שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד
Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

sábado, 30 de abril de 2011

Teoria do Intervalo, o que é isso? Bíblia versus Dinossauros e afins...

Esta é uma postagem interessante do Diálogo entre Metushelach Ben Levy e Elvis sobre assuntos polêmios  que mexem com a mente das pessoas a cerca da Teoria do Intervalo de Thomas Chalmers, a controvérsia Dinossauros versus Bíblia, a existência de um mundo antes de Gênesis e outros assuntos afins.

Espero que gostem do diálogo, e que os façam comentar mais nos nosso Blog.

Mas entendam que por ser apenas uma teoria, ou como gosto de dizer uma viagem em suposições não deve gerar descordia ou agressôes, mas apenas especulaçôes que nos levem a construir respostas mais plausíveis à certos questionamentos científicos.


Elvis disse... Caro Metushelach Ben Levy,
 
Gostaria de merecer atenção sua sobre um fato que tem gerado alguns conflitos teológicos e científicos, que seria: qual sua posição em relação aos dinossauros e a Bíblia e se na BJC em Jó 40:15, qual a tradução para o ser citado?


Metushelach Ben Levy disse... Elvis,

Sobre o Tema dinossauros e a Bíblia eu não tenho uma opinião bem definida, apenas especulações, que assim que eu conseguir reunir subsídios suficientes eu compartilharei em forma de artigo.


Na BJC o ser citado em Jó 40:15 teve sua grafia apenas transliterada do original Behemot, " בְ֭הֵמֹות " que é o plural do termo Behalah "בְּהֵמָה" que tem como significado diversos termos genéricos como "animal", "besta", "comedor de capim", "gado", nada muito especifico.
Mas a tradição judaica dá algumas explicações citando uma animal místico do norte de Israel mais precisamente um Búfalo voraz do Lago de Hulé; Outra explicação é que o Behemot é um simples Hipopótamo primitivo cuja a única diferença seria a calda inervada mais forte que as do animal moderno.
 
Outra teoria mais cristã do que judaica é que o Behemot era uma Braquiossauro, algo que eu não concordo.

 Espero não ter decepcionado muito.

Mas saiba que suas indagações me fazem ter estímulos para pesquisar novos temas e desenvolver um material mais elaborado, desde já agradeço o seu incentivo.

Elvis disse...
 
Você já ouviu a teoria de que existe um espaço de tempo indeterminado entre o versículo 1 e 2 do capítulo 1 de Genesis e que os dinossauros teriam existido nessa primeira terra e o tal asteróide que matou todos eles seria quando Lúcifer foi jogado na terra e provocara uma espécie de explosão nuclear e então foi recriada a terra já no versículo 2 somente com os fósseis, o que no meu entender causaria um problema que seria a morte entrando na terra antes do pecado de Adão e Eva, ou seriam os animais mortais desde a criação? O que você acha?

Metushelach Ben Levy disse... Elvis,
 
Já ouvi sim a Teoria do Intervalo de Thomas Chalmers, de que a Terra foi destruída pela queda de HaSatan e de que já existia homens nesta Terra mas que sem livre arbítrio ou sem a imagem e semelhança de D-us, mas esta teoria vem inspirada por discussões Rabínicas sobre o tema, mas nunca muito conclusivas por sempre se deparar com impasses; Minhas especulações passam perto destas discussões mas como eu disse falta os subsídios necessários para não travarem nos impasses.
Quanto serem os animais mortais desde a criação, imagino que sim, sendo um ciclo natural de todo aquele que não foi feito à imagem e semelhança de D-us Eterno.
Até o homem mesmo antes do pecado não seria 100% imortal, pois qual seria a função da Árvore da Vida se o homem fosse 100% imortal? uma pergunta intrigante não é?

Elvis disse... Caro Metushelach Ben Levy,

Essa sua pergunta sobre a arvore da vida é mais que intrigante, pois se o homem era imortal, pra que uma arvore da vida? Realmente é um grande quebra-cabeça essa questão.

Quanto a questão dos dinossauros estou a ler algumas matérias e consegui essa informações interessantes para podermos analisar:

- O Leviatã. A Bíblia fala que Deus criou "os grandes animais marinhos" (Gen. 1:21). e Deus descreveu uma dessas criaturas a Jó, chamando-a de Leviatã (Jo 41:1). Algumas pessoas pensam que Deus estava a descrever o crocodilo, mas a descrição não é coincidente. A Bíblia afirma: «Põe a tua mão sobre ele, lembra-te da peleja, e nunca mais o intentarás» (v.8). As pessoas não o podiam apanhar com anzóis - ele era tão forte que nem espadas ou lanças o feriam (v. 1 e 2). Não sabemos qual a fisionomia deste ser, mas Deus afirma que "na terra não tem igual, pois foi feito para não ter medo" (v.43).
O Leviatã cuspia fogo ! É isso que se lê em Jó 41:19. Alguns dizem que é meramente simbólico. Mas o versículo refere: "Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela". Em primeiro lugar, este versículo dá-nos a prova de como este ser não era o crocodilo. Contudo, esta descrição não é simbólica.
Podemos dizer que da boca deste "dinossauro" saía  de fato fogo. Eis a prova: Deus preservou até aos dias de hoje uns pequenos seres chamados besouros bombardeiros, com pouco mais de 1 cm, que nos mostram como era possível lançar "fogo". Estes besouros têm um pequeno canhão nas suas caudas, cada qual com um gás venenoso. Quando sentem perigo misturam estes dois gases, formando uma bola de gás quente e nocivo que ataca os seus inimigos. Se isto sucede hoje, porque não com animais maiores ?

- O BEEMOTE. Também Jó 40:15-24 fala do Beemote, que era um ser herbívoro (v.15). Ele movia a sua cauda, com ossos fortes (v.17) e era impossível de capturar (v.24). Embora algumas versões da Bíblia o apresentem como o hipopótamo, a descrição não é conducente com esse animal, mas com um dinossauro. Leia passagem completa.

OUTRAS REFERÊNCIAS. Mas existem outras passagens que se referem a "dragões" de vários tamanhos, como * Isaías 34:13. * Miqueias 1:8. * Malaquias 1:3. Nestas passagens, a palavra original no hebraico é tanniym, isto é, «monstro». Os dinossauros foram criados por Deus, multiplicaram, encheram a terra e conviveram com o Homem, cumprindo assim a ordem de Deus (Gén.1:22).

Metushelach Ben Levy disse... Elvis,
 
Já ouvi muito a respeito destas comparações dos Taniym כַּתַּנִּ֔ים serem dinossauros, mas o termo em hebraico é sempre traduzido como chacais é o mais aceito contextualmente, poderia ser bestas feras também, mas o que tem que se levar em consideração é que os animais de grade porte contemporâneos do ser humano nos tempos bíblicos são espécies de mamutes, grandes bovinos, grandes peixes, que através de ossadas são comprovado o tempo, o local que respaldam os textos citados, cientificamente não temos provas da contemporaneidade dos dinossauros ao seres humanos e não é nem por falha dos métodos de carbono 14 ou radiação, mas sim por fatores de analise mineral, topográfica e várias outras variáveis.
 
E só pra descontrair, na arca de Noach (Noé) não serviria nem mesmo os Ovos de todas as espécies de dinossauros já catalogados, e Iyov (Jó) não poderia ser um semita, pois so temos registros que um semita habitou e depositou seus ossos em lugares onde foram achados os braquiossauros (pseudo Behemots) muito tempo depois de David.
Sendo pela ciência ou pela contextualização Bíblica fica difícil homens e dinos terem convivido juntos harmoniosamente.

 Continuemos nosso papo, está bom!!

Elvis disse... Caro Metushelach Ben Levy ,

Sua lógica é interessante, porém admitir a teoria do espaço de tempo de Genesis, seria o mesmo que admitir que em Gn 1:27 se tratava de outra mulher anterior a Eva, pois em ambos os casos dá a entender uma pré-criação da terra e da "mulher"...

Mas estou tentando juntar mais situações hipotéticas sobre os dinossauros...

Segue mais uma matéria sobre essse conturbado assunto para análise:
Os Dinossauros entraram na Arca?
A Palavra de Deus diz-nos que entrou na Arca um par dos animais imundos e sete dos não-imundos. Lemos ainda em Gn. 7:7-9, que entrou na arca "de todos o réptil sobre a terra" . Logo, os dinossauros também entraram! É claro não entraram dois Braquiossauros, de 80 toneladas cada.
A Arca era muito grande. Como já referido, as dimensões da arca eram gigantescas.
Calcula-se que nela caberiam 520 vagões de um comboio. Nela teriam entrado cerca de 40.000 animais. E, logicamente, girafas, elefantes, e outros grandes animais.
Os Dinossauros cresciam sempre. Eis a outra face da questão. Os homens crescem até
aos 20/30 anos. Então, pára o crescimento. Mas os dinossauros cresciam sempre! Ora,
Deus trouxe para a Arca somente os pares que pudessem "povoar a terra e nela se
multiplicarem" (Gén. 8:17). Deste modo, os enormes dinossauros não entraram na Arca - eles seriam "avós" e não se podiam reproduzir. Mas, em contrapartida, entraram os jovens dinossauros - mais pequenos, é verdade, mas dinossauros.
Os Dinossauros Saíram da Arca. Tal como entraram, também saíram da Arca. É claro que o mundo que encontraram era diferente do que estavam habituados a viver antes do dilúvio. Mas, mesmo assim, viveram e multiplicaram-se durante alguns anos.
Por isso, os dinossauros podem ter convivido com o Homem. Independentemente de todas as argumentações sobre o assunto, a ciência afirma que:
Existe um fóssil que é a reprodução de pegadas humanas numa rocha cambriana, um trilobite amassado, pode ser observado numa das pegadas. De acordo com as ideias evolucionistas, o homem não evoluiu até centenas de anos após a formação das rochas cambrianas e a extinção de trilobites, as quais, segundo os mesmos são do tempo dos dinossauros. (Prof. H.Andrews, Museu de W.J.Meister, Jr.) De acordo com essa tese comprovando cientificamente, que os homens conviveram com os dinossauros. E atestaria em Bíblia em (Jó 40 e 41).

Metushelach Ben Levy disse... Elvis,
 
Sobre a Mulher de Gn 1.27, ao contrário que apregoa o misticismo judaico e os devaneios cristãos que diz ser esta mulher a famosa Lilith, eu afirmo que era Chavá (Eva), não já feita da costela de Adam (figurativamente), mas era Chavá na concepção mental de D-us, que planejou o homem a sua imagem e semelhança já completo, isso é macho e fêmea, veja que a uma só carne ocorrida pelo casamento revela este mistério, o homem e a mulher em uma só carne refletem a imagem e semelhança de D-us, assim como o Mashiach e a sua noiva a Igreja, que em um só corpo refletem a glória de D-us.
Sobre os dinossauros terem vivido paralelamente com o homem, isso é cientificamente descartado, mesmo por que as pegadas cambrianas são desconsideradas como prova pela comunidade científica, por serem pequenos os vestígios sem um laudo conclusivo para tamanha alegação.
Fora que para Iyov(Jó) ter visto braquiossauros como alegam os interpretes de Jo 40 e 41, ele teria que ter feito o que Colombo demorou, ter ido e voltado do Continente Norte Americano.
 
Como eu já disse eu não descarto a Teoria do Intervalo, mas com outros enfoques, mais científicos e com respaldo bíblico não muito explícito.

Elvis disse...

Quanto a questão de Gn 1:27, você colocou agora uma situação bem lógica e concordante com o contexto em si, e inclusive estou considerando essa tese como sendo realmente a intenção do Senhor pois Ele sempre foi onisciente.

Já sobre os dinossauros, sua colocação sobre Colombo teríamos uma outra situação interessante que é a "pangéia" logicamente não na época científica mas sim pós-diluviana...

O que você quer dizer quando mencionou "com outros enfoques, mais científicos e com respaldo bíblico não muito explícito" exatamente em que linha de raciocínio você entraria, pois apesar de considerar meio estranho essa teoria do intervalo, se houver provas híbridas (Biblico-científicas) posso tentar clarear melhor essa visão?

Metushelach Ben Levy disse...Elvis,
Como eu já havia dito, minhas especulações passam perto da discussões sobre a teoria do Intervalo mas me faltam os subsídios necessários para não travarem nos impasses.
Mas como eu vi que você ficou muito curioso, vou apenas dar alguns relances de minha especulações, que se baseiam em discussões Rabínicas e outros devaneios filosóficos cristãos.
Para mim houve uma criação antes do verso 2 de Gênesis, onde tudo era governado por Samael, mas conhecido pelos cristãos por querubim ungido ou portador da Luz, Lúcifer, ele oficializava entre o mundo semi-material e o espiritual diante de D-us a partir do Monte do Senhor, que conforme os nossos sábios seria o Monte Moriáh em Yerushalaiym que nada mais era que o centro do Universo, ( Por isso a insistência até hoje de Samael manter uma Mesq.... ops Templo para ele lá).
Mas Samael se ensoberbeceu com a Glória direcionada por intermédio dele, e isso o fez se rebelar, e neste momento que a nossa tradição diz que ele recebeu o nome de B’lial (Belial) o “Sem Senhor”, e levou os homens daquela época à adorá-lo, estes homens sem alma, ou feitos não conforme a imagem e semelhança de D-us, poderiam ser os donos dos fósseis que chamam hoje de Neanderthais e Cro-Magnon, e é deles que hipoteticamente Kaym poderia ter falado em Gênesis 4.14, pois logicamente naquele momento da historia só existiam três pessoas existentes após a recriação, Kaym e seus pais, que obviamente não matariam o filho, assim hipoteticamente sobraram estes adoradores de Belial após a rebelião no céu onde os anjos foram lançados na Terra e a deixaram disforme e vazia, mas como sobraram? Como eles eram semi-materiais como eu disse e hipoteticamente gigantes avantajados, eles sobreviveram ao impacto morando nas profundezas (Figura do Território de Tzion em Matrix), e desta tradição que vem a idéia que os moradores das profundezas eram demônios e que o inferno ficava no subterrâneo e não nas regiões celestiais como afirma Shaul (Paulo) em Efésios 6.12.
O Governo de Samael era sobre um mundo semi-material atemporal, no que se trata a comparação da realidade enfrentada hoje marcada pelo tempo, assim como Apocalipse relata a forma da Nova Yerushalaiym, (a Kanaan Celestial), o mundo pré Gênesis verso 2 era coberto de jóias e todo o tipo de material precioso, e com o impacto se reduziu ao que geologicamente se denomina de jazidas disformes superficiais, pois as pedra preciosas até hoje são encontradas não muito distantes da superfície terrestre.
E você me perguntaria, e os dinossauros? De duas uma, ou eles foram sucumbidos por Samael antes mesmo de sua rebelião, ou não existiram vivos, mas só em forma de fósseis, pois como diz um Rabino conhecido Shlomo: “Nada além de fósseis, incluindo a noção de que já pertenceram a seres vivos chamados dinossauros, e em que época essas criaturas habitaram a terra, é uma teoria. Mas, por natureza, uma teoria não poderiam realmente representar uma contradição: é apenas uma teoria.”
Judaísmo na verdade, sempre defendeu que o mundo parece mais velho do que realmente é. Por exemplo, ver dissertação Talmud Rosh Hashaná 11a - Árvores foram criadas já a dar frutos, e o mundo foi criado na forma completa.Veja Midrash Rabba 14:07 Breishis - o momento que Adam nasceu ele parecia ter 20 anos de idade.

Elvis,
Estas especulações usam como base alguns fatos da matéria de geologia, antropologia, paleontologia, desvaniologia, e textos bíblicos como o de Ezequiel 28, Isaias 14, Lucas 10.18 e várias contextualizações gerais das Escrituras do ponto de vista mais cristão do que judaico.
Pois para a ala conservadora do judaísmo os texto que falam da queda do Rei de Tiro, não são de dupla aplicação sendo assim não fazem referência a Samael.
Para eles HaSatan não se rebelou e caiu, ele foi criado por D-us do jeito que é, para o propósito especifico que ele tem, ser o inimigo, tentador, o desvendador do outro caminho para que o homem tenha escolha e possa escolher.
Para eles o Universo foi criado à 5771 anos e tudo que nele há tem esta idade, mas D-us pode ter dado a aparência envelhecida para que o homem demorasse para chegar no nível intelectual tão elevado que os fizessem se considerar deuses.
Elvis,
Outra questão que você tinha tocado e eu lembrei agora, como poderia haver morte antes da queda de Adam?, ora o pecado de rebelião de Samael poderia ter desencadeado a morte e a destruição a ponto de ter que haver uma recriação, e por terem sobrado os moradores das profundezas, os tais gigantes que causaram grendes problemas é que precisou haver o dilúvio para acabar com a má influência causada por estes adoradores de Belial

Espero ter matado um pouco de sua curiosidade.

Fique na Shalom de Yeshua HaMashiach.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Agradecimento Público pela marca dos mais de 10.000 visitantes.

Este post é publicado como gratidão aos mais de 10.000 acessos que tivemos ao nosso humilde Blog até o dia de hoje.


Agradecemos principalmente a D-us por nos ter dado o impulso para que começássemos a publicar os mais variados tipos de assunto concernentes a Temática Bíblica.

Tudo teve inicio com a novidade entre amigos que começaram entre 2008 e 2009 a elaborar seus Blogs para expressar suas visões sobre determinados assuntos de grande comoção e polêmica em fóruns, chats e Paltaks da vida, e principalmente pelo desabrochar com impacto do Movimento Judaico Messiânico no Brasil.

E no intuito de ser mais uma formiguinha a transportar algo muito precioso é que eu e o nosso agora agnóstico amigo e irmão Alexandre Mashmid começamos a escrever.

O entusiasmo durou pouco, pois escrevemos cinco artigos em 2009 e não tivemos muitas visitas e nem muitos diálogos com comentários e e-mail’s apenas criticas ferrenhas pelo conteúdo de nosso Blog, pelo nome e por nossa visão, assim o desanimo nos fez ficar sem escrever por mais de um ano.

Mas pela graça de D-us, foi incentivada por meu colega de trabalho, amigo e irmão Luiz Augusto a recomeçar, e com os seus conselhos repaginei a metodologia apologética agressiva de me expressar, então comecei a ser mais brando e mais detalhista em minhas postagens, sempre explicando aos leitores com esmero e pormenorizando algo que antes me parecia corriqueiro, e isso fez com que o leitores tivessem prazer na leitura e confiança de que o que aqui se postar tem a preocupação de ser fidedigno às Santas Escrituras e ser inteligível, agradável e de interesse do leitor.

E na conversa diária com o meu incentivador Luiz Augusto surgiram temas que cedo ou tarde se tornaram modestamente em belos Artigos.

E nas indagações, criticas e comentários dos meus queridos leitores também surgiram temas que logo viraram Artigos e se não viraram logo se tornarão as mais quentes novidades de nosso Blog .


Agradecemos a todos que nos visitaram, a todos que nos seguem publicamente, a todos que comentam e fazem deste Blog o que ele é, que D-us nos abençoe nesta caminhada de conhecimento que nos leva a estatura de varões perfeitos. E que continuemos a ser inspirados e guiados pela Ruach HaKodesh (Espírito Santo) nesta jornada.


E fiquemos todos na Shalom que emana Daquele que por verter seu sangue nos salvou Yeshua HaMashiach.



Por Metushelach Cohen Ben Levy

terça-feira, 26 de abril de 2011

Jesus o Messias nas quatro Taças da Páscoa !

Yeshua HaMashiach nas quatro Taças de Pessach !

Os quatro Taças de Pessach são uma parte integrante da celebração do Sêder de Pessach . Eles representam cada uma das quatro promessas que o Eterno faz ao seu povo em Êxodo 6:6-7.

A Taça da Santificação

"Eu farei sair de debaixo das cargas dos egípcios."

A Taça do Livramento

"Eu te livrará de sua escravidão."

A Taça da Redenção

"Eu vos resgatarei com braço estendido".

A Taça de Louvor

"Eu vou levar você como meu povo."

O ministério do Mashiach, fala de cada uma destas quatro promessas:

O Mashiach santifica-nos - "E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados pela verdade" (João 17:19).

O Mashiach Liberta-nos - "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8:32).

O Mashiach redime -nos "Mas quando a plenitude dos tempos, D-us enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, para que recebêssemos a adoção de filhos" (Gálatas 4:4-5).

O Mashiach é a nossa alegria - "Estas coisas vos tenho dito para vocês, que minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa" (João 15:11).


Traduzido e adaptado por Metushelach Ben Levy de Texto publicado conforme link: http://www.chosenpeople.com/main/index.php/holidays-and-festivals/184-jesus-the-messiah-in-the-four-cups-of-passover

domingo, 24 de abril de 2011

Elucubrações sobre o Dízimo


Vamos a uma estória para elucidar o tema.

Um irmãozinho ignorante sobre os temas bíblicos e movido por interesses carnais que mesmo freqüentando uma igrejinha evangélica a mais de um ano ainda não perdeu, e nem converteu tudo de sua vida, inclusive seus interesses pessoais, nutre o sonho de que D-us lhe conceda uma vida confortável financeiramente.
O irmãozinho entra pela porta da congregação. Senta-se, assiste o louvor. Logo, começa a participar animadamente. Chega a hora do apelo por dízimos e ofertas. O pastor diz à congregação que se derem o dízimo, D-us irá fazer com que sejam muito prósperos. O irmãozinho observa ao seu redor,as pessoas são simples, o local também, e todos se levantam para trazer o dízimo. Cheio de esperanças, ele deposita o envelope na caixinha.
Há algumas ruas de distância, outro irmãozinho está reunido em outra congregação. Esta, mais “light'. Esse irmãozinho sempre criticou as igrejas que pedem o dízimo avidamente. Está satisfeito por participar de uma congregação que é sustentada por missionários americanos. Dificilmente, esse irmãozinho dá alguma contribuição significativa ao ministério, além dos simbólicos 10 reais que deposita na caixinha de ofertas toda semana. Afinal, a sua igreja é bem abastada.
Apesar de fictícia a estória acima, infelizmente, poderia ser verdadeira, visto que a maioria dos seguidores do Mashiach parece desconhecer ou não entender o que é a questão do dízimo.
Muitos acham que o dízimo será uma fonte de riqueza. Por outro lado, os mais esclarecidos, vêem o dízimo como algo que já passou, e não se refere aos dias de hoje. Sentem-se desconfortáveis em dar qualquer contribuição financeira significativa a um ministério.

Em meio a tanta confusão, é necessário que façamos um estudo sobre o dízimo, a fim de evitarmos cair em um dos dois extremos.

EM QUE CONSISTE O DÍZIMO?

É 10% de TUDO o que recebemos por QUALQUER trabalho (a Toráh torna isto claro ao citar diversos exemplos de trabalhos diferentes.) Pela Toráh, fica estabelecido que é 10% do líquido que obtemos, ou seja do valor que recebemos pelo trabalho, menos o que gastamos para exercer o trabalho, e não do ganho bruto.
Alguns tentam alegar que o dízimo seria só de produtos agro-pecuários. Contudo, isto não se verifica nas Escrituras, pois na B’rit Chadashá (“Novo Testamento”) encontramos um fariseu dizendo:

“Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” (Lucas 18:12)

Vemos aqui que a concepção de dízimo sempre foi de fato algo acerca de nossa renda de um modo geral

DÍZIMO É TUDO UMA COISA SÓ?

É aqui que começa o problema. A grande maioria das igrejas não menciona, mas, na ausência do Beit HaMikdash (o Templo), existem PELO MENOS quatro formas diretamente mencionadas pela Toráh. Além desta, com um estudo mais aprofundado, podemos encontrar pelo menos mais três:


- USOS DO DÍZIMO DIRETAMENTE MENCIONADOS PELAS ESCRITURAS:

1 - Para o sustento da obra do Templo (sacerdotes e levitas)

2 - Para o sustento da obra numa congregação

3 - Para o sustento de necessitados

4 - Para celebração perante o Eterno, preferencialmente com a família

A maioria das igrejas ensina apenas os tipos 1 e 2 (principalmente o 2 por motivos óbvios), e no máximo pode se referir ao tipo 3 se as contas da congregação estiver no azul. O tipo 4 é praticamente desconhecido pela grande maioria dos seguidores de Yeshua.


- USOS DO DÍZIMO QUE PODEMOS CONCLUIR A PARTIR DAS ESCRITURAS:

5 – Para nos ajudar a praticarmos atos de misericórdia

6 – Para adquirirmos conhecimento do Eterno

7 – Para cumprirmos outras mitsvot (mandamentos)

Estas outras 3 formas de usarmos o dízimo normalmente são completamente ignoradas pela grande maioria das igrejas. Vamos analisar cada uma delas. Porém, antes disto, é importante que esclareçamos a questão da validade do dízimo para os dias de hoje.

SE NÃO HÁ TEMPLO, POSSO DAR O DÍZIMO?

Alguns argumentam que dízimo é coisa de judeu, visto que está definido na Toráh que foi dada por intermédio de Moshe (Moisés). Outros dizem que o dízimo não precisa ser dado porque o Beit HaMikdash (Templo) não está de pé.

Contudo, ambas as afirmações, ao nosso ver, são equivocadas. A primeira já está errada porque parte do pressuposto de que a Torá não seria válida para nós, o que é um grande absurdo, mas que não será tema deste estudo em particular. Em segundo lugar, a prática do dízimo é primeiro  encontrada em (Gênesis) 14:30, onde Avraham dá o dízimo a Malki-Tsedek (Melquisedeque).
O princípio do dízimo foi iniciado por Avraham, que espiritualmente é tido como pai daqueles que depositam sua fé em D-us. Todos os crentes em Yeshua devem seguir o exemplo de Avraham.
Porém, existe aqui o primeiro grande furo na lógica de muitas igrejas. Antes de Moshe (Moisés), o dízimo não é relatado na Bíblia como sendo uma mitsvá (mandamento). Portanto, ou a Toráh ainda é válida (e aí temos que seguir também os outros mandamentos), ou o dízimo também foi abolido. É preciso haver coerência.
Se uma igreja defende que a Toráh foi abolida e ainda assim cobra o dízimo, está sendo hipócrita. Se o dízimo é definido na Toráh, que direito temos de escolher aquilo que é conveniente da Torá e aplicar aos dias de hoje, ignorando o restante? Isto é zombar do Eterno!

ANALISANDO AS DIVERSAS FORMAS DE SE APLICAR O DÍZIMO

FORMA 1 – PARA SUSTENTO DA OBRA NO TEMPLO

Assim diz a Toráh a respeito da herança da tribo de Levi:

"Porque os dízimos que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor em oferta alçada, eu os tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse que nenhuma herança teriam entre os filhos de Israel.” Números 18:24

Somente os da linhagem de Aharon atuavam como sacerdotes no Templo. Cabia, porém, aos levitas os serviços em geral que eram relacionados com o Templo. Normalmente, o dízimo era repartido entre eles. A décima parte do dízimo (portanto 1%) era entregue pelos levitas aos cohanim (sacerdotes), em oferta ao Eterno:

Também falarás aos levitas, e lhes dirás: Quando dos filhos de Israel receberdes os dízimos, que deles vos tenho dado por herança, então desses dízimos fareis ao Senhor uma oferta alçada, o dízimo dos dízimos.” Números 18:26.

Este era o conceito original da parte dos dízimos que cabia aos levitas e sacerdotes. Contudo, na ausência do Beit HaMikdash (Templo), e praticamente todo o seu sistema religioso, não é alternativa viável neste momento.

FORMA 2 – PARA SUSTENTO DA OBRA NA CONGREGAÇÃO

E o que dizer da congregação? Será que os textos da Toráh aplicados aos sacerdotes e levitas se aplicariam também a quem trabalha na congregação?
 Lembremo-nos de Malki-Tsedek que também recebeu dízimos de Avraham. O próprio rabino Shaul (Paulo) usa um conceito rabínico chamado Kal v’Chomer (Leve e Pesado) para argumentar que o sacerdócio de Malki-Tsedek é superior ao de Levy, e curiosamente acaba usando o dízimo como um de seus argumentos:

“E, por assim dizer, por meio de Avraham, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, enquanto ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Malki Tsedek saiu ao encontro deste.” (Hebreus 7:9-10)

Portanto, podemos concluir pelo menos conforme o conceito rabínico (Kal v’Chomer) que se Levy é digno de receber dízimos, quanto mais digno ainda é Malki-Tsedek.
Tanto no caso de Levy quanto no de Malki-Tsedek, o dízimo é dado COMO RETORNO POR TRABALHAR NO SERVIÇO DE D-US. Então podemos chegar a duas conclusões:

1) Sacerdotes da ordem de Aaron ou da ordem de Malki-Tsedek podem receber dízimos;
2) Os dízimos servem como fonte de renda dos sacerdotes que agem no serviço de D-us.

Bem, o Mashiach é nosso sacerdote eternamente pela ordem de Malki-Tsedek (Heb. 5:6). Ora, se o Espírito de D-us concede a algumas pessoas a autoridade para trabalhar no serviço de D-us em nome do Mashiach, então estas pessoas também estão fazendo o trabalho de D-us em nome daquele que é da ordem de Malki-Tsedek. Pela Toráh, estas pessoas podem receber dízimos.
A B’rit Chadashá (“Novo Testamento“) também dá indícios de apoiar este conceito. Aqueles
que trabalhavam na obra de D-us eram mantidos por dízimos e ofertas da comunidade primitiva.
Assim diz o rabino Shaul (Paulo):

"Pequei por acaso, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei as Boas Novas de Elohim? Outras congregações despojei, recebendo delas salário, para vos servir; e quando estava presente com vocês, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado; porque os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei, e ainda me guardarei, de vos ser pesado." (2 Co. 11:7-9 - há passagens similares em 2 Co. 12:13,1 Ts. 2:9, etc.)

Observe que Shaul fala de um salário. Como pode haver salário se a congregação não der dízimos e ofertas?
Lembremo-nos ainda que nosso Mashiach, ao dar aos seus discípulos a ordem de irem de casa em casa, determinou que eles deveriam ser mantidos por aqueles a quem estivessem pregando a Palavra:

"Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; pois digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis de casa em casa.” (Lucas 10:7, semelhante a 1 Tim 5:18)

O único tipo de salário definido nas Escrituras para o serviço na obra de D-us é o dízimo. Alguns podem perguntar: mas se era tão óbvia assim a questão do dízimo, porque Shaul preferia evitar ser um fardo para as comunidades onde pregava? A resposta é simples: porque havia muitos crentes gentios. Eles conheciam pouco da palavra e conseqüentemente não estavam acostumados com os princípios do dízimo. Portanto, Shaul não poderia simplesmente dizer a eles `é a lei', visto que o conselho de Jerusalém (Atos 15) havia decidido que os gentios não poderiam ser `forçados' a viver de acordo com a Toráh.

1 Co. 9:13-14 é ainda mais claro sobre os direitos daqueles que vivem para a ministração na obra do Eterno: "Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do Beit HaMikdash? E que os que servem ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam as Boas Novas, que vivam das Boas Novas."

Um Alerta Importante
Contudo, assim como havia dízimos que não eram dados aos levitas, conforme nos diz a Toráh e veremos mais adiante, não é lícito também a quem trabalha na obra impor ou mesmo pregar que o dízimo integral seja dado para sustento da congregação, pois o dízimo também tem outras finalidades. Pregar que o dízimo integral deve ser dado para sustento da congregação é não só ilícito, como se caracteriza como roubo aos necessitados (principalmente viúvas e órfãos), e a mão do Eterno pesará sobre quem fizer tal coisa, pois as Escrituras dizem que o Eterno abomina quem devora os necessitados cfe.Mateus 23:14.

FORMA 3 – PARA O SUSTENTO DE NECESSITADOS

A Toráh também menciona que o dízimo deve ser usado como auxílio para o sustento de necessitados. A Toráh cita explicitamente viúvas, órfãos, e estrangeiros, que eram aqueles que normalmente passavam dificuldade na época. Contudo podemos partir do genérico para o especifico e concluir que “viúva” e “órfão” referem-se a todos os necessitados, da mesma forma podemos concluir que o “se alimentar” e o “se satisfazer” referem-se ao sustento.

Vejamos o que diz a Toráh a respeito:

“Ao fim de cada terceiro ano levarás todos os dízimos da tua colheita do mesmo ano, e os depositarás dentro das tuas portas. Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), o peregrino, o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu D-us te abençoe em toda obra que as tuas mãos fizerem.” Deuteronômio 14:28-29.

Podem dizer o que quiserem os homens, mas a Bíblia é claríssima. O dízimo também é fonte de renda para os necessitados. Repare que NÃO BASTA dar à congregação e “lavar as mãos” por achar que a congregação fará algo pelos necessitados: a Toráh está dando uma instrução específica para o povo aqui.

Um Aviso Importante
Portanto, pelo texto acima, vemos que é nosso dever separar parte do dízimo para darmos a pessoas necessitadas, quer diretamente quer através de instituições de caridade. O importante aqui é o princípio: o dízimo é do Eterno, e Ele ordena que o usemos também para o sustento dos necessitados.

FORMA 4 – Para Celebração Perante o Eterno

Uma outra forma praticamente desconhecida é a do uso em celebração perante o Eterno. Podemos aplicar parte dos dízimos para estarmos reunidos com nossos familiares, celebrando ao Eterno. A Torá menciona explicitamente uma refeição, pois culturalmente para um judeu não há festa sem refeição. Veja o que diz a Toráh:

“E, perante o Senhor teu D-us, no lugar que escolher ali fazer habitar o seu nome [isto é, o Templo de Jerusalém], comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus por todos os dias. Mas se o caminho te for tão comprido que não possas levar os dízimos [até o Templo de Jerusalém], por estar longe de ti o lugar que Senhor teu D-us escolher para ali por o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; então vende-os, ata o dinheiro na tua mão e vai ao lugar que o Senhor teu Deus escolher. E aquele dinheiro darás por tudo o que desejares, por bois, por ovelhas, por vinho, por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; comerás ali perante o Senhor teu D-us, e te regozijarás, tu e a tua casa.”  Deuteronômio 14:23-26

Como estamos bem longe de Jerusalém e como o Beit HaMikdash (Templo) não está presente, podemos usar esta parte do dízimo para celebração ao Eterno com nossa família, conforme diz acima a Toráh.

Qual o propósito disto?

Vemos que a família é unidade imprescindível nos planos do Eterno, e uma família que celebra junta perante o Eterno cria para si mesma laços de união extremamente fortes, além ser uma oportunidade para que os pais possam dar um excelente exemplo para os filhos.

Dica
Isto posto, recomendamos (embora não seja obrigatório pela Torá) que parte do dízimo seja usado para custear despesas com a celebração dos festivais bíblicos. Por exemplo, separe uma parte do dízimo para que os jantares de Shabat seja bastante agradável para a família, para que as crianças se alegrem, e para fortalecer a união da família.

Outra forma interessante é na celebração de outras festas bíblicas, tais como o Pessach, Chanukah, entre outras. Em suma, podemos aplicar o dízimo nestas festas bíblicas, que unem a família e honram ao Eterno.

FORMA 5 – PARA NOS AJUDAR A PRATICARMOS ATOS DE MISERICÓRIDA

Agora entramos nas 3 formas que não são tão explícitas, e que requerem uma análise mais cuidadosa das Escrituras, embora não sejam em absoluto menos válidas do que as demais.

A primeira destas seria para nos ajudar a praticarmos atos de misericórdia.
O que queremos dizer com isso?
Muitas vezes, para ajudarmos uma pessoa, precisamos de recursos financeiros. E tais recursos podem vir do dízimo! Um exemplo disto seria para visitar pessoas necessitadas, principalmente quando o deslocamento é maior e requer um certo valor. Ou precisamos comprar remédios para os enfermos, entre outras coisas.
Aqui se encaixa também a pregação das Boas Novas de salvação, que é o maior ato de misericórdia que podemos praticar. Podemos portanto investir parte do dízimo para adquirirmos bíblias para distribuirmos, ou material adequado, ou até mesmo para ajudar a sustentar àqueles que propagam a mensagem das boas novas.
Mas de onde tiramos essa conclusão?
Tudo isso é muito bonito, mas de nada vale se não provarmos isto nas Escrituras. Portanto, vamos à elas:
Como vimos anteriormente, parte do dízimo era oferecida em sacrifício de oferta ao Eterno no Beit HaMikdash (Templo). Contudo, vemos em Oséias 6:6 o seguinte:

“Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de D-us, mais do que os holocaustos.”

Aplicando a mesma regra de Hillel, Kal v’Chomer (Leve e Pesado) sabemos que:

O dízimo era usado para ofertas de sacrifício
O Eterno deseja misericórdia mais do que ofertas de sacrifício
Logo, a misericórdia é maior do que as ofertas

Portanto, podemos concluir que se podemos dar o dízimo para ofertas de sacrifício, quanto mais legítimo é aplicar o dízimo para atos de misericórdia. A Bíblia é bem clara!

Dica Importante
Recomendamos portanto que parte do seu dízimo seja separada para esta finalidade: visitações, pregação das boas novas, materiais, etc. Caso você não esteja diretamente envolvido nestas atividades, procure ajudar a alguém que esteja.

FORMA 6 – PARA ADQUIRIRMOS CONHECIMENTO DO ETERNO

O raciocínio para chegarmos à forma 6 é muito semelhante ao da forma 5:

“Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de D-us, mais do que os holocaustos.” Oséias 6:6.

Aplicando novamente a regra Kal v’Chomer (Leve e Pesado) , sabemos que:

O dízimo era usado para ofertas de holocausto
O conhecimento do Eterno é mais desejável a Ele do que holocaustos
Logo, o conhecimento do Eterno é maior do que as ofertas
Portanto, podemos concluir que se podemos dar o dízimo para ofertas de holocausto, quanto mais legítimo é aplicar o dízimo para adquirirmos conhecimento do Eterno.

O que queremos dizer com adquirir conhecimento do Eterno?

É tudo aquilo que contribui para que o seu conhecimento de D-us, e da Sua Palavra, possam aumentar. Ou seja, você pode usar parte do dízimo para contribuir com o sustento de obras de ensino, ou para adquirir livros, bíblias, etc. Você pode ainda usá-lo para fazer cursos, entre outras coisas, desde que contribuam para a aquisição de conhecimento do Eterno

Dica Importante
Separe parte do dízimo para que você possa estar sempre empregando no estudo da Palavra. Esteja sempre lendo um bom livro, ou fazendo um bom curso, ou artigos. Pois tudo pode ser tirado de nós, menos o nosso conhecimento.

FORMA 7 – PARA CUMPRIRMOS OUTRAS MITSVOT (MANDAMENTOS)

Uma outra análise mais profunda demonstra que podemos aplicar parte do dízimo para podermos cumprir outras mitsvot (mandamentos).
Como podemos chegar a tal conclusão?
Salmos 51:16 diz:

“Pois tu não te comprazes em sacrifícios; se eu te oferecesse holocaustos, tu não te deleitarias”

Por que o salmista está dizendo que D-us não se alegra com holocaustos? No versículo posterior vemos que, na realidade D-us está solicitando ao povo um sacrifício de arrependimento. Ou seja, de nada adianta trazer ofertas a D-us se não nos arrependermos de nossos pecados.
Mas qual a relevância disto para nós?
Ora, sabemos pela B’rit Chadashá (Novo Testamento) que:

“...o pecado é a violação da Toráh.” 1 João 3:4.

Portanto, podemos concluir que o cumprir a Toráh é superior a sacrifícios. Aplicando a mesma lógica do Kal v’Chomer podemos concluir que se um dízimo pode ser usado como oferta de sacrifício, quanto mais legítimo é o seu uso para cumprir as mitsvot (mandamentos) do Eterno.
Mas como assim comprir as mitsvot?
Um exemplo interessante que certa vez ouvi de um rabino é que uma grande mitsvá da Toráh é emprestar dinheiro a alguém, sem cobrar juros. Esse rabino me sugeriu então que de parte do dízimo poderíamos fazer um fundo para emprestar dinheiro às pessoas sem cobrar juros. É uma idéia interessante.
Parte do dízimo poderia ser empregada, por exemplo, para colocarmos mezuzá nas portas (Deuteronômio 6), ou para adquirirmos um Talit, ou ainda para realizarmos a b’rit milá (circuncisão).

COM TANTAS FORMAS DE SE APLICAR O DÍZIMO, O QUE EU FAÇO?

A grande dúvida agora é: se há tantas formas de se aplicar o dízimo, o que devemos fazer? Não necessariamente precisamos aplicar todas elas mensalmente. Contudo, as quatros primeiras formas são imprescindíveis.
Como a primeira não pode ser cumprida, devemos, no mínimo, separar o dízimo em três partes (não necessariamente partes iguais), e buscar do Eterno sabedoria para administrar tais partes. Principalmente as 2 e 3 – em hipótese alguma podemos negar a um líder de comunidade o seu sustento, nem deixarmos de arcar com nossa responsabilidade perante o necessitado.
Contudo, não se esqueça das outras formas possíveis de se aplicar o dízimo. E lembre-se sempre de que nossas ações devem ser regidas pelas duas mitsvot (mandamentos) mais importantes da Toráh: o amor ao Eterno e o amor ao próximo.

VOU FICAR RICO DANDO O DÍZIMO?

Algumas seitas usam Malaquias 3:10 para `arrancar' o dízimo das pessoas. Primeiramente, deve ficar bastante claro que nosso objetivo ao dar o dízimo deve ser o princípio da obediência por amor a D-us. Yeshua deixou claro que qualquer mandamento que nós cumprimos só é
válido se feito única e exclusivamente por amor a D-us (ou ao próximo):
" Rabino, qual é a grande mitsvá na Torá?Respondeu-lhe Yeshua: Amarás a HaShem teu Elohim de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda sua força. Esta é a grande e primeira mitsvá. E a segunda, semelhante a esta, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destas duas mitsvot dependem toda a Torá e os profetas.". (Mt. 22:36-40)
O Eterno é dono do mundo. Não precisa fazer negócio com ninguém. Ou damos o dízimo por amor a Ele, estaremos dando em vão.
Em segundo lugar, em Malaquias 3:10 encontramos:

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro [do Templo de Jerusalém], para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.”

É forçar a barra ao extremo querer aplicar o versículo acima à congregação local. Não há NENHUMA relação entre a congregação local e o Beit HaMikdash (Templo). A única analogia mais prática que encontramos da respeito do Templo refere-se a nós mesmos, pois somos templos da Ruach HaKodesh (Espírito Santo). Em nenhum momento na Bíblia a congregação local substituiu o Templo.
Em terceiro lugar, com que autoridade a congregação local pode se auto-proclamar “casa do tesouro”? Se não está na Bíblia (como neste caso), não há espaço em nossa fé para invenções.
Em quarto lugar, a própria Torá já nos ensina o que fazer em caso de ausência do Templo:

“E, perante o Senhor teu D-us, no lugar que escolher ali fazer habitar o seu nome [isto é, o Templo de Jerusalém], comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus por todos os dias. Mas se o caminho te for tão comprido que não possas levar os dízimos [até o Templo de Jerusalém], por estar longe de ti o lugar que Senhor teu D-us escolher para ali por o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; então vende-os, ata o dinheiro na tua mão e vai ao lugar que o Senhor teu Deus escolher. E aquele dinheiro darás por tudo o que desejares, por bois, por ovelhas, por vinho, por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; comerás ali perante o Senhor teu D-us, e te regozijarás, tu e a tua casa.”  (Deuteronômio 14:23-26)

Logo, é completamente ilegítimo, pela própria Bíblia, o uso por parte de uma congregação de Malaquias 3:10 para pedir o dízimo a seus fiéis. A Palavra do Eterno não muda e não mente.


MAS ENTÃO O QUE CONCLUIR SOBRE MALAQUIAS 3:10?


Mesmo sem o Beit HaMikdash (Templo), a promessa de D-us para os que são fiéis ao dízimo permanece, pois Ele não muda. Contudo, não é uma promessa de riquezas.
D-us promete Bênçãos àqueles que dão o dízimo. B'rachah, no Hebraico, pode significar bênção, mas neste contexto é melhor entendido como abundância de recursos. Observe o contexto, se continuar a leitura, você verá que D-us está prometendo CAMPOS abundantes e frutíferos. CAMPOS precisam ser trabalhados. D-us não promete a ninguém riqueza ou dinheiro fácil. O Eterno não prometeu que enviaria legiões de anjos com tratores para trabalhar o campo por nós. A promessa é de que Ele manterá a sua fonte de renda frutífera. Isto é MUITO DIFERENTE de pensar que ficaremos ricos. Não demos ouvidos à heresia da teologia da prosperidade.

CONCLUSÃO

Esperamos com este artigo despertar os seguidores de Yeshua sobre a verdade acerca do dízimo. Sabemos que este artigo vai contra os interesses pessoais de alguns grupos, porém não nos preocupamos com a aprovação de homens. Infelizmente, algumas passagens das Escrituras que apresentamos aqui não costumam ser pregadas em certas igrejas. Encorajamos portanto a todos os leitores a verificarem cada passagem das Escrituras que se encontram neste artigo, e tirem suas conclusões sobre o que está sendo apresentado.


Adaptado e mexido por Metushelach Ben Levy de texto de Felipe Melo vulgo Sha’ul Bentsion no site: http://www.torahviva.org/index.php?p=5_97
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