שמע ישראל י-ה-ו-ה אלקינו י-ה-ו-ה אחד
Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

E a ninguém na terra chameis vosso pai...

“E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, [...] E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi. Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Messias, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. [...] O maior dentre vós será vosso servo. (Mt 23:5-11)


Jesus começa afirmando que que os mestres fariseus, para serem mais valorizados perante a população, utilizavam-se de alguns artifícios. Mas, o que realmente querem dizer? Explanarei o contexto geral, histórico e judaico para melhor compreensão da passagem acima.


•Quem é este Pai?

Voltando ao trecho de Mateus, entendemos agora o porquê de Jesus estar tão irado contra os fariseus: eles estavam utilizando símbolos e indumentárias que tinham o propósito de uma vivência e experimentação visível de uma devoção ao Criador para um fim totalmente egoísta: se auto-promoverem como santos e dignos de honras humanas pela expressão da religiosidade deles.


O contexto de todo o trecho de Mateus segue esta mesma lógica expressa aqui: exortação à conduta deturpada dos mestres em Israel na sua época. Essa conduta era caracterizada pela religiosidade fingida e deturpada de uma boa parcela dos mestres do farisaísmo, cujo propósito era o ego dos que a praticavam. Por isso Jesus alerta que eles não mereciam o título de mestre que lhes davam, focalizando que o verdadeiro Mestre seria o Messias esperado por eles. Mas, ele afirma logo após que não devíamos também chamar ninguém de pai pois havia somente um que era Pai, o que estava nos Céus (Deus). Jesus mudou o foco de sua exortação, dos mestres para os pais de família, aqui?


Na verdade não! Vemos que no judaísmo rabínico, evolução direta do judaísmo farisaico da época do Segundo Templo (I séc. d.C), há registros (no Talmude, por exemplo) o comum fato de grandes rabinos (como Gamaliel I e seu neto, Gamaliel II) serem referidos pelo nome אבא Abba ("pai", em aramaico) como título honorífico, de forma paralela com o uso de outro, רבנן Rabanan ("nosso mestre") e רבי Rabbi ("o mestre"). Coloco aqui o uso difundido deste título evidenciado por um trecho do Talmude:


הוה כי מצטריך עלמא למיטרא הוו משדרי רבנן ינוקי דבי רב לגביה ונקטי ליה בשיפולי גלימיה ואמרו ליה אבא אבא הב לן מיטרא אמר לפני הקב"ה רבש"ע עשה בשביל אלו שאין מכירין בין אבא דיהיב מיטרא לאבא דלא יהיב מיטרא


“Quando o mundo precisava de chuva, nossos mestres mandavam as crianças da escola de instrução religiosa (lit.: casa do mestre) para ele (Rabi Hanan) e ele. Elas se agarravam nas franjas de suas vestes e pediam: Aba, aba! Dai-nos chuva! Ele, então, clamava a Deus, dizendo: Senhor do Mundo! Faze algo para estes aqui que não sabem distinguir entre o Aba que dá a chuva e o Aba que não pode dá-la” (Talmude de Jerusalém, Tratado Taanit 23b)


Perceba que inclusive as crianças eram incentivadas a buscarem este grande mestre (Rabi Hanan) e a puxarem as suas franjas (tsitsiot). Por fim, ele faz a analogia entre o título que lhe chamam, Abba, com Deus, expressando a sua incapacidade ante ao Todo-Poder do Pai Celeste. Se não fosse um trecho da tradição rabínica posterior, e provavelmente intocada pela tradição evangélica, teríamos a impressão que algum cristão escrevera este trecho, não é verdade? Na realidade, os grandes teólogos e bispos cristãos da Antiguidade eram chamados de pais (ou padres, daí Patrística) por causa deste antigo costume judaico da época de Jesus.


Assim, o raciocínio do trecho de Mateus se completa: Jesus estava repreendendo os líderes de sua época que utilizavam o título de mestre (rabi ou rabanan) e de pai (abba) de forma abusiva e para sustentar uma falsa religiosidade, falsa devoção a Deus, já que a verdadeira não consistia em apreço humano (Mt 6:5) mas o buscar a Deus com um coração sincero e verdadeiro (Jo 4:23).

Trecho do Artigo de Erike Couto em seu Blog http://kakatuv.blogspot.com/

Genealogias de Jesus - A conciliação

Por Metushelach Cohen
Uma vez que a genealogia de Yeshua nos é dada de diferentes maneiras por Mateus e Lucas, supondo-se em geral que estejam em desacordo em suas afirmações, e uma vez que todo crente, pelo desejo de conhecer a verdade, tem sido levado a emprender alguma investigação para explicar certas passagens, sentimo-nos no dever de transcrevermos relatos e dos mais antigos e de grande confiabilidade para explicarmos mais esta aparente contradição.



Nos utilizaremos dos relatos de Eusébio de Cesaréia (263-340 E.C.) em (História Eclesiástica, Livro I, Cap VII, pgs 31-34) que preservou alguns trechos de um epístola de Sexto Júlio Africano para Aristides, na qual há uma harmonização da genealogia dos Evangelhos, e tal explicação passa ao longe daquela que diz ser uma genelogia de Yossef (José) e outra de Mirian (Maria), ou a de que houve erros e inserções posteriores.

Em princípio iremos mostrar as características dos autores de cada genealogia, isto nos revelará o porquê de cada um fazer a sua abordagem especifica .
Mateus o antigo Levy, cobrador de impostos, ao produzir seus relatos não tem a mesma preocupação acadêmica de um historiador, por se pautar em documentos comprobatórios da legalidade de suas palavras, isto não significa que devamos menosprezar as suas contribuições; O interesse mais patente neste Evangelho é o de admoestar aos Judeus acerca da Messianidade de Yeshua , principalmente relacionando a trajetória dele ao cumprimento das profecias da vinda e origem do Mashiach (Ungido), tanto que existem 129 referências à Tanach (A.T.), essa ênfase indica que ele estava escrevendo a leitores para os quais o cumprimento de profecias era importante e significativo.
A genealogia considerada por Mateus portanto leva consigo as características acima relatadas, isto é, Mateus não se utiliza dos documentos oficiais que comprovam as descendências legais que se encontravam no “Registro de Pessoas Civis” da época, o Templo de Jerusalém, mas sim à linha genealógica sanguínea, guardada por tradições familiares que se apoiava nas listas oficiais mas se diferiam destas quando da ocorrência de paternidades legais mas não naturais, isto é, na ocorrência da Lei do Levirato.

(“Obs.: Levirato, era uma instituição que existia entre os israelitas e outros povos do Oriente Médio antigo (como os assírios e os hititas), e consistia na recomendação de que às mulheres viúvas se casarem com o irmão mais novo do falecido marido. Assim, o cunhado tinha a responsabilidade de, através deste casamento com a viúva de seu irmão, dar um herdeiro do sexo masculino ao falecido, de modo que o nome deste não desaparecesse em Israel e mantivesse a propriedade em seu nome. Desta forma, o primogênito, levava o nome do pai “legítimo” (ou seja, o primeiro marido falecido), sendo o tio (pai biológico) o representante do pai. A importância desta lei, que já é consuetudinária antes de Dt 25:5-10, reside não só em manter o nome da família, já que proibia o casamento da viúva fora da família do marido, mas talvez sobretudo na manutenção das propriedades dentro do clã.”)

Mateus ao querer relatar suas impressões ao seu publico alvo, que estava mais suscetível ao que era comprovado de “fato e não de direito”, é que ele transcreve a genealogia de Yeshua de forma a ligá-lo às figuras proeminentes da História Judaica através de sua ancestralidade sanguínea e não a sua ancestralidade legal, tanto que além das divergências nominais com a genealogia de Lucas tem-se a questão da quantidade de nomes listados que não leva em consideração o encadeamento seqüencial mas sim o encadeamento histórico da linhagem, omitindo por vezes nomes não muito significativos ou até de má reputação.

Lucas, médico, e nas horas vagas historiador, diferentemente de Mateus, tem a preocupação acadêmica de legalmente comprovar seus relatos, além do fato de o publico alvo de seu Evangelho ser menos ligado a tradições, como o publico de Mateus, e mais ao encadeamento histórico e legal dos fatos, (“isso deve ao fato de serem Judeus de origem estrangeira e prosélitos de origem grega, que por questão cultural é mais racional”). Por esta motivação Lucas transcreve a genealogia de Yeshua pautado exclusivamente pelas listas legais, que se encontravam devidamente documentadas e preservadas junto ao Tempo de Jerusalém.

Após isto posto, declaramos veementemente que ambas as genealogias são legítimas e se traçam por Yosef (José), mas que para isso, contudo, possa tornar-se evidente, iremos estabelecer as séries de gerações, calculando-se na genealogia de Mateus, as gerações desde David, passando por Salomão, descobre-se que o terceiro de trás para frente é Matã, que gerou Jacó, pai de José, mas calculando-se, como Lucas, desde Natã, o filho de David, descobrir-se-á, que o terceiro é Matat, cujo filho era Eli, o pai de José.
Sendo José, portanto, nosso objeto proposto, vamos mostrar como aconteceu de cada um ser registrado como seu pai: Jacó, conforme se liga de Salomão e Elim de Natã; também, como aconteceu de esses dois, Jacó e Eli, serem irmãos; e, além disso, como se comprova que os pais deles, Matã e Matat sendo de famílias diferentes, são avôs de José.
Matã e Matat, tendo se casado em sucessão com a mesma mulher, tiveram filhos irmãos pela mesma mãe, pois a lei não proibia a uma mulher que tivesse perdido o marido, quer por divórcio, quer pela morte dele, casar-se de novo. Matã, portanto, que remonta sua linhagem a Salomão, primeiro teve Jacó, por meio de Estah, nome conforme transmitida pela tradição. Com a morte de Matã, Matat, que remonta a sua descendência a Natã, casou-se com ela, pois era da mesma tribo, ainda que de outra família, e, conforme se disse, teve o filho Eli. Assim portanto, vamos encontrar dois de famílias diferentes, Jacó e Eli, irmãos pela mesma mãe. Um desses, Jacó, pela morte do irmão, casou-se, conforme a lei do Levirato, com a viúva, tornou-se pai de José, seu filho tanto pela natureza como por atribuição. Assim, está escrito: Jacó gerou José, mas de acordo com a lei de Levirato, era filho de Eli, pois Jacó sendo seu irmão, deu-lhe descendência, desse modo, a genealogia traçada também por intermédio dele não será considerada imprecisa, sendo de acordo com Mateus, dada da seguinte maneira: “ mas Jacó gerou a José”. Mas Lucas, por outro lado, afirma: “ que era filho conforme se supunha, o filho de José, o filho de Eli, o filho de Matat”. Visto que não era possível expressar a genealogia legal de modo mais distinto, ele omite por completo a expressão “ele gerou”. Africano o historiador ainda assevera que este fato não é impossível de provar nem conjectura vã, pois os parente de nosso Senhor Yeshua, de acordo com a carne, seja para apresentar as próprias origens ilustres, seja para simplesmente mostra o fato, mas de qualquer maneira apegados estritamente à verdade, também relatavam estas genealogias.



Concluímos citando o resumo dos fatos pelo próprio historiador Sexto Júlio Africano no final de sua epístola à Aristides: “ O Evangelho, em seu todo, declara a verdade": "Matã, cuja descendência remonta a Salomão, gerou a Jacó, com a morte de Matã, Matat, cuja linhagem vem de Natã, ao se casar com a viúva daquele, teve Eli. Assim Eli e Jacó eram irmãos pela mesma mãe. Morrendo Eli sem filhos deixando a viúva, Jacó lhe deu descendência, sendo José filho de Jacó de acordo com a natureza, mas filho de Eli de acordo com a Lei de Levirato, desse modo, José era filho de ambos”

domingo, 12 de dezembro de 2010

Como entender as aparentes contradições da Bíblia?. Parte II

Por Julio Dam Rabino Messiânico.
Traduzido e adaptado por Metushelach Ben Levy


Por que dizemos que existem sérias dificuldades de interpretação?
Já vimos a lição Pilpul de um lado agora vamos olhar para alguns dos exemplos do pensamento grego binário aplicada às Escrituras e compreender melhor o que queremos dizer.


Paradoxos na Escritura

Por razões de espaço, só podemos mostrar alguns dos muitos paradoxos e as aparentes contradições que a Escrituras exibem e esperamos que nossos leitores entendam que não temos espaço num pequeno artigo sequer para cobrir uma pequena parte deles, seria tema de um livro inteiro.

Um tema que tem causado mais confusão no seio da Igreja, e especialmente ao povo judeu que foi inicialmente quem recebeu a Torá (*) (Instruções), é o paradoxo, a seguinte contradição aparente: os cristãos têm de cumprir a Torá? É somente para os judeus, e não têm eles que cumpri-la?

(*) (A palavra Torá quer dizer "instruções" Podemos defini-lo como. "Dedo de Elohim que nos diz:" Vem por aqui, cuidado não vá lá, agora, volta aqui, e ande com cuidado ao longo desta estrada” O tradutor do grego que traduziu o Brit HaDashá – Pacto Renovado (Novo Testamento) não encontrou outra palavra, aparentemente, para traduzir "Instruções" a não ser “nomos”, que significa "lei". No entanto, a tradução exata de "instruções" é em grego “paidéia”, que é encontrada em 2 Tim 3:16 e Hebreus 12:5.
Lexicon Thayer, publicado pela Baker Book House, 1977, pg 473 o Termo Paidéia diz: (2): " A Torá cultiva a alma dos adultos, especialmente através da correção de erros e pôr colocar fim às paixões, portanto, uma instrução que visa aumentar a força ".. Esta é a definição exata para a Torá, de modo que esta deveria ter sido a tradução correta.

Agora me digam: Quem gosta de obedecer uma lei imposta? A palavra "lei" já leva consigo conotações negativas para começar, mas no entanto como vimos, para a mente judaica a palavra Torá não tem conotação negativa, mas sim positiva como neste pensamento "D-us fez uma cerca ao redor de seus filhos para que eles não tropecem.")

Uma das regras utilizadas para a exegese, é "a Bíblia interpreta a si mesma", ou seja, as respostas podem ser encontradas nas próprias Escrituras e não precisamos procurar em outro lugar. Esta regra surgiu como resultado de um problema legítimo da autoridade. A Igreja da “Babilônia” ensina até hoje que a autoridade da interpretação se encontra no Magistério da Igreja, o que significa que apenas as autoridades da Babilônia têm a palavra final sobre qualquer problema exegético. A reação pendular à este abuso de autoridade é a regra de que "a Bíblia interpreta a si mesma." (Cremos que a única autoridade é a do autor das Escrituras. Se a "Bíblia interprete a si mesma", não haveria discussões só teríamos que ir para ver o que a Bíblia diz sobre qualquer assunto e pronto, mas como todos sabemos por experiência própria, a realidade infelizmente não é assim.)

Mas voltando ao assunto da a cerca da Torá perguntamos:Está o cristão sujeito a Torá u não? Vamos ver como "a Bíblia interpreta a si mesmo" à luz da lição Pilpul. Vemos em Romanos 6:14: "... porque você não está mais sob a Torá (a lei), mas sob a graça." Como o gentio da lição Pilpul, a igreja sorri satisfeita dizendo a si mesma: "Ah, eu entendo!" Tal qual o rabino da lição de Pilpul o Rabino Shaul (Paulo) responde: "Errado!" E dá-lhe para ler a verdadeira tradução da Torá, que é o que ele realmente disse o rabino Shaul (Paulo) em Ro. 6:14: "... porque você não está mais sob as instruções dos Elohim, mas debaixo da graça". E se isso não confundi-lo, dá-lhe para ler Romanos 3:31: ". Anulamos então as instruções de Elohim pela fé? De maneira nenhuma! Pelo contrário, confirmamos tais instruções de Elohim" Ou Romanos 7:12 que nos diz: "De fato a Torá é santa, e o mandamento é santo, justo e bom."

O Rabino Shaul (Paulo) esta brincando conosco nos apresentando estes versos aparentemente “contraditórios” ? "Certamente que não!" Quando Yaacov (Tiago) disse: "Meus irmãos, que adianta se alguém disser que tem fé mas não tem obras, a fé pode salvá-lo?" (Tiago 2:14), mas Shaul (Paulo) não disse que a salvação é pela fé? Voltemos para a lição do Pilpul:"Dois homens caíram de uma chaminé. Um saiu limpo e outro sujo. Qual deles foi se lavar ?..." Caros leitores estão entendendo agora o paradoxo?

sábado, 11 de dezembro de 2010

Como entender as aparentes contradições da Bíblia?. Parte I

Atenas ou Jerusalém?




As Escrituras estão cheias de paradoxos, ou seja, de aparentes contradições. Um site encontrou nada menos que 143 contradições. 
O questão é como interpretar tais paradoxos? 
As ferramentas para interpretá-los são nossas mentes, nossos modos de pensamento, e para questão comparativas vão pré supor que existem dois tipos de pensamentos: o pensamento ocidental de origem greco-platônica e o pensamento oriental principalmente do oriente médio. 
Como habitantes da América Latina, estamos parcialmente posicionados dentro do primeiro tipo de pensamento, o Ocidental. Para nós, descendentes dos herdeiros da mente grega (Europeus), as coisas são brancas ou pretas, não há nada que possa ser, ao mesmo tempo, tanto branco quanto preto sendo que para o nosso tipo de mente, este aspecto seria "irracional", "ilógico". Esta situação origina-se de Atenas de 2.400 anos atrás, onde a mente grega, da qual a civilização ocidental é herdeira, era uma mente eminentemente prática e clara, na realidade, a clareza das idéias era a sua característica mais saliente, essa clareza da mente trouxe como corolário a criação da ciência moderna e da investigação científica, onde a razão se elevou até se tornar como uma religião do Ocidente, um Ocidente pós-cristão, tendo os cientistas, especialmente médicos e psicólogos, como os seus profetas e sacerdotes, respectivamente, por sua vez, a exaltação da mente resultou na exaltação do homem, possuidor de tal  mente e assim a mente do homem tornou-se um deus, e a ciência sua religião. O século XX e especialmente o século XXI é um claro herdeiro de tudo isso.

O cristianismo não nasceu nem se fundou para ser uma religião separada e antagônica do judaísmo, na realidade, não existe um Cristianismo Gentio tal como entendemos atualmente, o que existe, pelo menos aos olhos do SENHOR segundo Romanos 11:17 é o judaísmo messiânico ou melhor enquadrado como judaísmo transcultural que rompe com as barreiras humanas impostas pelos hebreus praticantes do judaísmo, um Judaísmo tal no qual o Messias Judeu, prometido ao povo judeu nas escrituras judaicas (Jer. 31:31-33), transfere de local a Toráh (Instruções), que antes estavam escritas fora do homem, em pedras, e sendo praticamente impossíveis de serem praticadas por serem elas espirituais (Rm. 7) e o homem por sua inclinação má exacerbada após a queda, carnal, mas agora por meio do Mashiach Yeshua, tais instruções são escritas dentro de nós (Jer. 31:32).
Quando Shaul (Paulo) diz em Rom. 6:14: "... porque não estamos debaixo da Toráh (Instruções de Deus ("Lei"), mas debaixo da graça" o que ele está dizendo é que não estamos debaixo da Toráh externa apenas aparente, mas sim que estamos debaixo da Torah interna a Torah do Mashiach conforme Gálatas 6:2 que não é outra Torah, diferente daquela recebida no Sinai, mas a mesma Torah que apenas mudou de lugar, que saiu das pedras e foi gravadas nos corações e mentes dos homens.

Foi somente por volta do ano 97 E.C., em que os gentios começaram a ser maioria, e portanto, a tomar as rédeas do poder e mudar os verdadeiros fundamentos da fé do Rabino Yeshua (Yeshua por mais de 58 vezes é chamado de "Rabi" , Rabino ou de Mestre nas Escrituras). Até então, o Judaísmo Messiânico não era uma religião separada e antagônica do judaísmo, mas a continuação dele, em Atos (24:5) é chamado de "seita dos nazarenos", isto é, uma seita mas dentro do judaísmo, como eram os prushím ("fariseus") e Tzukim ("Saduceus").
Christóu palavra (Cristo), por exemplo, é apenas a tradução grega do termo hebraico Mashiach (Messias = o ungido), mas o termo grego já vem carregado de significância, pois nos templos greco-romanos era costume se ungir as sacerdotisas e virgens (vestais) para iniciá-las nos serviços dos templos.

Não podemos esquecer que a Nova Aliança foi feita com a"beit” (linhagem, casa, família) de Israel e a Casa de Judá conforme (Jeremias 31:32, Heb. 8:10), ou seja, com o mesmo povo judeu com quem Elohim fez o Pacto Mosaico, em outras palavras, o D-us de Israel fez a Nova Aliança com o povo judeu e depois presenteou os gentios! Quem quer se ligar à Elohim o D-us de Israel e ao Mashiach de Israel deve ser enxertado na Oliveira conforme (Romanos 11), já que não há uma árvore para cada povo, uma para os judeus aqui, e uma para os gentios em outro lugar a Igreja constituída e institucionalizada infelizmente criou uma árvore imaginária e atua como se esta árvore estivesse florescendo!

Influenciados pelo anti-judaísmo e anti-semitismo introduzidos pelos Padres da Igreja, esta cometeu, neste sentido, um erro cujos efeitos são sentidos até os dias hoje. Infectados pelos filósofos gregos, especialmente por Aristóteles e Platão, a Igreja se afastou de suas verdadeiras raízes judaicas, se rendendo ao pensamento de Atenas, justamente para ficar longe de tudo que fosse judaico, ao fazê-lo, tomou uma série de rolos de couro escrito em hebraico (as Escrituras judaicas, o chamado “Antigo Testamento", 78 % dela) e em papiro (22 % dela, o chamado “ Novo Testamento”); Estas Escrituras era um material estritamente Oriental, escrita por orientais para orientais, no entanto foi adicionada a elas uma capa Ocidental e um "par de óculos" Ocidentais para que através deles o leitor fizesse a leitura, e os efeitos desta decisão continuam a afetar a maneira de se compreender as Escrituras, sendo que o equivoco de se tirar o contexto oriental da compreensão tem alcançado os nossos dias.

A pergunta que é feita é : Podemos demonstrar a contraposição do modo de pensar Oriental e do Ocidental ?
Acreditamos que uma das melhores maneiras de entender o que estamos tentando dizer é dar um exemplo. A Dialética (Pilpul em hebraico) é um método de ensino no qual 34 Talmidin (discípulos) discorrem suas opiniões e são confrontados com a tarefa de correlacionar todas estas opiniões conflitantes. O Pilpul é altamente dialético, isto é, contraditório e analógico, manejando as mesmas contradições como parte da educação, para treinar as mentes das crianças judias na gestão de paradoxos e vários pontos de vistas simultâneos e contraditórios. Esse tipo de pensamento, dialético e analógico (que trabalha com alusões e reconhecimento das semelhanças) é o mesmo pensamento de Elohim evidenciado em Suas Escrituras, embora tendemos a erroneamente chamar de "pensamento judeu" e associá-lo a Jerusalém. O segundo exemplo é tirado do pensamento helenista e Ocidental, que é essencialmente binário (sim ou não) e não tem lugar para "sins" que podem ser simultaneamente "nãos" e tendemos à associá-lo com Atenas.

Vamos ver então.

A lição de Pilpul (Dialética ou Debate)

"Um gentio queria aprender o sistema de estudo dos judeus chamada Pilpul. O Rabino o desanimava dizendo-lhe que nunca entenderia, mas o gentio persistiu e finalmente o rabino levantou o seguinte paradoxo: "Dois homens caíram de um lareira, um deles caiu sujo e outro limpo. Qual deles foi se lavar?" “O sujo é claro!", disse o gentio. "Incorreto", disse o rabino "O sujo viu o limpo e pensou: Incrível nenhum de nós se sujou, mas o limpo viu o sujo e supondo que ambos se sujaram foi se lavar". O gentio sorriu satisfeito:".. Ah agora entendi"." Não! Você não entendeu ", disse o rabino." Eu vou fazer a seguinte pergunta: "Dois homens caíram de uma chaminé, um caiu limpo e o outro sujo, qual deles foi se lavar? " O gentio disse, "Bem, esta pergunta já me foi feita antes." "Não!" disse o rabino. "O primeiro estava sujo. Qual deles foi se lavar?" "O limpo", disse o gentio. "Errado de novo!" disse o rabino. . "O sujo viu ao limpo e disse para si mesmo: Como é estranho que ele não tenha se sujado, e ao ver suas mãos e braços sujos ele foi se lavar". "E agora a terceira questão. Dois homens caíram de uma lareira. Um estava sujo e o outro limpo. Qual dos dois foi se lavar?" O gentio, já confuso disse: "Eu não sei o que dizer, se foi o limpo ou o sujo". "Nenhum!" respondeu o rabino. "Isto é absolutamente ridículo!" "Como duas pessoas podem cair juntas de uma lareira e uma sai limpa e outra sai suja?" (Share The New Life With a Jew, by Moishe and Cecil Rosen, Moody Press, 1976, págs. 47-48).(Extraído com permissão escrita do autor)
Este trecho como dissemos anteriormente é um exemplo de pensamento analógico de Elohim que não é uma maneira de pensar linear e de forma binária, não está vinculada a uma lógica frágil e mecânica, que pode quebrar ao menor crack, mas é tão forte que ele pode suportar três soluções simultâneas e contraditórias entre si, sem que nossa mente seja afetada. Se lermos atentamente uma segunda vez, podemos ver como o gentio ao ouvir a explicação do rabino, acredita "entender", quando na realidade apenas está ouvindo uma das três explicações simultaneamente contraditórias que vem. Está claro que, quando o rabino faz a mesma pergunta pela terceira vez, o gentio está totalmente confundido e não sabe o que responder, sem mencionar a confusão mental que deve ter sentido quando o rabino dá a última "explicação", a única com lógica binária (sim / não) das três. Compartilhando o dilema do gentio perguntamos aos leitores, realmente como duas pessoas podem cair juntos por uma chaminé, uma sai limpa e uma sai suja? Se não aprendermos a lidar com um tipo de pensamento paradoxal e contraditório como este, será quase impossível de compreender - na prática - as Escrituras!

Quando a Congregação Messiânica de nosso Rabino Yeshúa abandonou suas raízes judaicas e se converteu contra a vontade de Elohim, como podemos ver em Romanos 11:17, em uma religião separada e até mesmo anti-semitas se formou uma lacuna conceitual e o pensamento dialético e analógico do Escritor das Escritura deixou de fazer parte da Igreja sendo substituído pelo pensamento binário de Atenas. O principal problema é que agora temos As Escrituras que foram escritas em Jerusalém que queremos, a todo custo, ler com óculos atenienses! O resultado direto dessa atitude é a mesma experimentada pelo gentio da história anterior: confusão mental, incapacidade de gerir os paradoxos e contradições aparentes e, como corolário desta, sérias dificuldades em interpretar as Escrituras corretamente.
Acreditamos que o autor da Escritura quer por fim nesta situação ele quer que a Igreja retornar às suas raízes originais, as raízes judaicas, quando isto ocorrer, Judeus e Gentios terão que se sentar junto para jogar um jogo duas vezes por milênio, onde os judeus são os portadores do tabuleiro e as gentios das peças! Separados não pode jogar, mas juntos descobrirão que tudo combina!

continua.....

Por Julio Dam
Rabino Messiânico.
Traduzido e adaptado por Metushelach Cohen

domingo, 31 de outubro de 2010

Seria a Ruach HaKodesh (Espírito Santo) responsável por tanta bizarrice no meio evangélico?

Seria a Ruach HaKodesh (Espírito Santo) responsável por tanta bizarrice no meio evangélico?

Pra início de conversa, quero deixar claro que creio na contemporaniedade dos dons espirituais. Em outras palavras, não sou cessacionista. Os dons devem permanecer na igreja até que tenhamos chegado à perfeita varonilidade, à estatura do Mashiach (Cristo - Messias) (Ef.4:13). A meu ver, ainda estamos longe disso.

Entretanto, considero uma blasfêmia atribuir certas manifestações bizarras a Ruach de D-us.

É deprimente assistir pelo Youtube a cultos onde as pessoas são tomadas de êxtase, girando de um lado pro outro, em gestos e expressões corporais muito parecidos com os encontrados no candomblé.

Por que razão a Ruach HaKodesh , meiga do jeito que é, levaria pessoas a se contorcerem no chão, ou a descaracterizarem suas fisionomias?

Shaul HaShaliach (Apóstolo Paulo) afirma que as manifestações da Ruach são para aquilo que for útil (1 Co.12:7). Então, que utilidade tem derrubar as pessoas? Que utilidade tem ficar rodopiando pelo salão da igreja?

Recuso-me a crer que tais bizarrices sejam provocadas pela Ruach de D-us.

Você imaginaria os talmudim (discípulos) de Yeshu'a (Jesus) fazendo tais coisas? Ou mesmo Yeshu'a, o Filho de D-us, com Sua face desfigurada, falando em línguas aos berros?

Tais manifestações devem ser atribuídas à infantilidade de alguns crentes. Não duvido de sua sinceridade, nem mesmo ponho em xeque sua experiência com D-us. Porém, a maneira como extravasam suas experiências se deve mais ao condicionamento adquirido em suas congregações.

Se numa determinada igreja, as pessoas possuem manias excêntricas de expressar o gozo do espírito, um novo crente acabará assimilando os seus trejeitos.

Há também uma pitada generosa de exibicionismo. Em certas comunidades, a espiritualidade é aferida pelo volume do grito, ou pela habilidade em sapatear de olhos fechados. Isso acaba produzindo gente doente, que no afã de chamar atenção, é capaz de qualquer coisa, por mais ridícula que seja.

E o pior é o escândalo que isso pode provocar na comunidade.

Shaul (Paulo) diz que nosso culto a D-us deve ser racional (Rm.12:1), e que devemos deixar de lado as coisas de menino (1 Co.13:11).

Em vez de pular, rodopiar, fazer caras e bicos, que tal nos prostrar diante do S-nhor e adorá-lO em espírito e em verdade?

Ademais, Yeshu'a disse que a Ruach HaKodesh não chamaria a atenção para Si mesma, mas para o Mashiach (Jo.16:13-14). Ela é como um holofote sobre Yeshu'a, e não Alguém que queria ser o centro das atenções.

Abaixo, algumas considerações suplementares:

1 - Quando digo que considero uma blasfêmia atribuir certas manifestações a Ruach HaKodesh, não estou me referindo ao tal "pecado imperdoável", que seria basflemar contra a Ruach(se bem que tenho uma visão um pouco distinta do que seja tal pecado). Usei o termo "blasfêmia" para enfatizar o que penso, pois por causa de tais manifestações, o nome de Yeshua'a tem sido vituperado.

2 - A primeira reação que os transeuntes tiveram ao assistirem à manifestação do Espírito no dia de Pentecostes, foi de maravilhamento, porque os discípulos falavam línguas das quais não tinham qualquer conhecimento. Apenas um grupo zombou, afirmando que estariam bêbados. Mas o texto não diz que eles cambaleavam, rodopiavam, ou coisa parecida. Eles apenas anunciavam a glória de Deus em vários idiomas.

3 - Quanto à utilidade de tais manifestações, não vejo qualquer ligação entre elas e a cura, ou outro dom espiritual. Yeshu'a curou tanta gente, sem que nenhuma precisasse contorcer-se. O único que se jogou ao chão, foi o que tinha um espírito maligno que o lançava no fogo e na água.

4 - Veja o quanto a Ruach Haodesh foi discreta no Dia de Pentecostes: a primeira mensagem pregada por Pedro, tão logo fora cheio da Ruach, foi sobre a Cruz de Yeshu'a, e não sobre os dons da Ruach. Ele apenas explicou o que era aquele fenômeno, e em seguida concentrou-se em pregar a Yeshu'a.


Adaptação de um texto de Hermes Fernandes

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Judeus influentes falam de suas impressões sobre Yeshu'a Histórico

Baruch Spinoza (1632-1677): Considerado o maior filósofo judeu que a humanidade já produziu, viveu na Holanda protestante e foi excomungado pelos Rabinos de sua cidade. Recentemente, muitas pessoas, em Israel, têm exposto sua convicção de que os Rabinos deveriam retirar sua excomunhão. O Primeiro Ministro de Israel, Ben Gurion, foi um franco admirador de Spinoza. No seu tratado sobre teologia política, Spinoza escreve: “Yeshuá não foi tanto um poeta, mais um porta voz de Deus, enviado a ensinar não apenas aos judeus, mas a toda raça humana. Portanto não era suficiente que sua mente se acomodasse apenas à opinião dos judeus, mas ao ensino fundamental comum a toda raça humana, a idéias universais e à verdade”.
Heinrich Graetz (1817-1891): O maior historiador judeu que viveu na Alemanha. São palavras dele: “ Zelo de alto nível e pureza moral sem mácula, eram seus atributos incontestáveis (...) o caráter dócil e a humildade de Yeshuá, fazem lembrar Hillel, a quem ele parece ter tomado como modelo especial. Como Hillel, Yeshuá considerava a promoção da paz e o perdão das injúrias como a mais alta forma de virtude. Todo o seu ser era repleto daquela religião que contribuía para a doçura de seu rosto. Ele conseguiu que a humanidade se tornasse uma honra ao dizer: “Faça ao seu próximo aquilo que você gostaria que ele a ti fizesse”. Ele levou a mais alta sabedoria para os lares de todo o mundo, pessoas humildes e ignorantes, e por isso teve que morrer em uma morte de vergonha. O redentor do pobre, o mestre do ignorante, o amigo de todos que desfalecem em fatiga e são oprimidos com cuidados, deve morrer na cruz. Sobre a suprema tragédia o anjo de tristeza estenda suas asas. Cobre teu rosto sol, escurece-te céu, tema a terra e os homens se lamentem com lágrimas! O mais angelical dos homens, o mais amoroso dos mestres, o meigo e humilde profeta vai morrer de morte de cruz. (História dos judeus, volume 11, pg. 149)”.
Dr. J. M. Jost (1793-1860): É outro grande historiador judeu. Ele escreveu: “Andar irrepreensível, amor altruísta pela humanidade. Milhares de judeus adoram a Yeshuá, seu mestre e amigo”. ( A história do judaísmo e suas seitas, vol. 1, cap. 12)
Benjamim Disreal (1804-1881): Conde de Beaconfield, novelista e estadista (Primeiro Ministro da Inglaterra), o qual escreveu: “O discípulo de Moisés pode perguntar a si mesmo se todos os príncipes da casa de David fi zeram tanto pelos judeus como aquele príncipe que foi crucifi cado. Se não fosse ele, os judeus seriam comparadamente desconhecidos, ou conhecidos apenas como uma alta casta oriental que perdera seu país. Não tornou ele sua história, a mais famosa história do mundo? Os sonhos mais fantásticos dos rabinos tem sido de muito ultrapassados. Não conquistou Yeshuá a Europa e não mudou seu nome para cristandade?
Theodoro Reinach (1860-1928): Nasceu na França e é outro grande historiador de sucesso. São palavras suas: Embora soubessem muito pouco com certeza, do que diz respeito da vida e ensinos de Yeshuá, sabemos dele o suficiente para crer que, em moral e em teologia, ele foi herdeiro e continuador dos profetas de Israel. Não há se quer uma lacuna em Isaías e Yeshuá, mas é uma desgraça, tanto para o cristianismo, tanto para o judaísmo, que esta lacuna tenha se estabelecido pela entrada de idéias pagãs em um, e pela inexplicável relutância perfeitamente explicável de outro para admitir entre seus profetas um de seus maiores fi lhos. Considero dever de ambos, cristãos esclarecidos e judeus, esforçarem-se para preencher esta lacuna”.
Max Nordau (1849-1923): Autor de fama internacional, líder sionista e colega do Dr. Herzi, escreveu: Yeshuá é a alma de nossa alma, como é a carne de nossa carne. Quem então poderia pensar em excluí-lo do povo de Israel? Pedro continuará sendo o único judeu a dizer: “Não conheço esse homem”. Se os judeus até o presente não fizeram homenagem a sublime beleza da figura de Yeshuá, é porque são algozes os tem sempre perseguido, torturado e assassinado em seu nome.
Albert Einstein: Declarou à revista semanal The Saturday Evening Post: ”Até que ponto você é influenciado pelo cristianismo? Quando criança, diz Einstein, fui instruído tanto na Bíblia como no Talmud. Sou judeu, mas estou admirado com a luminosa figura do nazareno. Você já leu o livro de Emil Ludwig sobre Yeshuá? O Yeshuá de Ludwig é superficial, diz Einstein, Yeshuá é grande demais para escritores lisonjeadores, embora habilidosos. Ninguém pode se desfazer do cristianismo com uma simples palavra. Você aceita a existência histórica de Yeshuá? Sem dúvida, ninguém pode ler os Evangelhos sem sentir a presença real de Yeshuá. Sua personalidade pulsa em cada palavra. Nenhum mito é repleto de tanta vida. É diferente, por exemplo, a impressão que recebemos quando lemos a narrativa de um herói lendário da antiguidade como, por exemplo, Teseu. Os escritos sobre Teseu e outros heróis de seu tempo não tem a mesma vitalidade que têm os escritos que tratam de Yeshuá.
Ludwing Lewisonhn, em um de seus recentes livros, disse que os ditos de Yeshuá apenas parafraseiam os ditos de outros profetas. O que o Sr. diz disso? Nenhum homem pode negar o fato de que Yeshuá existiu, nem que seus dizeres são belos. Mesmo que alguns deles tivessem sido pronunciados anteriormente, ninguém os expressou tão divinamente como ele.
Israel Zangwill: Considerado o maior romancista da literatura judaica em inglês, disse: Nunca poderemos endireitar o futuro se não nos desembaraçarmos do passado. Desembaraçarmos do passado quer dizer reexaminarmos o julgamento de Yeshuá – mitos tecidos propositalmente por nossos líderes, em torno da maior e mais nobre personagem da história, de modo que não podemos ver e reconhecer o verdadeiro Yeshuá. Para nós meus irmãos, é dado o privilégio nos dias de hoje, de retomar o Yeshuá que perdemos por tantos séculos. Será que o Yeshuá crucificado não tem mais do que satisfeito o mais elevado e nobre de nossos maiores profetas? Não é ele a encarnação da essência do que a lei, os profetas e salmos ensinaram? O Mashiach da Bíblia.
Dr. Cláudio Montefiore: Reconhecido intérprete dos liberais judeus na Inglaterra, presidente da união religiosa judaica. A respeito de Yeshuá, disse: O mais importante judeu que jamais viveu, com quem os pecadores e os exilados, séculos após séculos, tem contraído uma grande dívida de gratidão.(Crônica Judaica, 14 de julho de 1809) Não posso conceber que venha um tempo em que a figura de Yeshuá não seja mais uma estrela de primeira grandeza no céu espiritual, e que ele não seja mais considerado como um dos maiores heróis e mestres religiosos que o mundo já viu. Não posso conceber que chegue um tempo em que a Bíblia, aos olhos da Europa, não seja mais composta do velho e do novo testamento, ou que os Evangelhos sejam menos apreciados que o Pentateuco ou os livros de Crônicas preferidos às Epístolas de Paulo. A religião do futuro será, creio eu, um judaísmo desenvolvido e purificado, mas os registros daquele judaísmo desenvolvido e purificado cantarão, quiçás imperfeitamente, se seu mestre, talvez o maior. Certamente seu mestre mais poderoso e influente não seja excluído.
O seguinte tributo a Mashiach, muito notável, apareceu em um jornal judeu conservador: Tenho, às vezes pensado que os cristãos perdem muito da glória, da grandeza e da beleza da vida do fundador de sua fé, seu maravilhoso poder de imaginação, seus notáveis dons de homilética, a magnífica doutrina que ele ensinou e a vida esplêndida que viveu como exemplo a seus seguidores (...) rebeldes e revoltados contra o infame sistema eclesiástico que prevalecia nos dias de Yeshuá e também contra as condições políticas que ele denunciava. Deve, também, ter havido em seu caráter, e vida, muito mais do que na morte, alguma coisa infinitamente gloriosa para ele ter se tornado (seja isto lembrado principalmente entre os judeus) o objetivo de tal adoração que lhe foi tributada anos e anos após sua morte. (Jewish Chronicie, 5 de junho de 1931).
Dr. Felix Adler: Fundador das sociedades de cultura ética. Falando em New York, diante de um grande auditório de judeus, teve isto a dizer: Tem-se dito que se Yeshuá viesse a New York ou a Chicago,haveriam de apedrejá-lo nas igrejas. Não é assim! Se Yeshuá viesse a New York ou a Chicago, os publicanos e pecadores sentar-se-iam a seus pés, porque haveriam de saber que ele cuidaria deles melhor do que eles em suas trevas o poderiam fazer. Além disso, haveriam de amá-lo como foi amado nos dias de outrora. Ele continua a mostrar que a ressurreição de Yeshuá tem que ter algum fundamento histórico para ter sobrevivido tantos séculos. Insinua-se que a religião cristã depende das narrativas contidas no novo testamento, entendendo-se que Yeshuá realmente ressuscitou no terceiro dia e foi visto por seus seguidores; e que, se estes relatos forem achados contraditórios, não apoiados em provas sufi cientes e não dignos de crédito em si mesmos, então cairá o fundamento da crença na imortalidade, como é apresentada pelo cristianismo (e pelo judaísmo). Ele continua: Mas semelhantes relatos surgiram no mundo repetidas vezes; aparição de mortos tem sido vistas e aceitas como reais; e, todavia, essas histórias, depois de circularem por algum tempo, invariavelmente passaram ao esquecimento. Por que esta história em especial persistiu a pesar da escassez e da insuficiência de provas? Por que foi ela acreditada e criou raízes?
Rabino Emmanuel Weill: São suas as palavras: Como judeus sejamos gratos porque houve um Yeshuá e um Paulo. Não conheço os segredos de Deus, mas creio que Yeshuá e o cristianismo foram meios providenciais, úteis à divindade, para guiar todos os homens gradualmente, por um esforço, acompanhando o estado mental da maioria dos homens, do paganismo até a pura e verdadeira idéia de divindade.
David Castelli: Considerado professor, nasceu na Itália. Segundo ele: Yeshuá, em certo sentido cumpriu em sua pessoa as profecias do Velho Testamento, que alcançaram nele uma altura além da qual é impossível ir. Ele foi o grande mestre da humanidade, espalhando em todas as nações o princípio de amor e humanidade, que, até então permanecia aprisionado dentro dos limites do judaísmo.
Rabino Wise: Disse para The Outlook em 7 de junho de 1913: Não há em nós da casa de Israel, alegria mesquinha ou orgulho ignóbil em reconhecer, honrar e amar entre nossos irmãos a Yeshuá, o judeu.
Rabino Krauskopf: Nascido na Filadélfia, USA, afirmou: Sou o primeiro a reconhecer a influência humanizadora do homem de Nazaré. Estou pronto a conceder-lhe um tributo que ainda ninguém concedeu: o de impressões de um Rabino.
Rabino H. G. Enelow, D. D.: No templo de Emanuel N.York, ele disse: Entre os bons e humanos que a raça humana produziu, ninguém jamais se aproximou de Yeshuá na universalidade de sua atração e infl uência. Ele se tornou a fi gura mais fascinante da história. Nele acha-se unido o que há de melhor, mais misteriosoe encantador em Israel – o povo eterno de quem era filho. O judeu não pode deixar de se gloriar naquilo que ele tem significado para o mundo, nem ainda deixar de esperar que ele possa ainda ser o laço da união entre judeus e cristãos. O que pensa do judeu moderno acerca de Yeshuá? Foi um profeta? Sim, coroando a grande tradição; e quem pode calcular tudo o que ele tem signifi cado para a humanidade? O amor que inspirou, o consolo que proporcionou, o bem que produziu,a esperança e alegria que provocou, tudo isso é incomparável na história humana. Ele fala de Yeshuá também como sendo o mais fascinante, o mais influente e mais beneficente mestre religioso.
Dr. E. N. Cailisch, (Richmond, Virginha): Falando sobre os motivos pelos quais Yeshuá foi excluído do judaísmo, expressou pesar devido ao afastamento entre Yeshuá e seu povo: Esta é a expressão moderada e limitada de condições e para aqueles que lamentam que este afastamento tenha existido entre os judeus e Yeshuá, e que afirmam haver em sua vida e ensinos muita coisa que pode ser de valor para o judeu, deve permanecer a esperança de que, de algum modo, e em algum tempo não muito distante, Yeshuá seja reclamado pelo judaísmo,tomando então o lugar que deve ser seu nas mentes e corações dos companheiros judeus.
Hans Borger: Na obra Uma história do povo judeu, volume I, 3a edição, março 2003, escreveu: Yeshuá de Nazaré nasceu por volta do ano 4 a.e.C e morreu cerca de 30 e.c. A força das palavras, e o brilho das parábolas do carismático pregador itinerante leva um pequeno grupo de discípulos a acompanhá-lo, em suas idas e vindas. Eles identificam-se com seu pelo ao aperfeiçoamento ético que inauguraria a redenção messiânica e, a fim de ampliar o alcance de sua mensagem, Yeshuá os envia para disseminar sua palavra na Galiléia recomendando-lhes contudo: “não ireis pelos caminhos dos gentios nem entrareis nas cidades dos samaritanos”. (Mateus 10:5) Na melhor tradição dos profetas clássicos de Israel, Yeshuá protesta contra o culto e o rito destituídos de sua verdadeira religiosidade. A observância ostensiva de prescrições rituais praticadas por alguns fariseus exibicionistas torna-se alvo de amargurada censura. Todos os grandes mestres da Bíblia sempre se consideravam elos da cadeia de transmissão do ensinamento, tanto em aulas a seus discípulos, quanto em sermões públicos. Yeshuá posiciona-se além e acima desta corrente, “...ensinava como alguém que tem autoridade, e não como os escribas”. (Mateus 7:29)

domingo, 25 de julho de 2010

Passeio na História: Os cristãos da Igreja primitiva ensinavam que D-us é uma trindade?

De aproximadamente meados da morte do último discípulo, até o fim do segundo século DC, surgiram eclesiásticos que são hoje conhecidos por apologistas. Escreveram para defender o cristianismo, que eles conheciam, das filosofias hostis prevalecentes no mundo romano daquela época. Sua obra apareceu perto do fim, e depois, do período dos escritos dos Pais Apostólicos.

Justino, o Mártir, Taciano, Atenágoras, Teófilo e Clemente, de Alexandria, estavam entre os apologistas que escreveram em grego. Tertuliano foi um apologista que escreveu em latim. Será que ensinavam a Trindade — três pessoas co-iguais (Pai, Filho e Espírito Santo) numa Divindade, cada pessoa um D-us verdadeiro, sem que haja, contudo, três D-uses, mas apenas um D-us?

"O Filho É Subordinado"

O Dr. H. R. Boer, em sua obra A Short History of the Early Church (Breve História da Primitiva Igreja), comenta o objetivo principal do ensino dos apologistas:

"Justino [o Mártir] ensinou que antes da criação do mundo D-us estava sozinho e não existia nenhum Filho. . . . Quando D-us desejou criar o mundo, . . . gerou outro ser divino para criar o mundo para ele. Esse ser divino foi chamado . . . Filho, porque nasceu; foi chamado Logos, porque foi tomado da Razão ou Mente de D-us. . . .

"Justino e os outros apologistas, portanto, ensinavam que o Filho é uma criatura. Ele é uma criatura elevada, uma criatura suficientemente poderosa para criar o mundo, mas, não obstante, uma criatura. Na teologia, esta relação do Filho com o Pai se chama subordinacionismo. O Filho é subordinado, isto é, secundário ao Pai, dependente dele e causado por ele. Os apologistas eram subordinacionistas."1

A respeito do entendimento mais antigo sobre a relação do Filho com D-us, o Dr. Martin Werner, em sua obra The Formation of Christian Dogma (A Formação do Dogma Cristão), diz o seguinte:

"Essa relação foi entendida inequivocamente como de 'subordinação', i.e., no sentido de subordinação de Cristo a D-us. Toda vez que no Novo Testamento se considera a relação de Jesus com D-us, o Pai, . . . ela é imaginada e representada categoricamente como subordinação. E o mais decisivo subordinacionista do Novo Testamento, segundo o relato sinóptico, foi o próprio Jesus . . . Essa posição original, firme e manifesta como era, pôde ser mantida por muito tempo. 'Todos os grandes teólogos pré-Nicéia representaram a subordinação do Logos a D-us.'"2

Concordando com isso, R. P. C. Hanson, na obra The Search for the Christian Doctrine of God (A Busca da Doutrina Cristã Sobre D-us), declara:

"Não há teólogo na Igreja Oriental ou Ocidental antes da erupção [no quarto século] da Controvérsia Ariana que de algum modo não considere o Filho subordinado ao Pai."3

O Dr. Alvan Lamson, em The Church of the First Three Centuries (A Igreja dos Primeiros Três Séculos), acrescenta este testemunho a respeito do ensino das autoridades eclesiásticas antes do Concílio de Nicéia (325 DC):

"A inferioridade do Filho foi geralmente, se não de modo uniforme, afirmada pelos Pais Pré-Nicéia . . . Que eles consideravam o Filho distinto do Pai é evidente do fato de que afirmavam claramente a inferioridade dele. . . . Eles o consideravam separado e subordinado."4

Da mesma forma, no livro Gods and the One God (D-uses e o Único D-us), Robert M. Grant diz o seguinte sobre os apologistas:

"A cristologia das apologias, como a do Novo Testamento, é essencialmente subordinacionista. O Filho é sempre subordinado ao Pai, que é o único D-us do Velho Testamento. . . . O que encontramos nesses autores antigos, pois, não é uma doutrina da Trindade . . . Antes de Nicéia, a teologia cristã era quase universalmente subordinacionista."5

A Trindade supostamente cristã ensina que o Filho é igual a D-us, o Pai, em eternidade, poder, posição e sabedoria. Mas os apologistas diziam que o Filho não era igual a D-us, o Pai. Eles consideravam o Filho subordinado. Este não é o ensino da Trindade.

Reflexo do Ensino do Primeiro Século

Os apologistas e outros antigos Pais da Igreja refletiam em grande medida o que os cristãos do primeiro século ensinavam sobre a relação entre o Pai e o Filho. Note como isto é expresso no livro The Formation of Christian Dogma:

"Na primitiva era cristã, não havia nenhum sinal de espécie alguma de problema ou controvérsia trinitária, como a que mais tarde produziu violentos conflitos na Igreja. A razão disso sem dúvida está em que, para o cristianismo primitivo, Cristo era . . . um ser do elevado mundo celestial de anjos, que foi criado e escolhido por D-us para a tarefa de trazer, no fim das eras, . . . o Reino de D-us."6

Além disso, a respeito do ensino dos primitivos Pais da Igreja, The International Standard Bible Encyclopedia (Enciclopédia Internacional da Bíblia Padrão) admite:

"No pensamento mais antigo da Igreja, a tendência, ao se falar sobre D-us, o Pai, é entender que Ele é primeiro, não como o Pai de Jesus Cristo, mas como a origem de todo ser. Assim, D-us, o Pai, é como que D-us por excelência. A Ele pertencem descrições tais como sem origem, imortal, imutável, inefável, invisível e incriado. Foi Ele quem fez todas as coisas, incluindo a própria matéria da criação, a partir do nada...
"Isto pode parecer sugerir que o Pai é o único devidamente D-us, e que o Filho e o Espírito o são apenas secundariamente. Muitas afirmações antigas parecem apoiar isto."7

Embora esta enciclopédia passe a desacreditar essas verdades e a afirmar que a doutrina da Trindade era aceita naquela época antiga, os fatos negam essa afirmação. Considere as palavras do Cardeal John Henry Newman, famoso teólogo católico:

"Admitamos que todo o círculo de doutrinas, das quais nosso Senhor é o tema, foi coerente e uniformemente confessado pela Primitiva Igreja . . . Mas certamente é diferente com a doutrina católica da Trindade. Não vejo em que sentido se pode dizer que há um consenso das primitivas [autoridades eclesiásticas] em seu favor . . .

"Os Credos daquela época primeva não fazem menção . . . da [Trindade] de forma alguma. Fazem menção, sim, de um Três; mas quanto a existir algum mistério na doutrina, que os Três são Um, que Eles são co-iguais, co-eternos, todos incriados, todos onipotentes, todos incompreensíveis, não está declarado e jamais se poderia deduzir deles."8

O Que Justino, o Mártir, Ensinava

Um dos mais antigos apologistas foi Justino, o Mártir, que viveu de cerca de 110 a 165 DC. Nenhum de seus escritos existentes menciona três pessoas co-iguais em um só D-us.

Por exemplo, segundo A Bíblia de Jerusalém, uma versão católica, Provérbios 8:22-30 diz a respeito do pré-humano Jesus: "Iahweh me criou, primícias de sua obra, de seus feitos mais antigos. . . . Quando os abismos não existiam, eu fui gerada . . . Antes das colinas, eu fui gerada . . . Eu estava junto com ele [D-us] como mestre-de-obras." Considerando estes versículos, Justino diz no seu Diálogo com Trífon:

"A Escritura declara que essa Prole foi gerada pelo Pai antes de serem criadas todas as outras coisas; e que aquilo que é gerado é numericamente distinto daquele que gera, isso qualquer pessoa admitirá."9

Visto que o Filho nasceu de D-us, Justino usa, de fato, a expressão "D-us" com relação ao Filho. Ele declara na sua Primeira Apologia: "O Pai do universo tem um Filho; que, também, sendo o primogênito Verbo de D-us, é D-us mesmo."10

A Bíblia também se refere ao Filho de D-us pelo título de "D-us". Em Isaías 9:6, ele é chamado "D-us Poderoso". Mas, na Bíblia, anjos, humanos, D-uses falsos e Satanás também são chamados "D-uses". (Anjos: Salmo 8:5; compare com Hebreus 2:6, 7. Humanos: Salmo 82:6. D-uses falsos: Êxodo 12:12; 1 Coríntios 8:5. Satanás: 2 Coríntios 4:4.) Nas Escrituras Hebraicas, a palavra para "D-us", ´El, simplesmente significa "Poderoso" ou "Forte". Nas Escrituras Gregas, o equivalente é the•ós.

Além disso, o termo hebraico usado em Isaías 9:6 mostra uma distinção definida entre o Filho e D-us. Ali, o Filho é chamado "D-us Poderoso", ´El Gib•bóhr, não "D-us Todo-Poderoso". Esse termo em hebraico é ´El Shad•daí, e aplica-se unicamente a Iahweh, o Pai.

Note, porém, que, ao passo que Justino chama de "D-us" ao Filho, nunca diz que o Filho seja um de três pessoas iguais, sendo cada um deles D-us, mas formando os três apenas um D-us. Em vez disso, ele diz em seu Diálogo com Trífon:

"Há . . . outro D-us e Senhor [o pré-humano Jesus] sujeito ao Criador de todas as coisas [D-us Todo-Poderoso]; que [o Filho] é chamado também de Anjo, porque Ele [o Filho] anuncia aos homens o que quer que o Criador de todas as coisas — acima de quem não há outro D-us — deseja que lhes anuncie. . . .

"[O Filho] é distinto Daquele que fez todas as coisas, — numericamente, quero dizer, não [distinto] na vontade."11

Há uma passagem interessante na Primeira Apologia de Justino, no capítulo 6, em que ele faz uma defesa contra a acusação da parte dos pagãos de que os cristãos são ateístas. Ele escreve:

"Tanto Ele [D-us] como o Filho (que se originou Dele e nos ensinou estas coisas, e a hoste de outros anjos bons que o seguem e são feitos semelhantes a Ele), e o Espírito profético, veneramos e adoramos."12
Um tradutor desta passagem, Bernhard Lohse, comenta: "Como se não bastasse que nesta enumeração os anjos sejam mencionados como seres honrados e adorados por cristãos, Justino não hesita em citar anjos antes de mencionar o Espírito Santo".13 — Veja também An Essay on the Development of Christian Doctrine (Ensaio Sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã).14

Assim, ao passo que Justino, o Mártir, parece ter-se desviado da doutrina pura da Bíblia na questão sobre quem deve ser objeto de adoração por parte do cristão, ele claramente não considerava o Filho igual ao Pai, assim como os anjos não eram considerados iguais a Ele. A respeito de Justino, citamos de novo da obra de Lamson, The Church of First Three Centuries:

"Justino considerava o Filho distinto de D-us, e inferior a ele: distinto, não no sentido moderno, como se formasse uma das três hipóstases, ou pessoas, . . . mas distinto na essência e na natureza; com subsistência real, substancial, distinta de D-us, de quem ele derivou todos os seus poderes e títulos; constituído debaixo dele, e sujeito à vontade dele em todas as coisas. O Pai é supremo; o Filho é subordinado: o Pai é a fonte do poder; o Filho, o recipiente: o Pai origina; o Filho, como seu ministro ou instrumento, executa. Eles são dois em número, mas concordam, ou são um, na vontade; a vontade do Pai sempre prevalece sobre a do Filho."15

Além disso, em parte alguma diz Justino que o espírito santo seja uma pessoa igual ao Pai e ao Filho. Portanto, em nenhum sentido se pode dizer honestamente que Justino ensinava a Trindade conforme é ensinada atualmente nas igrejas que se dizem cristãs.

O Que Clemente Ensinava

Clemente, de Alexandria, (c. 150 a 215 DC) também chama o Filho de "D-us". Ele até mesmo o chama de "Criador", um termo nunca usado na Bíblia com referência a Jesus. Queria ele dizer que o Filho era igual em todos os sentidos ao todo-poderoso Criador? Não. Clemente referia-se evidentemente a João 1:3, onde diz a respeito do Filho: "Todas as coisas vieram à existência por intermédio dele."16 D-us usou o Filho como agente nas Suas obras criativas. — Colossenses 1:15-17.

Clemente chama o Supremo D-us de "o D-us e Pai de nosso Senhor Jesus",17 e diz que "o Senhor é o Filho do Criador".18 Ele diz também: "O D-us de todos é apenas um Criador bom e justo, e o Filho [está] no Pai."19 Portanto, ele escreveu que o Filho tem um D-us acima dele.

Clemente fala a respeito de D-us como o "primeiro e único provedor da vida eterna, que o Filho, que a recebeu Dele [D-us], nos dá."20 O Doador da vida eterna é claramente superior àquele que, por assim dizer, é o transmissor. Assim, Clemente diz que D-us "é o primeiro, e o mais elevado".21 Além do mais, ele diz que o Filho "está mais próximo Daquele que é unicamente o Todo-Poderoso" e que o Filho "pede todas as coisas em harmonia com a vontade do Pai".22 Vez após vez, Clemente mostra a supremacia do D-us Todo-Poderoso sobre o Filho.

A respeito de Clemente, de Alexandria, lemos o seguinte em The Church of the First Three Centuries:

"Poderíamos citar numerosas passagens de Clemente em que a inferioridade do Filho é distintamente afirmada. . . .

"Ficamos espantados de que qualquer pessoa que leia Clemente com atenção normal possa imaginar por um único instante que ele considerasse o Filho numericamente idêntico — um — com o Pai. Sua natureza dependente e inferior, conforme se parece a nós, é reconhecida em toda a parte. Clemente acreditava que D-us e o Filho eram numericamente distintos; em outras palavras, dois seres — um supremo, o outro subordinado."23

Além disso, pode-se dizer de novo: mesmo que às vezes Clemente pareça ir além daquilo que a Bíblia diz a respeito de Jesus, em parte alguma fala de uma Trindade composta de três pessoas iguais em um só D-us. Apologistas como Taciano, Teófilo e Atenágoras, que viveram entre a época de Justino e a de Clemente, tinham conceitos similares. Lamson diz que "não eram melhores trinitaristas do que o próprio Justino; isto é, não acreditavam num Três indivisível, co-igual, mas ensinavam uma doutrina totalmente inconciliável com essa crença".24
A Teologia de Tertuliano

Tertuliano (c. 160 a 230 DC) foi o primeiro a usar a palavra latina trinitas. Conforme observado por Henry Chadwick, Tertuliano propôs que D-us é 'uma substância que consiste em três pessoas'.25 Isto não significa, porém, que tivesse em mente três pessoas co-iguais e co-eternas. Entretanto, suas idéias foram usadas como ponto de partida por escritores posteriores que elaboravam a doutrina da Trindade.

O conceito de Tertuliano sobre Pai, Filho e espírito santo era bem diferente da Trindade da cristandade, pois ele era subordinacionista. Ele considerava o Filho subordinado ao Pai. Na obra Against Hermogenes (Contra Hermógenes), ele escreveu:

"Não devemos supor que haja algum outro ser, exceto unicamente D-us, que seja não gerado e incriado. . . . Como pode algo, exceto o Pai, ser mais velho, e por isso deveras mais nobre, do que o Filho de D-us, o Verbo unigênito e primogênito? . . . Esse [D-us] que não precisou de um Criador para lhe dar existência, será muito mais elevado em categoria do que [o Filho] que teve um autor que o trouxe à existência."26
Também, na obra Against Praxeas, ele mostra que o Filho é diferente do Todo-Poderoso D-us e é subordinado a ele, ao dizer:

"O Pai é a inteira substância, mas o Filho é uma derivação e parcela do todo, conforme Ele Próprio reconhece: 'Meu Pai é maior do que eu.' . . . Assim, o Pai é distinto do Filho, sendo maior do que o Filho, visto que um é Aquele que o gera e outro Aquele que é gerado; também, um é Aquele que envia, e outro Aquele que é enviado; e, além disso, Aquele que cria é um, e Aquele por meio de quem a coisa é feita é outro."27

Tertuliano, em Against Hermogenes, declara além disso que houve tempo em que o Filho não existia como pessoa, mostrando que ele não considerava o Filho um ser eterno no mesmo sentido que D-us era.28 O Cardeal Newman disse: "Tertuliano deve ser considerado heterodoxo [crente em doutrinas não ortodoxas] na doutrina sobre a geração eterna de nosso Senhor."29 A respeito de Tertuliano, Lamson declara:

"Essa razão, ou o Logos, como foi chamado pelos gregos, foi mais tarde, segundo acreditava Tertuliano, mudado para o Verbo, o Filho, isto é, um ser real, tendo existido desde a eternidade apenas como um atributo do Pai. Tertuliano atribuiu a ele, porém, uma categoria subordinada ao Pai . . .

"A julgar por qualquer explicação geralmente aceita da Trindade da atualidade, seria inútil tentar salvar Tertuliano da condenação [como herege]. Ele não suportaria o teste nem sequer um momento."30

Não Há Trindade

Se lesse todas as palavras dos apologistas, descobriria que, embora se tenham desviado em alguns pontos dos ensinos da Bíblia, nenhum deles ensinava que o Pai, o Filho e o espírito santo eram co-iguais em eternidade, poder, posição e sabedoria.

O mesmo se dá também com respeito a outros escritores do segundo e terceiro séculos, tais como Irineu, Hipólito, Orígenes, Cipriano e Novaciano. Embora alguns tenham igualado o Pai e o Filho em certos respeitos, em outros eles consideravam o Filho subordinado a D-us, o Pai. E nenhum deles sequer especulou que o espírito santo fosse igual ao Pai e ao Filho. Por exemplo, Orígenes (c. 185 a 254 EC) declara que o Filho de D-us é "o Primogênito de toda a criação" e que as Escrituras "conhecem a Ele como a mais antiga das obras de criação".31

Uma leitura objetiva dessas antigas autoridades eclesiásticas mostra que a doutrina da Trindade, ensinada atualmente pelos líderes das igrejas que se dizem cristãs, não existia no seu tempo. Conforme diz a obra The Church of the First Three Centuries:
"A moderna doutrina popular da Trindade . . . não deriva apoio da linguagem de Justino: e esta observação pode ser estendida a todos os Pais Pré-Nicéia; isto é, a todos os escritores cristãos durante três séculos após o nascimento de Cristo. É verdade que falam do Pai, do Filho e do Espírito profético ou santo, mas não como co-iguais, não como uma só essência numérica, não como Três em Um, sentidos hoje aceitos pelos trinitaristas. O diametralmente oposto é a realidade. A doutrina da Trindade, segundo explicada por esses Pais, era essencialmente diferente da doutrina moderna. Isto afirmamos como fato tão irrefutável como qualquer fato da história das opiniões humanas."32

Na realidade, antes de Tertuliano, a Trindade nem sequer era mencionada. E a Trindade "heterodoxa" de Tertuliano era muito diferente daquilo que se crê hoje. Como, então, se desenvolveu a doutrina da Trindade, segundo se entende hoje? Foi no Concílio de Nicéia, em 325 EC?

Referências:

1. A Short History of the Early Church, de Harry R. Boer, 1976, página 110.
2. The Formation of Christian Dogma, de Martin Werner, 1957, página 125.
3. The Search for the Christian Doctrine of God, de R. P. C. Hanson, 1988, página 64.
4. The Church of the First Three Centuries, de Alvan Lamson, 1869, páginas 70-1.
5. Gods and the One God, de Robert M. Grant, 1986, páginas 109, 156, 160.
6. The Formation of Christian Dogma, páginas 122, 125.
7. The International Standard Bible Encyclopedia, 1982, Volume 2, página 513.
8. An Essay on the Development of Christian Doctrine, do Cardeal John Henry Newman, Sexta Edição, 1989, páginas 14-18.
9. The Ante-Nicene Fathers, editado por Alexander Roberts e James Donaldson, Reimpressão Americana da Edição de Edimburgo, 1885, Volume I, página 264.
10. Ibid., página 184.
11. Ibid., página 223.
12. Ibid., página 164.
13. A Short History of Christian Doctrine, de Bernhard Lohse, traduzido do alemão para o inglês por F. Ernest Stoeffler, 1963, segunda edição em brochura, 1980, página 43.
14. An Essay on the Development of Christian Doctrine, página 20.
15. The Church of the First Three Centuries, páginas 73-4, 76.
16. The Ante-Nicene Fathers, Volume II, página 234.
17. Ibid., página 227.
18. Ibid., página 228.
19. Ibid.
20. Ibid., página 593.
21. Ibid.
22. Ibid., página 524.
23. The Church of the First Three Centuries, páginas 124-5.
24. Ibid., página 95.
25. The Early Church, de Henry Chadwick, impressão de 1980, página 89.
26. The Ante-Nicene Fathers, Volume III, página 487.
27. Ibid., páginas 603-4.
28. Ibid., página 478.
29. An Essay on the Development of Christian Doctrine, páginas 19, 20.
30. The Church of the First Three Centuries, páginas 108-9.
31. The Ante-Nicene Fathers, Volume IV, página 560.
32. The Church of the First Three Centuries, páginas 75-6.

• Não surpreende que os Trinitaristas não gostem da versão apresentada na Tradução do Novo Mundo. Mas João 1:1 não foi falsificado a fim de provar que Jesus não é o D-us Todo-poderoso. As Testemunhas de Jeová, entre muitos outros, já objetavam a usar "D-us" com letra maiúscula muito antes de surgir a Tradução do Novo Mundo, que se empenha em traduzir com exatidão a língua original. De modo similar, cinco tradutores da Bíblia, alemães, usam a expressão "um D-us" naquele versículo. Pelo menos 13 outros usaram expressões tais como "da espécie divina" ou "da sorte semelhante a D-us". Essas traduções concordam com outros trechos da Bíblia para mostrar que Jesus, no céu, é sim um D-us, no sentido de ser divino. Mas Jeová e Jesus não são o mesmo ser, o mesmo D-us. — João 14:28; 20:17.

Em João 1:1 ocorre duas vezes o substantivo grego the•ós (D-us). A primeira ocorrência se refere ao D-us Todo-poderoso, com quem a Palavra estava ("e a Palavra [ló?gos] estava com D-us [uma forma de the?ós]"). Este primeiro the?ós é precedido pela palavra ton (o), uma forma do artigo definido grego que aponta para uma identidade distinta, neste caso o D-us Todo-poderoso ("e a Palavra estava com o D-us").

Por outro lado, não existe artigo antes do segundo the?ós, em João 1:1. Assim, uma tradução literal seria "e D-us era a Palavra". Todavia, temos visto que muitas versões traduzem este segundo the?ós (um substantivo predicativo) como "divino", "semelhante a D-us", ou "um D-us". Com que autoridade fazem isso?

A língua grega coiné tinha artigo definido ("o"), mas não tinha artigo indefinido ("um"). Assim, quando um substantivo predicativo não é precedido por artigo definido, pode ser indefinido, dependendo do contexto.

A Revista de Literatura Bíblica diz que expressões "com um predicativo anartro [sem artigo] precedendo ao verbo, têm primariamente sentido qualificativo". Como diz a Revista, isto indica que o ló?gos pode ser assemelhado a um D-us. Diz também a respeito de João 1:1: "A força qualitativa do predicado se destaca tanto que o substantivo [the?ós] não pode ser considerado como determinativo."

Assim, João 1:1 destaca a qualidade da Palavra, que ela era "divina", "semelhante a D-us", "um D-us", mas não o D-us Todo-poderoso. Isto se harmoniza com o restante da Bíblia, que mostra que Jesus, ali chamado de "a Palavra" em seu papel de Porta-voz de D-us, era um subordinado obediente enviado à terra por seu Superior, o D-us Todo-poderoso.

Há muitos outros versículos bíblicos nos quais quase todos os tradutores em outras línguas coerentemente inserem o artigo "um" ao traduzirem sentenças gregas com a mesma estrutura. Por exemplo, em Marcos 6:49, quando os discípulos viram Jesus andar sobre a água, a versão Almeida, atualizada (ALA), diz: "Pensaram tratar-se de um fantasma." No grego coiné não existe "um" antes de fantasma. Mas, quase todas as traduções em outras línguas acrescentam "um" para que a tradução se ajuste ao contexto. Do mesmo modo, visto que João 1:1 mostra que a Palavra estava com "D-us", a Palavra não podia ser D-us, mas sim "um D-us", ou "divina".

Joseph Henry Thayer, teólogo e perito que trabalhou na American Standard Version (Versão Padrão Americana), diz simplesmente: "O Logos era divino, não o próprio Ser divino." E o jesuíta John L. McKenzie escreveu em seu Dictionary of the Bible (Dicionário da Bíblia): "Jo 1:1 deve rigorosamente ser traduzido . . . 'a palavra era um ser divino'."
o 3 meses atrás
Fonte(s):
Note, também, como outras versões traduziram esta parte do versículo:

1808: "e a palavra era um D-us." The New Testament in an Improved Version, Upon the Basis of Archbishop Newcome's New Translation: With a Corrected Text.

1864: "e um D-us era a palavra." The Emphatic Diaglott, versão interlinear, de Benjamin Wilson.

1928: "e a Palavra era um ser divino." La Bible du Centenaire, L'Evangile selon Jean, de Maurice Goguel.

1935: "e a Palavra era divina." The Bible—An American Translation, de J. M. P. Smith e E. J. Goodspeed.

1946: "e a Palavra era de espécie divina." Das Neue Testament, de Ludwig Thimme.

1950: "e a Palavra era [um] D-us." Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs.

1958: "E a Palavra era um D-us." The New Testament, de James L. Tomanek.

1975: "e um D-us (ou: da espécie divina) era a Palavra." Das Evangelium nach Johannes, de Siegfried Schulz.

1978: "e da sorte semelhante a D-us era o Logos." Das Evangelium nach Johannes, de Johannes Schneider.

sábado, 24 de julho de 2010

Yeshua a qual devemos a nossa Salvação é o Filho de D-us , portanto não o D-us Todo Poderoso e nem parte de uma trindade.

1. Somente uma única pessoa é D-us : Yeshua não é D-us porque há somente uma pessoa que é D-us . Essa pessoa única tem sido identificada com o Pai. Yeshua portanto, não pode ser também D-us . Não há outra pessoa que possa ser D-us no mesmo sentido em que o Pai é D-us . "Para nós há um só D-us , o Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos." (I Cor. 8:6). "Um só D-us e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos." (Efésios 4:6). Yeshua é divino, mas não a Divindade. Ele é o divino Filho de D-us , mas, não é a Divindade, O Ser Supremo.

2. Yeshua como mediador não pode ser o próprio D-us : "Porque há um só D-us , e um só mediador entre D-us e os homens, Yeshua HaMashiach homem." (I Tim. 2:5). Yeshua é Mediador entre D-us e os homens, portanto, não é ele o próprio D-us . Se Yeshua  fosse D-us e igual à D-us , como os trinitarianos declaram, ele não estaria numa posição para servir como Mediador alguém deve ser a terceira parte; pois caso o Messias sendo D-us ou igual à D-us , seria uma das duas partes, e não teria condições de ministrar como Mediador entre os dois - D-us e o homem. (Gál. 3:20).
O fato de que Yeshua  é um Mediador anula a possibilidade de que Ele seja parte de uma trindade. Yeshua insistiu que Ele e Seu Pai não são idênticos mesmo afirmando serem Eles UM. Ele e Seu Pai são de personalidades separadas. Ele declarou que Ele e Seu Pai constituem duas testemunhas separadas: "E na vossa Lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou." (João 8:17-18)

3. Yeshua é o Filho de D-us : Yeshua em Si mesmo não é D-us , nem parte de um D-us triuno pois Ele é o Filho de D-us . Ele não pode ser D-us e Filho de D-us ao mesmo tempo. O Pai e o Filho não são nem iguais, nem idênticos. O Pai vivia antes do Filho; o Filho recebeu Sua vida do Pai; o Pai é maior do que o Filho. Yeshua foi gerado de Seu Pai e nascido de Maria; Ele é o Filho do D-us vivo. O Novo Testamento está repleto de escrituras afirmando que Yeshua é o Filho de D-us .
4. D-us é o D-us de Yeshua: Yeshua reconheceu o Pai, o único D-us verdadeiro, como seu D-us . Yeshua jamais reivindicou Ele próprio ser D-us ; não pretendia ser igual à D-us . Ele sempre se referiu ao Pai como sendo superior à Ele, Seu D-us . Nas seguintes Escrituras, Yeshua faz referência ao Pai como Seu D-us , ou D-us é descrito como o D-us de Yeshua.
João 20:17 - "Meu D-us e vosso D-us "
Apocalipse 3:12 - "Meu D-us / meu D-us / meu D-us "
Mateus 27:46 - "D-us meu, D-us meu..."
Marcos 15:34 - "D-us meu, D-us meu..."
Salmo 22:1 - "D-us meu, D-us meu...''
II Cor. 11:31 - "O D-us e Pai de Nosso Senhor..."
Efésios 1:3 - "O D-us e Pai de Nosso Senhor..."
Efésios 1:7 - "O D-us de Nosso Senhor Yeshua HaMashiach..."
I Pedro 1:3 - "O D-us e Pai de Nosso Senhor..."
Hebreus 1:8-9 - "D-us ...O Teu D-us Te ungiu..."
Salmo 45:6-7 - "D-us ...O Teu D-us Te ungiu..."
Apocalipse 1:6 - "...para Seu D-us ..." (R.S.V.)
II Cor. 1:3 - "D-us e Pai de Nosso Senhor..."
5. Yeshu’a (Jesus) orou ao Seu D-us , o Pai: Yeshua revelou que Ele próprio não era D-us , quando orou à Seu Pai como D-us . Caso Yeshua fosse igual à D-us , porque orou Ele então à D-us ? Os trinitarianos afirmam que D-us , Jesus, e o Espírito todos tem uma mesma inteligência e um propósito; caso Yeshua  e D-us compartilhassem um propósito, o poder de decisão, pareceria zombaria para uma pessoa de uma trindade orar à uma outra pessoa de uma trindade. Yeshua mostrou ser inferior à Seu Pai, e que somente Seu Pai é D-us pelo fato de que o Messias orou para Ele.
Hebreus 5:7-8 - Ofereceu orações à D-us .
Lucas 6:12 - A noite toda em oração à D-us .
Mateus 11:25 - "ó Pai, Senhor do céu e da terra. "
João 17:1 - "Pai, é chegada a hora. "
Mateus 26:38,42 - "Meu Pai, se é possível... "
6. Yeshua é inferior à D-us : Yeshua ocupa a mais exaltada posição no universo, junto à D-us . Yeshua não é igual à Seu Pai, pois o Pai é maior do que o Filho, e este, por sua vez, é inferior à Seu Pai. Jesus, portanto, não é D-us . Reconhecer este fato, não quer dizer que não estejamos dando a glória devida à Cristo: é simplesmente o reconhecimento da verdadeira relação entre o Pai e Seu Filho. Yeshu’a (Jesus) declarou: "Meu Pai é maior do que Eu." (João 14:28). Quando Yeshu’a (Jesus) disse; "Eu e o Pai somos um" (João 10:30), Ele não ensinou que Ele e Seu Pai eram um em essência ou ser (como os trinitarianos afirmam) ou um em pessoa (como os Sabelios ensinam). Ele referiu-se à unidade de propósito e perfeita concordância que existe entre Ele próprio e Seu Pai. Yeshu’a (Jesus) orou para que esta mesma unidade tornasse possível entre Seus seguidores. (João 17:11,21-23). Yeshu’a (Jesus) sempre reconheceu que Seu Pai é maior do que Ele. Isto claramente expõe o fato de que Yeshu’a (Jesus) não pode ser parte então, de um D-us triuno.
João 14:28 - O Pai é maior do que Eu.
João 10:29 - Meu Pai...é maior do que todos.
I Cor. 11:3 - A cabeça de Cristo é D-us .
I Cor. 3:23 - Cristo é de D-us .
Mateus 20:23 - Não me pertence dá-lo(...)mas, à Meu Pai.
I Cor. 15:24-28 - O próprio Filho sujeitou-se ao Pai.
Depois de haver sido completada a soberania redentora de Cristo e D-us haja posto todos os inimigos debaixo de Seus pés, Yeshu’a (Jesus) contuará à ser sujeito à D-us . D-us será supremo; será tudo em todos: "Porque todas as coisas sujeitou debaixo de Seus pés. Mas quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o Filho mesmo se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que D-us seja tudo em todos." (I Cor. 15:24-28) Yeshu’a (Jesus) viveu como o Servo de D-us . Ele rendeu perfeita obediência à Seu Pai, sempre fazendo aquilo que agradava à D-us , mostrando assim, que Ele reconhecia ser inferior à D-us .
Zacarias 3:8 - Meu servo, o Renovo.
Mateus 12:18 - Eis qui o Meu Servo.
Filipenses 2:7-8 - A forma de um Servo.
Hebreus 10:7,9 - Eis aqui venho para fazer a Tua vontade.
João 4:34 - Fazer a vontade d'Aquele que me enviou.
João 5:30 - Busco (...) a vontade do Pai que Me enviou.
João 6:38 - Não para fazer minha própria vontade.
João 8:29 - Eu faço sempre o que Lhe agrada
Lucas 22:42 - Não se faça a minha vontade, mas a Tua.
Romanos 5:19 - Pela obediência de um.
7. Yeshu’a (Jesus) é inferior à D-us em atributos: O Novo Testamento revela Yeshu’a (Jesus) Cristo como inferior à D-us em atributos. Esta é uma indicação definitiva de que Yeshu’a (Jesus) em si mesmo não é D-us ; não é nem igual ou idêntico ao Pai, tão pouco parte de um D-us triuno. D-us é infinito e perfeito em todos os Seus atributos. Em todas estas coisas, D-us é imutável; Sua perfeição infinita não pode nem aumentar, tão pouco diminuir. O que Ele Tem sido, sempre será. Yeshu’a (Jesus) demonstrou Ele mesmo ser inferior à D-us em Seus atributos.
Inferior em conhecimento - D-us é onisciente; é perfeito em conhecimento. "Conhecidas de D-us são todas as Suas obras desde o começo do mundo." Seus conhecimentos são infinitos, eternos e completos. Jesus, por outro lado, não era onisciente. Yeshu’a (Jesus) "crescia em sabedoria" (Lucas 2:52). Se Yeshu’a (Jesus) era D-us com conhecimento infinito, como poderia Ele ter "crescido em sabedoria"? O conhecimento de D-us é nem adquirido nem derivado: Origina-se com Ele mesmo. "...que conselheiro o ensinou?" (Isaías 40:13). Por outro lado, Yeshu’a (Jesus) recebeu Seu conhecimento de D-us . (João 8:28). O conhecimento de D-us inclue todas as coisas, presentes, passadas, e futuras; Ele conhece todas as coisas. Jesus, por outro lado, era limitado em conhecimento com relação à data de Sua volta. (Marcos 13:32). Yeshu’a (Jesus) não é D-us .
João 5:19 - O que Ele vê o Pai fazer.
João 8:28 - Como o Pai me ensinou.
Marcos 13:32 - Não sabe a data de Sua volta.
Atos 1:7 - Na autoridade do Pai.
Inferior em poder - D-us é onipotente. Ele é Todo-Poderoso; tem poder infinito. "Com D-us todas as coisas são possíveis." O poder de D-us originou-se d'Ele próprio. Através de seu poder, D-us executa todas as Suas obras. Yeshu’a (Jesus) por outro lado, não era onipotente. O poder que Cristo exercia quando operava milagres era recebido de D-us . Ele disse: "O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma." (João 5:19). O poder que Cristo usa para relizar Sua obra na Igreja hoje, e o qual Ele usará para governar a terra em Seu reino futuro foi recebido de D-us . O poder de D-us originou-se de Si mesmo; Yeshu’a (Jesus) recebeu poder de D-us . Yeshu’a (Jesus) não é D-us .
João 5:19 - O Filho por Si mesmo não pode fazer coisa alguma.
João 5:30 - Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma.
João 8:28 - Nada faço por Mim mesmo.
Inferior em vida - D-us sempre existiu. Nunca houve um tempo no qual D-us não existisse. D-us não somente viverá para sempre no futuro, mas também viveu eternamente no passado. A vida de D-us foi sem começo. A vida de Cristo, por outro lado, teve um começo definido; houve um tempo, em que Yeshu’a (Jesus) não existia; Ele viverá por toda eternidade no futuro, mas não viveu por toda a eternidade no passado. Yeshu’a (Jesus) é inferior à D-us , com relaçãoà idade e extensào anterior de vida.
D-us é a fonte de toda a vida. Sua existência derivou-se de nada; Possui vida em Si mesmo. Jesus, ao contrário, recebeu vida de D-us . Se não fosse por D-us , Yeshu’a (Jesus) jamais teria existido; Yeshu’a (Jesus) foi gerado do Pai, Sua vida foi portanto, derivada de D-us . O poder de D-us fez com que Maria concebesse e desse à luz à um filho. Se não fosse pelo santo poder de D-us , Yeshu’a (Jesus) jamais teria nascido. "Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo que de ti há de nascer será chamado Filho de D-us ." (Lucas 1:35). Yeshu’a (Jesus) disse, "O Pai que vive Me enviou, e Eu vivo pelo Pai."(João 6:57).
Yeshu’a (Jesus) também recebeu vida ressureta do Pai. D-us levantou Yeshu’a (Jesus) dos mortos através de Seu poder, o Espírito. (Atos 10:40; 13:30; Rom.10:9). Yeshu’a (Jesus) voluntariamente entregou Sua vida como um sacrifício. Ele tinha autoridade para entregá-la e tornar à tomá-la novamente (João 10:17-18). Yeshu’a (Jesus) não ressurgiu dos mortos por Si mesmo. Ele foi levantado da morte através do poder de D-us , pois Ele éa fonte de toda a vida; Yeshu’a (Jesus) recebeu a vida de D-us , portanto, Yeshu’a (Jesus) não é D-us .

D-us não pode morrer - D-us é imortal, e não pode estar sujeito à morte; sempre foi e será imortal, pois é impossível que Ele morra. Jesus, ao contrário, nasceu mortal, pois é sabido que experimentou a morte. Yeshu’a (Jesus) tinha as características de um homem mortal. Ele experimentou: fome (Mat. 4:2), sede (João 19:28), cansaço (João 4:6), tentação (Mat. 4:1), e sofrimento (Luc.24:46). Yeshu’a (Jesus) morreu (João 19:33 I Cor. 15:3). D-us não pode morrer, mas, Yeshu’a (Jesus) morreu. Yeshu’a (Jesus) não é D-us . Yeshu’a (Jesus) tornou-se imortal quando D-us o levantou da sepultura, assim sendo, recebeu imortalidade de D-us ; com isso, sabemos que Yeshu’a (Jesus) jamais pode morrer novamente (Rom. 6:9). Quando Yeshu’a (Jesus) voltar, todos os verdadeiros crentes serão feitos imortais como Ele. (I Cor. 15:52-53 - Filipenses 3:20-21).

8. Atributos e Posições Divinas recebidas de D-us : Alguns acham que Yeshu’a (Jesus) deve ser D-us porque Ele exerce certa autoridade divina, e revela certos atributos divinos. Exaltado à mão direita de D-us , Yeshu’a (Jesus) recebeu autoridade e poder divinos de D-us . Isto entretanto, não prova que Yeshu’a (Jesus) é igual à D-us , o próprio D-us , nem uma parte de D-us .
O fato que Yeshu’a (Jesus) foi exaltado pelo Pai mostra que Ele é maior que Jesus. O fato de que Yeshu’a (Jesus) recebe posição e obras divinas mostra que Ele é inferior à D-us . Hoje, Yeshu’a (Jesus) tem sido exaltado à mais alta posição no universo, segundo apenas pelo próprio D-us .

Autoridade recebida de D-us - Yeshu’a (Jesus) disse, "Todo o poder (autoridade) me é dado no céu e na terra" (Mat. 28:18). Yeshu’a (Jesus) sempre entendeu que Seu Pai era superior à Ele em autoridade. Ele viveu em perfeita obediência à D-us . Após Sua ressurreição, Yeshu’a (Jesus) recebeu autoridade divina de D-us . A autoridade de D-us é derivada do nada; é originária do próprio D-us . D-us é maior do que Yeshu’a (Jesus); Yeshu’a (Jesus) é inferior à D-us ; Yeshu’a (Jesus) não é D-us .

Reinado recebido de D-us - Yeshu’a (Jesus) é designado Rei dos Reis. D-us sempre tem sido designado Rei do universo; Yeshu’a (Jesus) recebeu Sua autoridade real de D-us . A base do reinado de Cristo é o fato de que Ele é o Filho de Davi (Lucas 1:31- 33) e também o Filho de D-us (Salmo 2:6-9 e Daniel :14). Yeshu’a (Jesus) não tornou-se Filho de Davi e Filho de D-us até que tivesse nascido de Maria.

Obra de Julgamento - D-us autorizou Yeshu’a (Jesus) à ser o juiz da humanidade. D-us entregou o julgamento à Seu Filho. D-us julgará a humanidade através da obra de Cristo, o juiz. Yeshu’a (Jesus) recebeu esta posição e obra de D-us . (João 5:22,27 - Atos 10:42; - 17:31). O fato de que Yeshu’a (Jesus) recebeu esta prerrogativa de Seu Pai, indica que o Pai é superior à Ele. Yeshu’a (Jesus) não é D-us .

Sua presença Invisível - Embora Yeshu’a (Jesus) esteja nos céus, Ele pode estar presente em todos os lugares com Seus seguidores. Ele disse: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." (Mat. 28:20). Yeshu’a (Jesus) pode fazer isso através do poder de D-us , o Espírito. Yeshu’a (Jesus) recebeu este poder de D-us . (João 15:26) (Atos 2:33). Durante Seu ministério terrestre? Yeshu’a (Jesus) pode curar o servo do centurião (Mat. 8:5-13) mesmo estando o servo doente à uma grande distância daquele lugar que Se encontrava. Ele também podia conhecer o que havia no coração do homem. Yeshu’a (Jesus) podia fazer essas coisas, não porque Ele é parte de um D-us triuno, mas, porque D-us O revestiu de poder para executar essas obras.

9 - Quatro argumentos trinitarianos considerados - Os trinitarianos objetam o fato de que Yeshu’a (Jesus) não é D-us . Os quatros mais importantes argumentos que eles costumam ensinar que Yeshu’a (Jesus) é o próprio D-us são:
(1) Atributos divinos são atribuídos à Cristo; (2) Prerrogativas divinas são atribuídas à Cristo; (3) Certas escrituras atestam que Yeshu’a (Jesus) era a imagem ou plenitude de D-us ; (4) Dá-se o título de "D-us " à Yeshu’a (Jesus) em certas Escrituras.
Já consideramos o primeiro argumento e observamos que Yeshu’a (Jesus) era inferior à D-us em atributos de conhecimento, poder e vida durante Seu ministério terrestre: Ele era dependente de D-us em todas as coisas. Em vez se provar que Yeshu’a (Jesus) é D-us , seus atributos provam que não. O segundo argumento também já foi considerado. O fato de que Yeshu’a (Jesus) exerceu ou exercerá certa autoridade divina e executará obras divinas (Rei, Juiz, etc.) não indica que Yeshu’a (Jesus) é D-us , ao contrário, notamos que Yeshu’a (Jesus) recebeu todas essas posições e obras de D-us , mostrando que Ele é inferior à D-us .
O terceiro argumento usado pelos trinitarianos contra a verdade de que Yeshu’a (Jesus) não é D-us , é o fato de que algumas Escrituras atestam que Yeshu’a (Jesus) é a imagem de D-us . Estas Escrituras são as seguintes:
Filipenses 2:6 - Sendo em forma de D-us .
Colossenses 1:19 - N'Ele habita toda a plenitude.
Colossenses 2:9 - N'Ele habita toda a plenitude da divindade.
II Cor. 4:4 - Cristo, que é a imagem de D-us .
Hebreus 1:3 - A expressa imagem da Sua pessoa.
João 12:45 - Quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.
João 14:9 - Quem me vê a mim, vê ao Pai.
Estas Escrituras não ensinam que Yeshu’a (Jesus) é D-us . Não indicam também que Yeshu’a (Jesus) é parte de uma trindade. A palavra "imagem" significa "semelhança" ou "caráter impressionado". Yeshu’a (Jesus) era a semelhança moral de D-us . Seu caráter refletia os atributos de morais de D-us - santidade, retidão, justiça, amor, misericórdia, amabilidade, verdade, fidelidade. Yeshu’a (Jesus) é Divino. Ele é semelhante à D-us em caráter e conduta. Yeshu’a (Jesus) propriamente não era D-us ; Ele refletia o caráter de D-us em Sua vida perfeita.
O quarto argumento usado pelos trinitarianos é que Yeshu’a (Jesus) é chamado pelo título de "D-us " em algumas Escrituras. As três principais Escrituras são: João 20:28; Tito 2:13; Hebreus 1:8. Este argumento é respondido pelo fato de que a palavra de "D-us " (Heb. 'ELOHIM' / Gr. 'THEOS') às vezes é aplicado à homens e anjos na Bíblia. Quando usada no sentido secundário, a palavra "D-us " indica alguém que é 'representante' d'Aquele que é o verdadeiro e supremo D-us .
O termo D-us é empregado nas Escrituras principalmente em dois sentidos.
O primeiro destes é quando designa Aquele que governa e preside sobre todas as coisas no céu e na terra, que é reconhecido como Superior à todas as coisas...Neste sentido as Escrituras afirmam que D-us é um. O último sentido é quando designa um ser que recebeu do primeiro (o D-us único) algum tipo de autoridade superior ou no céu ou sobre a terra entre os homens, ou poder superior com relação à todas as coisas humanas, ou autoridade para impor julgamento sobre outros homens, sendo dessa maneira, e nesse sentido considerado como um participante da Divindade do D-us único. (The Recovian Cathecism. Seção 3 Cap.I).
Moshé (Moisés) foi designado por D-us como "D-us " em relação à Aarão (Ex. 4:16) e com relação à Faraó (Ex.7:1). Moshé (Moisés) foi chamado D-us (ELOHIM), mas ele não era o único supremo D-us , nem parte de uma trindade. Moshé (Moisés) foi o representante de D-us . Juízes, representantes humanos do único D-us verdadeiro, são desginados como D-us . Em Êxodo 22:28 a palavra "D-us es" refere-se à Juízes humanos; *apesar de termos "Juízes", no original encontramos "ELOHIM" (D-us es). Em Êxodo 21:6; 22:8-9; e em I Samuel 2:25, a palavra "Juízes" é traduzido do Hebraico 'ELHOIM' ou D-us . Salmo 97:7 é citado em Hebreus 1:6. Os "anjos" de Hebreus 1:6, são "D-us es" no Salmo 97:7. Anjos são representantes de D-us , mas, não Ele próprio.
Os Israelitas foram chamados "D-us es" no Salmo 82:6-7. Yeshu’a (Jesus) citou este verso para mostrar este fato. "Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: Sois D-us es? Pois , se a Lei chamou D-us es àqueles a quem a palavra de D-us foi dirigida (e a escritura não pode ser anulada). Aquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vóz dizeis: Blasfemas; porque disse: Sou Filho de D-us ? (João 10:34-36).
O fato de que a palavra D-us é usada no sentido secundio com um representante de D-us em Hebreus 1:8 é mostrado no versículo seguinte. Em Hebreus 1:9 o "único D-us verdadeiro" (João 17:3) é descrito como sendo o D-us do Filho! "Amaste a justiça, e aborreceste a iniquidade; por isso D-us , o teu D-us te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros." (Hebreus 1:8-9 é uma citação de Salmo 45:6-7). Yeshu’a (Jesus) não é o próprio D-us ; também não é parte de uma trindade. Yeshu’a (Jesus) é o Filho de D-us .

NOTA: O presente estudo foi traduzido da obra: ”SYSTEMATIC THEOLOGY” de Alva G. Huffer - 1976.


Versículos que provam um D-us, o Pai e Seu Filho:
Isaias 45:21
"Pois não há outro D-us, senão eu, D-us justo e salvador não há alem de mim."

Judas 1:25
"Ao único D-us , Salvador nosso, por Yeshu’a HaMashiach, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora, e para todo sempre, amem."

Exodo 20:3
"Não terás outros deuses diante de Mim" (singular)
Exodo 20:7
"Não tomarás o nome do Senhor teu D-us em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão." (singular)
Filipenses 2:6
"Que, sendo em forma de D-us, não teve por usurpação ser igual a D-us ."
Deuteronômio 4:5
"A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é D-us; nenhum outro há senão Ele."

Malaquias 2:10
"Nem todos temos o mesmo Pai ? Não nos criou um mesmo D-us?"

Marcos 12:29
"E Yeshu’a respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve Israel, o Senhor nosso D-us é o único Senhor."

I Coríntios 8:4
"... e não há outro D-us, senão um só."
Efésios 4, 5 e 6
" Um só Senhor .... um só D-us e Pai de todos ."
Tiago 2:19
"Tu crês que há um só D-us; fazes bem."

Isaias 44:6
"Eu Sou o Primeiro e Eu Sou o Último. Forá de mim não há D-us."

Isaias 44:8
"Há outro D-us além de Mim ? Não há outra Rocha que eu conheça."

Isaias 45:5
"Eu Sou o Senhor e não há outro. Fóra de mim não há D-us."
I Corintios 8:6
"todavia para nós há um só D-us, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Yeshu’a HaMashiach , pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele."
João 17:3
"E a vida eterna é está: que te conheçam a ti, o único D-us verdadeiro , e a Yeshu’a HaMashiach, a quem enviaste."
João 14:28
"Ouviste que eu vos disse: Vou e venho para vós. Se me amasseis, vertamente exultarieis por ter dito: Vou para o Pai; porque o Pai é maior do que Eu."
I Corintios 15:28
"Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho, também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou para que D-us seja tudo em todos."
Judas 1:25
"ao único D-us, nosso Salvador , mediante Yeshu’a HaMashiach, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém."
II João 1:3
"a graça, a misericórdia e a paz, da parte de D-us Pai e de Yeshu’a HaMashiach, o Filho do Pai, serão convosco em verdade e amor."
I Timóteo 2:5
"Porquanto há um só D-us e um só Mediador entre D-us e os homens, Yeshu’a HaMashiach, homem,"
Apocalipse 5:13
"Então, ouvi que toda a criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro seja o louvor, e a honra,e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos." (só fala em 2)
Romanos 16:27
"Ao único D-us, sábio, seja dada glória por Yeshu’a HaMashiach para todo o sempre."
Efésios 5:5
"Reino do Mashiach e de D-us."

Tiago 2:19
"Crês, tu, que D-us é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem."
II Coríntios 3:17
"Ora o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade."
Romanos 6:9
"Sabendo que, havendo o Mashiach ressusitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele."
Atos 1:6-7
"Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade "
Qual tradução ?
No Interlinear Grego "Jay P. Green Sr." diz: "que o Pai estabeleceu por sua própria autoridade".
Marcos 12:29, Jesus apenas repetiu Deuteronômio 6:4 :
"E Yeshu’a respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve Israel, o Senhor nosso D-us é o único Senhor."

I Cor. 11:3
"Mas quero que saibais que o Mashiach é a cabeça de todo varão, e o varão, a cabeça da mulher; e D-us, a cabeça do Mashiach "
Filipenses 2:9-11:
"Pelo que também D-us o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. E toda a lingua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de D-us o Pai."

Mateus 16:13-17
"Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro repondendo , disse: Tú é o Mashiach, Filho de D-us vivo. E Yeshu’a respondendo-lhe, disse: Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não to revelou a carne e o sangue, mas meu Pai que está no céu."
Isaias 53:10
"Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim D-us nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá."

O D-us do Apóstolo Paulo:

Juntamos algumas passagens que retratam a crença do apóstolo Paulo em um só D-us e em Seu Filho Jesus:

Romanos 1:7: "A todos os amados de D-us, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de D-us, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo."

Romanos 15:6: "para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao D-us e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo."

1 Coríntios 1:3: "graça a vós outros e paz, da parte de D-us, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo."

1 Coríntios 8:6: "todavia, para nós há um só D-us, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele."

2 Coríntios 1:2 e 3: "graça a vós outros e paz, da parte de D-us, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Bendito seja o D-us e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e D-us de toda consolação!"

2 Coríntios 11:31: "O D-us e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto."

Gálatas 1:1 "Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por D-us Pai, que o ressuscitou dentre os morto"

Gálatas 1:3 e 4: "graça a vós outros e paz, da parte de D-us, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso D-us e Pai,"

Efésios 1:2 e 3: "graça a vós outros e paz, da parte de D-us, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Bendito o D-us e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,"

Efésios 1:17: "para que o D-us de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele,"

Efésios 5:20: "dando sempre graças por tudo a nosso D-us e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,"

Efésios 6:23: "paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de D-us Pai e do Senhor Jesus Cristo."

Filipenses 1:2: "graça e paz a vós outros, da parte de D-us, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo."

Filipenses 2:11: "e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de D-us Pai."

Colossenses 1:2 e 3 "aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de D-us, nosso Pai. Damos sempre graças a D-us, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós,"

1 Ts 1:1 e 3: "Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em D-us Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros... recordando-nos, diante do nosso D-us e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo,"

1 Ts 3:11e 13 "Ora, o nosso mesmo D-us e Pai, e Jesus, nosso Senhor, dirijam-nos o caminho até vós,... a fim de que seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de nosso D-us e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos."

2 Ts 1:1 e 2 "Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em D-us, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros, da parte de D-us Pai e do Senhor Jesus Cristo."

2 Ts 2:16: "Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e D-us, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça,"

1 Timóteo 1:2: "a Timóteo, verdadeiro filho na fé, graça, misericórdia e paz, da parte de D-us Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor."

2 Timóteo 1:2: "ao amado filho Timóteo, graça, misericórdia e paz, da parte de D-us Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor."

Tito 1:4: "a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum, graça e paz, da parte de D-us Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador."

Filemon 1:3: "graça e paz a vós outros, da parte de D-us, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo."

Esta é a crença do apóstolo Paulo, ele cria em "um só D-us, o Pai... e um só Senhor... Yeshu’a HaMashiach" I Cor. 8:6. E você?
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