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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O SHABAT NO "NOVO TESTAMENTO"


O SHABAT NO "NOVO TESTAMENTO"

Texto elaborado a pedido do caro participante e seguidor do Blog, Samuel Alves, desde já peço desculpas por ser o texto não tão aprofundado como eu gostaria que fosse mas será útil para melhor entender o Shabat seja no "Antigo" ou no "Novo Testamento"





Os que insistem em pregar que o Shabat passou, e que os cristãos estão hoje desobrigados de sua observância, afirmam apoiarem-se nos ensinamentos de Yeshua ou dos apóstolos para justificarem tal mudança na Lei ou até mesmo a sua extinção. Mas Yeshua realmente ensinou que o Shabat não mais deveria ser guardado? Ele aboliu este mandamento, e colocou o domingo em seu lugar, como o dia de adoração para os cristãos?

Vejamos o que diz as Santas Escrituras, pois o Shabat aparece mais de 60 vezes no (“Novo Testamento”).

Vamos analisar agora as passagens que tratam sobre o Shabat:

a) Mt 12:1-14 (cf. Mc 2:23-3:6; Lc 6:1-11)

Nesta passagem Yeshua é interrogado por estar colhendo espigas no Shabat´, sendo que tal pratica não é roubo se feita a coleta com as mãos e não com foice para se alimentar de imediato conforme prescrito na Torah em Levítico 19:9, 23:22 e Deut. 23:25, 24:19.

Os P’rushim (Fariseus) condenam esta ação não levando em conta a liberalidades da Torah e nem a necessidade de preservação da vida quando Yeshua e seus Talmidim (discípulos) precisaram se alimentar, pois tais P’rushim haviam sobrecarregado o Shabat com inúmeras “mini-leis” ou como se diz no judaísmo “leis de cerca” ou “Syag LeTorah”, que deveriam auxiliar a observância desse dia sem perigo de transgressão de maneira a ter que ser aplicada a pena capital (Nm. 15:32-36).

Diante da situação Yeshua, então, responde com a famosa frase: “O Filho do Homem é Senhor do Shabat”, aqui se é necessário verter a frase para o hebraico para se entender o que Yeshua quis dizer: “Ha Ben-Adam Adon Le Shabat” o termo Ben-Adam pode ser entendido como filho do homem ou apenas como Ser Humano, este é o mais comum, e tal interpretação é fácil de se compreender com o uso paralelo do texto de Marcos 2:27-28 que diz que o Shabat foi feito para o homem e não o homem para ser escravizado por regras adicionadas pelo próprio homem acerca do Shabat, sendo assim o homem (Ben-Adam = Ser Humano) que é senhor do Shabat, mas não para corrompe-lo e aboli-lo mas sim para usá-lo de maneira a benefício da vida e não em detrimento da vida, entenda-se isso como se você for morrer por causa de uma proibição legal você tem obrigação de manter a sua vida e violar a proibição, mas se você for morrer e a proibição a ter que ser cumprida pode lhe causar morte espiritual se violada, você tem que escolher a morte física para não obter a morte espiritual que é eterna, assim como os amigos de Daniel e o próprio Daniel na corte babilônica escolheram ir para fornalha e a cova dos leões respectivamente por não violar o mandamento de adorar a outro que não fosse o D-us de Israel, e vemos que Yeshua usa o dia de Shabat para fazer o bem e curar os oprimidos, sendo que tal atitude não é proibida nem na Torah Escrita (Pentateuco) e nem na Torah Oral ( Mishná + Guemará = Talmude) e pelo contrario há uma seção inteira sobre a necessidade de se preservar a vida e trazer cura mesmo que isso se de no Shabat, sendo que a vida é mais importante que o Shabat, mas para tais procedimentos é necessário haver parâmetros que devem ser reconhecidos e respeitados pela sociedade e isso que acontecia nos tempos de Yeshua com o diferencial de haver alguns dos P’rushim (Fariseus) que eram exageradamente legalistas e se importavam mais com a letra da Lei do que a Essência da Lei e era a este grupo que Yeshua se referenciava como sendo hipócritas.

Outro fato é o papel de Yeshua como sendo a Palavra de D-us pronunciada em Gênesis 2:3 onde há a Santificação e Benção sobre o Shabat, sendo que Ele é a pronuncia de tal mandamento ele também poderia ter a autoridade de mudar o mandamento, mas isso feriria toda a interpretação Bíblica que assegura que tanto D-us e a sua Palavra são imutáveis e não ficam variando sobre o que já foi determinado como se o Nosso D-us fosse homem ou filho do Homem para que se arrependa de alguma coisa (Nm. 23:19), sendo assim tal declaração de Yeshua ser o Senhor do Shabat não dá nenhuma margem para que o Shabat fosse abolido ou minimizado; apenas demonstra que Yeshua possui uma autoridade superior àquela que os P’rushim (fariseus) estavam dando a Ele, ou seja, para os P’rushim (fariseus) Yeshua não passava de um impostor, mas o Mestre demonstrou o erro dos “doutores”, ao declarar que o Shabat era um dia santifica e abençoado por Ele como sendo a Palavra de D-us, por isso, Ele tinha autoridade para melhor explicar a essência do Shabat e quais as sua implicações e graus de comparabilidade entre os demais mandamentos.

Em seguida, surge a situação da cura do homem da mão ressequida. Yeshua já sabia muito bem que os P’rushim (fariseus) não concordariam com uma cura realizada no Shabat, mas o Senhor pela capacitação da Ruach HaKodesh conhecia o coração hipócrita desses líderes, que estavam dispostos a sacrificar uma vida humana em defesa da Literalidade da Lei e não de sua Essência mas não achavam errado socorrer um animal ferido no Shabat, quando isso pudesse trazer algum retorno financeiro para eles.

Revemos aqui que em Marcos (2:27) Yeshua declara que o “sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado”. Isto é perfeitamente compreensível e verdadeiro, pois tudo neste mundo (natureza, animais, igreja, família, sexo, salvação, Shabat, perdão, etc.) foi criado por D-us para benefício da Sua mais importante criatura – o Homem. Tudo foi feito “por causa”, ou seja, em benefício do Homem. Dizer que nesta declaração Yeshua está afirmando que não precisamos obedecer o mandamento do Shabat é, no mínimo, um desprezo às mais elementares regras de interpretação de texto.

b) Mt 24:20

Esta é uma passagem que demonstra a verdadeira noção de importância que Yeshua dava ao dia de descanso. Nesta profecia, o Senhor declara que a fuga dos discípulos nos períodos de tribulação não deveria ocorrer no Shabat, pois isto certamente os encontraria desprevenidos por estarem envolvidos na preparação e santidade deste dia. Yeshua foi tão preciso em Sua profecia, que o exército romano entrou e destruiu Jerusalém no ano 70 d.C., ou seja, aproximadamente 40 anos após Yeshua ter feito a declaração de Mt 24:40. Que importante e inquestionável testemunho da validade que o Shabat tem na vida de adoração do crente, mesmo após a ressurreição do Salvador. Yeshua desejava que o Shabat permanecesse como dia de adoração, mesmo após Sua morte e ressurreição, como fica evidente pela leitura desta passagem. Este é um dos muitos versos que os inimigos do Shabat nem mencionam, pois não conseguem explicá-lo sem distorcer o real sentido da passagem.

c) Mt 28:1-10 (cf. Mc 16:1-11; Lc 24:1-12; João 20:1-10)


Este texto trata da ocasião em que Yeshua foi crucificado e ficou durante o Shabat na sepultura. Novamente, em nenhum momento há qualquer menção sobre a abolição do Shabat para os cristãos. Há o relato histórico de que foi num dia da preparação para o Shabat – Mc 15:42 que Yeshua foi crucificado, permanecendo durante todo este dia na sepultura, e ressuscitando apenas ao por do sol do Shabat.

d) Lc 4:16

Que texto maravilhoso! Uma declaração absolutamente clara de que era “costume”, ou seja, era um hábito normal de Yeshua estar na sinagoga (a congregação da época) no dia de Shabat. Ele, como Mantenedor de tudo como sendo a Palavra de D-us, não poderia deixar de lado algo que Ele mesmo ao ser pronunciado criou, santificou, abençoou e deixou como exemplo para toda a humanidade. Este é outro texto que os inimigos do Shabat não conseguem argumentar contra, sem distorcer o que a Bíblia está ensinando.

e) Lc 13:10-14:6 (cf. João 5:9-9:16)

Novamente Yeshua é interrogado sobre a legalidade de se realizarem curas no Shabat. É evidente que não se pode usar o Shabat como desculpa para não operar o bem ao próximo. Os P’rushim (fariseus), porém, atolados em sua hipocrisia e ganância, preferiam “fechar os olhos” para algo tão claro, revelado no amor de D-us. O texto é muito claro em dizer que os P’rushim (fariseus) “nada puderam responder” à Yeshua (cf. Lc 14:6).

f) Lc 23:56

Outro verso para o qual os inimigos do Shabat não conseguem dar uma explicação eficaz e verdadeira, sem distorcer o texto bíblico. Se Yeshua REALMENTE havia ensinado ou insinuado que o Shabar era desnecessário na nova aliança, e que o “tempo da graça” havia chegado, por que estas mulheres continuaram guardando-o? Não havia chegado a hora de coloca este “jugo” de lado, como o dizem muitos hoje?

Estas santas mulheres, que permanecerem ao lado de Yeshua durante Seu ministério terrestre; que ouviram os ensinamentos divinos dos lábios do próprio Senhor; que sabiam das respostas que Yeshua havia dado aos P’rushim (fariseus) acerca do tema do Shabat, como vimos anteriormente; que presenciaram a crucifixão do Seu Mestre; estas mulheres não abandonaram o mandamento do Shabat quando Yeshua morreu, e muito menos adoraram no domingo, como fazem os pseudo seguidores de Yeshua da atualidade. Elas permaneceram fiéis à Lei do Senhor, e “descansaram segundo o mandamento” (cf. Êx 20:8-11). Mais claro que isso é impossível...

Os inimigos do Shabat sempre citam a passagem de João 20:19 para apoiarem sua teoria de que os discípulos trocaram o Shabat pelo domingo, após a ressurreição do Mashiach. Basta uma leitura sincera do texto para ver que o motivo que levou os seguidores de Yeshua a estarem reunidos naquele dia era o “medo dos da Judéia”. Não estavam ali fazendo uma missa ou culto de adoração, mas estavam era se escondendo da perseguição que já estava sendo iniciada.

É muito fácil distorcer o texto bíblico para favorecer um pensamento pessoal de um indivíduo ou denominação. Mas o Espírito Santo ajuda àqueles que, sinceramente, buscam descobrir a verdade acerca do viver que agrada ao Senhor. Não encontramos em nenhum lugar da Bíblia a palavra “domingo”, nem qualquer menção à mudança do sétimo para o primeiro dia da semana, nem por Yeshua, nem pelos Seus apóstolos.

O Shabat no Livro de Atos

Este livro é muito esclarecedor porque nos mostra um resumo de como era a vida na Igreja que estava iniciando seus primeiros passos. Certamente é no livro de Atos que poderemos encontrar alguma base de autoridade para a rejeição atual do Shabat, se é que existe tal base.

Atos 1:12 – Esta é a primeira menção ao Shabat no livro de Atos, apenas fazendo referência ao costume de andar uma curta distância durante este dia (aproximadamente 1 Km), nota-se que Lucas mesmo ao se tornar um seguidor de Yeshua a mais de vinte anos, que a data posterior do livro de Atos ele ainda se utiliza de argumentação tradicional judaica, nota-se que ele é um prosélito sendo que não precisaria se utilizar de certas terminologia judaicas mas mesmo a despeito de ser um gentio convertido e seguidor de Yeshua ele não se faz de estranho a cultura judaica.

13:14 – Os discípulos procuram uma sinagoga para pregar. São acolhidos com atenção e aproveitam para pregar sobre Yeshua (vv. 16-41), acrescentando que em todos os Shabat são lidos os ensinamentos de D-us nas sinagogas (v. 27), aqui vemos a antiguidade da liturgia de se estudar uma Parashá (Porção da Torah) e uma Haftará (Porção dos Profetas) todos os Shabatot.

13:42 – Os discípulos receberam o convite tanto de gentios como dos judeus (v. 43) para retornarem no próximo Shabat, e continuarem a maravilhosa pregação sobre Yeshua.

13:44 – Quase toda a cidade veio no Shabat seguinte para ouvir o que os discípulos tinham ainda para falar. Percebemos que não eram todos judeus, pois estes estavam tentando desfazer a pregação dos discípulos diante da multidão (v. 45). Vemos que a Sinagoga era o reduto daqueles que temiam a D-us entre os gentios por isso a pregação ao Shabat nas Sinagogas se tornou importantíssimo para a disseminação maciça do evangelho entre as nações, imagine se não houvesse um dia especifica de reunião para a adoração ao verdadeiro D-us, onde tais gentios tementes a D-us receberiam a mensagem restauradora de suas almas, com certeza que não seria num templo pagão, ao menos não neste inicio tão conturbado de perseguição.

15:12-21 – Esta é uma passagem reveladora, pois foram determinadas algumas coisas que não mais poderiam ser impostas sobre os gentios conversos ao cristianismo. Pergunta-se: Por que os apóstolos não incluíram o Shabat entre os temas proibidos???? Não dizem hoje que eles trocaram o Shabat pelo domingo, logo após a ressurreição???? Fica evidente que os inimigos do Shabat hoje em dia estão mais interessados em tradições humanas, do que seguir os princípios que os discípulos de Yeshua demonstravam em sua própria vida.

O verso 21 em especial mostra que as quatro proibições eram apenas iniciais e deviam ser respeitadas mesmo sem entendimento prévio dos que se achegavam a fé em Yeshua como o Mashiach, mas o entendimento das demais leis e mandamentos seria explicado gradativamente aos novos fieis a cada Shabat nas Sinagogas que desde de muito tempo sempre teve alguém disposto para ensinar a Lei e os profetas.

16:11-15 – Alguns dizem que os discípulos pregavam no Shabat apenas para aproveitar as sinagogas judaicas. Mas a passagem em questão revela claramente que não era este o real motivo. Paulo, como você sabe, foi um apóstolo que não conviveu pessoalmente com Yeshua, tendo sido convertido alguns anos após a ressurreição do Mestre. Paulo é encontrado aqui neste texto procurando “um lugar de oração”, no Shabat, afastado da cidade. Por que??????????? Será que o Espírito Santo não havia orientado o apóstolo a abandonar os “rudimentos” do judaísmo, como dizem os inimigos do Shabat? Fica muito claro para o leitor sincero que Paulo, um dos maiores apóstolos de Yeshua, nunca ensinou a abolição do Shabat, e ele mesmo vivia a santidade deste dia especial por onde quer que andasse.

17:1-3 – Novamente, Paulo é visto aproveitando o Shabat para pregar a salvação em Yeshua àquelas cidades.

18:1-4 – O apóstolo da graça e dos gentios tinha uma profissão – fazer tendas, o texto é claro ao dizer que Paulo ia à Sinagoga nos Shabatot, como fica evidente pelo texto bíblico, ele se dirigia ao local de adoração para pregar sobre a salvação em Yeshua. Percebe-se facilmente (basta ler sem preconceitos) que não era apenas para encontrar os judeus que Paulo ia à Sinagoga no Shabat, pois o próprio texto afirma que ele pregava também aos gregos neste dia, e bem sabemos que os gregos não santificavam o Shabat.

19:17-27 – Nesta passagem, Paulo afirma enfaticamente que estava de consciência limpa porque ensinara TUDO que era importante para os gentios viverem uma vida de verdadeiros princípios bíblicos, bem como mostrara para eles TODO o desígnio de Deus para suas vidas. Mas em NENHUM momento ele fala para eles abandonarem o Shabat e adorarem o Senhor no domingo. Que interessante!


O Shabat tratado nas Epístolas de Paulo pode ser encontrado no artigo e nos comentários feitos neste Blog no seguinte Link : http://judeu-autonomo.blogspot.com/2011/11/analise-superficial-de-colossenses-216.html

O Shabat em Apocalipse

Apocalipse 1:10 não tem referência ao Shabat mas em grego não tem segredo como segue: ἐγενόμην ἐν πνεύματι ἐν τῇ κυριακῇ ἡμέρᾳ καὶ ἤκουσα ὀπίσω μου φωνὴν μεγάλην ὡς σάλπιγγος “egenomēn en pneumati en tē kuriakē ēmera kai ēkousa opisō mou phōnēn megalēn ōs salpingos” - “Fui levado em espírito ao dia do SENHOR, e ouvi detrás de mim voz grandiosa, como de um Shofar (Trombeta)”.

O problema corrente da má interpretação se deve a locução “en tē kuriakē ēmera”, que quer dizer “no dia do Senhor” ou “ao dia do Senhor”, sendo que a contextualização é o melhor caminho para se decidir se Yochanan (João) está falando que ele foi levado num dia semanal ou à um determinado dia que profeticamente é chamado de o “DIA DO SENHOR”.
Eu como judeu poderia ser tendencioso e dizer que Yochanan está falando do Shabat pois em toda a Bíblia o único dia semanal chamado de Dia do Senhor é o Shabat, tanto que Yeshua disse que ele mesmo é o Senhor do Shabat e não do domingo, mas sejamos sinceros, será que Yochanan em meio ao exílio na Ilha de Patmos iria dar um dado tão supérfluo de que dia da semana ele estaria tento a visão? Acho que o intuído dele era mais profundo; o intuído dele ao meu ver segundo o contexto, foi de dizer que ele foi levado em espírito á vislumbrar o “Grande e Terrível Dia do SENHOR” que segundo inúmeras passagens proféticas se refere ao dia que o SENHOR começará o julgamento da Terra antes mesmo do arrebatamento e da Implantação do Reino Messiânico por Yeshua.
Vemos no contexto, diversos elementos que profeticamente estão ligados ao “Grande e Terrível Dia do SENHOR”, como a menção do shofar, a descrição do Filho do Homem como em sua forma Final e Eterna com roupas de Realeza e etc....
E por tudo o que Yochanan relata nesse Livro podemos ver que tudo faz referência ao que antes fora profetizado pelos santos Profetas do Senhor e intrinsecamente ligado ao derradeiro “Grande e Terrível Dia do SENHOR” conforme podemos comprovar pelas seguintes passagens que citam o dia de julgamento pela alcunha de “O DIA DO SENHOR” : Ez. 7:19; 13:5, Jl. 1:15; 2:1,11,31; 3:15, Am. 5:18,20; 8:9, Ob. 1:15, Sf. 1:7, 14-18, Zc. 14:1 e Ml. 4:5 e mesmo no “Novo Testamento” tem referências a este dia como em Atos 2:20, I Cor. 5:5, I Tes. 5:2-4, II Tes. 2:2 e II Pe. 2:10.

14:6-7 – Interessante notar que a mensagem que o 1º anjo recebeu para levar a todo o mundo era uma exortação para adorarem a D-us como “Criador” de todas as coisas. O mais curioso é que o único mandamento que revela o motivo pelo qual o Senhor deve ser adorado é o 4º - o do Shabat (cf. Gên. 2:1-3; Êx 20:8-11), e praticamente a mesma seqüência de palavras é utilizada em ambas as passagens (cf. Êx 20:11; Ap 14:7), ou seja, devemos adorar Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo o mais. Coincidência? Não. A Bíblia é um livro de “providências”.

Os santos de D-us, no Apocalipse, são retratados como sendo aqueles que “guardam os mandamentos de D-us” (cf. 12:17; 14:12; Sal. 119:152). E a Bíblia considera a guarda dos mandamentos como sendo válida SOMENTE quando TODOS os mandamentos são obedecidos, inclusive o 4º (cf. Tg 2:10-11).


Como pudemos ver no texto bíblico, não há uma única palavra autorizando a abolição do Shabat, pelo contrário, vemos que TODOS os discípulos de Yeshua continuaram guardando este dia, mesmo muitos anos após a Sua morte, como foi o caso de Paulo, por exemplo.

Há algumas passagens que tratam do primeiro dia da semana. Mas, será que elas autorizam alguma mudança? Vejamos...

a) “No findar do Shabat, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro” (Mt 28:1). O verso apenas diz que elas foram ao sepulcro no primeiro dia da semana, após o Shabat, pois elas haviam descansado no Shabat em obediência ao mandamento (cf. Lc 23:54-56). O verso nada fala sobre a santidade do domingo após a ressurreição de Yeshua.
Outro ponto sobre isso é que o primeiro dia da semana naquelas época não era à meia noite do sétimo dia mas sim após o por do sol do sétimo dia, sendo assim Yeshua ressuscitou para celebrar a Havdalá ao fim do Shabat (Mt. 28:1 e Lc. 24:1) e não no domingo posteriormente instituído, pois até então o nome do dia era primeiro dia (Yom Rishon).

b) “E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo” (Mc 16:2). Outro verso que apenas faz o relato de que as mulheres foram ao sepulcro no primeiro dia da semana, e apresenta que só foram neste horário porque o Shabat já havia passado (cf. Mc 16:1). Nada fala sobre a santidade do domingo, e ainda confirma que elas guardavam o Shabat do Senhor. (Obs. Tal trecho não existe em manuscritos mais antigos, fazendo com que haja desconfiança em sua originalidade, pois “ao despontar do sol” é muito diferente de “ao findar o Shabat”)

c) “Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios” (Mc 16:9). Apenas mais um relato sobre o momento histórico no qual Jesus ressuscitou. Mais uma vez, nada é apresentado sobre a pseudo-santidade do domingo como dia da ressurreição de Yeshua. (Obs. Este trecho também não existe em manuscritos mais antigos, fazendo com que haja desconfiança em sua originalidade)

d) “Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado” (Lc 24:1). Como o último verso do cap. 23 deixa claro que aquelas mulheres guardavam o Shabat, foi só passar o pôr-do-sol e elas foram ao sepulcro realizar o trabalho que havia sido deixado por fazer, para não se transgredir as horas santas do Shabat do Senhor (cf. Lc 23:54-56). Você vê algo neste verso que autorize a santidade do domingo? Nem eu... (Vemos que tal termo alta madrugada em nada se parece com o despontar do sol que existe em Marcos - Intrigante não é?)

e) “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida” (João 20:1). Apenas a repetição das passagens anteriores. Ninguém está questionando que Yeshua ressuscitou no domingo, mas dizer que por este motivo este dia agora ficou no lugar do Shabat, é acrescentar palavras que não estão no texto Bíblico.

f) “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos da Judéia, veio Yeshua, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco” (João 20:19). O texto é muito claro em afirmar o motivo pelo qual eles estavam reunidos: o medo dos da Judéia. Não tinha nada que ver com um culto ou missa dominical. O v. 26 diz que oito dias depois portando numa Segunda-Feira e não no domingo posterior, Yeshua Se apresentou novamente para os discípulos. Yeshua encontra-os ainda escondidos dos da Judéia, com as portas trancadas, e aproveita para apresentar-Se a Tomé, que estava ainda duvidando de Sua ressurreição. Nada ainda encontramos sobre a autoridade de mudar o Shabat para o domingo. E olha que este seria um bom momento para Yeshua aproveitar e ensinar para os discípulos que o domingo agora deveria ser o dia de guarda, mas como vemos nos textos não há tal ensino.

g) “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite” (At 20:7). O motivo pelo qual os discípulos estavam reunidos neste primeiro dia da semana é revelado no próprio texto bíblico: Paulo estava para viajar no dia seguinte. Nada mais. Não era um culto semanal dominical, pois já vimos que Paulo adorava o Senhor no Shabat (cf. At 16:11-15; 18:1-4; etc.).
Outro ponto discutível é que o tal “primeiro dia” de Atos 20:7 tratava-se na realidade da celebração de Havdalá que nada mais é que o partir do pão após o por do sol do Shabat, sendo que Shaul (Paulo) se prolonga em sua prática que indica que sempre após um dia inteiro de estudo que é costume judaico que se inicia ao amanhecer e se finda ao por do sol, havia entre os seguidores de Yeshua a continuação da celebração que neste caso específico durou até a meia noite, levando Éutico a cair da janela de tão cansado por um dia inteiro de estudo e celebração, mas após Shaul o tê-lo ressuscitado subiram novamente para o cenáculo e Shaul falou até o amanhecer.
 i) “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1Co 16:2). Este é o ÚLTIMO dos oito únicos versos do Novo Testamento que fala sobre o primeiro dia da semana. Já vimos que as sete passagens anteriores nada falam sobre a autorização para os cristãos mudarem o sábado para o domingo. Resta agora analisar esta última passagem. Paulo está falando sobre uma ajuda que seria enviada para os irmãos da Judéia (v. 1; cf. At 11:28-30). Os irmãos não são orientados a se reunirem no primeiro dia da semana para adorarem ao Senhor. O apóstolo dá uma orientação para separarem sua contribuição “em casa”, muito provavelmente junto com as provisões semanais da própria família. Quando Paulo visitasse a cidade, as ofertas já deveriam estar todas prontas. O fato de os discípulos se reunirem em um dia específico, além do sétimo semanal, não faz de tal dia um substituto do Shabat do 4º mandamento, pois eles se reuniam diariamente (cf. At 5:42). O que torna um dia “santo” é a determinação de D-us, e isto acontece na Bíblia SOMENTE para o Shabat (cf. Gên. 2:1-3; Êx 16:1-10: 20:8-11). E outro ponto a se tecer comentário é sobre
o termo que aparece que é μίαν σαββάτου “Mian Sabbatou” indicando que o período é logo após o por do sol do Shabat, quando as pessoas fossem para suas casas após a guarda do dia sagrado e daí sim eles começariam a fazer o serviço de separação de mantimentos em suas próprias casas para serem levados por Shaul para distribuição entre os pobres, fato este que é uma repetição do que ocorre sem especificação de dia como em At. 11:29, Rm. 15:26 e Gl. 2:10; portanto vemos que nesse texto não temos nada em que se possa generalizar uma simples prática de arrecadação como uma ordenança de mudança de dia sagrado de guarda.

Analisamos as passagens do Novo Testamento que tratam do Shabat, e vimos que TODOS os discípulos e seguidores de Yeshua guardaram este dia normalmente, pois fazia parte do seu dia-a-dia. Não há nenhum cogitação entre os discípulos sobre a mudança do Shabat para outro dia qualquer. Infelizmente, tal pensamento só existe na mente dos que não querem obedecer aos mandamentos do Senhor, opondo-se arrogantemente à Palavra de D-us.

Se nossa base de fé estiver unicamente na Bíblia, e não na tradição ou mandamentos de homens (cf. Mc 7:13; At 5:29), então o único dia semanal que devemos separar para adorar ao Senhor, deixando de lado afazeres seculares e comuns, é o Shabat.

Seja fiel, e D-us abençoará grandemente sua vida; afinal Ele promete: “Grande paz têm os que amam a Tua Lei; para eles não há tropeço” (Sal. 119:165).

Por Metushelach Ben Levy se baseando em diversas fontes bibliográficas.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Machismo na Bíblia existe? O mau uso de 1 Timóteo 2:8-15.



Tal explanação se dá por sugestão de nosso seguidor do Blog, caro Teófilo, que conhece pessoas que se utilizam de textos do Novo Testamento como 1ª Timóteo 2 para apoiar atitudes machistas e de opressão sobre as mulheres.

Notamos que o maior problema neste caso é o mau uso de cognatos para traduzir determinados termos do grego, para tanto vamos tentar traduzir linearmente o texto e depois explicarmos o que o mau uso de certos termos, ou cognatos indevidos causaram na construção das sentenças e assim no entendimento corrente. 
1.ª Timóteo 2:8-15: "8 Βούλομαι οὖν προσεύχεσθαι τοὺς ἄνδρας ἐν παντὶ τόπῳ ἐπαίροντας ὁσίους χεῖρας χωρὶς ὀργῆς καὶ διαλογισμῶν. 9 Ὡσαύτως γυναῖκας ἐν καταστολῇ κοσμίῳ μετὰ αἰδοῦς καὶ σωφροσύνης κοσμεῖν ἑαυτάς, μὴ ἐν πλέγμασιν καὶ χρυσίῳ μαργαρίταις ἱματισμῷ πολυτελεῖ, 10 ἀλλ πρέπει γυναιξὶν ἐπαγγελλομέναις θεοσέβειαν διἔργων ἀγαθῶν. 11 γυνὴ ἐν ἡσυχίᾳ μανθανέτω ἐν πάσῃ ὑποταγῇ· 12 διδάσκειν δὲ γυναικὶ οὐκ ἐπιτρέπω οὐδὲ αὐθεντεῖν ἀνδρός, ἀλλεἶναι ἐν ἡσυχίᾳ. 13 Ἀδὰμ γὰρ πρῶτος ἐπλάσθη, εἴτα Ἕυα. 14 καὶ Ἀδὰμ οὐκ ἠπατήθη, δὲ γυνὴ ἐξαπατηθεῖσα ἐν παραβάσει γέγονεν· 15 σωθήσεται δὲ διὰ τῆς τεκνογονίας, ἐὰν μείνωσιν ἐν πίστει καὶ ἀγάπῃ καὶ ἁγιασμῷ μετὰ σωφροσύνης."

Tradução interlinear de nossa autoria com base em dicionários de cognatos e o famoso "Strong". 

1 Timóteo 2:8-15:  "8 Desejo, portanto, que o homens orem acerca de todas as ocasiões, com suas mãos levantada em reverência, sem ira e dissensão. 9 De igual maneira, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabelos trançados e com ouro, ou pérolas, ou vestuário caros, 10 porém com o que é adequado às mulheres que professam reverência à D-us por meio de suas boas obras. 11 A mulher com tranqüilidade seja discipulada acerca de toda a obediência. 12 Discípular (homens) porém à mulher não é dada permissão assim como ter autoridade (eclesiástica) sobre homens, mas (mulheres) se mantenham com tranqüilidade (quanto a este assunto). 13 Adão primeiro foi formado depois Eva. 14 E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. 15 Não obstante, ela será preservada através de sua missão de mãe, se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com auto-domínio."

Reparamos que o texto melhor traduzido perde o caráter machista que o mau uso de termos e a má disposição dos elementos na construção da frase causam. O verso 11 foco dos problemas, nesta correta abordagem fica muito mais condizente com o aspecto disciplinar de Shaul (Paulo) e mantém uma seqüência lógica de admoestações do bloco deste capítulo. O verso 12 deixa claro a situação corrente da forma de se portar das mulheres tanto em referência a séculos de historia nas sinagogas como nas incipientes congregações gentílicas, vemos que a mulher não está vedada de falar nas reuniões, mas elas não podem ser Mestras no tocante a ter discípulos homens, mas podem no entanto ser Mestras de outras mulheres e de seus filhos bem como de menores sob sua responsabilidade, o cargo de líder sinagogal ou congregacional também não lhe é permitido pela questão da Hierarquia Divina estabelecida como dita no verso 13 pela criação primeiro do homem e depois da mulher, e Shaul ainda admoestas a mulheres para que elas não percam a calma ou se revoltem contra este sistema divinamente estabelecido mas que se mantenham tranquilas, e é este termo que foi mal traduzido por “quietas“, ou “em silêncio” que causam o problema de machismo, pois o termo em grego ἡσυχίᾳēsuchia” tanto por ser traduzido como silêncio mas no sentido de não se haver discussão ou como eu prefiro com tranqüilidade de ânimos. Portanto as mulheres devem ter tranqüilidade de ânimo para aprender a obediência tanto a D-us como ao representante de D-us que no caso das casadas é o seu marido, e não querer ir além do que é determinado divinamente querendo discípular homens ou dirigir congregações, sendo que no verso 15 Shaul mostra a importância da missão de ser mãe e ensinar aos filhos os caminhos retos do Senhor, mostrando que tanto a mulher como o homem tem diante de D-us, importantes papeis na educação das gerações futuras.

Por Metushelach Cohen.

sábado, 5 de novembro de 2011

Análise Superficial de Colossenses 2:16-17

Colossenses 2.16 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, 17 porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.



Primeiro, qual é a definição de formação de uma sombra? Vejamos: Assim como a luz projeta no plano uma delimitação estilizada de um corpo, de mesma maneira D-us o Pai das Luzes, revelou pela sua Palavra através de procedimentos e cerimônias a delimitação profética daquilo que se manifestaria e ainda há de se manifestar na vida e obra corpórea de seu Filho Yeshua HaMashiach. Vemos portanto que alguns elementos dados por D-us através da entrega da Torah no Sinai serviriam para preparar o entendimento dos Filhos de Israel de uma forma bem didática para o que significaria os acontecimentos na manifestação do Filho de D-us de forma corpórea, os preparando paulatinamente para compreender os acontecimentos futuros e aguçar as suas esperanças na manifestação da misericórdia de D-us (como o próprio nome de Yeshua significa, a manifestação em pessoa da Salvação Divina).

Vejamos portanto, alguns elementos da Torah (Instrução de D-us) que serviriam como sombras que mostram a delimitação de um corpo no plano, o principal deles é o Sacerdócio Levitico e a oficialização deste nos atos para perdão e purificação de pecados. Vemos que tanto no oficio diário de oferecimento de sacrifícios para perdão de pecados individuais conscientes, como na aspersão das cinzas da novilha vermelha para perdão de pecados individuais inconsciente ou chamados “por ignorância” como também no dia do perdão de pecados da coletividade no Yom Kippur, há a necessidade de derramamento de sangue inocente para cobertura destes pecados e há a necessidade de um intercessor que faça a mediação entre D-us e aquele que arrependido dos seus atos, oferece o sacrifício daquilo que lhe é caro, daquilo que lhe custa algo.

Corações abertos à plenificação do entendimento da Torah compreendiam que estas sombras especificadas acima não eram o corpo em si mas sim representações transitórias daquilo que haveria de se manifestar, mas nem por isso perdiam seu valor, seja o valor de mostrar por delimitações estilizadas, que em suma permitiria que aqueles que se deparassem com o objeto revelado que outrora fora projetado não se enganassem com falsos objetos revelados que por não terem a delimitação idêntica a da sombra projetada poderiam ser facilmente descartados, ou pelo valor imediato de confiança antecipada no caso específico do sacrifício, pois quem tivesse a compreensão do futuro por revelação divina ainda assim sacrificaria animais para perdão de pecados e purificação não se atendo ao ato em si mas sabendo da representatividade daquilo que se manifestaria, em outras palavras o pecador que por revelação divina deslumbrou o sacrifício perfeito de Yeshua, ainda sacrificaria animais pela necessidade de derramamento de sangue estipulado por D-us, mas teria a intenção em tal ato não a de confiar no ato em si, mas sim a intenção de dar uma espécie de cheque pré-datado pelo arrependimento de seus delitos, cujo o saldo somente seria positivo para a compensação do cheque na justificação proveniente do derramamento de sangue do cordeiro perfeito, a saber Yeshua, que ao mesmo tempo que é o sacrifício é também o mediador do sacrifício perfeito, sendo que não é mortal e perecível como os Sumo-Sacerdotes terrestres que em certa data morriam por seus pecados, tendo que ser substituídos, sendo assim se institui um ordem sacerdotal perfeita, pois não mais precisa oferecer sacrifico por si, e eternamente media a relação do homem com D-us, e é disso que se trata Hebreus 8 à 10.
Avraham e David contemplaram a vinda e obra do Mashiach e se regozijaram (João 8:56), pois conseguiram ver o objeto cuja as sombras delimitavam.

Agora que sabemos o valor e o motivo das sombras voltemos analisar o texto de Colossenses 2, dentre as inúmeras fórmulas mirabolantes de se tentar entender o texto eu fico com a mais simples, que é a de ler o texto de forma imparcial sem pré conceitos formados, então lemos Colossenses 2.16 “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, 17 porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; mas o corpo é de Cristo.” Pensemos como se eu fosse um judeu do primeiro século crente em Yeshua como Mashiach ou um gentio também crente em Yeshua que se achegou a comunidade de Israel e não visse problema algum em se adotar a forma de se interpretar as Santas Escrituras como um judeu o fazia, e ouvisse Shaul (Paulo) me dirigindo estas palavras eu simplesmente entenderia que não é para eu deixar de ser judeu e largar toda a minha bagagem cultural e histórica ou como gentio que queira adotar os princípios judaicos de vida, pois Shaul simplesmente esta me dizendo que não é para eu me preocupar com o julgamento alheio sobre a forma de eu comer, beber ou a forma de eu celebrar as datas festivas de Israel, pois se baseando no entendimento de que as sombras tem valor e um propósito estabelecidos por D-us, e por isso Ele as determinou como estatutos perpétuos no meio de seu povo e dos estrangeiros que se achegam ao convívio, portanto vemos no texto Shaul dizendo que se alguém me julga por estas coisas que são sombras de acontecimentos que haviam de vir, imagine o como estas pessoas que estão a me julgar por sombras estão afrontando o corpo que projeta e delimita a sombra, corpo este que é o do Mashiach, notemos que no verso 17 no original não tem a presença muito comum em diversas traduções do termo “apenas” sombras, como que numa forma de minimizar ou dar um ar medíocre à sombras.

Em Resumo o texto não da embasamento para se afirmar a abolição de alguns mandamento seja ele a da Kashrut (Dieta Judaica) de Levítico 11 e Deuteronômio 14, ou a da terminação das festas e dias como de Levítico 23 e referências ao Shabat, mas também não da base para a imposição de tais mandamentos aos Gentios crentes em Yeshua como o Mashiach.

Ao repararmos na continuação do texto dos versos 18-23, vemos claramente Shaul dando uma palavra de repreensão aos que se deixavam levar pelos Sábios daquela época principalmente os Ascetas e Gnósticos, no qual por seus ensinos humanos e não dados por D-us como os revelados na Torah, fazem dos fracos na fé, presas fáceis, que se deixam impor jugos pesados como os do ascetismo que dita que o homem para alcançar a pureza deve se abster de comer carne, de casar e que não pode tocar isso ou aquilo, cheios de regras humanas que podem aparentar alguma humildade mas não tem valor algum para refrear as pessoas de agirem de acordo com as concupiscência de sua carne enferma pelo pecado, capacidade esta, que só é dada a quem por meio do arrependimento e confiança em D-us torna-se nova criatura e se caracteriza como Templo do Capacitador o Espírito Santo.

Vemos que tal temática de repreensão é muito parecida àquela feita por Shaul no capítulo 14 de Romanos, na qual os fracos na fé não deveriam ser julgados por adotarem uma dieta vegetariana por terem medo de pecar ao consumirem carne, não existindo no texto nada que leva a abolição dos mandamentos referentes a Kashrut (Dieta Judaica de Lv. 11 e Dt. 14).

Este texto de Colossenses também pode ser usado contra os judaizantes que poderiam impor tanto aos judeus crentes em Yeshua como ao gentios crentes a forma legalista de se observar tais mandamentos, não apenas restrito ao que está na Torah mas sim ao que pela tradição foi incorporada aos mandamentos fazendo deles algo pesado e cheio de regras intermináveis que não serviam para engrandecer ao Nome de D-us mas sim apenas de aparência de fervorosa religiosidade para honra humana daqueles que as impunha ao outros fazendo discípulos lindos por fora mas vazios por dentro ou por não entenderem o que estão fazendo ou por fazerem apenas de aparência sem a real intenção de engrandecer o Nome de D-us.

Termino aqui citando uma velha mas atual recomendação de um Mestre que disse: “ No que diz respeito ao Relacionamento com D-us, impor que as pessoas contrariamente a sua vontade façam o que é correto, em si é errado, pois aquele que faz o bem sem a real intenção de engrandecer O Eterno, comete engano e será julgado por sua conduta equivocada, portanto apenas ensine e viva o que é correto e não imponha nada ao seu próximo, pois O Eterno julga as intenções do coração e não a aparência.


Metushelach Ben Levy

Comunicado aos leitores e caro amigos seguidores do Blog



Caros amigos, depois de muita correria no trabalho e em casa conseguimos colocar tudo em seu devido lugar, e sendo que nas próximas semanas estarei no gozo de minha férias, comunico a todos vocês que estarei a disposição novamente para estarmos conversando e estudando juntos sobre os assuntos Bíblicos ou que nos engrandeçam em nossa caminhada de vida ou que causam problemas de interpretação que geram aparentes contradições.

Fiquem a vontade para comentários, questionamentos e argumentações sempre pautados prioritariamente na Bíblia e sempre com linguagem respeitosa e cordialidade com todos os participantes.

Agradecemos desde a já a participação de todos e vão com calma para que possamos pegar o ritmo novamente.

Fiquem todos sob as bênçãos do Eterno e a Shalom que emana de Yeshua HaMashiach.


Metushelach Ben Levy
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