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domingo, 31 de outubro de 2010

Seria a Ruach HaKodesh (Espírito Santo) responsável por tanta bizarrice no meio evangélico?

Seria a Ruach HaKodesh (Espírito Santo) responsável por tanta bizarrice no meio evangélico?

Pra início de conversa, quero deixar claro que creio na contemporaniedade dos dons espirituais. Em outras palavras, não sou cessacionista. Os dons devem permanecer na igreja até que tenhamos chegado à perfeita varonilidade, à estatura do Mashiach (Cristo - Messias) (Ef.4:13). A meu ver, ainda estamos longe disso.

Entretanto, considero uma blasfêmia atribuir certas manifestações bizarras a Ruach de D-us.

É deprimente assistir pelo Youtube a cultos onde as pessoas são tomadas de êxtase, girando de um lado pro outro, em gestos e expressões corporais muito parecidos com os encontrados no candomblé.

Por que razão a Ruach HaKodesh , meiga do jeito que é, levaria pessoas a se contorcerem no chão, ou a descaracterizarem suas fisionomias?

Shaul HaShaliach (Apóstolo Paulo) afirma que as manifestações da Ruach são para aquilo que for útil (1 Co.12:7). Então, que utilidade tem derrubar as pessoas? Que utilidade tem ficar rodopiando pelo salão da igreja?

Recuso-me a crer que tais bizarrices sejam provocadas pela Ruach de D-us.

Você imaginaria os talmudim (discípulos) de Yeshu'a (Jesus) fazendo tais coisas? Ou mesmo Yeshu'a, o Filho de D-us, com Sua face desfigurada, falando em línguas aos berros?

Tais manifestações devem ser atribuídas à infantilidade de alguns crentes. Não duvido de sua sinceridade, nem mesmo ponho em xeque sua experiência com D-us. Porém, a maneira como extravasam suas experiências se deve mais ao condicionamento adquirido em suas congregações.

Se numa determinada igreja, as pessoas possuem manias excêntricas de expressar o gozo do espírito, um novo crente acabará assimilando os seus trejeitos.

Há também uma pitada generosa de exibicionismo. Em certas comunidades, a espiritualidade é aferida pelo volume do grito, ou pela habilidade em sapatear de olhos fechados. Isso acaba produzindo gente doente, que no afã de chamar atenção, é capaz de qualquer coisa, por mais ridícula que seja.

E o pior é o escândalo que isso pode provocar na comunidade.

Shaul (Paulo) diz que nosso culto a D-us deve ser racional (Rm.12:1), e que devemos deixar de lado as coisas de menino (1 Co.13:11).

Em vez de pular, rodopiar, fazer caras e bicos, que tal nos prostrar diante do S-nhor e adorá-lO em espírito e em verdade?

Ademais, Yeshu'a disse que a Ruach HaKodesh não chamaria a atenção para Si mesma, mas para o Mashiach (Jo.16:13-14). Ela é como um holofote sobre Yeshu'a, e não Alguém que queria ser o centro das atenções.

Abaixo, algumas considerações suplementares:

1 - Quando digo que considero uma blasfêmia atribuir certas manifestações a Ruach HaKodesh, não estou me referindo ao tal "pecado imperdoável", que seria basflemar contra a Ruach(se bem que tenho uma visão um pouco distinta do que seja tal pecado). Usei o termo "blasfêmia" para enfatizar o que penso, pois por causa de tais manifestações, o nome de Yeshua'a tem sido vituperado.

2 - A primeira reação que os transeuntes tiveram ao assistirem à manifestação do Espírito no dia de Pentecostes, foi de maravilhamento, porque os discípulos falavam línguas das quais não tinham qualquer conhecimento. Apenas um grupo zombou, afirmando que estariam bêbados. Mas o texto não diz que eles cambaleavam, rodopiavam, ou coisa parecida. Eles apenas anunciavam a glória de Deus em vários idiomas.

3 - Quanto à utilidade de tais manifestações, não vejo qualquer ligação entre elas e a cura, ou outro dom espiritual. Yeshu'a curou tanta gente, sem que nenhuma precisasse contorcer-se. O único que se jogou ao chão, foi o que tinha um espírito maligno que o lançava no fogo e na água.

4 - Veja o quanto a Ruach Haodesh foi discreta no Dia de Pentecostes: a primeira mensagem pregada por Pedro, tão logo fora cheio da Ruach, foi sobre a Cruz de Yeshu'a, e não sobre os dons da Ruach. Ele apenas explicou o que era aquele fenômeno, e em seguida concentrou-se em pregar a Yeshu'a.


Adaptação de um texto de Hermes Fernandes
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