שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד
Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

domingo, 23 de outubro de 2011

Shemini Atzéret e o Recomeço do ciclo anual de Leitura da Torah


No último dia 21 de outubro de 2011 passamos pela festa de Shemini Atzéret, que literalmente significa "O oitavo, dia da parada". Desde o mês de Elul, D-us tem através de sua Ruach HaKodesh se aproximadi um pouco mais de nós e Sua presença é mais sentida. Agora, com o fim da festa de Sucót, chega o momento da partida. A festa de Shmini Atséret se assemelha a um pai que, no dia da despedida do seu querido filho, pede para que ele fique por mais um dia, pois a despedida é dura, vemos tal festa como sombra  dos acontecimentos do Reino Messiânico instituido na vinda do Mashiach Yeshua que é uma Simhat Torah, alegria pela Torah, isto é alegria pela Torah encarnada, mas tal período será finalizado depois de mil anos e é sobre este dia de témino que fazemos parelelo com a festa de Shemini Atzéret.
E neste último dia 21 comemoramos a festa de Simchá Torá (em Israel as duas festas são comemoradas no mesmo dia), o dia em que terminamos a leitura anual da Torá com a Parashá Vezot Habrachá e, por amor, a reiniciamos imediatamente com a Parashá Bereshit, que começa com a criação do mundo e a criação do primeiro ser humano, Adam Harishon.

Pouco tempo após ter sido criado, Adam pecou e foi expulso do Gan Éden (paraíso), como está escrito: "E então D-us o baniu do Gan Éden... e tendo expulsado-o, Ele colocou, ao Leste do Gan Éden, os Kerubins e a chama da espada que girava para guardar o caminho para a Árvore da Vida" (Bereshit- Gênesis 3:23,24).

Mas deste versículo surge uma pergunta. Rashi, comentarista da Torah, explica que os Kerubins eram anjos de destruição.
Porém, "Kerubins" é o mesmo termo utilizado para descrever a imagem dos dois anjos sagrados com rosto de criança que ficavam sobre a tampa do Aron Hakodesh (Arca Sagrada) no Templo. Como pode ser que o termo "Kerubim" é utilizado para criaturas destruidoras e também para criaturas com rosto de criança que representam a força vital da Torah?

Explica o Rav Yaacov Kamenetsky que a Torah está nos ensinando a importância da boa educação para moldar crianças saudáveis e ressaltando as conseqüência de uma má-educação. Se uma criança for bem educada, pode se transformar em um Tzadik (Justo), mas se a educação da mesma criança for negligenciada, ela pode se tornar uma pessoa problemática.
Em vários lugares a Torah cita a importância da educação dos filhos. Uma das passagens está no próprio "Shemá Israel", onde dizemos "E estas palavras que Eu os ordeno hoje estarão sobre os seus corações, e as ensinarão aos seus filhos". A responsabilidade da educação judaica dos filhos recai sobre os pais e deve começar ainda no berço, mesmo antes da criança começar a pronunciar suas primeiras palavras.

Porém, atualmente perdemos um pouco o senso da nossa responsabilidade em relação aos nossos filhos. O que significa educar os filhos? Muitas vezes pensamos que é suficiente mandar os filhos para a escola ou colocá-los horas diante da televisão assistindo programas "educativos". Mas será que isso é realmente suficiente? Com isso estamos cumprindo nossa obrigação de criar filhos com boa índole?

Infelizmente as nossas escolas se tornaram verdadeiras "fábricas de diploma". Qual escola é considerada boa? Aquela que tem uma alta porcentagem de alunos que entram em boas faculdades. As escolas não se preocupam em educar, a meta é apenas ensinar a passar no vestibular. Qual a consequência? Uma sociedade composta por muitos advogados sem ética e médicos gananciosos que não se importam com a vida de seus pacientes. Uma sociedade com profissionais que conhecem todos os detalhes técnicos de suas profissões mas não sabem nem mesmo respeitar o próximo.

E a televisão, será que é um bom educador? Apesar de realmente existirem programas educativos, eles são muito raros. O mais comum é a criança se deparar com cenas de violência, nudez e a banalização de temas como traição e roubo. Quanto controle realmente os pais têm sobre o que seus filhos assistem e como eles assimilam estas informações? Quantas vezes os pais assistem os programas de televisão junto com seus filhos para depois discutirem o conteúdo de forma didática? Será que não deveríamos nos dedicar mais às atividades conjuntas com nossos filhos e, ao invés de deixar a televisão ensinar, sentar com eles e abrir um livro?

Foram estes os questionamentos que se perguntaram alguns pesquisadores americanos. Para tentar respondê-los, eles propuseram uma experiência com voluntários de uma pequena cidade, que aceitaram ficar por 30 dias sem televisão em casa. Após este período, todos foram entrevistados e garantiram que o relacionamento familiar havia mudado completamente. Os pais haviam conseguido conversar mais com os filhos, haviam feito mais atividades juntos, haviam conseguido aproveitaram melhor o tempo em família, tanto em qualidade quanto em quantidade.

Porém, os pesquisadores observaram que, depois dos 30 dias da experiência, todas as famílias voltaram a ter televisões em casa. Quando questionados, os pais disseram, envergonhados, que a televisão os deixavam com mais tempo livre e por isso valia a pena tê-la de volta. Isto comprovou que, infelizmente, utilizamos a televisão para nossa própria conveniência, para que sobre para nós um pouco mais de tempo enquanto nossos filhos ficam "grudados" na programação, e não como um verdadeiro educador.

A educação dos filhos não é algo fácil. É necessário dedicação e esforço, planejamento e disciplina. Mas disso depende o futuro do mundo. Há um ditado americano que diz: "A mão que balança o berço é a mão que governa o mundo". O que nossos filhos serão no futuro depende do nosso esforço hoje. A Torá não coloca a obrigação da educação sobre os professores nem sobre os meios de comunicação, e sim sobre os pais. Escola e televisão podem transmitir informações, mas a formação do caráter depende dos ensinamentos e da educação dos pais.

Desde a infância já podemos ensinar valores aos nossos filhos. Desde o berço já podemos ensinar o orgulho de sermos judeus crentes no Mashiach Yeshua e a importância de sermos uma "Luz para as nações", através de bons atos e uma boa conduta pela capacitação que a presença do Espírito Santo em nossas vidas pode nos dar. Tanto os judeus-messiânnicos como os gentios messiânicos precisam ensinar ao mundo o valioso ensinamento de que, antes de um jovem ser advogado, médico ou engenheiro, ele precisa ser um "Mench" (ser humano digno). E isso depende única e exclusivamente dos pais.

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