te ofendo mais isso é uma triste realidade, e saiba que a Mão do Senhor logo esmagaram tais que escandalizam o nome de D-us entre as Nações.
Lembre-se que a profecia serve para ajudar o povo a ter animo e não se corromper e sempre vemos o amor do Senhor em tais intervenções e não coisa obvias e patéticas como dizer que está vendo alguém de sua família sendo livre de uma dor na coluna, temos que conhecer o padrão profético nas escrituras para não sermos enganados com qualquer movimentos sem temor e bizarro.

Fique na Shalom de Yeshua HaMashiach.

Por Metushelach Ben Levy

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Mais Dúvidas sobre a Visão Judaica Messiânica vivenciada por nós do Blog Judeu Autônomo.

Mais algumas dúvidas que recebemos por e-mail e que respondemos em particular, e cujo o nome do questionador será preservado para que possamos compartilhar tanto as dúvidas como as respostas que cujo o conteúdo revelará a nossa visão sobre vários temas Bíblicos e a prática da Palavra.





1) Primeiramente quero lhe agradecer pela sua disposição em saciar a sede de conhecimento que o pessoal tem acerca do judaísmo messiânico (estou certo no termo?).

1 R.: O termo Judaísmo Messiânico é o termo internacionalmente reconhecido para rotular os judeu crentes em Yeshua como sendo o Mashiach prometido, mas em Israel temos lutado para sermos apenas judeus, uma vez que segundo os religiosos, quem proclama Yeshua como Mashiach já deixou de ser judeu, mas ao nosso entendimento quem tem tal crença no Mashiach Yeshua, é que é o verdadeiro judeu pleno.


2) a) Bom, sou cristão, evangélico, há mais de 3 anos e uma das minhas maiores paixões sempre foi estudar, ler e conhecer, portanto passei a estudar a bíblia quando me converti e a sede pela verdade não para. Chego a procurar o verdadeiro significado das palavras no hebraico e no grego afim de enxergar a verdadeira vontade do Pai, apesar de saber que as coisas espirituais se discernem espiritualmente e que a letra mata, mas o espírito vivifica.

b)Desta forma tenho me identificado muito com a tua linha de pensamento, até porque vejo uma necessidade muito grande do real entendimento da Palavra ser disseminado e mais ainda, incentivado, pois vejo tudo meio que de qualquer jeito e o povo vai fazendo do jeito que recebe e não se preocupa em “lapidar” os conhecimentos que recebem.

2 a R.: Sobre a sua sede pelas Escrituras, eu só tenho que incentivar e te dizer que o Senhor tem propósitos com quem se achega a Ele, portanto esta sede não provem de você mas é a ação do Espírito para que você prossiga em conhecer o que o Senhor Yeshua conhecia para que a partir de então você possa pensar como ele e agir como ele, entenda que o homem apenas aprende com o estudo constante, por isso crianças são educadas a base da repetição e condicionamento para que o que é novo para elas se torne automático, e então não tenham mais dificuldades em tarefas simples;
Assim também são os Filhos de D-us que como crianças precisam do ensino a base de repetição e do condicionamento para que não errem mais e não pequem como antes de sua regeneração, mas tenham consciência que agora são novas criaturas.
E somente somos novas criaturas, pela misericórdia de D-us pois foi Ele que profetizou e fez cumprir em nós a Nova Aliança, predita em Jeremias 31, sendo que com esse entendimento que temos ver o texto de 2 Coríntios 3:6 que você citou, falando da letra que mata, entenda que se você for uma nova criatura então você morreu com o Mashiach, e sendo morto você não tem mais obrigações conjugais como o seu marido, que no caso da explicação de Shaul (Paulo) em Romanos 7, é o pecado, pois uma vez que você pecou e se deixou escravizar pelo pecado, ele se tornou o senhor de sua vida, mas pela LEI, você somente pode se livrar do seu marido ao morrer, portanto quando você se depara com o plano de salvação e se arrepende de seus pecados, você morre nas águas do batismo para assim como o Mashiach, ressuscitar em novidade de vida e se livrar do poder escravizador do pecado, poder este que lhe cauterizava a mente, fazendo com que mesmo que você soubesse a vontade de D-us pela Letra da Lei, você continuasse pecando, e se havia o conhecimento da Lei que estava em Pedras dada no Sinai, e mesmo assim você errava então você era condenado pela Lei que servia para te proteger do pecado.
Entenda que em Deuteronômio 30 propõe a Lei como vida, não a vida Eterna mas sim vida terrena e material, sendo a Lei um cerca para impedir que passemos dos limites da vontade de D-us, mas por ser o homem escravo do pecado, ele não consegue cumprir a Lei e vive a transgredir a vontade de D-us, sendo ele culpado da Transgressão, sendo que a Lei em sua letra disse para ele não fazer e se fizesse ele receberia o salário do pecado, que é a morte, então a Letra da Lei que era para proteção acabava por condená-lo. Mas veja que o problema não está na Lei mas sim no homem que por ser escravo do pecado em sua carne, não consegue seguir a vontade de D-us, mas ao ser uma nova criatura nascido da vontade de D-us, portando morto para o pecado, e sendo morto não está mais casado com ele, então este homem pode em novidade de vida pela Ação do Espírito entender a vontade do Pai e consegui ainda mais agora, cumpri-la, e se ele cumpri pela força do Espírito que o ajuda a entender a vontade de D-us pelo estudo continua da Palavra então o Espírito o vivifica no mesmo contexto de Deuteronômio 30 que diz que a Lei se obedecida com intenção correta é vida, vida na terra, vida material pois a vida Eterna somente é conquistada, não por mérito mas por misericórdia de D-us, e tal Graça já existe desde Adão e não a partir da Cruz, mas na Cruz isso se intensifica e é compartilhada com as outras nações e não somente com o povo da promessa a saber, Israel.

b) R.:Você em suas palavras fala em lapidar o que se recebe, e é bem isso que tem que ser feito, pois pela ação do Espírito e pela disponibilização da Palavra de D-us você pode estudar e praticar a  Palavra de forma que o seu entendimento nunca se choque com o contexto geral das Escrituras, se isso ocorre o Espírito testificará em seu coração que você está no caminho certo, mas isso não é algo subjetivo e só no campo “espiritualizador” das pseudo igrejas por ai, isso é palpável e materialmente sentido em sua vida, e D-us vai proporcionar que você caminhe em mesmo pensamento com os que fazem parte do corpo do Mashiach na Terra, não a da pseudo igreja, mas sim os seus amigos que como você vão começar a ver mudanças qualitativas em sua vida, e caminharão com você num mesmo espírito, entendimento e atitudes, calma que isso vai acontecer se você se propor a se colocar embaixo do Senhorio de Yeshua o Mashiach, mas se ele é Senhor de sua vida, ele tem que mandar e você obedecer, e pra saber o que ele manda você fazer, leia a Bíblia e a estude, a pratique e a viva.


3) O ponto fulminante aconteceu há alguns meses... não sei se você acredita nisso, mas leio alguns livros juntos, sempre, bem como a Palavra e, de repente, todos voltaram-se ao mandamento de guardarmos o sábado! 2 livros, e a bíblia que eu estava lendo em ordem seqüencial!
A suspeita que eu tinha em relação a que deveria conhecer melhor a Palavra foi lá em cima e comecei a buscar muito mais, mas meus pastores acham que isso é coisa de adventista o outro deles até acha que isso pode ser verdade (santidade do sábado mesmo pós graça, o que eu creio pelo que está escrito em Hb 9:4), mas ele diz que é socialmente impossível guardar o sábado! Confesso que fico triste, pois não tenho a quem recorrer e não posso compartilhar dos meus sentimentos e pensamentos na igreja com medo de causar divisão e escândalo.
(Até minha noiva fica contra mim.. o sábado é sagrado para ela, pois ela quer sair todo sábado.)

3 R.: O Sábado não é socialmente impossível de se guardar, pois eu consigo por que você não conseguiria, todo judeu consegue guardar sábado no mundo inteiro, todo adventista também, e todos que tem propósitos também, mas como Yeshua disse não vim trazer a paz mas sim a espada, e colocar pai contra filho, filho contra pai, mulher contra marido, e assim vai, entenda que se você assumir uma postura diante de D-us, você terá vários problemas de relacionamento em todos os lugares que você estiver, daí se você achar que a sua vida com D-us é mais importante que tudo e colocar a sua confiança nele, sabendo que Ele te sustentará, então você viverá por fé e não mais por vista, mas tal fé não é um pensamento positivista e subjetivo de torcer pra dar certo, mas sim, a fé conforme o hebraico Emuná, que quer dizer Fidelidade, e Fidelidade é ação, pois você não poder ser fiel a alguém sem se indispor com os outros, assim como se você quiser ser fiel a sua esposa você terá que se indispor com as outras mulheres que porventura venha a se interessar por você e se aproximar querendo algum tipo de relacionamento, sendo assim tenha a mesma Fidelidade de Avraham, e saia do meio da sua família, isto é , da sua zona de conforto e comece a caminhar por terras estranha, até chegar na Terra Prometida que é o galardão de viver com o Senhor em Novidade de Vida pela Eternidade.

4) Enfim.. me perdoe o desabafo, mas gostaria de saber mais sobre seus pensamentos... Por que escrevem D-eus e não a palavra completa?

4R.: Sobre escrevermos D-us é por que todo judeu tem respeito e reverência ao Designar o nosso Eterno Pai, sendo que não escrevemos o nome completo pois o termo já tem em si arraigado muitos conceitos paganizados e tentamos não misturar tal entendimento ao nos referirmos ao verdadeiro D-us Criador.

5) Vocês acreditam na manifestação dos dons do Espírito Santo como cura pela imposição de mãos, línguas “angelicais”, etc?

5 R.: Acreditamos na ação do Espírito Santo sim, mas não da maneira bizarra que tem se falado por ai, tais ações sempre tem que ter propósitos muito bem definidos, curar por curar sem mensagem sem um puxão de orelha ou algo do tipo não é um método de D-us agir, sempre há propósito para o engrandecimento do nome de D-us e para edificação do Corpo do Mashiach, sem escândalo e bizarrice.
Língua estrangeiras existem no propósito de se alcançar um estrangeiro no meio daqueles que escutam a exposição do Evangelho, veja que é um idioma que existe, o falar em língua que não se compreendem é somente no interior de seu quarto para a sua própria edificação e não em lugar públicos para espantar os ímpios que não entenderiam nada e se escandalizariam e colocariam as suas possibilidades de salvação em risco, mas se houver alguém falando em alguma língua desconhecida na Igreja, Paulo alerta em I Coríntios 14 que tem que ter interpretação desta língua para edificação da Igreja e se não tiver alguém tem que se ter autoridade e muita coragem para levantar e mandar tal pessoa se calar, para não atrapalhar a pregação genuína do Evangelho, e causar escândalo e desordem.

Espero ter ajudado, e estamos a sempre disposição para ajudar no que for possível pela iluminação do Espírito sobre o que temos ardentemente estudado das Coisas Santas.

Fique na Shalom de Yeshua HaMashiach, (apesar de Ele ter vindo trazer  a espada conforme Mateus 10:34)



Por Metushelach Ben Levy

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O SHABAT NO "NOVO TESTAMENTO"


O SHABAT NO "NOVO TESTAMENTO"

Texto elaborado a pedido do caro participante e seguidor do Blog, Samuel Alves, desde já peço desculpas por ser o texto não tão aprofundado como eu gostaria que fosse mas será útil para melhor entender o Shabat seja no "Antigo" ou no "Novo Testamento"





Os que insistem em pregar que o Shabat passou, e que os cristãos estão hoje desobrigados de sua observância, afirmam apoiarem-se nos ensinamentos de Yeshua ou dos apóstolos para justificarem tal mudança na Lei ou até mesmo a sua extinção. Mas Yeshua realmente ensinou que o Shabat não mais deveria ser guardado? Ele aboliu este mandamento, e colocou o domingo em seu lugar, como o dia de adoração para os cristãos?

Vejamos o que diz as Santas Escrituras, pois o Shabat aparece mais de 60 vezes no (“Novo Testamento”).

Vamos analisar agora as passagens que tratam sobre o Shabat:

a) Mt 12:1-14 (cf. Mc 2:23-3:6; Lc 6:1-11)

Nesta passagem Yeshua é interrogado por estar colhendo espigas no Shabat´, sendo que tal pratica não é roubo se feita a coleta com as mãos e não com foice para se alimentar de imediato conforme prescrito na Torah em Levítico 19:9, 23:22 e Deut. 23:25, 24:19.

Os P’rushim (Fariseus) condenam esta ação não levando em conta a liberalidades da Torah e nem a necessidade de preservação da vida quando Yeshua e seus Talmidim (discípulos) precisaram se alimentar, pois tais P’rushim haviam sobrecarregado o Shabat com inúmeras “mini-leis” ou como se diz no judaísmo “leis de cerca” ou “Syag LeTorah”, que deveriam auxiliar a observância desse dia sem perigo de transgressão de maneira a ter que ser aplicada a pena capital (Nm. 15:32-36).

Diante da situação Yeshua, então, responde com a famosa frase: “O Filho do Homem é Senhor do Shabat”, aqui se é necessário verter a frase para o hebraico para se entender o que Yeshua quis dizer: “Ha Ben-Adam Adon Le Shabat” o termo Ben-Adam pode ser entendido como filho do homem ou apenas como Ser Humano, este é o mais comum, e tal interpretação é fácil de se compreender com o uso paralelo do texto de Marcos 2:27-28 que diz que o Shabat foi feito para o homem e não o homem para ser escravizado por regras adicionadas pelo próprio homem acerca do Shabat, sendo assim o homem (Ben-Adam = Ser Humano) que é senhor do Shabat, mas não para corrompe-lo e aboli-lo mas sim para usá-lo de maneira a benefício da vida e não em detrimento da vida, entenda-se isso como se você for morrer por causa de uma proibição legal você tem obrigação de manter a sua vida e violar a proibição, mas se você for morrer e a proibição a ter que ser cumprida pode lhe causar morte espiritual se violada, você tem que escolher a morte física para não obter a morte espiritual que é eterna, assim como os amigos de Daniel e o próprio Daniel na corte babilônica escolheram ir para fornalha e a cova dos leões respectivamente por não violar o mandamento de adorar a outro que não fosse o D-us de Israel, e vemos que Yeshua usa o dia de Shabat para fazer o bem e curar os oprimidos, sendo que tal atitude não é proibida nem na Torah Escrita (Pentateuco) e nem na Torah Oral ( Mishná + Guemará = Talmude) e pelo contrario há uma seção inteira sobre a necessidade de se preservar a vida e trazer cura mesmo que isso se de no Shabat, sendo que a vida é mais importante que o Shabat, mas para tais procedimentos é necessário haver parâmetros que devem ser reconhecidos e respeitados pela sociedade e isso que acontecia nos tempos de Yeshua com o diferencial de haver alguns dos P’rushim (Fariseus) que eram exageradamente legalistas e se importavam mais com a letra da Lei do que a Essência da Lei e era a este grupo que Yeshua se referenciava como sendo hipócritas.

Outro fato é o papel de Yeshua como sendo a Palavra de D-us pronunciada em Gênesis 2:3 onde há a Santificação e Benção sobre o Shabat, sendo que Ele é a pronuncia de tal mandamento ele também poderia ter a autoridade de mudar o mandamento, mas isso feriria toda a interpretação Bíblica que assegura que tanto D-us e a sua Palavra são imutáveis e não ficam variando sobre o que já foi determinado como se o Nosso D-us fosse homem ou filho do Homem para que se arrependa de alguma coisa (Nm. 23:19), sendo assim tal declaração de Yeshua ser o Senhor do Shabat não dá nenhuma margem para que o Shabat fosse abolido ou minimizado; apenas demonstra que Yeshua possui uma autoridade superior àquela que os P’rushim (fariseus) estavam dando a Ele, ou seja, para os P’rushim (fariseus) Yeshua não passava de um impostor, mas o Mestre demonstrou o erro dos “doutores”, ao declarar que o Shabat era um dia santifica e abençoado por Ele como sendo a Palavra de D-us, por isso, Ele tinha autoridade para melhor explicar a essência do Shabat e quais as sua implicações e graus de comparabilidade entre os demais mandamentos.

Em seguida, surge a situação da cura do homem da mão ressequida. Yeshua já sabia muito bem que os P’rushim (fariseus) não concordariam com uma cura realizada no Shabat, mas o Senhor pela capacitação da Ruach HaKodesh conhecia o coração hipócrita desses líderes, que estavam dispostos a sacrificar uma vida humana em defesa da Literalidade da Lei e não de sua Essência mas não achavam errado socorrer um animal ferido no Shabat, quando isso pudesse trazer algum retorno financeiro para eles.

Revemos aqui que em Marcos (2:27) Yeshua declara que o “sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado”. Isto é perfeitamente compreensível e verdadeiro, pois tudo neste mundo (natureza, animais, igreja, família, sexo, salvação, Shabat, perdão, etc.) foi criado por D-us para benefício da Sua mais importante criatura – o Homem. Tudo foi feito “por causa”, ou seja, em benefício do Homem. Dizer que nesta declaração Yeshua está afirmando que não precisamos obedecer o mandamento do Shabat é, no mínimo, um desprezo às mais elementares regras de interpretação de texto.

b) Mt 24:20

Esta é uma passagem que demonstra a verdadeira noção de importância que Yeshua dava ao dia de descanso. Nesta profecia, o Senhor declara que a fuga dos discípulos nos períodos de tribulação não deveria ocorrer no Shabat, pois isto certamente os encontraria desprevenidos por estarem envolvidos na preparação e santidade deste dia. Yeshua foi tão preciso em Sua profecia, que o exército romano entrou e destruiu Jerusalém no ano 70 d.C., ou seja, aproximadamente 40 anos após Yeshua ter feito a declaração de Mt 24:40. Que importante e inquestionável testemunho da validade que o Shabat tem na vida de adoração do crente, mesmo após a ressurreição do Salvador. Yeshua desejava que o Shabat permanecesse como dia de adoração, mesmo após Sua morte e ressurreição, como fica evidente pela leitura desta passagem. Este é um dos muitos versos que os inimigos do Shabat nem mencionam, pois não conseguem explicá-lo sem distorcer o real sentido da passagem.

c) Mt 28:1-10 (cf. Mc 16:1-11; Lc 24:1-12; João 20:1-10)


Este texto trata da ocasião em que Yeshua foi crucificado e ficou durante o Shabat na sepultura. Novamente, em nenhum momento há qualquer menção sobre a abolição do Shabat para os cristãos. Há o relato histórico de que foi num dia da preparação para o Shabat – Mc 15:42 que Yeshua foi crucificado, permanecendo durante todo este dia na sepultura, e ressuscitando apenas ao por do sol do Shabat.

d) Lc 4:16

Que texto maravilhoso! Uma declaração absolutamente clara de que era “costume”, ou seja, era um hábito normal de Yeshua estar na sinagoga (a congregação da época) no dia de Shabat. Ele, como Mantenedor de tudo como sendo a Palavra de D-us, não poderia deixar de lado algo que Ele mesmo ao ser pronunciado criou, santificou, abençoou e deixou como exemplo para toda a humanidade. Este é outro texto que os inimigos do Shabat não conseguem argumentar contra, sem distorcer o que a Bíblia está ensinando.

e) Lc 13:10-14:6 (cf. João 5:9-9:16)

Novamente Yeshua é interrogado sobre a legalidade de se realizarem curas no Shabat. É evidente que não se pode usar o Shabat como desculpa para não operar o bem ao próximo. Os P’rushim (fariseus), porém, atolados em sua hipocrisia e ganância, preferiam “fechar os olhos” para algo tão claro, revelado no amor de D-us. O texto é muito claro em dizer que os P’rushim (fariseus) “nada puderam responder” à Yeshua (cf. Lc 14:6).

f) Lc 23:56

Outro verso para o qual os inimigos do Shabat não conseguem dar uma explicação eficaz e verdadeira, sem distorcer o texto bíblico. Se Yeshua REALMENTE havia ensinado ou insinuado que o Shabar era desnecessário na nova aliança, e que o “tempo da graça” havia chegado, por que estas mulheres continuaram guardando-o? Não havia chegado a hora de coloca este “jugo” de lado, como o dizem muitos hoje?

Estas santas mulheres, que permanecerem ao lado de Yeshua durante Seu ministério terrestre; que ouviram os ensinamentos divinos dos lábios do próprio Senhor; que sabiam das respostas que Yeshua havia dado aos P’rushim (fariseus) acerca do tema do Shabat, como vimos anteriormente; que presenciaram a crucifixão do Seu Mestre; estas mulheres não abandonaram o mandamento do Shabat quando Yeshua morreu, e muito menos adoraram no domingo, como fazem os pseudo seguidores de Yeshua da atualidade. Elas permaneceram fiéis à Lei do Senhor, e “descansaram segundo o mandamento” (cf. Êx 20:8-11). Mais claro que isso é impossível...

Os inimigos do Shabat sempre citam a passagem de João 20:19 para apoiarem sua teoria de que os discípulos trocaram o Shabat pelo domingo, após a ressurreição do Mashiach. Basta uma leitura sincera do texto para ver que o motivo que levou os seguidores de Yeshua a estarem reunidos naquele dia era o “medo dos da Judéia”. Não estavam ali fazendo uma missa ou culto de adoração, mas estavam era se escondendo da perseguição que já estava sendo iniciada.

É muito fácil distorcer o texto bíblico para favorecer um pensamento pessoal de um indivíduo ou denominação. Mas o Espírito Santo ajuda àqueles que, sinceramente, buscam descobrir a verdade acerca do viver que agrada ao Senhor. Não encontramos em nenhum lugar da Bíblia a palavra “domingo”, nem qualquer menção à mudança do sétimo para o primeiro dia da semana, nem por Yeshua, nem pelos Seus apóstolos.

O Shabat no Livro de Atos

Este livro é muito esclarecedor porque nos mostra um resumo de como era a vida na Igreja que estava iniciando seus primeiros passos. Certamente é no livro de Atos que poderemos encontrar alguma base de autoridade para a rejeição atual do Shabat, se é que existe tal base.

Atos 1:12 – Esta é a primeira menção ao Shabat no livro de Atos, apenas fazendo referência ao costume de andar uma curta distância durante este dia (aproximadamente 1 Km), nota-se que Lucas mesmo ao se tornar um seguidor de Yeshua a mais de vinte anos, que a data posterior do livro de Atos ele ainda se utiliza de argumentação tradicional judaica, nota-se que ele é um prosélito sendo que não precisaria se utilizar de certas terminologia judaicas mas mesmo a despeito de ser um gentio convertido e seguidor de Yeshua ele não se faz de estranho a cultura judaica.

13:14 – Os discípulos procuram uma sinagoga para pregar. São acolhidos com atenção e aproveitam para pregar sobre Yeshua (vv. 16-41), acrescentando que em todos os Shabat são lidos os ensinamentos de D-us nas sinagogas (v. 27), aqui vemos a antiguidade da liturgia de se estudar uma Parashá (Porção da Torah) e uma Haftará (Porção dos Profetas) todos os Shabatot.

13:42 – Os discípulos receberam o convite tanto de gentios como dos judeus (v. 43) para retornarem no próximo Shabat, e continuarem a maravilhosa pregação sobre Yeshua.

13:44 – Quase toda a cidade veio no Shabat seguinte para ouvir o que os discípulos tinham ainda para falar. Percebemos que não eram todos judeus, pois estes estavam tentando desfazer a pregação dos discípulos diante da multidão (v. 45). Vemos que a Sinagoga era o reduto daqueles que temiam a D-us entre os gentios por isso a pregação ao Shabat nas Sinagogas se tornou importantíssimo para a disseminação maciça do evangelho entre as nações, imagine se não houvesse um dia especifica de reunião para a adoração ao verdadeiro D-us, onde tais gentios tementes a D-us receberiam a mensagem restauradora de suas almas, com certeza que não seria num templo pagão, ao menos não neste inicio tão conturbado de perseguição.

15:12-21 – Esta é uma passagem reveladora, pois foram determinadas algumas coisas que não mais poderiam ser impostas sobre os gentios conversos ao cristianismo. Pergunta-se: Por que os apóstolos não incluíram o Shabat entre os temas proibidos???? Não dizem hoje que eles trocaram o Shabat pelo domingo, logo após a ressurreição???? Fica evidente que os inimigos do Shabat hoje em dia estão mais interessados em tradições humanas, do que seguir os princípios que os discípulos de Yeshua demonstravam em sua própria vida.

O verso 21 em especial mostra que as quatro proibições eram apenas iniciais e deviam ser respeitadas mesmo sem entendimento prévio dos que se achegavam a fé em Yeshua como o Mashiach, mas o entendimento das demais leis e mandamentos seria explicado gradativamente aos novos fieis a cada Shabat nas Sinagogas que desde de muito tempo sempre teve alguém disposto para ensinar a Lei e os profetas.

16:11-15 – Alguns dizem que os discípulos pregavam no Shabat apenas para aproveitar as sinagogas judaicas. Mas a passagem em questão revela claramente que não era este o real motivo. Paulo, como você sabe, foi um apóstolo que não conviveu pessoalmente com Yeshua, tendo sido convertido alguns anos após a ressurreição do Mestre. Paulo é encontrado aqui neste texto procurando “um lugar de oração”, no Shabat, afastado da cidade. Por que??????????? Será que o Espírito Santo não havia orientado o apóstolo a abandonar os “rudimentos” do judaísmo, como dizem os inimigos do Shabat? Fica muito claro para o leitor sincero que Paulo, um dos maiores apóstolos de Yeshua, nunca ensinou a abolição do Shabat, e ele mesmo vivia a santidade deste dia especial por onde quer que andasse.

17:1-3 – Novamente, Paulo é visto aproveitando o Shabat para pregar a salvação em Yeshua àquelas cidades.

18:1-4 – O apóstolo da graça e dos gentios tinha uma profissão – fazer tendas, o texto é claro ao dizer que Paulo ia à Sinagoga nos Shabatot, como fica evidente pelo texto bíblico, ele se dirigia ao local de adoração para pregar sobre a salvação em Yeshua. Percebe-se facilmente (basta ler sem preconceitos) que não era apenas para encontrar os judeus que Paulo ia à Sinagoga no Shabat, pois o próprio texto afirma que ele pregava também aos gregos neste dia, e bem sabemos que os gregos não santificavam o Shabat.

19:17-27 – Nesta passagem, Paulo afirma enfaticamente que estava de consciência limpa porque ensinara TUDO que era importante para os gentios viverem uma vida de verdadeiros princípios bíblicos, bem como mostrara para eles TODO o desígnio de Deus para suas vidas. Mas em NENHUM momento ele fala para eles abandonarem o Shabat e adorarem o Senhor no domingo. Que interessante!


O Shabat tratado nas Epístolas de Paulo pode ser encontrado no artigo e nos comentários feitos neste Blog no seguinte Link : http://judeu-autonomo.blogspot.com/2011/11/analise-superficial-de-colossenses-216.html

O Shabat em Apocalipse

Apocalipse 1:10 não tem referência ao Shabat mas em grego não tem segredo como segue: ἐγενόμην ἐν πνεύματι ἐν τῇ κυριακῇ ἡμέρᾳ καὶ ἤκουσα ὀπίσω μου φωνὴν μεγάλην ὡς σάλπιγγος “egenomēn en pneumati en tē kuriakē ēmera kai ēkousa opisō mou phōnēn megalēn ōs salpingos” - “Fui levado em espírito ao dia do SENHOR, e ouvi detrás de mim voz grandiosa, como de um Shofar (Trombeta)”.

O problema corrente da má interpretação se deve a locução “en tē kuriakē ēmera”, que quer dizer “no dia do Senhor” ou “ao dia do Senhor”, sendo que a contextualização é o melhor caminho para se decidir se Yochanan (João) está falando que ele foi levado num dia semanal ou à um determinado dia que profeticamente é chamado de o “DIA DO SENHOR”.
Eu como judeu poderia ser tendencioso e dizer que Yochanan está falando do Shabat pois em toda a Bíblia o único dia semanal chamado de Dia do Senhor é o Shabat, tanto que Yeshua disse que ele mesmo é o Senhor do Shabat e não do domingo, mas sejamos sinceros, será que Yochanan em meio ao exílio na Ilha de Patmos iria dar um dado tão supérfluo de que dia da semana ele estaria tento a visão? Acho que o intuído dele era mais profundo; o intuído dele ao meu ver segundo o contexto, foi de dizer que ele foi levado em espírito á vislumbrar o “Grande e Terrível Dia do SENHOR” que segundo inúmeras passagens proféticas se refere ao dia que o SENHOR começará o julgamento da Terra antes mesmo do arrebatamento e da Implantação do Reino Messiânico por Yeshua.
Vemos no contexto, diversos elementos que profeticamente estão ligados ao “Grande e Terrível Dia do SENHOR”, como a menção do shofar, a descrição do Filho do Homem como em sua forma Final e Eterna com roupas de Realeza e etc....
E por tudo o que Yochanan relata nesse Livro podemos ver que tudo faz referência ao que antes fora profetizado pelos santos Profetas do Senhor e intrinsecamente ligado ao derradeiro “Grande e Terrível Dia do SENHOR” conforme podemos comprovar pelas seguintes passagens que citam o dia de julgamento pela alcunha de “O DIA DO SENHOR” : Ez. 7:19; 13:5, Jl. 1:15; 2:1,11,31; 3:15, Am. 5:18,20; 8:9, Ob. 1:15, Sf. 1:7, 14-18, Zc. 14:1 e Ml. 4:5 e mesmo no “Novo Testamento” tem referências a este dia como em Atos 2:20, I Cor. 5:5, I Tes. 5:2-4, II Tes. 2:2 e II Pe. 2:10.

14:6-7 – Interessante notar que a mensagem que o 1º anjo recebeu para levar a todo o mundo era uma exortação para adorarem a D-us como “Criador” de todas as coisas. O mais curioso é que o único mandamento que revela o motivo pelo qual o Senhor deve ser adorado é o 4º - o do Shabat (cf. Gên. 2:1-3; Êx 20:8-11), e praticamente a mesma seqüência de palavras é utilizada em ambas as passagens (cf. Êx 20:11; Ap 14:7), ou seja, devemos adorar Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo o mais. Coincidência? Não. A Bíblia é um livro de “providências”.

Os santos de D-us, no Apocalipse, são retratados como sendo aqueles que “guardam os mandamentos de D-us” (cf. 12:17; 14:12; Sal. 119:152). E a Bíblia considera a guarda dos mandamentos como sendo válida SOMENTE quando TODOS os mandamentos são obedecidos, inclusive o 4º (cf. Tg 2:10-11).


Como pudemos ver no texto bíblico, não há uma única palavra autorizando a abolição do Shabat, pelo contrário, vemos que TODOS os discípulos de Yeshua continuaram guardando este dia, mesmo muitos anos após a Sua morte, como foi o caso de Paulo, por exemplo.

Há algumas passagens que tratam do primeiro dia da semana. Mas, será que elas autorizam alguma mudança? Vejamos...

a) “No findar do Shabat, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro” (Mt 28:1). O verso apenas diz que elas foram ao sepulcro no primeiro dia da semana, após o Shabat, pois elas haviam descansado no Shabat em obediência ao mandamento (cf. Lc 23:54-56). O verso nada fala sobre a santidade do domingo após a ressurreição de Yeshua.
Outro ponto sobre isso é que o primeiro dia da semana naquelas época não era à meia noite do sétimo dia mas sim após o por do sol do sétimo dia, sendo assim Yeshua ressuscitou para celebrar a Havdalá ao fim do Shabat (Mt. 28:1 e Lc. 24:1) e não no domingo posteriormente instituído, pois até então o nome do dia era primeiro dia (Yom Rishon).

b) “E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo” (Mc 16:2). Outro verso que apenas faz o relato de que as mulheres foram ao sepulcro no primeiro dia da semana, e apresenta que só foram neste horário porque o Shabat já havia passado (cf. Mc 16:1). Nada fala sobre a santidade do domingo, e ainda confirma que elas guardavam o Shabat do Senhor. (Obs. Tal trecho não existe em manuscritos mais antigos, fazendo com que haja desconfiança em sua originalidade, pois “ao despontar do sol” é muito diferente de “ao findar o Shabat”)

c) “Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios” (Mc 16:9). Apenas mais um relato sobre o momento histórico no qual Jesus ressuscitou. Mais uma vez, nada é apresentado sobre a pseudo-santidade do domingo como dia da ressurreição de Yeshua. (Obs. Este trecho também não existe em manuscritos mais antigos, fazendo com que haja desconfiança em sua originalidade)

d) “Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado” (Lc 24:1). Como o último verso do cap. 23 deixa claro que aquelas mulheres guardavam o Shabat, foi só passar o pôr-do-sol e elas foram ao sepulcro realizar o trabalho que havia sido deixado por fazer, para não se transgredir as horas santas do Shabat do Senhor (cf. Lc 23:54-56). Você vê algo neste verso que autorize a santidade do domingo? Nem eu... (Vemos que tal termo alta madrugada em nada se parece com o despontar do sol que existe em Marcos - Intrigante não é?)

e) “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida” (João 20:1). Apenas a repetição das passagens anteriores. Ninguém está questionando que Yeshua ressuscitou no domingo, mas dizer que por este motivo este dia agora ficou no lugar do Shabat, é acrescentar palavras que não estão no texto Bíblico.

f) “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos da Judéia, veio Yeshua, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco” (João 20:19). O texto é muito claro em afirmar o motivo pelo qual eles estavam reunidos: o medo dos da Judéia. Não tinha nada que ver com um culto ou missa dominical. O v. 26 diz que oito dias depois portando numa Segunda-Feira e não no domingo posterior, Yeshua Se apresentou novamente para os discípulos. Yeshua encontra-os ainda escondidos dos da Judéia, com as portas trancadas, e aproveita para apresentar-Se a Tomé, que estava ainda duvidando de Sua ressurreição. Nada ainda encontramos sobre a autoridade de mudar o Shabat para o domingo. E olha que este seria um bom momento para Yeshua aproveitar e ensinar para os discípulos que o domingo agora deveria ser o dia de guarda, mas como vemos nos textos não há tal ensino.

g) “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite” (At 20:7). O motivo pelo qual os discípulos estavam reunidos neste primeiro dia da semana é revelado no próprio texto bíblico: Paulo estava para viajar no dia seguinte. Nada mais. Não era um culto semanal dominical, pois já vimos que Paulo adorava o Senhor no Shabat (cf. At 16:11-15; 18:1-4; etc.).
Outro ponto discutível é que o tal “primeiro dia” de Atos 20:7 tratava-se na realidade da celebração de Havdalá que nada mais é que o partir do pão após o por do sol do Shabat, sendo que Shaul (Paulo) se prolonga em sua prática que indica que sempre após um dia inteiro de estudo que é costume judaico que se inicia ao amanhecer e se finda ao por do sol, havia entre os seguidores de Yeshua a continuação da celebração que neste caso específico durou até a meia noite, levando Éutico a cair da janela de tão cansado por um dia inteiro de estudo e celebração, mas após Shaul o tê-lo ressuscitado subiram novamente para o cenáculo e Shaul falou até o amanhecer.
 i) “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1Co 16:2). Este é o ÚLTIMO dos oito únicos versos do Novo Testamento que fala sobre o primeiro dia da semana. Já vimos que as sete passagens anteriores nada falam sobre a autorização para os cristãos mudarem o sábado para o domingo. Resta agora analisar esta última passagem. Paulo está falando sobre uma ajuda que seria enviada para os irmãos da Judéia (v. 1; cf. At 11:28-30). Os irmãos não são orientados a se reunirem no primeiro dia da semana para adorarem ao Senhor. O apóstolo dá uma orientação para separarem sua contribuição “em casa”, muito provavelmente junto com as provisões semanais da própria família. Quando Paulo visitasse a cidade, as ofertas já deveriam estar todas prontas. O fato de os discípulos se reunirem em um dia específico, além do sétimo semanal, não faz de tal dia um substituto do Shabat do 4º mandamento, pois eles se reuniam diariamente (cf. At 5:42). O que torna um dia “santo” é a determinação de D-us, e isto acontece na Bíblia SOMENTE para o Shabat (cf. Gên. 2:1-3; Êx 16:1-10: 20:8-11). E outro ponto a se tecer comentário é sobre
o termo que aparece que é μίαν σαββάτου “Mian Sabbatou” indicando que o período é logo após o por do sol do Shabat, quando as pessoas fossem para suas casas após a guarda do dia sagrado e daí sim eles começariam a fazer o serviço de separação de mantimentos em suas próprias casas para serem levados por Shaul para distribuição entre os pobres, fato este que é uma repetição do que ocorre sem especificação de dia como em At. 11:29, Rm. 15:26 e Gl. 2:10; portanto vemos que nesse texto não temos nada em que se possa generalizar uma simples prática de arrecadação como uma ordenança de mudança de dia sagrado de guarda.

Analisamos as passagens do Novo Testamento que tratam do Shabat, e vimos que TODOS os discípulos e seguidores de Yeshua guardaram este dia normalmente, pois fazia parte do seu dia-a-dia. Não há nenhum cogitação entre os discípulos sobre a mudança do Shabat para outro dia qualquer. Infelizmente, tal pensamento só existe na mente dos que não querem obedecer aos mandamentos do Senhor, opondo-se arrogantemente à Palavra de D-us.

Se nossa base de fé estiver unicamente na Bíblia, e não na tradição ou mandamentos de homens (cf. Mc 7:13; At 5:29), então o único dia semanal que devemos separar para adorar ao Senhor, deixando de lado afazeres seculares e comuns, é o Shabat.

Seja fiel, e D-us abençoará grandemente sua vida; afinal Ele promete: “Grande paz têm os que amam a Tua Lei; para eles não há tropeço” (Sal. 119:165).

Por Metushelach Ben Levy se baseando em diversas fontes bibliográficas.

terça-feira, 29 de março de 2011

A ESSÊNCIA DO SHABAT

De Julio Dam Rabino Judeu Messiânico
Traduzido e Adaptado por Metushelach Ben Levy.



“A essência do Shabat”
Este artigo aborda um assunto muito importante e cheio de simbolismo no judaísmo, o Shabat.

Nós escrevemos para possível guia espiritual e mental para aqueles que desejam refletir e melhorar a compreensão em profundidade da celebração deste pacto que D-us fez com o povo judeu de sangue e fé.

No Alfabeto Hebraico, pictoricamente a letra Zain (Z) representa o espiritual e a luta para alcançar esse plano do Universo.

Além disso, de acordo com Majarál de Praga, sete pictoricamente representa as sete direções possíveis (norte, sul, leste e oeste, para cima e para baixo) mais um, que é o nosso estar no meio. Este nosso ser, está sujeito a desejos, lutas, sonhos, valores, ambições, ameaças, ataques, o sétimo ponto, nosso ser, é o centro de todas estas forças que nos atacam, seduzem ou atraem, o resultado de como nós lidamos com essas forças centrífugas e centrípetas é o resultado de nossa vida, representada pelo número sete, que se assemelha a um punhal e, portanto, representa a luta que é a nossa vida.

Mas no caso do sábado, Elohim nos ofereceu este pacto, por muitas razões e para ensinar mais de uma coisa, e nelas o Shabat deveria ser o centro do furacão, onde tudo é calmo. O furacão são os seis dias restantes da semana, onde passamos lutando, tentando chegar onde queremos, para refugiar-nos no centro do Furacão que é o único dia em que Elohim "abençoou e santificou."

GEOMETRIA DO SHABAT

O propósito deste significado é muito interessante para entender que um círculo é feito da circunferência, o raio, que é a linha reta entre o centro do círculo e um ponto qualquer da circunferência. Mas a revelação verdadeiramente é que o raio multiplicado por seis, nos dá o comprimento da circunferência. Ou seja, estamos no projeto geométrico da semana: o círculo é de seis dias por semana, o ponto médio é o Shabat. A distância entre ele e os dias da semana, é seis vezes maior. Se pensarmos em termos de uma espiral ascendente que em um funil, para cima, temos a forma geométrica perfeita para representar os grupos sucessivos de seis dias por semana para dar forma a um ano. O Shabat representa a linha reta no meio do funil, que vai de um extremo a outro em suas aberturas. Cada Shabat não é o mesmo que o anterior, se é que tentamos cumpri-los. Todo Shabat é maior do que o anterior. Todo Shabat é um propósito a cumprir na semana que nos leva a este novo Shabat. Lenta mas seguramente, nós oramos para que a cada semana atende aos nossos propósitos para esta semana, culminando como uma festa de fogos de artifícios no sábado.



O Shabat e os dias da semana vivem em uma tensão entre o "fazer" e o "ser". Nosso eu carnal deseja "fazer" para "ter". Nosso eu em Yeshua Ha Mashiach deveria desejar "ser", deixando primeiro de lado o "ter" e logo o "fazer" para se dedicar a "se tornar" como a meta da nossa curta vida.

O Shabat pertence a Elohim e devemos devolver-lho, para que Ele nos diga o que fazer em cada Shabat.

Os messiânicos, que tem a Ruach HaKodesh (Espírito Santo) e tem Mashiach Yeshua não devem parar (nos dois sentidos do verbo) em orações coletivas, que são excelentes quando não há outra coisa, mas devem ir em frente e pedir que cada Shabat o propósito deste Shabat para Elohim para cada um de nós para podermos alcançar-lo. Se o fizermos, temos o próximo Shabat disponível para fazer um esforço para alcançá-lo. Elohim não recompensa os resultados, mas o esforço, diz o Pirkei Avot (Ética dos Pais). Bem, vamos nos esforçar para subir um degrau a cada Shabat na escada de Jacó.


Liberdade para servir

Esta progressão é também vista nas festas anuais. Páscoa celebra a liberdade do corpo da escravidão do Mitzráim (Egito) daqui prosseguimos até Shavuot, com a entrega da Toráh no Sinai, que nos liberta a mente para servir. A vinda de Yeshua nos libertou o espírito para seguir a D-us com Yeshua dentro de nós por meio da Ruach.

LIBERDADE PARA SERVIR. Este é o padrão das festividades, a partir de Pessach passando por Shavuot, e terminando em Sucot. Em Pessach libetamos o corpo, a cada ano um pouco mais, já em Shavuot Elohim nos dá a liberdade da mente através da compreensão e obediência à Torá, no Yom Teruáh comemoramos a vinda do Mashiach, que nos deu dois mil anos de liberdade de espírito também na Páscoa, para que possamos servir com todo o nosso ser à D-us, assim, a progressão da espiral ascendente tem vários ciclos consecutivos: os seis dias seguidos do Shabat, e das festas anuais.

Também há os ciclos de sono, trabalho, dia e noite, dias de pureza e impureza, etc Cada um tem um significado espiritual, que é o que importa, como veremos.

Assim como a ralação Pessach - Sucot é o veículo para conseguir a liberdade para servir, (que é a liberdade de ser escravo de Elohim, metaforicamente) assim também é a relação dos seis dias da semana - Shabat que cumpre o mesmo fim: obter a liberdade para ser escravo uma vez na semana.

O Shabat é um dia para encontrar a unidade com D-us através de Yeshua. Esta unidade começa, diz Yeshayahu (Isaias 38:13) para fazer a Sua vontade e não a nossa. O Shabat não é nosso, é como o dízimo, não se pode tocar no dízimo pois se assim o fizer traz consigo a maldição, da mesma maneira se atrai a falta de crescimento espiritual, pensar que somos donos do Shabat. Devemos entregar cada Shabat a Elohim e pedir-lhes para que Ele o disponha como quiser.

Quando entendemos a natureza cíclica do universo, podemos começar a entender melhor o Shabat. Assim como Elohim purificou o mundo cheio de pecado dos dias de Noach (Noé), através de um gigante Mike (Banho Ritual), conhecido como dilúvio, assim cada Shabat é um mikveh para o Seu povo, que se limpa da contaminação do mundo, estando em Sua presença, ou tentando estar.

É por isso que é fundamental entender que o essencial é buscar a unidade com Elohim, e isso que é a essência do Shabat, e não o ritual de boas maneiras, que é somente a aparência que cobre a essência. Os ritos deve ser apenas o recipiente para alcançar a unidade, não o objetivo final do Shabat. Nosso espírito deve tentar penetrar na essência de cada aspecto do Shabat, e não nos satisfazendo com o rito exterior herdados por trinta e três séculos. O rito é ótimo, mas podemos olhar para além dele. Se apenas estivermos habituados a passar as horas do Shabat de forma ritualística, estamos andando na superfície congelada do rio, em vez de mergulhar na água que purifica.

As leis de Nidáh (Impureza) por menstruação da mulher judia, são Chukim (Estatutos), A Torah diz que uma mulher é Tumah (Impura) por sete dias se tivesse dado a luz a um homem, e não devia ter relações sexuais com seu marido por dez dias se tiver dado a luz a uma menina. Após o Mikev(Banho Ritual) correspondente ao período de Nidáh (impureza) a mulher judia retorna ao estado de Taharáh (Pureza). Que significado espiritual podemos aprender com este ensino? Novamente, Elohim está falando de ciclos, como o Shabat e as festas anuais.

O nascimento é o maior sinal milagroso que uma mulher judia pode ter em sua vida: dar à luz a um ser humano. Este é um “subir” espiritual que é seguido por um "descer" espiritual, que é representado pela guarda do estatuto de Nidáh(Impureza). Com o Shabat acontece o mesmo: O Shabat é o dia mais puro da semana é um “Subir” durante os dias de trabalho. Mas um dia Tahor (Puro),é logo seguido por um da dia de impureza maior, que é domingo. Este foi precisamente o dia escolhido pela igreja Mithraic para celebrar o nascimento de Mitra / o deus sol , MIHR, justamente no momento mais impuro da semana. Daí a importância de o povo cristão despertar para a verdade espiritual destes dois dias, um Kadosh (Santo) e outro totalmente Tamèh (impuro), que necessariamente segue ao dia Kadosh, assim como nos dias de Nidáh que seguem ao dia milagroso do nascimento de um ser humano, vemos algo interessante que em caso do nascimento de uma menina os dia de Nidáh são dez porque o sinal milagrosa de ter uma filha se é maior, pois meninas darão à luz a mais seres humanos, então vemos quão maior a pureza(Milagre) maior os dias de impureza.


Assim como o Templo Sagrado em Yerushaláiym (Jerusálem) era o lugar mais sagrado no espaço, o Shabat é o tempo mais sagrado da semana, enquanto que a Yom Kipurim é o dia mais sagrado do ano.

Não fazer tarefas seculares no Shabat, nos cria espaços vazios para preenchermos com a vontade de Elohim para nós.


O Erev Shabat, isto é, a noite de sexta também tem uma conotação de morte física, já que o Shabat representa a nossa vida futura no Olam Habáh (Mundo Vindouro), que é precedida pela morte.

Por fim, o Grande Shabat será a era messiânica que já está à porta (muito mais do que aquilo que todos nós imaginamos), onde alguns irão viver e reinar por mil anos, Que possamos estar prontos para o Erev Shabat do Grande Shabat.
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