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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Jesus filho de José - portanto tem seu DNA.


Primeiramente nos pautaremos nos termos originais e seus significados que regem o nosso entendimento sobre o tema.

Utilizar-me-ei do dicionário mais comum para estudo entre os cristãos brasileiros, o qual seja, o Dicionário STRONG.
Dicionário STRONG referencia n.° 02233 do hebraico זרע (zerá) significa "semente, semeadura, descendência, sêmen viril, descendentes, posteridade, filhos."
Dicionário STRONG referencia n.° 3751 do grego οσφυς (osphus) significa "o lugar onde os hebreus achavam que o poder generativo residia (sêmen)"

Agora que temos conhecimento dos significados intrínsecos dos termos, vejamos as seguintes passagens:

Salmos 89:4 "A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de geração em geração."

Salmos 89:29 "E conservarei para sempre a sua semente, e o seu trono como os dias do céu."

Salmos 89:36 "A sua semente durará para sempre, e o seu trono, como o sol diante de mim."

1 Reis 2.33 "Assim, recairá o sangue destes sobre a cabeça de Joabe e sobre a cabeça da sua semente para sempre; mas a Davi, e à sua semente, e à sua casa, e ao seu trono dará o SENHOR paz para todo o sempre."

I Crônicas 17.11-14 "Há de ser que, quando forem cumpridos os teus dias, para ires a teus pais, suscitarei a tua semente depois de ti, a qual será dos teus filhos, e confirmarei o seu reino. Este me edificará casa; e eu confirmarei o seu trono para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e a minha benignidade não desviarei dele, como a tirei daquele que foi antes de ti. Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será firme para sempre."
Atos dos Apóstolos 2:30 "Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que D-us lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Ungido, para o assentar sobre o seu trono."

Romanos 1.1-3 "Paulo, servo de Yeshua HaMashiach, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de D-us, o qual foi por D-us, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de David e foi designado Filho de D-us com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Yeshua HaMashiach (Jesus Cristo) , nosso Senhor,"
Vemos portanto conforme estas passagens que o Mashiach deveria ser descendente carnal de David, isto é, deveria vir da semente, dos lombos, do sêmen e de forma mais moderna ter a carga genética de David, ter o DNA comprovatório de sua descendência, sendo que se aquele que se apresentar como Mashiach não tiver tal DNA, não pode cumprir as profecias.
Mas se Yeshua nasceu por intervenção divina de uma virgem conforme o relato de Mateus 1.18-25 “Ora, o nascimento de Yeshua HaMashiach foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Yeshua.”como poderia ele cumprir as profecias de ter o DNA de David?

Para começarmos iremos descartar a premissa de que Yeshua é descendente de David por Maria, pois como já explicamos no artigo " Genealogias de Jesua - A conciliação", a genealogia constante em Lucas 3, não se referência a Maria, mas sim a José, sendo assim não temos dados históricos quanto a alguma genealogia ligando Maria a descendência de Davi, e este fato é comum e ocorre pelo costume hebraico de nunca fazer referência a genealogias femininas, e de nunca conta-las nem mesmo nos censos populacionais por toda a Escritura, e vemos a presença constante da expressão "sem contar mulheres e crianças." conforme alguns exemplos em Êxodo 12.37 e Mateus 14.21 e 15.38. Então Yossef (José) da Tribo de Yehudah (Judá) descendente de David, é quem transmite sua carga genética para Yeshua, mas não de maneira normal por sua vontade, mas de maneira milagrosa por vontade de D-us.

Mas por que não poderia ser pela vontade do homem?

A concepção não poderia ser por vontade do homem, pelo fato que se houvesse a relação sexual o fruto seria gerado, conforme Gênesis 5.3, à imagem e semelhança do homem, e bem sabemos que o que fosse gerado a imagem e semelhança do homem pós queda, herdaria a tendência ao pecado conforme Romanos 5.12,19 e Romanos 7.15-25, sendo assim Yeshua para cumprir o propósito divino de redimir a criação, nasce pela vontade de D-us, conforme podemos ver em I João 3.9 “Qualquer que é nascido de D-us não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de D-us.”.

Concluímos que Yeshua tem o DNA de David por meio de seu pai Yossef (José), por milagre, cumprindo as profecias de que o Mashiach teria que vir da descendência sanguínea de David, cumpre também o propósito divino sendo nascido por vontade de D-us, não carregando em seu ser a herança Adâmica de tendência ao pecado.

Por Metushelach Ben Levy

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Genealogias de Jesus - A conciliação

Por Metushelach Cohen
Uma vez que a genealogia de Yeshua nos é dada de diferentes maneiras por Mateus e Lucas, supondo-se em geral que estejam em desacordo em suas afirmações, e uma vez que todo crente, pelo desejo de conhecer a verdade, tem sido levado a emprender alguma investigação para explicar certas passagens, sentimo-nos no dever de transcrevermos relatos e dos mais antigos e de grande confiabilidade para explicarmos mais esta aparente contradição.



Nos utilizaremos dos relatos de Eusébio de Cesaréia (263-340 E.C.) em (História Eclesiástica, Livro I, Cap VII, pgs 31-34) que preservou alguns trechos de um epístola de Sexto Júlio Africano para Aristides, na qual há uma harmonização da genealogia dos Evangelhos, e tal explicação passa ao longe daquela que diz ser uma genelogia de Yossef (José) e outra de Mirian (Maria), ou a de que houve erros e inserções posteriores.

Em princípio iremos mostrar as características dos autores de cada genealogia, isto nos revelará o porquê de cada um fazer a sua abordagem especifica .
Mateus o antigo Levy, cobrador de impostos, ao produzir seus relatos não tem a mesma preocupação acadêmica de um historiador, por se pautar em documentos comprobatórios da legalidade de suas palavras, isto não significa que devamos menosprezar as suas contribuições; O interesse mais patente neste Evangelho é o de admoestar aos Judeus acerca da Messianidade de Yeshua , principalmente relacionando a trajetória dele ao cumprimento das profecias da vinda e origem do Mashiach (Ungido), tanto que existem 129 referências à Tanach (A.T.), essa ênfase indica que ele estava escrevendo a leitores para os quais o cumprimento de profecias era importante e significativo.
A genealogia considerada por Mateus portanto leva consigo as características acima relatadas, isto é, Mateus não se utiliza dos documentos oficiais que comprovam as descendências legais que se encontravam no “Registro de Pessoas Civis” da época, o Templo de Jerusalém, mas sim à linha genealógica sanguínea, guardada por tradições familiares que se apoiava nas listas oficiais mas se diferiam destas quando da ocorrência de paternidades legais mas não naturais, isto é, na ocorrência da Lei do Levirato.

(“Obs.: Levirato, era uma instituição que existia entre os israelitas e outros povos do Oriente Médio antigo (como os assírios e os hititas), e consistia na recomendação de que às mulheres viúvas se casarem com o irmão mais novo do falecido marido. Assim, o cunhado tinha a responsabilidade de, através deste casamento com a viúva de seu irmão, dar um herdeiro do sexo masculino ao falecido, de modo que o nome deste não desaparecesse em Israel e mantivesse a propriedade em seu nome. Desta forma, o primogênito, levava o nome do pai “legítimo” (ou seja, o primeiro marido falecido), sendo o tio (pai biológico) o representante do pai. A importância desta lei, que já é consuetudinária antes de Dt 25:5-10, reside não só em manter o nome da família, já que proibia o casamento da viúva fora da família do marido, mas talvez sobretudo na manutenção das propriedades dentro do clã.”)

Mateus ao querer relatar suas impressões ao seu publico alvo, que estava mais suscetível ao que era comprovado de “fato e não de direito”, é que ele transcreve a genealogia de Yeshua de forma a ligá-lo às figuras proeminentes da História Judaica através de sua ancestralidade sanguínea e não a sua ancestralidade legal, tanto que além das divergências nominais com a genealogia de Lucas tem-se a questão da quantidade de nomes listados que não leva em consideração o encadeamento seqüencial mas sim o encadeamento histórico da linhagem, omitindo por vezes nomes não muito significativos ou até de má reputação.

Lucas, médico, e nas horas vagas historiador, diferentemente de Mateus, tem a preocupação acadêmica de legalmente comprovar seus relatos, além do fato de o publico alvo de seu Evangelho ser menos ligado a tradições, como o publico de Mateus, e mais ao encadeamento histórico e legal dos fatos, (“isso deve ao fato de serem Judeus de origem estrangeira e prosélitos de origem grega, que por questão cultural é mais racional”). Por esta motivação Lucas transcreve a genealogia de Yeshua pautado exclusivamente pelas listas legais, que se encontravam devidamente documentadas e preservadas junto ao Tempo de Jerusalém.

Após isto posto, declaramos veementemente que ambas as genealogias são legítimas e se traçam por Yosef (José), mas que para isso, contudo, possa tornar-se evidente, iremos estabelecer as séries de gerações, calculando-se na genealogia de Mateus, as gerações desde David, passando por Salomão, descobre-se que o terceiro de trás para frente é Matã, que gerou Jacó, pai de José, mas calculando-se, como Lucas, desde Natã, o filho de David, descobrir-se-á, que o terceiro é Matat, cujo filho era Eli, o pai de José.
Sendo José, portanto, nosso objeto proposto, vamos mostrar como aconteceu de cada um ser registrado como seu pai: Jacó, conforme se liga de Salomão e Elim de Natã; também, como aconteceu de esses dois, Jacó e Eli, serem irmãos; e, além disso, como se comprova que os pais deles, Matã e Matat sendo de famílias diferentes, são avôs de José.
Matã e Matat, tendo se casado em sucessão com a mesma mulher, tiveram filhos irmãos pela mesma mãe, pois a lei não proibia a uma mulher que tivesse perdido o marido, quer por divórcio, quer pela morte dele, casar-se de novo. Matã, portanto, que remonta sua linhagem a Salomão, primeiro teve Jacó, por meio de Estah, nome conforme transmitida pela tradição. Com a morte de Matã, Matat, que remonta a sua descendência a Natã, casou-se com ela, pois era da mesma tribo, ainda que de outra família, e, conforme se disse, teve o filho Eli. Assim portanto, vamos encontrar dois de famílias diferentes, Jacó e Eli, irmãos pela mesma mãe. Um desses, Jacó, pela morte do irmão, casou-se, conforme a lei do Levirato, com a viúva, tornou-se pai de José, seu filho tanto pela natureza como por atribuição. Assim, está escrito: Jacó gerou José, mas de acordo com a lei de Levirato, era filho de Eli, pois Jacó sendo seu irmão, deu-lhe descendência, desse modo, a genealogia traçada também por intermédio dele não será considerada imprecisa, sendo de acordo com Mateus, dada da seguinte maneira: “ mas Jacó gerou a José”. Mas Lucas, por outro lado, afirma: “ que era filho conforme se supunha, o filho de José, o filho de Eli, o filho de Matat”. Visto que não era possível expressar a genealogia legal de modo mais distinto, ele omite por completo a expressão “ele gerou”. Africano o historiador ainda assevera que este fato não é impossível de provar nem conjectura vã, pois os parente de nosso Senhor Yeshua, de acordo com a carne, seja para apresentar as próprias origens ilustres, seja para simplesmente mostra o fato, mas de qualquer maneira apegados estritamente à verdade, também relatavam estas genealogias.



Concluímos citando o resumo dos fatos pelo próprio historiador Sexto Júlio Africano no final de sua epístola à Aristides: “ O Evangelho, em seu todo, declara a verdade": "Matã, cuja descendência remonta a Salomão, gerou a Jacó, com a morte de Matã, Matat, cuja linhagem vem de Natã, ao se casar com a viúva daquele, teve Eli. Assim Eli e Jacó eram irmãos pela mesma mãe. Morrendo Eli sem filhos deixando a viúva, Jacó lhe deu descendência, sendo José filho de Jacó de acordo com a natureza, mas filho de Eli de acordo com a Lei de Levirato, desse modo, José era filho de ambos”
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