שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד
Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

sábado, 24 de dezembro de 2016

Natal? o sentido oculto de Chanuká nesta data!

Neste momento o mundo Ocidental está para comemorar o nascimento daquele que se auto proclamou a Luz do Mundo, a despeito de toda a questão de data, o que mais é patente nesta comemoração é o desprovimento do que deveria ser a essência da Festividade, e na realidade o que vemos é a ritualística consumista, onde o mais importante não é nem mesmo a confraternização entre os familiares mas sim o que cada um teve para dar ao outro de presente ou a oferecer na ceia, e está é um capítulo a parte pois nela que se mostra o devaneio humano das concupiscência seja a dos olhos ou a da carne, o que significa, que os homens nesta data, se entregam as seus desejos carnais, comendo os manjares da vida e se embriagando não no espírito mas sim no álcool.

Mas aqueles que se preocupam em entender a revelação de D-us, nos dada por meio das Escrituras, mesmo não conseguindo se desvencilhar das tradições do povos, com todos os seus signos e insígnias, por questões familiares, estejam em seu íntimo, agradecendo a D-us, por meio do seu memorial individual ao fato que verdadeiramente ocorreu nesta data a mais de 2000 anos atrás, a entrada da LUZ no mundo, a concepção de Yeshua, a data que o anjo Gabriel revela que Maria seria o receptáculo daquele que nasceria para salvar ao seus.

Que possamos ter a imagem acima inteligível em nossas mentes, que olhando para aquele que veio trazer Luz aos nossos caminhos, para que não mais tropeçássemos, entendamos que é por meio desta LUZ que chegamos ao íntimos conhecimento do PAI, que possamos aprender que ele sendo o resplendor da gloria de D-us, não usurpou ser igual a D-us mas se esvaziou, de maneira que se apresentou ao mundo da mesma maneira que é representado na Chanukiá acima, como a LUZ central e mais alta, mas que na realidade é a Shamash, isto é, a serva, aquela que serve para que as outras luzes possam ser acesas.

Que possamos entender que assim como em 164 A.E.C. aconteceu o milagre da vitória do menor sobre o maior, e a Luz resplandeceu por vários dias, também aconteceu o milagre da encarnação do VERBO, da introdução no plano físico daquele que nasceria para morrer e mesmo assim triunfar, e através de seu triunfo nos dar vida e vida com abundância, completamente iluminada pela LUZ , está LUZ que é LUZ dada ao mundo pelo PAI.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Chanuká ou Natal? O que devem comemorar os com fé em Yeshua (Jesus)?

Este comentário tem como alvo primeiramente os Judeus que creem em Yeshua como o Mashiach, e em determinado grau também aos gentios que se achegam ao Povo Judeu e mantem a fé em Yeshua.

Chanuká celebra a festa das luzes, e profeticamente celebra o dia em que a Luz Divina entrou no mundo, não pelo nascimento mas sim na concepção, isto é, no dia que o anjo Gabriel visitou e anunciou à Maria o que haveria de acontecer (Luc. 1.26-35), sendo que foi na concepção de Maria que aquele que é chamado de Luz do Mundo (Jo. 8.12) entrou no plano material verdadeiramente.



Para começarmos a esta explanação, partimos do seguinte principio: de que todas as festas bíblicas listadas em Levítico 23, e as festas perpetradas ao longos dos séculos pela tradição judaica até ao primeiro século, fazem intima e notável relação com os fatos decisórios da vida do Mashiach Yeshua; Neste caso específicos as festas de Chanuká e Sucot serão abordadas.

Outro ponto que frisaremos é a diferenciação de usarmos o termo “Natal” e a expressão “Nascimento do Mashiach”, sendo que o primeiro já está carregado de significância pejorativa, trazendo sempre o pacote de mitos, ornamentos, elementos pagãos além dos efeitos psicossociais de aumento do consumismo, caridade destituída da verdadeira fonte a qual seja de origem divina, emanada pela graça, sendo por isso e por muito mais, quando nos referirmos ao grande acontecimento da encarnação do Verbo utilizaremos a expressão “Nascimento do Mashiach”.
Nós, judeus que fomos alcançados pela fé no Mashiach Yeshua, temos como resposta à indagação feita no titulo do artigo: Chanuká, não somente por já celebrarmos desde cedo tal festival mas sim por termos entendido o “objeto” que projetou a “sombra” desta festa. Ao comentar um artigo que falava das leis cerimoniais eu fiz a seguinte assertiva : “ A questão que gostaria de compartilhar é sobre a lei cerimonial, pois para nós tudo que é relativo a culto cerimonial não foi de maneira alguma abolido, mas digamos assim que foi aperfeiçoado mediante as promessas de D-us que vaticinou que tal aperfeiçoamento ocorreria, digo com isso que as "sombras" do sacerdócio Levítico, o sistema templário e os festivais sempre tiveram o "Objeto", isto é, para que a sombra exista é necessário que haja um objeto que a projete num plano, sendo assim o que se cumpre em Yeshua é a revelação parcial deste "objeto", sem que haja com isso a desqualificação da “sombra”, que querendo ou não, para os nossos irmãos judeus que não chegaram a fé em Yeshua é o que vale até os dias de hoje; Neste plano que o "Objeto" e a "sombra" ainda figuram parcialmente juntos, há a possibilidade de se vincular a cada “sombra” o seu real “objeto”, e a visão que teremos do real objeto dependerá dos óculos que usamos para vermos a realidade, e estes óculos nada mais são que a tradição que adquirimos na concepção de nosso culto, quero dizer que a tradição cristão tem os seus óculos que vêem o “objeto” desvinculado de sua “sombra“, não digo que isso é errado mas sim que é uma das formas de se ver o plano, nós judeus com fé em Yeshua temos os óculos que por através destes vemos a íntima ligação entre “sombra” e “objeto”, e isso nos é dado por nossa tradição e pela revelação das Escrituras (I Cor. 3.16) , já os nossos irmãos judeus que não tem a fé em Yeshua tem a mesma tradição que nós, mas seus óculos estão riscados, turvos e como com que um véu postos sobre os olhos (I Cor. 3.14-15), veem apenas as sombras.
E é por vermos o “objeto”, Yeshua, que projeta esta “sombra” ,Chanuká, que celebramos esta festa neste período, mas desde já alertamos que não a celebramos da forma que parte de nosso Povo a tem celebrado nos últimos tempos, pois assim como na prática consumista Ocidental que impera no Natal, as comunidades Judaicas pelo mundo tem transformado a festa em desculpa para o consumismo e pseudo liberdade se igualando praticamente ao cerimonial vazio do Natal Ocidental, destituído de toda a carga memorial e escatológica que o festival se propõe em sua essência, essência esta que também se perdeu na maioria do lugares que o Nascimento do Mashiach é celebrado.

Alguns críticos podem dizer: como irei festejar algo que não está relatado no Cânon do “Antigo Testamento”, eu responderia que é melhor comemorar algo que não está relatado, do que algo que está praticamente abominado pelo Senhor nas Escrituras como o natal, pois então vejamos algo, a árvore de Natal, o visco, as coroas de azevinho, as velas, e a tradição das crianças enganando o Papai Noel, são todas de origem pagã, não há uma única palavra nas Sagradas Escrituras em favor de nenhuma delas. Mas ouçamos o que a Palavra de Deus diz: “Assim diz o SENHOR: Não aprendais o caminho dos gentios... Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado; com prata e ouro o enfeitam, com pregos e martelos o fixam, para que não oscile” (Jeremias 10.2-4).

Esclarecemos que a festa de Chanuká não configura no Cânon do “Antigo Testamento”, pelo fato de ter ocorrido em 164 A.E.C., séculos depois do fechamento do Cânon em seus 39 livros, mas ao menos temos algo que atesta a historicidade do festival, a passagem do “Novo Testamento” conforme o que segue: (João 10.22,23)“E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno. E Yeshua andava passeando no templo, no alpendre de Salomão.” Com base nesta passagem não podemos atestar com segurança que Yeshua estava a participar do festival, mas podemos ter a pretensa certeza que ao menos ele não se colocou numa posição contraria, pois sendo este um festival nacional inaugurado por Yahudá haMacabi na data do acontecido e incorporado ao calendário festivo se tornando um memorial, algum profeta enviado pelo Senhor deslegitimaria tal prática, a condenando como já o vez como por exemplo no caso de Jeroboão em (I Reis 12.32,33 - 13.34) que institui uma festa no oitavo mês quando o Senhor ordenara no sétimo e vários outros casos. Sendo que os que teriam a autoridade do alto para deslegitimar o festival não o fizeram, neste caso os profetas com autoridade seriam Yohanan benZakariah (João O Batista) e o próprio Yeshua, ficamos com o princípio inicial que adotamos.

Correlações entre Chanuká e a concepção de Yeshua.

1. Em Chanuká o Templo foi re-dedicado ao Senhor, Em Yeshua que acaba de ser concebido o Senhor re-dedica a si o seu novo Templo que conforme vemos é o corpo de Yeshua que acaba de tomar suas formas iniciais, (João 2.19-20 “Yeshua lhes respondeu: Destruí este Templo, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este Templo, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao Templo do seu corpo.”), e outras referencias que nós em Yeshua somos também santuários como em (1 Coríntios 3.16,17 “Não sabeis que sois santuário de D-us e que a Ruach HaKosech em vós? Se alguém destruir o santuário de D-us, D-us o destruirá; porque o santuário de D-us, que sois vós, é sagrado.”), (1 Coríntios 6.19 Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de D-us, e que não sois de vós mesmos?”), (2 Coríntios 6.16 Que ligação há entre o santuário de D-us e os ídolos? Porque nós somos santuário do D-us vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu D-us, e eles serão o meu povo.”) e fora o aspecto escatológico de ser o próprio Templo como podemos ver em (Apocalipse 21.22 “E nela não vi Templo, porque o seu Templo é o Senhor, D-us Todo-Poderoso, e o Cordeiro.”)

2. Em Chanuká houve o milagre e a luz não se extinguiu e iluminou o templo novamente , na concepção de Yeshua ele é o milagre, a luz que veio ao mundo conforme (Yochanan, João 8:12 “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”), (Yochanan, João 1:4,5) “Nele está a vida eterna, e essa vida dá LUZ a toda a humanidade. A sua vida é a LUZ que brilha nas trevas, e estas nunca poderão pôr fim a essa LUZ”. (I Kephas, I Pedro 2:9) “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa LUZ;” (Tehilim, Salmo. 27:1) “O Senhor é a minha LUZ e a minha salvação...” , (Yochanan, João 3:16-21). “D-us amou tanto o mundo que deu o seu único Filho para que todo aquele que nele crê não se perca espiritualmente, mas tenha a vida eterna. D-us não mandou o seu Filho para condenar o mundo, mas para o salvar. Para os que confiam nele como Salvador não há condenação eterna. Mas os que não confiam nele já estão julgados e condenados por não crerem no Filho único de D'us. E são condenados por a luz do céu ter vindo ao mundo, mas eles preferirem as trevas à luz, pois só fazem o mal. Eles odeiam a luz celestial porque querem pecar nas trevas. Afastam-se da LUZ com medo de os seus pecados serem postos às claras e sofrerem castigo. Mas os que procedem bem procuram a LUZ para que todos vejam que estão a fazer o que D-us deseja.”
E novamente de maneira escatológica em (Apocalipse 21.23 ) “A cidade não precisa de sol nem de lua para a iluminarem, pois a glória de D-us brilha sobre ela, e o Cordeiro é o seu candelabro.”


3. Em Chanuká se comemorou a vitória sobre os inimigos, com Yeshua comemoramos também a vitoria sobre o inimigo de nossas almas, sabendo a partir da concepção de Yeshua que o seu tempo já começou a ser cronometrado.

Nesta celebração, nós crentes temos a oportunidade de nos reconsagramos, re-dedicando nossas vidas integralmente ao Senhor. Não que precisemos de um dia específico para uma reconsagração. Afinal, estamos debaixo da graça de D-us. Mas, trata-se de uma oportunidade na qual podemos celebrar esta data, alegrarmo-nos coletivamente por termos sido salvos, agradecendo a D-us por este privilégio enquanto tantos ainda perecem separados do D-us de Israel. Além do mais, somos luz, mas vivemos em um mundo que jaz em trevas, que muitas vezes nos contamina, exercendo sobre nós todo tipo de influência negativa. Então, neste dia, sentimos a liberdade de fazer nossa reconsagração, declarando coletivamente que somos livres de qualquer peso e julgo em Yeshua Ha Mashiach. Se meditarmos um pouquinho, quantas vezes pecamos quando comemos, bebemos, ouvimos, vemos o que não deveríamos; tocamos em coisas que não deveríamos tocar, etc. Arrependemo-nos, então, e consagremo-nos ao Eterno. D-us nos dá a santidade, mas quem decide manter-se em santidade somos nós.

Neste vídeo abaixo, preste atenção nas legendas, pois elas fazem uma íntima conexão das festas bíblicas e judaicas com a trajetória de vida de nosso Mashiach Yeshua.


domingo, 22 de maio de 2016

Pessach Sheni - Segunda Páscoa

Celebra-se ao Crepúsculo de 14 de Iyyar de 5776 - 22 de Maio de 2016.




Referência Bíblica: Bamidbar Números 9:6-12:

“9.6 Houve alguns que se acharam imundos por terem tocado o cadáver de um homem, de maneira que não puderam celebrar a Pessach naquele dia; por isso, chegando-se perante Moshe e Aharon, 7 disseram-lhes: Estamos imundos por termos tocado o cadáver de um homem; por que havemos de ser privados de apresentar a oferta de YHWH, a seu tempo, no meio dos filhos de Israel?
8 Respondeu-lhes Moshe: Esperai, e ouvirei o que YHWH vos ordenará.
9 Então, disse o YHWH a Moshe: 10 Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando alguém entre vós ou entre as vossas gerações achar-se imundo por causa de um morto ou se achar em jornada longe de vós, contudo, ainda celebrará a Pessach à YHWH. 11 No mês segundo, no dia catorze, no crepúsculo da tarde, a celebrarão; com pães asmos e ervas amargas a comerão. 12 Dela nada deixarão até à manhã e dela não quebrarão osso algum; segundo todo o estatuto da Pessach, a celebrarão.”
Este fato nos faz lembrar da importância da escolha milimétrica de Nosso D-us em comandar os acontecimentos durante as 10 pragas para que a Saída do Egito se desse exatamente na fase de lua cheia para que o caminho fosse iluminado para a fuga, sendo que no meio do deserto a noite sem fonte de luz artificial a única forma de não se perder seria a luz natural de uma lua cheia em sua plenitude, vemos portanto o cuidado de Nosso D-us que bem poderia como fez mais adiante guiar o povo com um coluna de fogo e de nuvem mas permitiu que os Apontadores dos Céus como são chamados os Astros em Gênesis servissem de sinais memoriais perpétuos para toda a festividade ordenada por D-us.

Outra lição que podemos tirar desta segunda oportunidade de Festejarmos Pessach, é que mesmo que estejamos o mais impuros e contaminados ainda assim temos esperança nas Imensas Misericórdias de Nosso Eterno e Bondoso D-us em nos aceitar diante de sua presença para que em comunhão, que nos é outorgada somente pelo Sangue do Cordeiro, possamos celebrar a liberdade, a liberdade de não sermos mais escravos mas agora Servos a Serviço (Avodá) do Senhor.

Que esta segunda chance nos inculque a Misericórdia de D-us e não nos faça relapsos quanto a nossa necessidade de arrependimento e purificação das imundícias que nos contaminam, para que em obediência e amor possamos Celebrar ao Nosso Senhor a nossa Liberdade.
Costumamos comer um pedaço de matsáh neste dia.

Por Metushelach Cohen

sábado, 23 de abril de 2016

Sefirat HaOmer - Contagem de Omer - 49 dias desde Pessach à Shavuot





Sefirat HaOmer - A contagem do Omer é uma ordenança que se encontra registrada em Vayicrá (Levítico) 23:9-21 e diz respeito a contagem dia a dia dos 49 dias que vão do dia 16 mês bíblico de Nissan ate o dia 5 do mês bíblico de Sivan.

O primeiro dia da contagem do Omer começa no segundo dia de Chag HaMatsot (Festa dos Pães sem fermento) e o ultimo dia da contagem ocorre no dia anterior de

Shavuot (Semanas ou Pentecostes50°).

No Calendário gregoriano tal contagem ocorre do por do sol de 23 de Abril de 2016 até 12 de Junho de 2016.

Shavuot (Semanas ou Pentecostes50°) será ao por do sol de 12 de Junho.

Esta é um período de “contagem divina” que nos levou à dádiva da Torah gravada em pedras no Monte Sinai e muito mais tarde à dádiva da Torah gravada no coração e mente pelo derramar do Espírito de D-us sobre os apóstolos e depois sobre muitos dos judeus de vários países que celebravam Shavuot no Templo.

De acordo com os antigos sábios, a contagem do Omer, ou seja, estes 49 dias representam o caminho para a Teshuvá (arrependimento), um dia para cada um dos 49 “níveis de pecado” nos quais os filhos de Israel tinham sido degradados na escravidão no Egito.

Assim como há 49 níveis espirituais de impureza (Tumah), assim é dito que há 49 níveis espirituais de pureza (Taharah).

Normalmente meditamos sobre as Sagradas Escrituras em cada um dos 49 dias afim de elevar o nosso nível de arrependimento, e este processo é chamado de Madregot HaTaharah – “Escadas para purificação”. Em relação a esta elevação gradual é que liturgicamente alguns se dedicam a estudar e a praticar o dito “48 Caminhos de Sabedoria” que é a lista de 48 qualidades que alguém demonstra ao se preparar para o recebimento da Torah, e tal lista se encontra no Pirkê Avot (Ética dos Pais) no Capítulo 6:6 “A Torah é maior que o sacerdócio e da realeza; pois a realeza é adquirida [junto] com trinta distinções, e o sacerdócio com vinte e quatro; mas a Torah é adquirida através das 48 quarenta e oito seguintes qualidades: Com estudo, atenção auditiva, articulação verbal [do que foi estudado], percepção [intuitiva] do coração, reverência, temor, modéstia, alegria, pureza, auxílio aos Sábios, estreito vínculo com os colegas, debate perspicaz com os alunos, sobriedade, [conhecimento] das Escrituras [Tanach], da Mishná, reduzindo as atividades comerciais, reduzindo as preocupações com questões mundanas, reduzindo a indulgência no prazer [mundano], reduzindo o sono, reduzindo a conversa, reduzindo a risada, com lentidão para a ira, com um bom coração, com fé nos Sábios, com aceitação do sofrimento, consciente de seu próprio lugar [- nível], satisfazendo-se com o que tem, fazendo uma cerca em torno de suas palavras, não reivindicando créditos para si, sendo amado, amando o Onipresente, amando as [Suas] criaturas, amando os caminhos da justiça [e bondade], amando os caminhos da retidão, amando a repreensão [crítica], mantendo-se distante das honrarias, não sendo arrogante de seu próprio conhecimento, não tendo prazer em proferir decisões [de halachá], compartilhando o fardo de seu próximo, julgando-o favoravelmente, colocando-o [no caminho] da verdade; colocando-o [no caminho] da paz, deliberando meticulosamente em seu estudo, perguntando e respondendo, escutando e somando [informações ao estudo], aprendendo para ensinar, aprendendo para praticar, aumentando a sabedoria de seu mestre, ponderando adequadamente o sentido do que aprende, e aquele que profere algo em nome de seu autor. Certamente estudaste que: Todo aquele que diz algo em nome de seu autor traz salvação para o mundo, conforme foi dito: E Ester disse ao rei em nome de Mordechai.”

Shavuot é o objetivo final de Pessach, portanto a libertação foi dada por causa da revelação da Torah, nós somos chamados a santificação para a revelação pessoal ao engajarmos nestes 49 dias de Teshuvá – arrependimento, mudança de mente, retorno à D-us.

Shavuot era também uma festa ligada a agricultura, a contagem do Omer, era usada para marcar o 50° dia da estação do crescimento da colheita.

Omer aliás era que uma medida de 176 litros para secos, ou dito molho ou punhado dos primeiros produtos da colheita.

Um Korban (oferenda) especial que envolvia o ‘balançar dos dois Pães (levedados) – Shtei HaLechem simbolizando a ocasião.

Note que está era a única ocasião onde pães fermentados eram usados pelos sacerdotes para o Avodá (serviço ou culto no Templo)

Embora os antigos sábios não sondaram o porque do uso de um elemento antes proibido (levitico 2:11), profeticamente isto era a prefiguração do ‘novo ser humano’ diante do Altar de D-us (Efésios 2:14-15).

Então a contagem ate Shavuot (pentecostes) vai muito alem da revelação da Torah no Sinai e aponta para a grande revelação da mesma Torah dada no Monte Sião de forma internalizada (vide Isaías 2:3), (Miquéias 4:2).

O Sefirat HaOmer é sobre estarmos envoltos pelo Espiro Santo de D-us , que além de nos outorgar a Torah de forma internalizada nos faz produzir para apresentar ao Senhor os melhores frutos que as nossas vidas podem frutificar e assim caminharemos dia a dia para o cumprimento total e pleno de Jeremias 31:33-34:
“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz YHWH: Porei a minha Torah (lei) no seu interior, também no coração as inscreverei, e Eu serei o Seu D-us e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.”

terça-feira, 19 de abril de 2016

Páscoa - Pessach etapa por etapa no Calendário.

פֶּסַח

Segue o dia a dia do Festival de Pessach no mês de Nissan

Dia 08/04/16 após o crepúsculo
Primeiro dia de Nissan (1° mês Bíblico)
Rosh Chodeshim (Cabeça dos Meses) Lua Nova


Tradição: Toca-se o Shofar para mostrar a dependência que temos de Adonai Tsvaot em nos proteger e iluminar em meio a escuridão da noite de lua nova.
Êxodo 12:2, Números 10:10, II Crônicas 2:4

Essência ou entendimento prático : Mesmo que passemos por fases de escuridão em nossas vidas temos que depender do Senhor dos Exércitos para pelejar em nossas batalhas pessoais, e termos a fé e a confiança que poderemos Bradar em Alto som como o som do Shofar (Trobeta) que pela Misericórdia do Eterno iniciaremos uma nova fase de brilho crescente.

Shaul (Paulo) exorta aos Colossenses que não se deixassem levar por julgamentos infundados dos Gnósticos e Ascetas acerca da celebração das festas e LUAS NOVAS, sendo que eles mesmo não sendo circuncisos celebravam por julgarem ser bom o aprendizado sobre as Sombras que Delimitam a vida e obra do Mashiach, conforme Colossenses 2:16-17



Dia 15/04/16 após o crepúsculo


Tradição: O Grande Dia da escolha e recolhimento aos lares do Korbam Pessach (Cordeiro Pascoal) em meio a família que ao conviver com o cordeiro, além de constatar ser ele sem mácula e defeito, criava-se um vínculo com a animal, causando pesar em se ter que sacrificá-lo pois a família que se apegou a ele sentiria o vazio de sua ausência que pela convivência mesmo que curta gerou laços.
Êxodo 12:3.

Yeshua que é o Cordeiro que tira o pecado do mundo também foi recolhido ao convívio dos de Yerushalaym em um Shabat HaGadol entrando montado num jumentinho sendo aclamado Filho de David.
A sua convivência na Cidade Santa foi curta mas criou laços, que levou muitos que choraram sua ausência adquirir a profunda consciência do ato dele no Madeiro, que assim como o Cordeiro de Pessach foi sacrificado para que o seu sangue desse vida e vida com abundancia aos primogênitos do Senhor, a saber, aos que creram no sentido do Sangue Derramado no Madeiro e que são agora são chamados de Filhos e não mais apenas criaturas.


Alguns dias antes e inclusive na sexta-feira 22/04/16 até algumas horas antes do
Crepúsculo isso ainda no dia 14 de Nissan


Tradição: Deve ser retirado todo o Chametz ( Fermento – Levedura), de dentro de casa, tendo que ser vendido ou queimado tudo que for achado nos cantos, buracos e bolsos dentro dos lares.
Hametz é toda a fermentação ocorrida nos grãos como Trigo, Cevada, Aveia, Centeio ou Espelta.
Êxodo 13:3-7.

Shaul (Paulo) faz uma referência muito boa como segue “Pelo que façamos festa não com o fermento velho,nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade. 1 Coríntios 5:8”
Yeshua também associa o fermento à falsas doutrinas de homens, que consequentemente levarão ao pecado conforme Mateus 16:11-12 e Marcos 8:15.

Essência: Devemos aproveitar este período de busca e descarte do Chametz (Fermento) para ficarmos introspectivos quanto aos pecados que se encontram em nossos mais recônditos esconderijos da alma, devemos assim como a tradição rabínica o faz, achar cada migalha daquilo que nos infla e faz crescer em orgulho e altivez perante ao Senhor ao nossos irmãos, e descartá-los, os queimando no fogo purificador do Arrependimento trazido pelo convencedora Ruach HaKodesh (Espírito Santo).


Agora segue um pouco da Liturgia Sinagogal em suas Leituras Festivas.


Erêv Pessach
Segunda 22/04/16 ao Crepúsculo

Leituras para Erêv Pessach
Porção Erêv Pêsach: Ex 33:12 á 34:26 - Lev. 23:4-8 - Num 28:16-31
Brit Hadashá: João 13:1 á 17:26
Acendimento das luzes (velas) de Shabat antes do por do Sol


Pessach
Sexta 22/04/2016 a Noite após o aparecimento de três estrelas no horizonte poente
Seder (Ceia) de Pessach

Seudat HaMashiach – Ceia do Senhor.
(o corpo e o sangue do Messias na nova aliança)
Sangue - vinho; corpo - Matzá (pão sem fermento)
Yom haMatzot – Festa dos Pães sem fermento.
(não se come nada fermentado neste dia)

Shabat à Noite 23/04/2016
2°Seder (Ceia) de Pessach
Seudat HaMashiach – Ceia do Senhor.
(o corpo e o sangue do Messias na nova aliança)
Sangue - vinho; corpo - Matza (pão sem fermento)
Yom haMatzot – festa dos Pães sem fermento.
(não se come nada fermentado neste dia)
Leituras para Pessach
Porção de Pessach: Ex. 12:21-51 (Maftír – Nm. 28:16-25),
Brit Hadashá: João 18:1-19:42

Domingo ao crepúsculo 24/04/16:
Contagem do Ômer; 1° dia do Ômer
Ler salmo 107: 1 á 7
Yom haMatzot – festa dos Pães sem fermento.
(não se come nada fermentado neste dia)

Segunda ao crepúsculo 25/04/2016:
Contagem do Ômer; 2° dia do Ômer
Ler salmo 107: 8 á 9
Yom haMatzot – festa dos Pães sem fermento.
(não se come nada fermentado neste dia)

Terça ao crepúsculo 26/04/2016:
Contagem do Ômer; 3° dia do Ômer
Ler salmo 107: 10 á 16
Yom haMatzot – festa dos Pães sem fermento.
(não se come nada fermentado neste dia)

Quarta ao crepúsculo  27/04/2016:
Contagem do Ômer; 4° dia do Ômer 
Yom haMatzot – festa dos Pães sem fermento.
(não se come nada fermentado neste dia)
Ler salmo 107: 17 á 23

Quinta ao crepúsculo 28/04/2016:
Contagem do Ômer; 5° dia do Ômer
Yom haMatzot – festa dos Pães sem fermento.
(não se come nada fermentado neste dia)


Dia 30- Ultimo dia de Yom haMatzot – Festas dos pães sem fermento - Termino ao por do sol

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Hoje é Shabat Hagadol (O Grande Sábado)

O Shabat imediatamente anterior à Pessach é denominado “Shabat Hagadol” (O Grande Sábado), em recordação do preceito divino da escolha e do recolhimento do cordeiro para o sacrifício pascal:

דברו אל־כל־עדת ישראל לאמר בעשר לחדש הזה ויקחו להם איש שה לבית־אבת שה לבית׃

“No décimo dia do mês tomará todo o varão um cordeiro por família”
(Êxodo 12:3)
Segundo o Talmud no ano em que o povo de Israel saiu do Egito, o dia 10 de Nissan caiu em um Shabat.
Como o cordeiro era um dos animais representativo de um divindade, o deus Amon do Egito, o povo Hebreu demonstrou a sua total confiança em D-us, pois a separação para inspeção e posterior abate de um cordeiro geraria uma eminente reação de ira dos egípcios, por estarem os hebreus depreciando uma das figuras de suas divindades e prestes a sacrificar tão grande quantidade de um animal tão significativo como o carneiro.


Representação do deus Amon em forma de Carneiro
na entrada de um Templo Egípcio.

Vemos portanto o quão grande foi este dia, pois D-us de forma milagrosa permitiu que seu povo, mesmo com a humilhação da divindade egípcia, conseguisse cumprir a primeira mitsvá dada ao povo de forma coletiva (Orach Chaim 430:1).

De acordo com midrash (Tosafot Shabbat 87b), os Hebreus explicaram o motivo de terem que sacrificar os cordeiros, e disseram ser uma ordem direta de Adonai, e quem não a cumprisse teria seus primogênitos mortos, assim como os primogênitos dos egípcios seriam acometidos por tal praga posteriormente. Quando os primogênitos egípcios ouviram isso, pediram a seus pais e ao Faraó para que deixassem os Hebreus irem, mas seus gritos foram ignorados até uma guerra civil eclodir, na qual muitos egípcios foram mortos. Esta guerra interna foi chamado de Guerra dos Primogênitos e é considerado um grande milagre que ajudou na libertação dos Hebreus da escravidão no Egito.

Durante o período do Templo em Jerusalém, era de praxe obter o cordeiro pascal 4 dias antes da páscoa, assim os adoradores poderiam ter certeza que os seus cordeiros pascais estavam completamente sem defeito, pois ao se detectar algum defeito o cordeiro seria desconsiderado para o sacrifício de páscoa.
Isto era feito para cumprir as instruções dadas em Êxodo 12 que instrui que o cordeiro a ser oferecido deveria ser sem defeitos. O interessante é que este período permitia que cada família torna-se intimamente ligada ao cordeiro, assim tal não era simplesmente um animal para o abate, mas o ‘cordeiro deles’. (Êxodo 12:15) e na tarde de 14 de Nisan os cordeiros eram publicamente sacrificados por “toda a congregação” (Êxodo 12:6) posteriormente houve a aplicação do sangue do animal em suas portas, nos umbrais.

Depois da destruição do Templo o “judaísmo rabínico” assumiu a liderança do povo judeu agora em diáspora.
A ideia dos sacrifícios foi mudada para: oração, práticas de caridade e estudo da Toráh.
Então os rabinos pós Templo substituíram o costume de adquirir um cordeiro pascal, por uma mensagem especial a ser dada aos judeus nesta data denominada de Shabat HaGadol, usualmente ministrada por um sábio em Toráh que discursa sobre as leis referentes a Pêssach e que no dia seguinte lidera a distribuição de Matsot aos pobres.

 Yeshua entra Triunfalmente em Yerushalaym

A última Pessach de Yeshua iniciou-se algum tempo antes que o Festival começasse realmente, (João 12:1-33). Depois de visitar o seu amigo Lázaro em Betânia, Ele foi a Yerushalaym pouco antes de a cidade se encher de peregrinos para celebrar o feriado. No dia 10 de Nisan ele entrou na cidade, montado num jumento para anunciar o Seu Messianismo, este era o momento em que o Cordeiro de Páscoa “Korban Pessach” estava sendo escolhido para o sacrifício, assim Yeshua se relaciona à figura do cordeiro que é examinado por quatro dias antes de seu sacrifício pois igualmente ele também o foi diante das autoridades de Yerushalaym para ser considerado sem máculas, defeitos ou rugas para remissão dos pecados do mundo.

Yeshua foi enviado para ser o verdadeiro Cordeiro de D-us (Seh HaElohim) sem mancha ou defeito.
A Cidade Santa teria sido um lugar movimentado, repleto de emoção e (devido à opressão romana) cheio de expectativa messiânica. Incontáveis judeus teriam se mobilizado em todo o mundo para observar a Pessach com suas famílias.

Note que quando Yeshua entrou pela primeira vez a cidade, Ele foi recebido pelos gritos dos peregrinos vindos para o Festival, que bradavam : "Hosana" palavra proveniente da frase aramaica "Hoshiah na" (הוֹשִׁיעָה נָּא), que significa "salve eu" ou "me salvar". Os peregrinos judeus cantavam  o Salmo 118:25-26 e aplicavam-no ao maior Filho de David, Yeshua, que já estava no meio deles.
Por um momento o povo judeu que ali estava em Jerusalém deu um louvor correto para Yeshua como o Mashiach Ben David (filho de David).
Após entrar em Yerushalaym, Yeshua imediatamente foi ao Templo e expulsou todos os cambistas virando mesas e cadeiras. (Mateus 21:12).
Yeshua foi crucificado antes do por do sol em 14 de Nisan, profeticamente correspondendo com o horário do sacrifício do cordeiro pascal no Templo.
Ele permaneceu na cruz por mais ou menos 6 horas, de “9 da manha” ate as “3 da tarde”. (Mateus 27:45) E seu corpo foi removido da cruz antes do por do sol.

Haftará  (porção de leitura dos profetas)

Uma porção dos profetas é especialmente lida neste Shabat, Malaquias 3:4-24, que ela fala de uma futura redenção.
Assim, pois os nossos sábios do Talmud ensinaram:
‘o Rabino Yehoshua disse; No mês de Nisan os nossos ancestrais foram libertos do Egito, e no mês de Nisan eles serão novamente redimidos no futuro’ Talmud tratado Rosh Hashaná 11ª.

A Haftará termina assim: "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do S-NHOR;" Malaquias 4:5

Como quase todos os profetas nas escrituras, há um aspecto dualístico nas profecias. Primeiro João Batista (Imersor) foi identificado pelo Mashiach Yeshua como o Elias que havia de vir’ (Mateus 11:14). João preparou o caminho para o trabalho do Mashiach e ele convenceu muitos judeus daquela época em fazer Teshuvá (retornar para os caminhos de D-us) através de sua pregação de arrependimento.

Então realmente “Elias” veio como o dia da salvação do nosso D-us, mas entretanto ainda há o Grande e Terrível Dia do Senhor por vir, muito chamado de tempo da tribulação, ou o fim dos dias. Alguns acreditam que Elias reaparecerá durante os anos da tribulação como uma das 2 testemunhas para anunciar a vinda do Messias para iniciar o Reino e destruir o Anticristo. (Apocalipse 11:3-6)

Livre adaptação da tradução e acréscimos por Metushelach ben Levy do artigo publicado no site: http://www.hebrew4christians.com/Holidays/Spring_Holidays/Shabbat_HaGadol/shabbat_hagadol.html

sexta-feira, 25 de março de 2016

Yeshua e a Pessach (Páscoa Judaica)

Yeshua celebrou o Sêder* com seus discípulos. Junte-se a nós nesse rápido passeio através das partes que compõem um tradicional Sêder de Pessach e atente aos pontos que são significativos, de maneira especial, aos crentes em Yeshua.
*Seder significa ORDEM. É a forma de como é organizada ordenadamente o jantar que é feito na primeira noite de Pessach.


A retirada do fermento
RITUAL DE ELIMINAÇÃO DAS IMPUREZAS
Não comereis nenhuma coisa levedada;
em todas as vossas habitações comereis pão ázimo”(Ex. 12,20)
Antes do início da Pessach (Páscoa judaica), todo o Chametz (fermento), que é um símbolo de pecado (1 Co 5:6-8), deve ser retirado do lar judeu. A casa é limpa de cima a baixo e qualquer coisa que contenha fermento é retirada. Então, na noite antes de Pessach, o chefe da casa toma os utensílios tradicionais de limpeza: uma pena, uma colher de madeira e um saco, e faz uma busca na casa por algum resíduo de fermento que talvez tenha sido esquecido .
Shaul (Paulo) faz uma referência muito boa como segue “Pelo que façamos festa não com o fermento velho,nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade."( 1 Cor.5.8).

Lavagem das mãos 
Uma vez que o fermento é removido, a família senta-se ao redor da mesa e cerimonialmente lava as mãos com uma bacia e uma toalha. Yeshua também participou dessa tradição, mas em vez de lavar suas mãos, Ele levantou-se da mesa e lavou também os pés de seus discípulos, dando-nos uma lição, sem igual, de humildade. (João 13:2-17).


Acendimento das velas
Estando a casa e os participantes limpos, o Sêder de Pessach pode começar. A mulher da casa profere uma bênção e acende as velas de Pessach. Convém que a mulher traga a luz para o lar, pois foi através da mulher que a luz do mundo, Yeshua o Mashiach, veio ao mundo (Gn 3:15).

Hagadá

Hagadá significa "relatar, contar" – o contar da história da Páscoa judaica. A história é contada em resposta a quatro perguntas feitas pelas crianças:

“E acontecerá que, quando seus filhos disserem: Que ritual é este? Então dirão: Este é o sacrifício de Pessach à ADONAY, que passou sobre as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou. E foram os filhos de Israel, e fizeram isso como ADONAY ordenara a Moshe e a Aharon, assim fizeram. (Êxodo 12:26-28)

1- Porque está noite é diferente das outras noites?
2- Porque todas as outras noites nós comemos pão com fermento e esta noite só comemos Matzah (pão sem fermento)?
3- Todas as outras noites nós comemos todos os tipos de ervas então porque está noite comemos apenas ervas amargas?
4- Todas as outras noites nós não molhamos nossas ervas na água salgada então porque esta noite nós molhamos as ervas com água salgada 2 vezes? Também nas outras noites comemos sentado ou reclinado porque esta só comemos reclinados?
O pai passa a contar a história do êxodo do Egito, lendo um livro chamado de “Hagadá” e usando símbolos e objetos a fim de prender a atenção dos pequeninos e responder cada uma das perguntas.

A primeira taça de vinho

O Sêder começa com uma bênção recitada na primeira das quatro taças de vinho: “BARUCH ATÁ ADONAI, ELOHÊNU MÊLECH HAOLAM BORÉ PERI HAGÁFEN” = “Bendito és tu, Senhor, nosso D-us, Rei do Universo, que criaste o fruto da vide”. O próprio Yeshua abençoou a primeira taça em Lucas 22:17-18.

A segunda taça de vinho

A segunda taça é para nos lembrar das Dez Pragas e do sofrimento dos egípcios quando endureceram o coração para o Senhor. A fim de não nos regozijarmos com o sofrimento de nossos inimigos (Pv 24:17), derramamos uma gota de vinho (que é o símbolo da alegria) enquanto recitamos cada uma das Dez Pragas, lembrando-nos, assim, que nossa alegria é diminuída com o sofrimento dos outros.



Afikoman


 Ocorre, então, uma tradição muito curiosa. Junto à mesa, está um saco com três compartimentos e três matzás. O matzá do meio é retirado, partido e metade é posta de volta ao saco. A outra metade é enrolada em um guardanapo de linho e escondida para ser retirada mais tarde, após a refeição. Cada uma das Matzot representam os patriarcas Avraham, Yitzhak e Yaakov, a do meio que é quebrada representa Yitzhak, e figura o Mashiach que assim como Yitzhak foi dado em Sacrifício no Monte Moriáh, assim como a Matzá do meio é quebrada em duas partes assim é as vindas do Mashiach uma já desvendada outra ainda a ser revelada da mesma maneira que o Afikoman é revelado apenas no fim.

O prato do Sêder


Os rabinos têm planejado uma série de lições de coisas [lições com a utilização de objetos] para prender a atenção dos pequenos durante o Sêder pascal. Esses itens são experimentados por cada pessoa, já que cada uma é instruída a se sentir como se tivesse feito parte da saída do Egito.

Karpás – verduras

O primeiro item é o karpás, ou verduras (geralmente salsa), que é o símbolo da vida. A salsa é mergulhada em água salgada, símbolo de lagrimas, e ingerida para nos lembrar de que a vida de nossos ancestrais foi imersa em lágrimas.

Betsá - ovo

Um ovo assado está no prato do Sêder para trazer à memória o sacrifício diário no templo, que não pode ser mais oferecido, já que o templo não existe mais. Exatamente na metade do Sêder pascal, os judeus são lembrados de que não possuem sacrifício para torná-los justos perante D-us.

Maror – erva amarga

Geralmente, trata-se da planta conhecida como raiz-forte (moída) e come-se (juntamente com o matzá) até que uma lágrima saia dos olhos. A não ser que experimentemos primeiro o amargor da escravidão, não podemos apreciar a doçura da redenção.

Charósset

O charósset é uma mistura doce de maçãs e castanhas picadas, mel, canela e um pouco de vinho tinto Manischewitz (kosher para a Páscoa judaica) apenas para dar cor! Essa mistura doce, amarronzada e pastosa simboliza o barro que nossos ancestrais usaram para fazer os tijolos na terra do Egito. Por que será que nos lembramos de uma experiência tão amarga com algo tão doce? Os rabinos têm uma boa interpretação: mesmo o mais amargo dos trabalhos pode ser doce quando nossa redenção se aproxima. Isso é verdade, em especial para os crentes no Mashiach. Podemos encontrar a doçura inclusive na mais amarga das experiências porque sabemos que a vinda do nosso Senhor está próxima.

Perna de cordeiro

Em cada lar judaico, em cada prato do Sêder, está uma perna de cordeiro (com o osso à mostra). No livro de Êxodo, os primogênitos judeus foram poupados pelo Anjo da Morte ao se passar o sangue de um cordeiro inocente, imaculado nas ombreiras e na verga da porta dos lares, já que D-us levaria o povo da escravidão para a liberdade. Hoje, cremos que Yeshua é esse perfeito cordeiro pascal e quando passamos Seu sangue nas ombreiras e na verga de nossos corações, também nós vamos da morte para a vida, da escravidão do pecado para a liberdade de ser um filho redimido de D-us. Como João Batista disse quando viu Yeshua se aproximando dele, “Eis o Cordeiro de D-us, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29).

A Refeição

Ah, mesmo em meio às maravilhas da tecnologia moderna, ainda podemos levar a você a parte mais memorável da Páscoa judaica… a refeição, do mesmo modo que a vovó costumava fazer! Apenas imagine: sopa quente de frango, com a fumacinha saindo, e enormes bolinhos macios de matzá; mais um pouco de matzá; fatias de um gefilte fish (bolinho de peixe) de sabor picante feito em casa com raiz-forte bem ralada (que faz você chorar); mais matzá; fígado picado (com bastante schmaltz – gordura de frango ou de ganso - e cebolas fritas crocantes) em uma camada de alface; mais matzá; mais cebolas fritas crocantes ao lado; mais matzá... e isso que é somente o aperitivo!

A seguir, vem a refeição… você consegue sentir o cheirinho? Peito bovino macio, adocicado, com repolho; mais matzá; costela bovina (em corte judaico) feita em casa; frango ensopado, frango de panela, frango grelhado, frango cozido, frango sautée, frango assado, mais matzá; peru inteiro assado; mais matzá; ervilhas recém cortadas e com cebolas; mais matzá; cenoura e tsimes de ameixas-secas; mais matzá; batata doce e tsimes de uvas passas; mais matzá; purê de batatas feito em casa e repleto de manteiga; mais matzá!

Você guardou espaço para a sobremesa? Bem, você terá de esperar, porque agora é a hora de continuar com o Sêder!

Em busca do afikoman

Depois do término da refeição, o líder do Sêder deixa as crianças livres para encontrarem o afikoman, que havia sido embrulhado em um guardanapo e escondido antes. A casa fica em polvorosa, já que todo mundo se apressa para ser o primeiro a encontrar o afikoman e reivindicar o prêmio quando o vovô o toma do localizador sortudo. O valor corrente equivale a U$5,00! Tendo o líder recuperado o afikoman, ele o despedaça e o distribuí em pedacinhos para todos que estão sentados ao redor da mesa. Os judeus realmente não compreendem essa tradição, mas as tradições não precisam ser compreendidas – apenas seguidas! Contudo, crê-se amplamente que esses pedaços de afikoman trazem uma longa e boa vida aos que os comem.

A tradição talvez date da época de Yeshua. Se for esse o caso, então Lucas 22:19 assume um sentido maior: "E tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim". Pois Yeshua, o Mashiach teria tomado, dos três, o matzá do meio, o pedaço que ficava para o sacerdote, o mediador entre D-us e o povo, partido (como Seu corpo seria partido), envolvido parcialmente em um guardanapo de linho (como Ele seria envolto em linho para o funeral), o escondido, (assim como Ele foi enterrado), o trazido de volta (assim como Ele seria ressuscitado), e o distribuído a todos os que se assentavam com Ele (assim como Ele iria ainda dar a Sua vida para todos os que cressem). Como Ele assim o fez, estava consciente de que o pedaço de matzá do meio representava Seu próprio corpo imaculado dado para a redenção de Seu povo. Assim como o matzá é todo marcado e perfurado, Seu próprio corpo seria mais tarde marcado (pelos açoites) e perfurado e é por essas pisaduras que fomos sarados (Isaías 53:5). O pedaço de matzá do meio, ou o afikoman, é nosso pão da Santa Ceia.

A Terceira Taça

A terceira taça de vinho é tomada após a refeição. È a taça da redenção, que nos faz lembrar do sangue derramado do Cordeiro inocente que trouxe nossa redenção do Egito. Vemos que Yeshua tomou a terceira taça em Lucas 22:20 e em I Coríntios 11:25, “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim”. Essa não foi simplesmente uma taça qualquer; foi a taça da redenção da escravidão para a liberdade. Essa é a nossa taça da Santa Ceia.

A Quarta Taça

A quarta taça é a Taça de Hallel (ou halel). Hallel, em hebraico, quer dizer "louvor," e vemos na bela Oração Sacerdotal de João 17, que Yeshua usou seu tempo para louvar e agradecer ao Senhor no fim do Sêder pascal, sua última ceia. O Cordeiro Pascal imaculado tinha louvor em seus lábios quando estava a caminho de Sua morte.

A Taça de Elias

Um lugar estabelecido permanece vazio para o profeta Elias, o convidado de honra em cada mesa pascal. Os judeus esperam que Elias chegue na Páscoa judaica e anuncie a vinda do Mashiach (Malaquias 4:5). Então, um lugar é reservado, enche-se uma taça com vinho e os corações ficam na expectativa de que Elias venha e anuncie as Boas Novas. No final da refeição pascal, uma criança é enviada à porta para abri-la e ver se Elias está lá. Todos os anos, a criança retorna desapontada e o vinho é derramado fora sem ser tocado. Meu povo espera e anseia pelo Mashiach – eles não percebem que o Mashiach já veio, mas os de nós que crêem em Yeshua sabem que é dele de quem o profeta falou. Ele é o Cordeiro Pascal imaculado e sem defeito, cujo corpo foi partido por nós, cujo sangue foi derramado e que agora vive para dar Sua vida a todos nós que colocarmos Seu sangue nas ombreiras e na verga de nossos corações e que passamos da morte para Sua vida eterna.


Texto adaptado e acrescido por Metushelach de Texto publicado em http://www.povoescolhido.com.br/index.php?id=92



quarta-feira, 23 de março de 2016

Próxima Festa - Purim

Festa de Purim acontece este ano no dia 23 de Março.


A festa de Purim é celebrada anualmente pelos judeus de todo o mundo, ela relembra o período do império Persa sob o domínio do rei Achashverosh (Assuero) onde ocorreu o livramento do povo judeu das mãos de um terrível inimigo cujo nome era Hamã, essa história está relatada no livro de Ester da Bíblia sagrada conhecido em hebraico como Meguilá de Ester. O termo Pur apresenta ter origem persa e significa “Sorte” como Purim está no plural, portanto “sortes”, esse nome dá-se em função dos vários sorteios realizados por Hamã, que os realizava para determinar o dia e o mês mais propício para atacar os judeus, os persas tinham suas crenças voltadas ao zodíaco e creditavam muita honra aos astrólogos e magos dentre os quais provavelmente foram consultados por Hamã para lançarem as sortes. A guematria (Arte de somar as letras hebraicas, visto que cada letra possui um valor numérico) de Purim dá um total de 336, ou seja: Pei S=80, Vav Y=6, Resh I=200,Yud W=10 e Mem F= 40, somando 336 teremos 12 que é o total das tribos de Israel, com isso concluímos que a tentativa de Hamã era na verdade um plano diabólico perpetrado por satanás para aniquilar não somente Mordechai (Mordecai) mas todo povo judeu, o dia exato do livramento foi no dia 13 de Adar (mês que corresponde entre os meses de Fevereiro e Março) para a grande maioria das pessoas o número 13 soa como um número de azar isso dentro das culturas ocidentais principalmente quando cai num dia de sexta-feira como no caso das sortes lançadas sobre os judeus nos dias de Ester, mas no contexto judaico esse número é muito querido e representa o amor, a soma da palavra amor (Achavath) em hebraico é 13) quando somamos o número 13 temos 4 que representa o mundo, temos 4 estações no ano, 4 pontos cardeais no planeta, 4 evangelhos entregues á humanidade que se resumem em João 3:16, e assim por diante, concluí-se que pelo dia do livramento, que Hamã queria destruir os judeus não somente na Babilônia então sob domínio persa, mas em todo o mundo, o que demonstra que a preocupação de Hamã não era apenas com Mordechai (Mordecai), ao somarmos o numero12 teremos o valor numérico de 3 que representa mudança de estado ou transformação de situação, basta lembrarmos que Pedro teve sua situação espiritual alterada seu estado emocional modificado no ato de suas três vezes que negou ao Mashiach (Mt.26:69á75) essa alteração retrata bem o fato acontecido com os judeus nos dias de Ester, em contraste com a situação de Pedro tudo parecia perdido para Mordechai e para os judeus, mas de súbito houve uma mudança de estado emocional e de situação para ambos, na tentativa de extermínio ocorreu o livramento.

Em Purim todas as coisas ocorrem de forma oculta, os personagens agem à surdina e a trama se desenrola como num de filme de suspense, eles se revelam no final do evento trazendo um desfecho inesperado, ou seja, a vitória dos judeus.

O 1º personagem oculto é o próprio rei Achashverosh, que demonstrou com suas atitudes primárias sua total incapacidade de reinar, isso ele demonstra quando vende o povo judeu por nada para Hamã, um rei de verdade não teria tal atitude sem antes investigar á fundo as acusações contra eles proferidas.

O 2º personagem é Ester, palavra de origem hebraica e significa estrela, uma pessoa cativante, charmosa e sensual, o nome vem do verbo hebraico “mastir” que significa “esconder, ocultar” o nome verdadeiro de Ester era Hadassa que significa “murta” uma espécie de arbusto com o qual se fazem cercas vivas, tanto a origem quanto o significado do nome de Ester demonstram o papel importante que ela desempenhou na história. Sua beleza foi o item primordial na escolha do rei e seu brilho cativante descortinou a atitude de Hamã o levando a sua própria destruição, ela era prima de Modechai e vencedora do primeiro concurso de beleza de que se tem notícia na história, depois de pronta foi levada á presença do rei que não conseguiu conter-se ao ver o charme e a sensualidade dela, durante todo o tempo ela se manteve escondida (mastir) não revelando sua identidade judaica, mesmo após ter se transformado em rainha, assim ela personifica o novo Israel de D-us munido de ex-gentios (ICo.12:2-Ef.2:11á14) agora novos frutos na comunidade de Israel através do enxerto (Rm.11), por um período extenso de mais de um milênio e meio a Igreja de Yeshua assumiu características contradizentes em relação á sua origem judaica permanecendo oculta por todo esse tempo e negando com isso os princípios de Yeshua para com sua Igreja em relação ao seu povo de começar primeiro com o judeu (Lc.24:47-Rm1:16), a mesma atitude teve Ester ao saber da situação do povo judeu na Pérsia (Et.4:11) a resposta de Mordechai soa como um sinal para a Igreja de Cristo (Et.4:13-14) acerca disso valem as palavras de Paulo “não presumais de vós mesmos” (Rm.11:25), agora nos últimos dias a Igreja está se revelando aos poucos resgatando suas origens, seus padrões e princípios bíblicos judaicos assim como Ester teve que se manter escondida, essa união entre os messiânicos (Mordechai) e os evangélicos unificam a igreja e tem e estará se transformando numa grande muralha (murta) de proteção espiritual em torno de Israel nos últimos dias que novamente terá de passar pela aflição do desejo de seus inimigos de verem a sua destruição, nesse contexto Ester representa a Igreja profética dos últimos dias que através da intercessão e jejum estará contribuindo de forma ineficaz junto ao rei Yeshua em favor do povo judeu gerando sua proteção e proclamando sua paz (Sl.122:6).

O 3º personagem é Hamã, seu nome significa estar quente, morno, vem da origem Hamas que significa violência, maldade, injustiça. Hamã foi uma espécie de inimigo oculto, que além de violento, usou de maldade e injustiça contra Mordechai e os judeus, ele não se satisfaria com nada menos que a destruição do povo judeu, no decorrer da história da humanidade vários Hamãs tem surgido no caminho de Israel, homens “quentes” e violentos como o general Tito de Roma em 70dc, as cruzadas na Europa sob o sistema de Roma, a inquisição católica, Hitler, os Palestinos com seus homens bomba, o Irã com a tentativa declarada diante da comunidade mundial de exterminar Israel do mapa e outros sempre tiveram e têm princípios mortais para o povo judeu, mas todos eles terão que provar o próprio veneno assim como Hamã foi enforcado na sua própria forca.

O 4º personagem é Mordechai, a origem do nome é babilônica, e deriva do nome Maduk, um deus mitológico da Babilônia, os judeus da Pérsia costumavam dar nomes babilônicos aos seus filhos, Mordechai era primo de Ester, era da tribo de Benjamim descendia de Jair, Simei e Quis, este era pai de Shaúl o primeiro rei de Israel, um dado importante na vida de Mordechai, visto que Hamã era agagita descendente do rei Agague dos amalequitas na época inimigo declarado do rei Saul, após a morte dos pais de Ester Mordechai a adotou e criou educando como se fosse sua filha, durante a história ele instruiu Ester concedendo a ela vários livramentos e a mantendo em conexão com o rei Achashevosh através de seu comportamento, na pessoa de Mordechai temos figuradamente o judaísmo messiânico (judeus crentes em Yeshua) que surgiu nos dias de Yeshua e está ressurgindo das cinzas nos últimos dias, os judeus messiânicos vem interagindo com a Igreja de Yeshua (Ester) e trabalhando arduamente para a salvação do povo judeu através de Yeshua, assim como Mordechai, educando a Igreja no relacionamento com o Rei Yeshua, através de instruções e conselhos nos padrões judaicos das escrituras, isso está acontecendo mesmo que ainda pareça aos olhos de muitos, não ser possível devido aos vários conceitos religiosos e ao proselitismo existente entre ambas as partes, esta acontecendo em oculto á vista da comunidade mundial religiosa, o mesmo ocorreu com Ester que recebia essas instruções ás escondidas, os fatos na história de Ester demonstraram a atualidade que vivemos nos nossos dias, pois Israel se vê a sombra de um terrível ataque anti-semita (oposição á Israel) a qualquer momento, Hamã transfigura o terrível anti-semitismo contra os judeus e sua inimizade contra Ester específica o personagem do Anti-Cristo, ambos serão resistidos e destruídos mediante a união entre Mordechai e Ester (Judeus Messiânicos e Evangélicos) Cristo realizou o obra de unificação entre judeus e gentios (Ef.2:14) e as atitudes impensadas dos dois povos criaram novas barreiras, nossas barreiras devem ser quebradas o mais rápido possível para juntos agirmos em favor de Israel e do reino de Yeshua. Assim como Mordechai ocupou uma posição de destaque no reino de Achashverosh, o judaísmo messiânico também terá no casamento de Yeshua com sua Igreja, na festa das bodas(banquete de Ester) e no reino de Yeshua.

5º personagem é D-us, em nenhuma passagem do livro de Ester está mencionada a palavra D-us, talvez pelo fato de que o livro tenha sido escrito nos idiomas dos medos e dos persas, mas é evidente a participação do Senhor na história de Ester, primeiramente no ato da insônia do rei (Et.6:1), ninguém que esteja perturbado por alguma insônia iria querer ler um livro de atas políticas como livro de crônicas reais, é como se você estivesse sem sono e pegasse o livro da constituição de seu país para ler, mas o rei pediu o livro e foram lidas as crônicas de seu reinado, então se leu sobre o feito de Mordechai em seu favor, que interessante justamente num período perigoso para Mordechai e para o povo, em toda a história de Israel o Eterno se mostrou presente, mesmo no holocausto de Hitler, os judeus surgiram das cinzas da morte e reconstruíram o estado de Israel se tornando a mais forte potência do oriente médio.

O que podemos aprender com Purim é que mesmo que o inimigo possa lançar sortes contra nossas vidas somos guardados e protegidos pelo Eterno como uma pessoa protege a parte mais sensível de seu corpo “a menina de seu olho”, talvez pareça que é o fim para nós, mas no término de tudo lá está a mão de D-us agindo no silêncio da noite, Purim não está estabelecida entre as sete festas fixas anuais, mas demonstra com exatidão que todos nós devemos comemorar os vários livramentos concedidos pelo Eterno, assim como o dia do livramento equivale ao número da terra, Purim se torna uma festa universal para todos os que constantemente são livres das garras do mal pelo D-us do livramento e aguardam com ansiedade o dia do casamento de Yeshua com sua Igreja e as maravilhosas bodas para o estabelecimento de reino de paz e justiça que se seguirá!

Chag sameach HaPurim!
Feliz festa de Purim!

Fonte: http://www.restaurandoisrael.com.br/?p=38
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